Planolândia

Planolândia Edwin A. Abbott




Resenhas - Planolândia


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sami 06/03/2021

Não é ruim, só é chato. Não vou reclamar porque é melhor aprender geometria com um romance do que com exercícios KKKKK.
Rafa 02/12/2021minha estante
Nao moça kkkkk é maravilhoso o livro. Chato sou eu em comparacao é essa obra maravilhosa kkk


Krishna.Nunes 05/09/2023minha estante
Mas Samira, ele não é um livro de geometria. É uma sátira filosófica com crítica social bem inteligente.




P. M. Zancan 09/01/2012

Um Romance de muitas Dimensões
O livro, narrado pelo personagem O. Quadrado, pode parecer preconceituoso e machista aos leitores mais desatentos (os mesmos que não entendem imediatamente as críticas por traz de charges), mas é um livro que incentiva o questionamento de paradigmas tradicionais. O narrador divide a estória em duas partes “Este Mundo” e “Outros Mundos”. Na primeira, ele ensina explica a um habitante de “Espaçolândia” (como o leitor) como é seu mundo, dês dos habitantes de Planolândia (figuras geométricas planas), os métodos de reconhecimento com a ausência da “altura” (a terceira dimensão), sua história e a hierarquia social, onde suas mulheres, as linhas, são apresentadas de forma desrespeitosa para nós, ocidentais do século XXI. Na segunda parte, ele conta como, ao entrar no segundo milênio de sua era, veio a ter contato com outros mundos, formados por dimensões variadas.

(...)

Entretanto o livro abrange ainda outra “dimensão”: a humana. Em Planolândia, a sociedade é hierarquizada devido à quantidade de lados dos habitantes. Este critério também é usado para se estabelecer o grau de inteligência dos indivíduos, que define que um quadrado está abaixo de um círculo, mas acima de um triângulo ou uma linha. O modo como a “lei universal das cores” surgiu e desapareceu reflete o conceito de buscar a igualdade quando ela serve a si próprio, mas ignorá-la quando pode beneficiar a outros. A própria reação dos habitantes de Linhalandia, Planolândia e mesmo Espaçolândia quando confrontados com a idéia da existência de dimensões adicionais se iguala à humana quando seus paradigmas e dogmas são contrariados.

(...)

Continua em:
http://ladyweiss.blogspot.com/2012/01/resenha-de-planolandia.html

P. M. Zancan
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Erika 21/04/2010

Matemática, humor e crítica social - PERFEITO!
Planolândia é um mundo com apenas duas dimensões.

Na primeira parte do livro, o narrador descreve sua sociedade (as referências à Inglaterra vitoriana são notáveis). As críticas são inteligentes e super divertidas, muitas (muitas mesmo) delas aplicáveis ainda nos dias atuais. As mulheres, o proletariado, os comerciantes, os governantes, o clero; está tudo lá, descrito com uma criatividade e agudeza ímpares.

A hierarquia social é ditada pelo número de lados de cada ser: as mulheres são uma reta (no nível mais baixo, sem lados, sem voz, subjugada a todo tipo de preconceito característico à época); no topo da pirâmide temos o clero, formado por círculos, a forma perfeita (são tantos os lados, que tornam-se imperceptíveis).

Na segunda parte do livro, o protagonista recebe a visita de um ser da Espaçolândia, um mundo com três dimensões, e dá-se o embate: o que é real? como crer em algo que não se vê, que não se pode perceber? como abrir mão do que se crê verdadeiro desde... desde sempre?

E é aí que vemos a nós, tolos e egocêntricos, negando o que não podemos perceber com nossos sentidos totalmente limitados.

É impressionante a atualidade de um livro escrito há mais de 100 anos.

A narrativa é inteligente, divertida e facílima (alguns se assustam com os conceitos matemáticos presentes no livro, o que em minha opinião, prejudica em nada a leitura; só deixou-me mais impressionada com a criatividade das metáforas usadas pelo autor).

