Canção do Cuco

Canção do Cuco Frances Hardinge




Resenhas - Canção do cuco


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Clio0 31/03/2020

Canção do Cuco foi uma surpresa bem vinda, pois é um gênero não muito comum em terras tupiniquins: terror psicológico em livro infanto-juvenil.

Seu estilo narrativo lembra as antigas fábulas como as dos Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen.

Trissa, a personagem principal, é uma criança que acorda depois de um acidente e que começa a ter eventos sobrenaturais acontecendo a sua volta. Esses beiram o macabro, mas nada que possa ser considerado desaconselhável ou que não seria encontrado em um desenho ou filme da faixa etária.

A jornada da protagonista é típica, envolvendo amadurecimento, consciência e compreensão. Contudo, não é possível dizer que os eventos ganhem uma roupagem suave. Essa história não foi imagina a la Disney.

Recomendo.
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Vito 23/07/2015

Sem dúvidas, um dos melhores livros do ano
Este livro é sensacional. Frances Hardinge é uma escritora de grande personalidade e cria em seu "Canção do cuco" uma fábula intrigante e desesperadora. Dialogando bem com jovens e adultos, a história não perde o ritmo, e mesmo a linguagem elaborada só faz crescer a tensão envolvendo Triss, a protagonista, e sua irmã Pen, que a odeia.

A história deve agradar todos aqueles que gostam de histórias de mistério. Permeado de alegorias e metáforas, este livro é uma ótima pedida para um dia de inverno, capaz de envolver o leitor e provocar calafrios.
angelica.valvas 30/08/2016minha estante
Você desperta após um acidente. Você sente uma fome constante e implacável. Você acorda durante a noite várias vezes, com folhas e terra em seus cabelos. Objetos inanimados tentam te atacar. Você atrai tesouras. Em seu pranto, no lugar de lágrimas, teias de aranha brotam como fios de desespero. Sua irmãzinha passa a ter um medo incontrolável de você...
Assim tem sido a vida da jovem Triss Crescent. Aos poucos, ela descobrirá que o mal com o qual tem convivido é mais estranho e terrível do que ela jamais poderia imaginar. Tomada por dúvidas, ela parte numa jornada frenética em busca do Arquiteto, projetista de prédios, pontes e destinos sombrios.


Ana Claudia Car 10/01/2017minha estante
Impossível não lembrar de Neil Gaiman, durante a leitura dessa fábula.




Marcos de Mello 02/04/2023

Triss acorda de um sono meio atordoado. Cheio de sonhos estranhos e confusos.
Ela se lembra de imergir do lago e de duas sombras a observando por cima d?água.
Triss sente muita fome, uma fome incontrolável, uma fome descomunal. O jantar não é suficiente, mas, sua família não pode saber. Então ela sai pela janela e acaba comendo algumas maçãs? podres, a algum tempo no chão.
Além disso alguns episódios acontecem: sua boneca Amélia apronta um berreiro.

Tudo isso vai se revelando com o passar da história.
Conhecemos o OUTROS, o ARQUITETO e o PICANÇO.

Nos apaixonamos por Pen e Trista.
Torcemos para que tudo se desenrole bem.
O desenvolvimento é muito bom. A história prende e tem todo o misticismo junto das histórias de uma família com pensamento de ser perfeita.

Trista você sempre será famosa.
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Iara.Garcez 14/06/2021

O que você faria se um dia acordasse depois de um acidente e descobrisse que suas lágrimas virassem teias de aranhas, partes do seu corpo viravam folhas secas e galhos, tivesse um apetite que nunca fica saceado. Está é a premissa de livro maravilhoso e envolvente.
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Lindsay 28/08/2015

Impossível não gostar de Frances Hardinge
Sem dúvida, é para ficar nada menos do que fascinado.
Só escritoras brilhantes como Frances Hardinge conseguem transitar tão bem entre uma linguagem altamente aprimorada e uma comunicação tão fluida. Simples, porém não simplório (perdoem-me o ditado. rs).
A impressão que tive é que tudo – absolutamente tudo – na história tem uma amarração, está ali por alguma razão. Nenhum elemento da trama ficou "à toa".
Toda essa profundidade e essa fluidez me fizeram ficar apaixonada por Frances Hardinge. E tamanha empolgação me faz pensar ser impossível que outros leitores não tenham a mesma sensação que tive.
Helder 23/06/2017minha estante
Concordo 100% com você. Tiro meu chapéu pra esta autora. Nada ali é perdido ou desnecessário. Lindo livro.




