Laís 11/03/2013Intrigas, traições, mortes suspeitas e um segredo capaz de abalar toda uma estrutura milenar. No melhor estilo de "O nome da rosa", Soberano nos leva à cidade de York em pleno reinado de Henrique VIII, alguns anos após sua reforma religiosa que dividiu a Inglaterra. Acompanhamos mestre Shardlake, um advogado londrino e seu assistente, o jovem Barak no perigoso jogo de poder em que se envolvem ao lidar com suposições que colocam em risco o reinado de Henrique VIII.
O autor tenta nos levar à Inglaterra do século XVI e de fato consegue, nos fazendo sentir como era o cheiro, as cores e a vida de York. Porém, ao fazê-lo, torna-se por vezes repetitivo e usa uma linguagem cansativa, mas nada que interfira no gosto pela leitura do livro.
Não espere se encantar por nenhum personagem pois como dito no começo dessa resenha, a história mostra a fundo o jogo de poder e ambição que se desenrolava na corte. Somos apresentados aos mais vis personagens, sedentos por poder e acabamos odiando todos eles. Por vezes, até mesmo o próprio mestre Shardlake, com sua teimosia cega nos deixa irritados.
Soberano é um ótimo livro para quem gosta do estilo e apesar de ter algumas passagens previsíveis (inclusive o final), nos leva a viver, nem que por alguns instantes, a época de Henrique VIII.