O  Existencialismo é um Humanismo

O Existencialismo é um Humanismo Jean-Paul Sartre
Vergílio Ferreira




Resenhas - O Existencialismo é um Humanismo


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Vi Galt 06/06/2024

Sempre Sartre
Uma releitura muito boa sobre nossa essência.
Sou suspeita de falar porque Sartre pra mim foi um ápice e sou bem adepta de suas ideias.
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Helo 01/06/2024

Li por causa da faculdade. Não gosto dessa matéria, então não me acho apta para falar do livro em si.
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Yuri Gagarin 29/05/2024

Curtíssimo e incrível. Esse homem é simplesmente um máquina. Achei um pouco difícil de entender o conceito básico de existencialismo no começo e vi que requer um pouquinho de bagagem histórica, mas ao menos pra mim foi só no começo, o resto fluiu super de boa. Dou 9/10
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Liar1 27/05/2024

Página 17
As mesmas pessoas que adoram canções realistas são aquelas que reclamam que o existencialismo é muito sombrio, a tal ponto de eu me perguntar se eles não estão se queixando mais do otimismo do existencialismo do que, na verdade, de seu pessimismo. Pois, no fundo, o que amedronta na doutrina que tentarei lhes apresentar não seria, exatamente, o fato de ela dar uma possibilidade de escolha ao ser humano?

Página 20
Fazer a escolha por isto ou aquilo equivale a afirmar ao mesmo tempo o valor daquilo que escolhemos, pois não podemos nunca escolher o mal; o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem sê-lo para todos.

Página 21
O homem que se engaja e que se dá conta de que ele não é apenas o que escolhe ser, mas é também um legislador que escolhe ao mesmo tempo o que será a humanidade inteira, não poderia furtar-se do sentimento de sua total e profunda responsabilidade.

Página 24
O existencialista vê como extremamente incômodo o fato de Deus não existir, pois com ele desaparece toda possibilidade de encontrar valores em um céu inteligível; não é mais possível existir bem algum a priori, uma vez que não existe mais uma consciência infinita e perfeita para concebê-lo, não está escrito em lugar algum que o bem existe, que é preciso ser honesto, que não se deve mentir, pois estamos exatamente em um plano onde há somente homens.

Por outro lado, se Deus não existe, não encontraremos a nossa disposição valores ou ordens que legitimem nossos comportamentos. Nós estamos sós, sem escusas. O homem está condenado a ser livre. Condenado, pois ele não se criou a si mesmo, e, por outro lado, contudo, é livre, já que, uma vez lançado no mundo, é o responsável por tudo que faz.

O existencialista não crê no poder da paixão. Ele nunca pensará que uma bela paixão é uma torrente devastadora que leva fatalmente o homem a certos atos e que, consequentemente, representa uma escusa. Acredita que o homem é responsável por sua paixão. O existencialista não pensará tampouco que o homem pode encontrar auxílio em algum sinal na terra que o oriente; pois considera que o homem é quem decifra, ele mesmo, o sinal como melhor lhe parecer. Assim, pensa que o homem, sem nenhum tipo de apoio nem auxílio, está condenado a inventar a cada instante o homem.

Página 26
A moral kantiana diz: nunca trate os outros como um meio, mas como fim.

Página 27
Dito de outra forma, o sentimento se constrói pelas ações que realizamos; não posso, portanto, consultá-lo para me guiar por ele. Isso quer dizer que não posso nem buscar em mim mesmo o estado autêntico que me impulsionará à ação, nem procurar em uma moral os conceitos que me permitirão agir.

Página 30
O homem não é nada mais que seu projeto, ele não existe senão na medida em que se realiza e, portanto, não é outra coisa senão o conjunto de seus atos, nada mais além de sua vida.

Página 32
O que as pessoas sentem obscuramente e lhes causa horror é que o covarde que apresentamos é responsável por sua covardia. O que as pessoas gostariam é que nascêssemos covardes ou heróis. Se você nasce covarde, você estará perfeitamente sossegado, pois não poderá fazer nada em relação a isso, você será assim a vida inteira, não importa o que faça. Já o existencialista diz que o covarde se faz covarde, e o herói se faz herói. Existe sempre uma possibilidade para o covarde deixar de ser covarde e para o herói deixar de ser herói.

Página 36
Antes de tudo, a primeira: "Você pode escolher o que bem entender", não é exata. A escolha é possível em um sentido, mas o que não é possível é não escolher. Eu sempre posso escolher, mas tenho que saber que se não escolho, isto também é uma escolha.

Página 38
O homem se faz; ele não está feito de antemão, mas se faz escolhendo sua moral, e a pressão das circunstâncias é tal que ele só não pode não escolher uma.

Página 39
Pode-se julgar, antes de tudo (e não se trata, decerto, de um julgamento de valor, mas de um julgamento lógico), que algumas escolhas se fundamentam no erro, e outras na verdade. Ao definirmos a situação humana como sendo de uma escolha livre, sem escusas e sem auxílios, todo homem que se refugia por trás da desculpa de suas paixões, todo homem que inventa um determinismo, é um homem de má-fé. Poder-se-ia objetar: e por que ele não poderia escolher-se como um homem de má-fé? A isto respondo que eu não o julgo moralmente, mas defino sua má-fé como um erro. Aqui, não podemos evitar um julgamento de verdade. A má-fé é, evidentemente, uma mentira, pois dissimula a total liberdade do engajamento.

Página 40
Querendo a liberdade, descobrimos que ela depende inteiramente da liberdade dos outros, e que a liberdade dos outros depende da nossa.