Paula.Soares 27/02/2022

Gostei da escrita do autor, infelizmente a história não rolou pra mim, esperava muito mas do livro, como não gosto de resenha por causa dos sporlei não li pensei, nada que imaginei.
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kim 21/06/2020

Só gostei do final
Depois de três tentativas (third time is the charm, certo!?), consegui terminar o livro. Tenho ele desde de 2015, e hoje em 2020, não tenho ideia do motivo que me levou a querer ele. A história é totalmente adversa aos meus tipos de livro (que são vários) e muito maluca. O livro é bem escrito, mas achei super sem pé nem cabeça, só gostei do final.
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Isa Books 26/03/2016

Horas de tédio
Uma capa sinistra e uma promessa sombria, só isso e nada mais.
Canção do Cuco é um daqueles livros que, para quem gosta do gênero, logo ao olhar você já se interessa. Ao ler a sinopse fiquei bastante ansiosa para embarcar logo em uma aventura bem peculiar, mas, me decepcionei.
De início é interessante mas com o decorrer da leitura as coisas vão ficando chatas e cansativas. Na verdade achei tudo uma espécie de brincadeira mirabolante de criança.
Perdi meu tempo? bem, talvez essa não seria a definição certa, no entanto as vezes dá aquela vontade de ter uma bola de cristal para ter visto antecipadamente que eu poderia ter lido outro livro ao invés deste tedioso.
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Viviane 11/10/2015

Muito bom!
Um pouco confuso no começo. Mas, quando engata a leitura você não larga mais.
Recomendo!
Três estrelinhas porque foi cansativo o início pra mim.
Saulo.Moreira 11/01/2017minha estante
comigo foi o contrário, adorei o começo e achei que do meio pra frente foi perdendo um pouco da emoção




Fernando Nery 14/11/2015

Canção do Cuco, de Frances Hardinge - Editora Novo Século
O Livro "Canção do Cuco" escrito pela inglesa Frances Hardinge me fez babar em todos os sentidos. A capa do livro é maravilhosa, sendo uma das mais belas que eu vi em toda minha existência. Percebi um grande capricho com a diagramação. Realmente sem palavras. A Editora Novo Século está de parabéns com sua equipe.
A respeito do conteúdo, esse nem se fala. Frances Hardinge escreve de uma maneira bem envolvente. Pode parecer clichê, mas é difícil encontrar as palavras adequadas para exprimir a experiência maravilhosa que tive com essa leitura.
A obra começa falando de Triss Crescent despertando após um acidente. O início do livro é meio confuso. Entretanto, o adjetivo confuso não pode ser visto de uma forma negativa dentro da obra. Notamos que a autora cria esse estilo para aguçar nossa curiosidade para termos o desejo de sempre saber mais. Talvez, seja melhor qualificar o estilo como enigmático. Perfeito! O livro traz enigmas que precisam ser desvendados.

