The Colour of Magic

The Colour of Magic Terry Pratchett




Resenhas - The Colour of Magic


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Tati Freitas 17/02/2024

O grau de loucura é exatamente o que eu esperava desse livro. É a primeira vez que leio algo do autor sozinho, eu li Good Omens (um dos meus livros favoritos da vida), que foi escrito por ele junto com Neil Gaiman e isso meio que me preparou para o que encontrei aqui. Eu amo o humor desse livro, ele é sarcástico e irônico e me arrancou algumas risadas muito espontâneas, me lembrou um pouco do Guia do Mochileiro nesse ponto. O livro inteiro parece muito uma partida de RPG, em vários momentos passou pela minha cabeça que as atitudes dos personagens poderiam facilmente ser tomadas por jogadores amigos meus.
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luisinho 19/01/2023

achei uma escrita muito divertida e dei boas risadas
não dei uma nota mais alta pq não tem uma história continua com um plot complexo (até pq não é essa a proposta)
mas eu achei bem bom
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Luís Henrique 12/01/2023

Leitura apaixonante, repleta de elementos fantásticos extremamente inspirados e toques filosóficos profundos, mas leves. Parece uma coisa saída de uma sessão de RPG, mas com ritmo e um fio narrativo de quem sabe exatamente o que está fazendo. As passagens de ação são empolgantes e os personagens super carismáticos. Creio que o paralelo mais óbvio seja O Guia do Mochileiro das Galáxias, pelo grau de loucura e de aparente aleatoriedade, mas a ambientação deste aqui e a escrita irretocável de Pratchett me agradam mais.
Doido pra ler o próximo.
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p4ndor1 07/04/2022

Absurdo e ainda assim Bom
Pelo tanto de coisas que aconteceram eu não consigo acreditar que acabei de ler um livro de menos de 300 paginas. Os personagens são pronfundos e interessantes. O Rincewind é uma amor! É perfeita a forma como ele se desvia das situações dificeis nas quais se mete sem querer. E o Twoflower? O Twoflower tem a sabedoria gigantesca dos inocentes. Ingenuo e destemido e a dupla perfeita para o Rince.
Eu gostaria de falar mais um monte de coisas. A criatividade para criar um sistema universal tão Bonito e criativo! Os Deuses. Eu amo as cenas dos deuses! Esse livro é perfeito, não vejo a hora de ler os outros livros da série do Discworld
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Rolando.S.Medeiros 10/03/2022

A Cor da Magia — Worbuilding intrigante, discussão acerca de Crença vs Adoração, e sátira de diversos tropos da Fantasia e da Vida Real.


Os primeiros dois livros da série Discworld, ambos romances do Rincewind (A Cor da Magia e A Luz Fantástica) são um pouco ame ou odeie; pelas palavras do próprio autor: "Como esta é uma reimpressão por demanda popular – caramba – do primeiro livro de uma série que, eventualmente, passará dos dez livros, há uma boa chance de você já saber pelo menos o panorama geral da série, que é mais do que eu sabia quando escrevi"

Mas, mesmo com todos problemas e qualidades - que discorrerei sobre brevemente - o Rincewind se destaca como um puta personagem. Não por força ou inteligência, como geralmente se espera de um personagem principal, ele é um protagonista de fantasia não-tradicional, fujão, cínico, mago fracassado. É um dos poucos heróis relatáveis. Ele vive um mundo totalmente sem sentido, e não quer nada mais do que uma vida simples e comum, onde realize seus sonhos humildes de trabalhador,; só que em vez disso, é jogado no caos e na loucura total, com seu senso de autopreservação extremamente aguçado e um senso de humor irônico que é o tempero adicional

Sobre o humor, como ele é muito pessoal e subjetivo, vou tentar levar essa análise para um outro lado. Por exemplo, eu sou um dos que não consegue ver o mesmo humor hilariante e ''gargalheante'' que outras pessoas veem em A Cor da Magia. Também não estou dizendo que não há nada engraçado, pelo contrário, o livro de fato gera muitos sorrisos, mas são nas partes onde Pratchett deixa a sua imaginação correr livre, abarca o nonsense, o imaginativo e o onírico, em seus conceitos e ideias, que o livro brilha — e é um ponto mais concreto a se abordar em uma rápida resenha.

