marypaixao 07/09/2010Meg tem cabelo azul e só pensa em sair da cidade e conhecer o mundo. Numa noite envolvendo bebida, maconha e trilhos de trem, ela conhece John, um policial que que resolveu ficar e proteger e que resolve ensinar a Meg uma lição.
O livro fala muito de limites estabelecidos e quebrados, mas mesmo assim é um livro muito doce. É contado pela Meg, então tem uma linguagem fácil e adolescente. E a Meg é uma adolescente que encontrou na rebeldia dos cabelos coloridos, respostas sarcásticas e comportamento provocante um meio de escapar de um trauma. E quando ela conhece o John, tudo muda e eles começam a se relacionar, no começo com o ‘objetivo’ de não se relacionar.
A relação deles é linda, turbulenta, cheia de cumplicidade e ao mesmo tempo cheia de espaços vazios. O livro é pequeno, tem pouco mais de duzentas páginas, mas eu, pelo menos, li tão rápido que não me importaria de ter mais quatrocentas páginas pra ler. É interessante ver como o título faz tanto sentido com o passar da história, com os dois se levando além dos limites que eles mesmos estabeleceram pra poder não encarar de frente o passado que eles escondem.
O livro é perfeito. Me apaixonei pelo John tanto quanto a Meg, odiei algumas coisas que ela faz pra se esconder, chorei litros ao perceber o que os dois tentam esquecer. E a capa é um show à parte. Perfeita demais. Recomendo³.