Que História!!!
Quando a protagonista Triss Crescent desperta de seu acidente, ocorrem coisas estranhas ao seu redor. Ela não entende o porquê de nada. Seus cabelos aparecem com folhas e terra. O seu corpo atraí tesouras. Em seus olhos, há teias de aranha no lugar de lágrimas. Sua fome é descomunal, fazendo com que ela se alimente até de objetos como botões, bonecas, etc. Ela enxerga bonecas falando. E sua irmã mais nova tem um certo medo sela sem justificativas aparentes. Essas situações fazem com que ela fique meio isolada e não tenha coragem de desabafar com seus pais.
O livro é narrado em terceira pessoa. O narrador não é onisciente, entretanto, percebemos que ele sabe tudo que a Triss pensa. A impressão que eu tive foi que a localização desse narrador é dentro do corpo da protagonista. Ele conta tudo a partir da visão e do conhecimento dela. O que ela sabe, ele sabe. O que ela não sabe, ele desconhece. O que ela descobre, ele compartilha da descoberta. Tal forma de narração fez-me crer que a obra funcionaria muito bem se também fosse narrada em primeira pessoa, pois a comunhão de conhecimentos entre protagonista e narrador é perfeita.
Por conta dos mistérios envolvidos é muito difícil parar com a leitura. Ficamos ansiosos pela solução do enigma que gira em torno do acidente de Triss.
O livro contém 319 páginas. Na página 97, desvendamos um grande enigma. Nesse momento, pensei: "Como assim? Já?"
Não posso revelar o grande segredo do livro, mas adianto que essa sacada da autora foi maravilhosa. Ao desvendar o mistério, Triss fica muito mais interessante, pois esse conhecimento exige um novo jeito de se portar. Nesse ponto, ficamos curiosos para saber quais serão as atitudes dela diante dessa grande descoberta. E o legal de tudo é que a solução do grande enigma gera inúmeros enigmas menores que precisam ser desvendados. Resumindo, temos mistérios que solucionados geram novos mistérios. A curiosidade não nos deixa largar o livro.
Um ponto interessante é que a protagonista tem apenas onze anos de idade. Com a descoberta do grande mistério, vemos que ela é obrigada a amadurecer rapidamente para poder lidar com a situação nova que surge em sua vida.
Enfim, o livro é maravilhoso pois nos leva a refletir constantemente sobre as descobertas que fazemos em nossas vidas e quais escolhas devemos tomar diante delas.
Apesar da resenha meio longa, afirmo que tudo que escrevi é pouco diante da experiência maravilhosa que tive com essa leitura. Estou curioso para ler outros livros da escritora e descobrir se são tão geniais como "Canção do Cuco". Realmente, esse livro ficará guardado em meu coração como um dos melhores que já li em minha vida. Se eu pudesse, compraria um exemplar para dar de presente a todos meus amigos. Creio que amantes da leitura não podem passar suas vidas sem lerem essa obra. A Editora Novo Século está de parabéns com essa publicação.
Se você gostou da resenha ou se já leu o livro, compartilhe sua opinião nos comentários. Estou bem curioso para saber o que vocês estão pensando a respeito do livro. Muito Obrigado!

site: http://filosofodoslivros.blogspot.com.br/2015/11/cancao-do-cuco-de-frances-hardinge.html
Fernando Lafaiete 14/11/2015minha estante
Não conhecia este livro. Você está de parabéns, sua resenha ficou muito boa e me despertou a vontade de ler esta obra.


acacio.alves.50 14/11/2015minha estante
A autora é muito boa e premiadíssima. Não à toda, "Canção do cuco" já é considerado um clássico instantâneo (o Sunday Times o escolheu como um dos 100 melhores clássicos infantojuvenis modernos). Merecidíssmo!

Parabéns pela resenha, Fernando. Você irá adorar o próximo livro da Frances, "A Árvore da Mentira".


Milla Alboni 17/11/2015minha estante
Eu já estava louca para ler esse livro ,agora com a sua resenha estou mais ainda rs Deve ser realmente uma história incrível !


Anna 19/11/2015minha estante
Fernando, estou iniciando a leitura por causa de sua resenha rs.


Helder 16/12/2016minha estante
Resenha sensacional. Entrou na minha lista de desejados.




Bina 18/06/2022

Que livro bom, uma fantasia infanto-juvenil com um tom meio sombrio onde a gente acompanha uma protagonista criança tentando entender quem é e o que acontece a sua volta. Em alguns momentos achei a personagem muito parecida com a protagonista de outro livro da autora, não sei se é porque já tinha lido o outro livro e a história já esta muito presente na minha cabeça ou se a autora sempre escreve personagens semelhantes, mas de qualquer modo me diverti muito durante a leitura.
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Geórgea 25/01/2017

Canção do Cuco
Aproximadamente no ano de 1923 Theresa Crescent, mais conhecida como Triss, foi passar as férias com os pais, Celeste e Piers e a irmã Penny, em Lower Bentling como de costume. Conhecida por ser muito frágil e estar sempre doente, ela assusta os pais ao cair em um lago e após acordar de uma noite de delírios e febre, ela alega não lembrar de nada. A menina volta com um comportamento estranho, com uma fome insaciável e despertando medo na irmã mais nova, que passa a atacá-la verbalmente alegando que ela não é a sua irmã. O que Triss não conta para ninguém é que antes de acordar ela ouviu um riso inquietante proferindo a seguinte frase: “sete dias”.

