la belle 30/05/2014
Doce, terno e melancólico...
Eu não sei porque, mas todos os livros que li, em que o personagem principal era mestiço ou índio, mesmo sendo um romance com final feliz, me deixava com uma nota de melancolia no coração. Talvez seja porque todos eles, meio que mostrava o desespero, e um tanto da luta vã que foi a resistência dos índios ao colonizador branco. O choro, as mortes, injustiças, e acima de tudo, algumas das cruéis facetas do que foi o preconceito e a falta de respeito para com os índios. Neste livro nos é apresentado o sarjento Le Beau, mestiço de olhos claros, que em meio a amargura pelo que o homem branco fazia com o seu povo, veio a se apaixonar perdidamente pela noiva branca do seu maior inimigo, Norah. Uma irlandesa impetuosa, que cheia de sonhos ingênuos ao chegar em Greenwood, se viu também apaixonada pelo mestiço de olhos claros, mas como já estava prometida em casamento ao Slade, um homem (ou seria animal?) muito violento, se viu presa ao compromisso assumido. Em meio à fortes emoções, Norah foi aos poucos despetalando seus sonhos após o casamento, em meios às violências que sofria, tanto de ordem sexual, quanto física. Pois bem, após uma série de desventuras os destinos dela e de Le Beau voltam a se encontrar e juntos terão que lutar contra uma série de adversidades até poderem ficarem final e realmente juntos.
Não sei porque, mas este livro meio que me causou a impressão que se fosse uma história verdadeira, Raio Prateado (nome índio de Le Beau)e Norah não teriam conseguido ficarem juntos no final, pois Le Beuau não teria sobrevivido a um certo acidente que ele sofreu na história, e isso meio que me deixou com uma impressão triste ao chegar ao final do livro. Uma bela e comovedora história. The End!