Aqueles que encobrem, à guisa de seriedade ou com escusas deterministas, sua total liberdade, eu os chamarei de covardes; e aos que tentarem mostrar que sua existência era necessária, sendo que ela é a própria contingência da aparição do ser humano sobre a terra, a esses chamarei de asquerosos.

Página 42
Além disso, dizer que nós determinamos os valores não significa outra coisa senão que a vida não tem sentido, a priori. Antes de começarmos a viver, a vida, em si, não é nada, mas nos cabe dar-lhe sentido, e o valor da vida não é outra coisa senão este sentido que escolhemos.

Página 44
O existencialismo não é outra coisa senão um esforço para extrair todas as consequências de um posicionamento ateu coerente. De forma alguma ele pretende mergulhar o homem no desespero. Mas se, como os cristãos, chamarmos de desespero toda atitude de descrença, o existencialismo, então, parte do desespero original.

O existencialismo declara, ao contrário, que, mesmo que Deus exista, isso não mudaria nada; este é o nosso ponto de vista. O homem precisa encontrar-se ele próprio e convencer-se de que nada poderá salvá-lo de si mesmo, mesmo que houvesse uma prova incontestável da existência de Deus. Nesse sentido, o existencialismo é um otimismo, uma doutrina de ação, e apenas por má-fé é que, confundindo seu próprio desespero com o nosso, os cristãos podem nos chamar de desesperançados.

Página 45
Para mim, a angústia é a ausência total de qualquer justificação e, ao mesmo tempo, a responsabilidade em relação a todos.
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LetAcia 21/05/2024

Livro: O Existencialismo é um Humanismo.
Esse livro é muito bom.
Nele observamos vários pontos do existencialismo e descobrimos exatamente como Sartre pensa: o que é o existencialismo?
A escrita é bem fluída para um livro mais metodológico, isso me surpreendeu, porém pode ser também que devo ter ficado traumatizada depois da escrita do Skinner.
Ademais, a última parte com as entrevistas foram muito boas de serem lidas, pois Sartre expunha seu pensamento de uma maneira tão bem relacionada que seria até difícil combater seu ponto de vista em frente a todos.
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Evellyn Lorena 27/04/2024

O terceiro terminado no ano foi esse aqui. Li por causa da faculdade, em especial pela matéria de humanismo que estou pegando agora. A filosofia do existencialismo é interessante, e a percepção de Sartre também.
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di angelo 19/04/2024

.
Amo essa corrente filosófica, acredito que seja a que eu mais me identifico. Inclusive, achei muito interessante a relação com o marxismo
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Dionizio. 13/04/2024

A existência.
Esta obra de Jean-Paul Sartre é digna da mais refinada leitura por todo e qualquer admirador de filosofia existencialista ou não.

A busca por uma explicação mais detalhada do que seria nossa existência é totalmente fantástica. Ao afirmar no seu livro a famosa frase: "A existência precede a essência." Sartre nos põe em um questionamento que bate de frente com o ponto de vista materialista/objeto (motivo este de inúmeras discussões acaloradas) da nossa formação, pois significa que o homem existe primeiro, se encontra, surge no mundo, e se define em seguida. Sendo essa definição sua essência. Em suma, o homem inicialmente é nada.

Além desse ponto interessante, o livro abordará a questão da angústia, desespero, liberdade e responsabilidade humana e encaixará tudo numa explicação final para o humanismo na filosofia existencialista.
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Giiocg 28/03/2024

Esse foi meu primeiro contato com os preceitos existencialistas e também lendo filosofia por vontade própria. Eu refletir bastante sobre algumas coisas relacionadas ao homem e sociedade e acho que é bastante proveitoso mas, pelo menos para mim, foi uma leitura densa e lenta. Mesmo assim adorei o livro.
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Giu 21/03/2024

Discordo com Sartre em muitas coisas e acho um absurdo chamarem ele de comunista como forma de desclassificá-lo quando sequer os comunistas curtem ele.
o livro é muito bem condensado e as ideias dele muito bem feitas.
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suquinhho0 11/03/2024

Bebendo da fonte que Clarice Lispector bebeu
"Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo que faz".
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Alex690 30/01/2024

Melhor ir ver o filme do Pelé!
Não tenho muito a escrever sobre essas poucas páginas, enxugando toda a parafernalha psicanalítica, 2% me pareceu ter algum sentido.
É um texto chato, dogmático (estranhamente parecido em estilo com os escritos de Kardec - pareceu-me), uma espécie de propaganda comunista bem enquadrada na negação da ciência como via de conhecimento seguro, muito bem difundida durante e após a segunda guerra, pelos soviéticos.
Seus argumentos em relação a liberdade, ateísmo e escolha seriam perfeitamente inteligíveis se não estivessem transviados por um monte de expressões empoladas e um discurso pouco coerente de subjetividade.
A inclinação pseudocientifica, a negação da construção da indentidade social com base na longa caminhada histórica da espécie humana, saltou-me aos olhos, tudo bem, darei um desconto pela época em que seu pensamento se desenvolveu; mas ainda sim, não passa de discurso pretensioso e arrogante, envernizada por aqueles fanáticos por filosofia que se recusam a separar o joio do trigo, ou mais diretamente: de separar uma "boa filosofia" de uma 🤬 #$%!& .
Sartre pode ser um gigante, mas nesta obra em específico, não rendeu mais que alguns centímetros.
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Mike 28/01/2024

O que é o existencialismo?
Nessa conferência, Sartre busca apresentar o conceito do existencialismo, corrigir os desentendimentos conceituais e sinalizar que o existencialismo Sartreano é de certo modo também um humanismo.
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