Triss passa a ser atormentada das mais variadas formas e não sabe o que está acontecendo com ela, por muitas vezes se pergunta se não está ficando louca. Ela passa a ver objetos inanimados ganhando vida na sua frente e sente fome por coisas nada convencionais, mas que parecem ser as únicas que a acalmam. As férias são abortadas e os pais decidem retornar para sua casa em Ellchester, mas os fatos sobrenaturais parecem perseguir a garota. Tesouras voam em sua direção, Penny se mostra cada vez mais agressiva com a irmã, os pais estão estranhos e temem que alguém tenha empurrado Triss no lago, além de comentarem sobre certas cartas. Ela não lembra de nada, inclusive da sua casa, e ao chegar lá se vê em um mundo diferente e as lembranças começam a voltar.

“É a minha irmã, Penny. Pen. Tem nove anos. Costumava ter amigdalite. O primeiro dente de leite caiu quando ela foi morder alguém. Teve um periquito, mas esqueceu de limpar a gaiola, e ele morreu. Ela mente. Ela rouba. Ela grita e atira coisas. E… e ela me odeia. Odeia de verdade. Posso ver nos olhos dela. E não sei por quê.”

Em uma dessas jornadas explorando a casa, que ainda é um ponto de interrogação para Triss, ela descobre um quarto intacto e parado no tempo, o quarto é de seu irmão mais velho Sebastian, que morreu na guerra quando ela era pequena. O fato é que uma gaveta está cheia de cartas do falecido irmão e isso desperta a curiosidade dela. Como o irmão que está morto está escrevendo cartas? E como essas cartas chegam até lá? É isso que ela deseja descobrir.

Além de investigar as supostas cartas do irmão, Triss passa a investigar sua irmã também. Ao seguir Penny, ela descobre que a irmã se encontra com uma figura estranha que chamam de “O Arquiteto”. Ao ouvir suas conversas ela acaba descobrindo coisas que não esperava e mais do que suportava ouvir. E a partir dessas revelações temos o início de uma corrida para descobrir a verdade nesse labirinto de mentiras.

Minha Opinião

Desde o começo fiquei super intrigada com esse livro. A história que praticamente pesava no ar ao meu redor me rendeu boas dúvidas, e logo no começo já fiquei encantada com o que eu estava lendo, e que me surpreendia a cada página, prometendo ser um dos melhores livros. Todo esse mistério em torno dos pais, as cartas do irmão morto, essa mania de sempre passar a mão na cabeça de Triss alegando que ela estava doente e não podia sair de casa nem ter contato com ninguém, enquanto que Penny recebia apenas indiferença e xingamentos. Tudo isso contribuiu para atiçar a minha curiosidade.

Enquanto eu acompanhava tudo que Triss estava passando, mesmo sem ela saber o que ela era, como foi parar lá e todos os ataques da irmã alegando que ela era uma impostora, colocaram minhas engrenagens para funcionar e imediatamente tentei fazer uma ligação entre os eventos. Imaginem a minha frustração ao perceber que nada encaixava? Toda a hora pensamos que Triss enlouqueceu. Todas as desculpas que os pais dão é que ela está muito doente, não temos maiores explicações e isso acaba inflando ainda mais a curiosidade do leitor até o ponto de devorarmos o livro atrás de respostas.

“Pen me odeia. Ela adoraria me ver agora descendo as escadas chorando, soluçando por ter encontrado folhas secas no cabelo. Ela quer que eu pareça louca, para que me mandem embora, me coloquem num hospício. Assim ela teria toda a atenção que sempre quis. Ela faria qualquer coisa pra que isso acontecesse.”

O livro é super confuso e diferente de tudo que eu já li por aí. Toda essa amnésia de Triss, a forma como ela lida com os fatos novos, essa agressividade da irmã, serviram para deixar um grande clima de mistério no ar. A todo momento eu ficava apreensiva em saber qual o próximo passo e descoberta dela. Por muitas vezes eu me questionava se a louca da história não era eu, pois nada estava fazendo sentido e nada do que eu conhecia parecia se encaixar nisso. Só imaginava que estava na frente de um ser que eu nunca tinha ouvido falar.