Planolândia é fantástico! Acho que todos, sem exceção, deveriam lê-lo.
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Antonio Luiz 15/03/2010

Dimensões do preconceito
Não é fácil encontrar autor esotérico que deixe de falar de “outros planos de existência” e todo leitor de ficção científica certamente já ouviu falar de seres misteriosos vindos de “outras dimensões”.

A linguagem não é nova, mas também não vem de tempos imemoriais. Saiu da pena de um escritor do século 19, como cientistas loucos (Mary Shelley), guerras interplanetárias (H. G. Wells), refúgios de dinossauros (Conan Doyle) e inteligências artificiais (E. T. A. Hoffman) e muitos outros mitos que fascinam a imaginação moderna.

Muitos entusiastas da literatura fantástica, porém, não vão se lembrar da obra que fundou este domínio do imaginário. Não teve um grande público, pois pede um mínimo de interesse pela geometria e pela lógica para ser entendida. Foi 118 anos depois de sua publicação que finalmente ganhou uma tradução para o português.

A maioria dos poucos que ouviram falar de "Planolândia" (em inglês, "Flatland") são fãs da matemática. Numa época em que muitos especialistas ainda se recusavam a conceber geometrias de mais de três dimensões, essa obra introduziu o método da analogia para torná-las compreensíveis.

Muitos matemáticos das últimas décadas – como Rudy Rucker, em "A Quarta Dimensão" (Gradiva, 1991) – têm homenageado esse clássico com seqüências e paródias. Ainda não entendem como um amador, sem cair em tolices incoerentes, pôde desenvolver um tema tão hermético em mais de cem páginas.

A matemática era o mais periférico dos interesses de Edwin Abbott, teólogo e educador progressista. Nenhum dos seus outros 44 livros tratou desse tema. A rigor, nem este, que apenas usou a geometria para ilustrar uma sutil sátira social e filosófica.

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Simone 18/03/2013

Fantástico!
A história se passa em um local fictício, em que a sociedade tem normas e valores bastante similares aos nossos. A crítica social é atualíssima. Recomendo veementemente.
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Mateus HerpicH 16/06/2015

Nós, humanos, custamos a acreditar no que não podemos ver. Também, a muitos de nós cabe a frase “é preciso ver para crer”. Qual não seria a reação, portanto, se um de nós passasse a escutar uma voz vinda de nossas entranhas, dizendo-se um ser extradimensional?

Essa é a trama de Planolândia, infelizmente desenvolvida em pouco menos da metade do livro – a primeira metade se dedica, inevitavelmente, a descrever o país de Planolândia em todos os aspectos necessários para a compreensão da obra. O protagonista, um respeitável quadrado perfeitamente regular, apresenta a nós, habitantes da Espaçolândia, o ponto de vista e o cotidiano dos seres bidimensionais, com analogias e ilustrações fáceis de compreender.

Esse exercício de imaginação, porém, é apenas um pano de fundo para a crítica social: a subjugação das classes mais baixas (proletários e soldados) pelas mais altas (nobreza e clero) – todos com seus respectivos equivalentes geométricos; a manipulação de informações pelos detentores do poder; a inferioridade das mulheres – preconceito do qual nem o autor está completamente isento, uma falha justificável ao considerarmos o zeitgeist.

Contudo, da análise das viagens e diálogos dos personagens para as dimensões pode-se extrair a maior lição que a obra tem para dar: os seres humanos, sejam seus horizontes pontos desprezíveis ou amplos panoramas, consideram-se os donos absolutos da verdade. Porém, no fim, até os mais elevados e, porque não, tridimensionais dentre nós são apenas pontos egocêntricos e ignorantes flutuando no espaço, voltados para os próprios intestinos.
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Romanholi 21/07/2018

Um grande abraço
Um encontro reconciliador entre matemática, filosofia e espiritualidade em que todos saem fortalecidos. Leitura tão leve e curta quanto potente.
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Zilda.Borges 10/04/2019

Melhor que o esperado
Flatland, por vezes se torna uma leitura claustrofóbica. A ideia de um mundo bidimensional causa um desconforto constante, especialmente no começo do livro. Conforme vai se descrevendo os valores e modo de vida, é possível perceber o quanto trata-se de uma alegoria matemático-filosófica no nosso modo estreito de enxergar o mundo além daquilo que somos treinados a ver.
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Luciano Otaciano 20/12/2019

Livro espetacular!
Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.

