Sagarana

Sagarana João Guimarães Rosa




Resenhas - Sagarana


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Vic Moro 09/02/2022

Imperdível!!!
João Guimarães Rosa é um gênio que deveria ser ainda mais conhecido. Não só por sua capacidade narrativa, mas pelas criações linguísticas empregadas em seus textos.
São contos impecáveis, divertidos, quase como parábolas, das quais podemos tirar inúmeras lições (e aprender tantas outras a cada releitura).
Com um regionalismo universal impecável, Guimarães Rosa abre as portas para um sertão, muitas vezes, deconhecido, porém cheio de mistérios, aventuras e lições de vida (ta aí pq é universal kkk).
Um livro complexo e cujas interpretações são infinitas. Cada vez que lemos, é uma descoberta única e maravilhosa.
Entre os meus contos favoritos:
-Traços biográficos de Lanino Salâthiel ou A volta o marido pródigo (como não amar esse mau-caráter hahaha);
-Duelo (não sei pq gostei, mas gostei);
-Minha gente (maravilhoso, muito divertido de ver as jogadas feitas por Maria Irma);
-Corpo fechado (ameiii);
-A hora e a ves de Augusto Matraga (meu preferido, afinal, como não se interessar por uma história de redenção?!).

Enfim, gostei do livro todo, praticamente, kkkk. Mas vale muito a pena. Mesmo.

E, se vc estiver em seu primeiro contato com o autor, não se assuste. Conforme vc for lendo, vai começando a fluir numa boa. Ah, e nem queira entender todas as nuançes do livro de primeira, segunda ou, até, terceira vez kkkk. Acho que mesmo lendo esse livro umas mil vezes, vou descobrir coisas novas toda vez!

Recomendo!!!

Primeira leitura: 22/08/2020
Primeira releitura: 09/02/2022
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theananalu 03/02/2022

superou minhas expectativas
no começo eu achei que seria mais uma leitura cansativa que eu não ia entender nada, mas me apaixonei por vários contos e me deixou com vontade de conhecer as outras obras do autor
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zip 29/01/2022

Voltei só para falar que achei esse livro o mais incrível entre os obrigatórios da UFPR-2022. O autor, devido seus conhecimentos sertanejos e a sua capacidade linguística, consegue estabelecer diálogos incríveis com a descrição de um lugar com atividades voltadas ao povo do campo.
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Gabriel Oliveira 26/01/2022

Monumental
Sem sombra de dúvida: Sagarana é o melhor livro de contos que eu já li na minha vida.

Confesso abestalhado que de início eu não gostei muito. "O burrinho pedrês", conto que abre o livro, é sim uma obra prima; mas é uma obra complexa e truncada, embora traga um trecho que é talvez uma das mais ousadas invenções poéticas de toda a literatura brasileira:

"(...) As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralos de guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do gado junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de lá do sertão..."

O livro é cheio de trechos assim, que misturam e embaçam a fronteira da prosa-poesia. Talvez a invenção poética seja um dos maiores méritos do escritor, que junta também homem e natureza numa coisa só. O sertão aqui é mágico, pintado em trechos cantados, ao estilo cordel ou canção medieval. Fauna e flora abundam nas letras do cordisburguense. Você provavelmente vai sair da leitura querendo conhecer mais sobre plantas e passarinhos.

Já que o livro abre com um conto difícil, qual seria uma ordem de leitura que ajudasse nessa questão? Pessoalmente, não tenho a resposta certa. O que eu diria é que "Duelo", "A volta do marido pródigo" e "Minha gente" são ótimas pedidas para começar a engatar a leitura caso o primeiro conto trave as engrenagens.

E o que dizer do "grand finale" encabeçado por "A hora e vez de Augusto Matraga"? Um conto extraordinário, que transborda humanidade. Terrível e lindo, encantador e assustador. Assim é a vida, contraditória e esquisita: derrama-se sangue para obter a paz, e tudo termina em desgraça. Somente leiam.
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Alberto 20/01/2022

O faroeste caboclo em estado puro, descrito com sensibilidade e poesia.
São contos, na sua maioria curtos, que compartilham com o "Grande Sertão: veredas" do mesmo autor algumas temáticas, mas são menos ousados e difíceis que aquele quanto ao uso da linguagem, são mais "acessíveis". São boas histórias, muito bem escritas, repletas de lances patéticos e dramas humanos. O grande destaque é a história do burrinho pedrês, um conto tão bom que não pode ficar fora de nenhuma antologia: um faroeste caboclo contado de forma inteligente e cheio de lições morais.
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Maíra Marques | @literamai 13/01/2022

bookstagram: @literamai
? ?E assim se passaram pelo menos seis ou seis anos e meio, direitinho deste jeito, sem tirar e nem pôr, sem mentira nenhuma, porque esta aqui é uma estória inventada, e não é um caso acontecido, não senhor.?
??
?? Escrito em 1946 por João Guimarães Rosa, "Sagarana" reúne nove contos sobre o Sertão, provavelmente de Minas Gerais. É o meu segundo contato com a narrativa do autor, e confesso que ainda estou "me adaptando" ao seu estilo.
??
A escrita de Guimarães Rosa e repleta de detalhes, o que obriga o leitor a estar atento a história a todo tempo. A maior parte dos contos é em terceira pessoa.
??
Por ser o livro de estreia do autor, o ideal seria ter começado por ele, o que não foi o caso. Apesar disso, achei "Primeiras Estórias" de mais fácil compreensão do que "Sagarana", talvez por ser mais curto. Ambos realizei a leitura com o auxílio do áudiolivro do aplicativo @tocalivros. ?
??
No mais, a edição dos livros do autor da @globaleditora são muito bonitas e pensadas com muito cuidado e carinho, preservando a essência de Guimarães. Uma coleção belíssima que está crescendo aos poucos por aqui.
??
Apesar de não ser um livro de fácil de ler (na minha experiência com ele), vale muito a pena! Obras como essa nos aproxima de um Brasil distante do que temos hoje, mas que é importante conhecer.
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Vitor.Hugo 10/01/2022