As atitudes que ela toma, os fatos que acontecem com ela, tudo isso, confesso, me apavorou um pouco e por muitas vezes pensei estar na frente do meu novo livro favorito. Porém, depois da metade da história, a trama decaiu muito, e apesar de revelar uma boa resposta para os comportamentos da garota, achei bem fraco o final. E, durante a narrativa, a transformação da menina monstro e com tendências de ser meio maluca em uma doce garotinha acabou não convencendo.

As quatro estrelas foram mais pela originalidade, pela capa que está bem aterrorizante e contribuiu para a atmosfera sombria do livro, além das orelhas que possuem desenhos muito interessantes e que só foram fazer sentido depois de um bom tempo de leitura. A autora apresentou uma proposta completamente diferente nesse livro. Ele tinha tudo para ganhar um coração, mas infelizmente a história deixou a desejar depois de um tempo. Acredito que com a intenção de fazer algo completamente fora do convencional, a autora se perdeu e esqueceu de manter a linha de terror que ela estava empregando desde o começo.

“Eu já ficaria ansiosa se fosse somente a perda de peso, ou o jeito que ela come, come, come feito maluca… feito uma nuvem de gafanhotos! Mas… tem algo além disso. Ela está diferente. Tem algo de lento e esquisito no jeito com que ela fala comigo. Como se ela parasse para escutar outra pessoa antes de me responder. É mais do que um sintoma que me preocupa, é… sinistro. Ela nunca teve um gênio difícil, mas agora tem. Às vezes nos olhos dela eu vejo… uma coisa selvagem que não sei o que é! Não sei o que é! Não sei o que está fazendo no rosto da minha filhinha!”

As duas irmãs contam com a ajuda de pessoas inusitadas nessa jornada em busca da verdade. O fantástico e o sobrenatural passam a caminhar de mãos dadas com elas. A figura enigmática do arquiteto parece estar em todos os lugares a espreita delas, e estamos sempre com a constante sensação de que não podemos confiar em ninguém. Um mundo completamente desconhecido revela-se, e pactos diabólicos, assim como magias antigas de um povo já esquecido entram para dar um novo rumo a essa história. Tudo isso parece não fazer sentido separadamente, mas conforme os segredos são revelados, a essência do que está acontecendo aparece.

Apesar de tudo isso, mergulhei nessa história. Esse é um livro muito inquietante. E vale lembrar que Penny é uma das personagens mais cativantes da história. No começo ela aparenta ser chata e mimada e passa uma ideia de ciúmes de irmã mais nova querendo atenção, mas com o tempo ela mostra que apesar da idade é muito madura, destemida e inteligente. E conforme adentramos na narrativa observamos a sua evolução e a forma como aprende a conviver com o ser que está no lugar da sua irmã, pois a culpa passou a consumi-la. O ar de terror psicológico que estava presente no início foi dissipado com o tempo e acabou sobrando um terror bobinho com toques infantis e com um final fraco. No entanto, é uma leitura muito prazerosa e quem não está atrás de algo tão apavorante, mas com toques de terror, essa é uma boa escolha.


site: http://resenhandosonhos.com/cancao-do-cuco-frances-hardinge/
Antony 03/01/2018minha estante
Achei que a narrativa decaiu demais depois da revelação central da trama (SEM SPOILERS). Depois começou a ficar patinando, sem desenvolvimento nenhum. Daria muito bem para ter escrito outra história com a mesma ideia (Que eu achei sensacional)...




Karini.Couto 21/11/2015

Uma história intrigante que me pegou logo no começo me fazendo querer avançar e lutando contra o sono na madrugada, pois eu precisava dar continuidade, e saber o que estava acontecendo com Triss Crescent!



A história começa com Triss despertando de uma queda no lago; coisas estranhas cercam a jovem .. Como sua fome insaciável, sua estranheza com relação aos seus sentimentos e como deva se portar.. Tesouras sendo atraídas de maneira sinistra, bonecas falantes.. A jovem acorda algumas vezes com terra e folhas no carpete e em seus cabelos de maneira inexplicável.. Pouco a pouco Triss descobre que pode se alimentar de coisas e não apenas alimentos normais.. Sua irmã Penny é a única que parece notar a estranheza que cerca Triss, enquanto seus pais apenas querem mantê-la sob seu domínio e cuidados.