"As plantas do Discworld, embora incluíssem as ca-tegorias em geral chamadas de anuais, semeadas para nascer no mesmo ano, bienais, semeadas para crescer no ano seguinte, eperenes, semeadas para nascer sabe-se lá quando, também abrangiam algumas raras reanuais, que, por causa de um incomum desvio quadridimensional em seus genes, podiam ser plantadas no ano corrente para dar no ano passado. A noz vul era excepcional nesse sentido, porque chegava a florescer até oito anos antes de ser plantada. Seu vinho tinha fama de dar a certas pessoas uma visão do futuro — que, do ponto de vista da noz, era o passado. Estranho, mas verdadeiro."

Essa quote representa muito bem as tais ideias e conceitos que me carregaram através do livro. Nossa impressão inicial já é inundada pela nonsense quando logo nas primeiras páginas somos apresentados ao ''planeta'' central do romance: que tem formato de disco e não de esfera, e, além disso, é sustentado por quatro elefantes de proporções continentais (Berilia, Tubul, Grande T’Phon e Jerakeen), que por sua vez, estão sob o casco de uma tartaruga gigante estelar (a Grande A’Tuin) que vaga/nada através do espaço.

''O motivo exato do que foi dito acima ser dessa forma não está claro, mas explica um pouco por quê, no Discworld, os Deuses são mais criticados do que venerados.''

Outro ponto, é a ideia que o Pratchett tem dos deuses, que mais tarde seria (emprestada? surrupiada? concedida?) á seu amigo Neil Gaiman em American Gods.

Um deus no Discworld precisa de crentes para ser forte, e a maioria das pessoas acredita em sorte, boa ou má. (Mesmo no nosso mundo desejamos boa sorte às pessoas - também dizemos: "Foi apenas azar." defensivamente quando pisamos acidentalmente na merda, ou qualquer outra coisa. Algumas pessoas usam a palavra várias vezes ao dia.)

A Senhora (Destino) tem muitos crentes, mas ninguém a adora, ela não quer ou gosta de adoração. Curiosamente, a adoração pode realmente ser ruim para a saúde de um deus do Discworld.

Por exemplo, o adorador constrói catedrais, mosteiros, etc. Depois começam a fazer regras; eles interpretam o deus e dizem à congregações o que eles gostariam que o deus dissesse, atribuem seus próprios gostos e superstições ao deus - e, no Discworld, gradualmente essa estrutura torna-se aquilo em que as pessoas acreditam; primeiro envolvendo e depois substituindo o deus, até que ele morre.

Um exemplo contrário desse ciclo, é um pequeno deus chamado Angus, que tem apenas um crente, e nenhum adorador - seu crente simplesmente acredita que ele tem um amigo humano chamado Angus, o que o traz ao plano da existência - e Angus está mais bem de vida do que a maioria dos deuses mais famosos.

Basicamente, o ponto, é que pode-se adorar um sistema de crenças sem realmente acreditar que o deus realmente exista. No entanto, há outra camada que começa a fazer muito mais sentido à medida que você avança na série. No centro disso está um único conceito: Os deuses do Discworld não existem ATÉ que as pessoas acreditem neles.

Isso significa que se alguma pessoa aleatória no mundo acredita em uma divindade, não importa o que seja, e não importa o quão forte, essa divindade irá surgir devido a essa crença. Quanto mais fraca a crença, mais fraco o deus e menos facilmente ele pode se manifestar fisicamente, mas ainda existe enquanto a crença perseverar.

Inevitavelmente, isso leva á consequências inesperadas e divertidas. Por exemplo, as pessoas dizem meio brincando coisas como “Ele está fazendo uma oferenda ao deus da porcelana” como um eufemismo para vômito.
Então, no Discworld, em vez de “o deus da porcelana” você tem “Vometia”. Ela existe porque as pessoas continuam a se referir a ela dessa maneira. Mesmo se apenas uma pessoa dissesse isso, ela ainda existiria como o deus "dela".

Pratchett chama a maioria desses de “deuses domésticos” e fica muito claro sobre seu método de criação em Hogfather, quando o Hogfather desaparece e há um transbordamento de crenças no mundo. Isso começa a se manifestar em um número ridículo de deuses se formando com base em pequenas esperanças ou comentários, como “Bilious”, que é descrito como o “Oh Deus da ressaca” porque as pessoas de ressaca dizem muito “oh meu deus”. O mesmo vale para os deuses do futebol (orar para que seu time vença), “coisas perdidas” e várias outras orações improvisadas cotidianas que as pessoas oferecem sem saber porque esperam que algo aconteça (ou pare de acontecer).