Original e brilhante!
Poucos são os autores que conseguem criar uma linguagem tão única como essa que Guimarães consegue extrair em Sagarana. O livro reune novelas situadas no interior de Minas Gerais, trazendo histórias cheias de detalhes do ambiente e das pessoas que lá vivem. Pode ser que, no início, você se depare com uma narrativa meio complicada devido ao regionalismo, neologismos ou o ritmo de narração. Porém, são justamente esses elementos - e outros mais - que caracterizam o estilo do autor, nos fazendo afundar de cabeça no livro. Peço que leia de mente aberta, prestando atenção nos detalhes, nas cenas descritas, que tudo valerá a pena!
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Vanderni 06/01/2022

Perfeito.
Primeiro livro que leio do autor. Surpreendente e singular, marcado por um regionalismo único, uma oralidade gostosa, embora eu desconheça muitas das palavras que utiliza. O contexto, em regra, esclarece o sentido. Talvez o melhor livro de contos que já li.
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isalvetti 18/12/2021

Só li pro vestibular
Essa é a realidade. Comecei em 2017 e só fui terminar agora, pq tenho agonia de coisa incompleta. Mas é um livro bem dificil de ler, principalmente se tratando de uma galera mais nova.
Luiz993 12/05/2023minha estante
Também tenho agonia por coisa incompleta. Estou terminando Dom Quixote de la Mancha depois de anos, o segundo terço do livro (pg. 330 a 700 foi um porre). Por isso te entendo, mas Sagarana eu tive que refrear a leitura para não terminar de uma vez, e prolongar o prazer com essa obra que amo.




bobbie 11/12/2021

Difícil, porém canônico.
João Guimarães Rosa não é um escritor fácil de ler. Na verdade, dá muito trabalho. Mas todo trabalho árduo tem seu valor, que faz valer à pena o esforço para chegar ao final. Trata-se de um livro de 9 contos lançados em 1946. Guimarães Rosa fala do sertão de Minas Gerais e tudo o que vem com ele: os jagunços, o linguajar, a natureza, a violência, os causos, os contos. O autor usa uma linguagem regionalista e abusa da riqueza descritiva da paisagem, da fauna e flora locais, com seus nomes, sons, cheiros. Os contos que mais me chamaram a atenção foram, Sara Palha: a tristeza é palpável neste conto, quando dois primos ficam para trás numa cidade abandonada por um povo com medo de uma epidemia de malária. A dor do final da vida se entrelaça à dor da honra magoada, quando um dos primos revela, por desencargo de consciência, que sentia atração - e nada mais (nada aconteceu) - pela mulher do outro. O segundo conto que mais me tocou foi, claro, A hora e a vez de Augusto Matraga: uma viagem de redenção de um homem que tenta se tornar digno de ser salvo por Deus quando sua hora chegar. E, quando a hora chega, ele precisa colocar à prova toda o seu esforço.
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@li.varal 11/12/2021

Um livro para ler e reler
Guimarães Rosa é o meu autor preferido. Sagarana é seu primeiro livro publicado. Mas acho que não recomendaria essa obra pra quem nunca leu nada dele. Quem sabe começando por contos específicos. A hora e a vez de Augusto Matraga é o mais conhecido e foi o meu preferido. Gostei muito também de: Corpo fechado, Duelo e Traços biográficos de Lalino Salãthiel. É um livro que vale ser lido e relido. São tantas as passagens tocantes r profundas que é difícil selecionar as melhores. Mas aí vai uma tentativa:

?Quem viaja por terras estranhas, vê o que quer e o que não quer!? (71)

?Viver de graça é mais barato? (100)

?Era, mesmo, e as mulheres têm sempre razão? (157)

?Pediu que o levassem para a cama; mas já era outro homem, porque chorar sério faz bem? (160)

?Atônito, Turíbio arregalava os olhos, e sentia o medonho que é a falta de tempo para a gente poder pensar? (166)

?Raspe-se um pouco qualquer mineiro: por baixo, encontrar-se-á o político?? (181)

?A estrada do amor, a gente já está mesmo nela, desde que não pergunte por direção nem destino. E a casa do amor - em cuja porta não se chama e não se espera - fica um pouco mais adiante? (208)

?Há momentos em que qualquer um é obrigado a ser herói?? (257)

?O medo é uma pressa que vem de todos os lados, uma pressa sem caminho?? (270)

?Sorte nunca é de um só, é de dois, é de
todos? Sorte nasce cada manhã, e já está velha ao meio-dia?? (298)

?Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua? (306)
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Rodrigo.Yugi 13/11/2021

Clássico da literatura
Sagarana é um marco na literatura brasileira. Cada história é capaz de cativar o leitor e instigar a leitura para se descobrir o final de cada personagem.
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