"Ela mente. Ela rouba. Eça grita e atira coisas. E... e ela me odeia. Odeia de verdade. Posso ver nos olhos dela. E não sei por quê."



A jovem Triss a princípio não entende o que está acontecendo consigo, e lhe bate o desespero tentando ser a filha perfeita, a filha dos Crescent. Sua irmã Penny além de sentir medo de Triss parece odiá-la com todas as suas forças e não mede energias para espantar Triss e tentar fazer com que as pessoas ao redor percebam quem ela é na verdade!



"- O que eu sou?

- Boneca de pano, boneca de espinho, boneca do sétimo dia! Boneca cruel! Boneca assassina!"



A história é narrada em terceira pessoa e nos apresenta um mundo fantástico e tenebroso; onde erros são cometidos por conta de ciúmes, inveja, sofrimento, dor, amor, amizade; as irmãs Crescent são fantásticas! Cada uma com suas particularidades; não são perfeitas, pelo contrário são cheias de defeitos que levam ambas a situações onde o caminho de volta promete ser árduo e assustador levando o leitor a um pique de curiosidade e agonia lancinantes.



As personagens são meninas de 13 anos (Triss) e Penny (9 anos), que apesar da pouca idade, são personagens intrínsecos, cheios de personalidade e características marcantes! Fiquei completamente apaixonada pela coragem de Penny e muito tocada pela forma como Triss consegue sentir e decidir quem quer ser de verdade, qual caminho seguir, mas não antes de ponderar todas as opções e consequências de cada ato; não antes de mostrar seu lado mais sombrio. Ser altruísta não é algo que qualquer um possa demonstrar, mesmo que seja seu maior desejo.



"Agora não tem ninguém pra me julgar, pra me criticar. Ninguém pra impressionar, ninguém pra desapontar. Chegou o momento de descobrir quem eu realmente sou."




Penny apesar de emburrada, ciumenta e desesperada por atenção de seus pais.. Mesmo depois de cometer um ato impensado, onde não mediu bem as consequências, é capaz de demonstrar amor e lealdade, e também culpa .. Mas mesmo assim sempre justificada por coisas que a fizeram agir como agiu.





Concluindo.. A Canção do Cuco promete revelar segredos e um lado completamente novo e sombrio levando o leitor a adentrar completamente o mundo de Frances Hardinge. Adorei cada página virada .. Amei o mundo fantástico e arrepiante criado por Frances, assim como a redenção encontrada pelos personagens diante atos duvidosos.


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@lendosonhando 29/11/2015

Cancao do Cuco
Triss eh uma garota de 13 anos q apos sobreviver a um quase afogamento em um lago comeca a perceber coisas estranhas ao seu redor: tem uma fome insaciavel, objetos inanimados incluindo suas bonecas comecam a se mexer sozinhos, seu irmao Sebastian que morreu na guerra manda cartas para a familia, e quando Triss chora ao inves de lagrimaa saem teias de aranha!. Sua outra irma Pen parece saber de algo e nutre um profundo odio por Triss. O que sera que esta acontecendo? Para quem gosta do genero recomendo
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Saulo.Moreira 12/01/2017

Uma deliciosa fábula com toques de suspense psicológico.
Canção do Cuco é uma fábula escrita por Frances Hardinge, britânica e premiada escritora de infantojuvenil e jovem adulto.

O livro tem como pano de fundo, os Crescent, uma tradicional família inglesa do início do século passado e ocorre no período pós-primeira guerra mundial. Começa como um suspense psicológico e no decorrer da trama se mostra como uma fábula.

Triss Crescent é a personagem principal e tudo se inicia quando ela acorda após um acidente que sofreu em um lago onde a família passava as férias. A escrita da Frances me prendeu logo de cara, a forma com que ela consegue nos colocar no lugar da personagem principal é primorosa.