Primeiramente devo informa-lhes que esse livro é totalmente diferente de tudo que este que vos escreve já leu até hoje, a obra é muito diferenciada em seus elementos principais. Um livro totalmente fora da caixinha! Ficção especulativa de primeiríssima qualidade! Temos, aqui, um livro incomparável que trata sobre a ideia de dimensão (isso mesmo, um romance sobre a noção de dimensões espaciais: aquelas que sentimos na vida prática como sendo apenas três, mas que a física moderna supõe serem 11). Já imaginou, pois é! Eis a sinopse da esgotada edição brasileira publicada pela Conrad Livros: "a fértil imaginação de Edwin A. Abbott, aliada a uma exótica mistura de Matemática, Física, ficção, crítica social e certa dose de sarcasmo, resultou em uma aventura que mesmo depois de um século de existência constitui leitura deliciosa. Em Planolândia, figuras geométricas dotadas de características bastante humanas convivem em um universo bidimensional onde a ordem é mantida a ferro e fogo pelas autoridades poligonais e circulares. No entanto, todas as convicções de um incauto quadrado planolandês ameaçam ruir quando um visitante esférico irrompe o plano para relevar a transtornante existência de uma terceira dimensão...". Que enredo inovador não é mesmo! Simplesmente genial!

Parábola impressionante e divertidíssima sobre o despertar da consciência, algo como uma versão geométrica do mito da caverna de Platão, Planolância – um romance de muitas dimensões é daquele tipo de livro de cuja leitura eu não consigo imaginar uma única pessoa que não sairia melhor, mais realizada e com uma expansão benéfica em sua visão de mundo. Não se intimide, não se deixe intimidar pela abordagem geométrica. O livro é delicioso e de fácil leitura, sem complexidades matemáticas que exijam conhecimentos especializados ou termos técnicos excessivamente abstratos. E para revelar um fato importante na obra, o protagonista é mesmo um quadrado, acredite se quiser! E leia o livro. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da leitura e até a próxima!
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Lucia101 07/03/2020

Uma versão matemática do mito da caverna
Uma parábola divertida e inusitada que mostra como a imaginação é o essencial para a matemática e o seu desenvolvimento. Principalmente considerando-se a época em que foi escrito.
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Gabriela 04/03/2021

Em que dimensão me encontro?
Se eu não tivesse pesquisado o ano da primeira publicação (1884) desse livro poderia jurar que foi escrito hoje, tamanha é a genialidade e as semelhanças com a atualidade. Não explicarei sobre o que o livro se trata, apenas direi que todas as pessoas deveriam lê-lo e defender sua palavra.


Vamos todos nos educar através desta leitura.
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maluuserrao 09/04/2021

Incrível como esse livro consegue fazer tantas críticas sociais e ao mesmo tempo contextualizar com a matemática. Simplesmente genial!
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none 24/04/2021

Brilhante
A leitura é boa do princípio ao fim do posfácio de Ana Rüsche (da sátira aos costumes à matemática) pois nos orienta de uma leitura do fim do século 19 que ridiculariza costumes vitorianos e usa a lógica da matemática para nos transportar para esta ficção científica que se tornou o mundo contemporâneo.
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Maria 30/06/2021

A primeira vez que ouvi falar deste livro foi em um episódio da série Cosmos, produzida e apresentada pelo majestoso Carl Sagan. Apesar de datar do século XIX, é uma obra atemporal, cuja critica social e toda matemática envolvida não envelhecem nunca.
Abbott teria amado conhecer a Teoria da Relatividade.
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Adrian.Daniel 01/08/2021

Abstração para compreensão da realidade
Em Planolandia, há abstrações a respeito da quantidade de dimensões, de forma que conseguimos nos abster da realidade para compreender ela melhor, há críticas sociais e um incrível pensamento lógico geométrico
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