Você também pode enfatizar a palavra “você.” Pois, uma pessoa pode realmente acreditar que existe um deus do futebol, mas esse é o deus dela, não o seu. Você nem precisa pensar que um deus do futebol seria possível, mas enquanto alguém no Discworld o fizer, ainda é um deus e existe enquanto a crença e as orações existirem.

Bem American Gods, não? Bem humano também, eu diria.

"Era muito bom sair falando em coerência, na harmonia dos números e na lógica que governava o universo, mas a questão pura e simples era que o Discworld atravessava o espaço na casca de uma tartaruga gigante e que os deuses tinham o hábito de aparecer na casa dos ateus quebrando as janelas."

O livro inteiro é baseado no absurdo, e a imaginação irônica do Pratchet deixa tudo ainda melhor. A aventura que acompanhamos em A Cor da Magia apesar de fazer referência desde Tolkien, Lovecraft, Howard, até Role Playing Games, mantém uma própria linha de originalidade que combina com toda a insanidade que é o mundo de Discworld.

Além dos personagens, que englobam desde a personificação da Morte, do Destino, uma entidade lovecraftiana Bel-Shamharoth, até arquétipos clássicos da fantasia totalmente renovados, como o Hrun o Bárbaro, ou mesmo Rincewind, o personagem principal do livro, um feiticeiro fracassado que só sabe um feitiço, que se instalou na cabeça dele e expulsou na marra todos os outros; o ponto forte do livro é a viagem que Rincewind e um turista (DuasFlor) fazem no Discworld, o que permite ao Pratchett exercitar livremente o barato que é o seu worldbuilding.

Por exemplo, quando após um encontro com Dríades totalmente diferentes das que estamos acostumados, e a apresentação de Hrun, e de sua espada mágica cuja única propriedade que a distingue das outras espadas convencionais é o ato de falar e cantar, o grupo adentra em uma área com um campo mágico altamente elevado, notado pela tendência que os arbustos tinham de andar e falar, e também por uma gigantesca montanha de ponta cabeça, a Wyrmberg, lar de dragões, porém, dragões translúcidos, que só existem se você acreditar neles.

O intenso campo mágico mostra diversos de seus efeitos bizarros, um deles é quando após a queda de um dos dragões, Rincewind e Duasflor rasgam um buraco no tecido da realidade e são sugados para dentro. Rincewind acorda dentro de um avião (algo que faz mais sentido em inglês, eles atravessam de plano, atravessam de plane, a mesma palavra para aviões) sob o controle de terroristas, e por fim cai em algum lugar do Mar Círculo (infelizmente para o Rincewind, cair torna-se uma coisa frequente para ele), o mar do disco, que literalmente tem uma beira, e a água derrama para o universo.

Esses são só alguns dos acontecimentos, é melhor eu deixar você mesmo ler e ir se surpreendendo.

Os mais de quarenta livros da série de Discworld são divididos entre vários "ciclos" diferentes, portanto a ordem de leitura é totalmente misturada, dando ao leitor a opção de escolher o núcleo que mais o agrada e começar por ali. E após passar pelos dois primeiros (A Cor da Magia e A Luz Fantástica), entendi o motivo de alguns leitores da série aconselharem a não começar por estes.

Esse é um dos poucos pontos negativos do livro, por isso preferi deixá-lo pro final. Apesar de possuir 152 páginas, ele não é uma leitura fluída, e a escolha narrativa de ir abordando pequenos arcos diferentes, e de deixar o final aberto para o próximo (é o único de toda a série a ser sequencial) não funcionou tão bem, uma amostra da inexperiência do autor, e de como a série deva tornar-se cada vez melhor com o tempo.

No geral A Cor da Magia tem um humor bastante peculiar, mas que se sustenta pelas diversas críticas e sátiras não só a outras obras de fantasia, como também da nossa sociedade real, recheado de sarcasmo, ideias inteligentes e caóticas já no primeiro livro da longa série.

Talvez demore para engatar, mas com certeza, se você gosta de Fantasia, é um livro que deve ser lido.
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Paulo.Brito 20/11/2016

“Some pirates achieved immortality by great deeds of cruelty or derring-do. Some achieved immortality by amassing great wealth. But the captain had long ago decided that he would, on the whole, prefer to achieve immortality by not dying.”