Vi alguns comentários sobre o livro dizendo que o começo é lento e confuso, na verdade não é, o início é peculiar. A autora nos deixa sem saber exatamente o que está acontecendo, afinal de contas, a protagonista acorda sentindo muita dor de cabeça e sem conseguir se recordar do acidente e de tantas outras coisas. E a construção dos primeiros capítulos nos coloca dentro da cabeça de Triss.

O suspense vai crescendo, Triss começa a ter problemas para dormir, sente uma fome descomunal e, ainda que coma muito, perde peso. Fora que ela passa a ver coisas estranhas que não sabemos se existem ou estão somente na cabeça dela.

Essa foi a melhor parte do livro para mim, o desenvolver da condição da protagonista e a crescente dúvida se tudo aquilo acontecia mesmo ou a menina estava ficando louca. Foi na revelação deste mistério que o ritmo do livro se alterou e eu perdi parte do gosto pela leitura.

Preciso fazer uma observação aqui, eu sou consumidor de suspense e amo temas psicológicos, a autora escreve literatura infanto juvenil, logo, não poderia dar soluções extremas aos conflitos. Logo, não seria um livro no estilo que eu mais gosto, por isso, desanimei um pouco, mas não é erro ou defeito no livro, eu não sou o público-alvo.

O livro foi indicação de um colega autor e resenhista, o Fernando Nery do Filósofo dos Livros. Ele disse que eu gostaria pela forma que a autora trata o psicológico da personagem principal e foi uma dica acertada, o livro não entra para a lista dos meus prediletos, mas é muito bom. Eu comecei a ler sem ver nada sobre o livro, nem mesmo a sinopse, talvez eu gostasse mais se eu já soubesse que não era um suspense psicológico.

Tanto a autora, quanto os responsáveis pela diagramação, acertaram na mosca. Pensamentos de personagens devem ser ressaltados em itálico ou virem entre aspas, às vezes usam os dois juntos, eu acho que fica feio, mas não vem ao caso. Fizeram diferente no “Canção do Cuco”. As inferências da Triss foram marcadas com uma fonte diferente da usada como padrão no livro. Uma fonte que lembrava escrita a mão e deixava os pensamentos mais infantis e marcantes. O que é excelente, já que a protagonista tem 11 anos.

Eu não abandonaria o livro por causa da diferença que senti no clima e no ritmo, mas ler uma conversa em um grupo do Facebook me fez voltar ao ritmo normal de leitura. Era um grupo de literatura, estou em vários e não me recordo em qual ocorreu. O fato é que alguém perguntou sobre como indicar um livro para uma leitora pré-adolescente e a resposta de uma das integrantes do grupo foi algo mais ou menos assim: “eu sempre olho a idade dos personagens, uma história sobre meninas de 13 anos costuma ser boa para leitores de uns 13 anos também”. Foi aí que eu pensei, o livro é sobre uma menina de 11, não dá para esperar um suspense psicológico com questões que façam um cara de 32 perder o sono.

Eu não me arrependo de ter seguido com a leitura. A fábula é muito bem desenvolvida e traz seres curiosos e intrigantes. Também temos outros personagens marcantes que ganham mais destaque até o final da obra. Comento duas: Pen Crescent, irmã caçula de Triss que demonstra muito ciúmes e briga pela atenção dos pais e Violet Parish, uma mulher perdida e desviada, capaz de ouvir Jazz, andar de motocicleta e morar sozinha.

Ainda que infanto juvenil, o livro não explica todos os pormenores da trama. Frances soluciona todas as questões importantes e deixa alguns detalhes abertos a interpretação e discussão, gosto disso. Afinal de contas, nas palavras da própria autora:


“Porque o mundo, meu amigo, não é claro. É escuro feito chouriço. Então se você o enxerga claro como cristal, tem alguma coisa errada com os seus olhos. Ou talvez você não use os seus olhos”.

site: http://todoerradosm.blogspot.com.br/2017/01/cancao-do-cuco-uma-deliciosa-fabula-com.html
Helder 23/06/2017minha estante
Cara, tenho 44 anos e como vc TB adoro suspense. Tb li este livro sem ler resenhas, mas ele a princípio me pegou pela capa e sinopse. Mas preciso dizer que me rendi a escrita da autora. Os personagens são ótimos e ela criou um mundo completamente inédito e crível. Estou órfão após a leitura e virei fã da autora.




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