“Twoflower was a tourist, the first ever seen on the discworld. Tourist, Rincewind had decided, meant 'idiot'.”

“Every intelligent being, whether it breathes or not, coughs nervously at some time in its life.”

“We've strayed into a zone with a high magical index,' he said. 'Don't ask me how. Once upon a time a really powerful magic field must have been generated here, and we're feeling the after-effects.'

Precisely,' said a passing bush.”
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Thomaz 28/04/2012

Bem Vindo à Discworld!
Os dois primeiros livros do universo fantástico criado por Pratchett são os únicos que podem ser considerados como realmente seqüenciais e eles apresentam alguns dos mais marcantes personagens de sua obra. Isso sem falar da locação! Um mundo plano, em forma de disco, sustentado no espaço por quatro elefantes gigantescos que, por sua vez, estão em pé sobre o casco de uma colossal tartaruga, a Grande A´Thuin!

Nesse mundo, onde os deuses habitam a mais alta montanha, situada bem no centro do Disco, e brincam com os destinos dos humanos, trolls, gnomos, e até zumbis, o autor abusa de situações hilariantes e impossíveis - ou melhor, possíveis somente em Discworld!

Os dois livros tratam das aventuras de Rincewind, o covarde e frustrado aprendiz de mago, e do primeiro turista de Discworld: Twoflower, o viajante ingênuo e otimista incapaz de perceber o perigo em que se encontra! Isso sem falar na Bagagem - isso mesmo, com B maiúsculo. Não é todo dia que se vê um baú de madeira mágica cheio de pés e uma cara de mau (mesmo que não haja uma cara) de meter medo nos piores bandidos de Ank-Morpork! Os dois personagens (ou 3, se contar a Bagagem) percorrem os continentes e mares de Diskworld se metendo em encrencas (e fugindo) em um ritmo alucinante.

Pratchett brinca com o leitor colocando referências geográficas, culturais, linguísticas e históricas de forma peculiar, distorcendo os fatos conhecidos de nosso próprio mundo para formar seu mundo fantástico. A Londres vitoriana eo rio Tâmisa servem de base para a Cidade Livre de Ank-Morpork e seu fétido rio. O Monte Olimpo e o panteão de deuses gregos pode ser refletido nos deuses do disco, embora a Senhora Sorte e outros deuses menores tenham papéis de destaque também. Animais mitológicos como dragões, trolls, serpentes marinhas, todos os tipos de montros e demônios são figurinhas fáceis ao longo da narrativa. E os heróis, claro. Não faltam heróis bárbaros, violentos e - obviamente - burros! Tudo isso regado a muita Magia, com sua cor Octarina - uma espécie de verde azulado fosforecente... muito comum em ambientes tenebrosos como os subterrâneos da UU - Unseen University (a escola de magia de Ank-Morpork) e de templos amaldiçoados ao redor do mundo.

Mas se o autor usa estereótipos em sua história, ele os perverte de maneira sutil, trazendo algo novo ao cenário. Quem poderia dizer que Cohen, o Bárbaro, o maior herói de todos os tempos é um velho caquético e alquebrado? Que os druidas e seus círculos de pedras nada mais são do que técnicos de computação e suas calculadoras? Que diamantes são apenas os dentes dos Trolls? Que Morte tem uma filha solitária? Ou que há uma rede ao redor de boa parte da borda do mundo para recolher o que o mar joga para fora do Disco?

Ficou curioso? Então embarque nesse universo fantástico e divirta-se! E tenha certeza, esses dois livros são apenas o começo de uma grande viagem. Afinal, desde 1986 Pratchett já publicou mais de 20 livros sobre Discworld e alguns deles são bem melhores que os dois primeiros!
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Fimbrethil Call 03/10/2009

Muito bom!
Muito bom! o primeiro livro que sir Terry Pratchett escreveu sobre o Discworld, uma apresentação muito bem humorada desse mundo fantástico, cuja cidade principal é antro de ladrões, assassinos e magos, e todos eles têm até guilda hehehehehehehehehe O começo da aventura de DuasFlor e Rincewind, percorrendo todo o disco e encontrando muitas criaturas mágicas, inclusive o Morte.
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