Resenhas - A Little Life

Larissa2690 01/06/2024

A little life
Demorei 4 meses pra terminar esse livro, durante esse tempo li resenhas muito diversas, boas, ruins e pessimas. eu acho que esse livro não é um daqueles que você indica pra alguém, a pessoa tem que estar num lugar bom mentalmente pra conseguir aguentar tudo que tem dentro dele.
a escrita é comovente, acho que a proposta da autora foi alcançada, na minha opinião ela quis mostrar como algumas pessoas simplesmente tem o direito de não querer estar aqui.
é extremamente difícil de ler, e em alguns pontos parece inacreditável que alguém possa ter passado por tudo aquilo e ainda conseguir funcionar, acho que dependendo do ponto de vista ao longo de livro, isso pode ser visto como uma coisa boa.
a minha conclusão é que, se você é uma pessoa sensível a gatilhos, ou simplesmente sensível, esse livro não é uma boa idea, porém se decidir ler com uma perspectiva aberta, ele vai ficar na sua cabeça por muito tempo

Suellen144 30/05/2024

Uma vida pequena
Um livro impactante em todos os sentidos possíveis. Lindo, sensível, emocionante e também terrível.

Acompanhei de perto a vida dos protagonistas, e participei de cada momento. De cada refeição feita pelo Jude, de cada quadro pintado pelo JB, de cada projeto feito pelo Malcolm, de cada filme protagonizado pelo Willem.

Observei cada pequeno momento, cada conversa, cada risada, cada lágrima e agonia. Me senti em casa, entre amigos. Sorri, comemorei, chorei, passei por um turbilhão de emoções.

A vida de todos nós é pequena, dure ela um ou cem anos. Não só no sentido do tempo, mas também no que diz respeito àquilo que conseguimos de fato viver, das conexões reais que somos capazes de fazer.

Mesmo sendo pequena, a vida é repleta de sofrimento, dos mais diversos tipos. Até na felicidade, há o sofrimento e o medo de perder aquilo que te faz feliz.

Simplesmente um dos melhores livros, e uma das melhores histórias, que já tive o prazer de desfrutar.

Ailina 21/05/2024

Um tapa na cara forte (SPOILER)??????
Um livro de 700 páginas pro Willem morrer em menos de 2 como se fosse uma notícia muito casual sendo lida de qualquer jornal.
Muito bom mas tem traumas demais, um daqueles livros que eu sei que não vou reler.

Laura3901 14/05/2024

Sofrimento apenas
O livro não é sobre os amigos, basicamente é apenas de um personagem central e apenas sofrimento apenas pra se sentir pena do personagem

Virginiaaraujo 03/05/2024

Devastador
Não vou falar muito pq já escrevi no meu diário de leitura mas estou devastada, não recomendo pra ninguém esse livro, amei o livro, não lerei de novo

Sarah 03/05/2024

Não recomendo a leitura
O livro tem a proposta te falar sobre temas difíceis: Pedofilia, automutilação, estupro, suicídio, distúrbios alimentares, uso de drogas, dentre outros.

Minha primeira consideração, é extremamente fantasioso (de um modo bem perverso) a vida do personagem principal, Jude. Não vou entrar no mérito da história em si, mas a autora tem a capacidade de desdobrar uma história pessima e cada vez pior. Chega num ponto q vc tem a plena consciência que não seria possível o personagem ter "sobrevivido" sem fazer uso constante de medicamentos.

Outro ponto importante é o Willem, como criar um personagem taaaaao fictício a ponto da santidade. E literalmente no final do livro ela consegue canonizar o personagem com o final que ela escolher dar.

Por fim, qual é o papel das mulheres nessa narrativa? Todas as mulheres se posicionando de forma tão subserviente e sem protagonismo.

Em suma, esse livros não é seguro para pessoas que tenham passado traumas, aliás a forma como as cenas de pedofilia e de automutilação são descritas é tão gráfico que chega a enjoar. Se eu soubesse mais da história antes de comprar o livro eu não teria lido.

anislibrary 01/05/2024

Espelho trágico da vida
Levei quase um mês pra criar coragem de escrever qualquer comentário sobre esse livro? Mas vamos lá !
Primeiramente, pra todas as pessoas que me avisaram sobre a carga emocional, parabéns, vocês estavam certos! Não é pra corações fracos e pessoas sensíveis! Me impediu de ler? Não, rs
Eu tenho uma mente muito dividida sobre o tom do livro como um todo e acho que A questão que mais assombra: toda essa tristeza e horror realmente são necessários pra contar uma história de dificuldades? E em alguns momentos eu diria que sim, 100% e em outros eu diria que não, foi exagerado. Mas não consigo parar de pensar que às vezes a vida não deixa brechas pra esse tipo de coisa. Pra o que é exagerado ou não, pra o que conseguimos aguentar ou não. E o ?levar ao extremo? acabou sendo o catalisador de toda a narrativa e não consigo imaginar a leitura sem esse aspecto. É quase como um espelho da vida. Às vezes o final não é feliz, às vezes não existem curas, às vezes o amor não é suficiente.
Mas às vezes o amor basta pelo momento e assistir o desenrolar desses momentos do Jude e do Willem foi o ponto alto e o resquício de esperança da leitura. De um amor que supera o que consegue superar, mas que permanece sutil e verdadeiro. Confesso que senti um pouco de falta de mais conteúdo sobre o JB e Malcom, que acabaram ficando desfocados mais pra metade do livro e me deixou meio sem saber porquê e querendo mais. Também acho que muitos aspectos acabaram ficando repetitivos que poderiam ter sido trocados por um foco especial nesses dois personagens ou até em outros como Harold e Andy ou até *cof cof* nas personagens femininas que são quase inexistentes.
A violência geralmente é um tópico que não me agrada nem como justificativa de fins pra uma história mais baseada então algumas partes foram muito difíceis de passar. E coloca difícil nisso.
No geral, eu acho que o livro acerta em muita coisa e PRECISO dizer que sustentar uma história por 800 páginas não é pra iniciante e diz muito sobre um escritor. Ainda mais sustentar uma história dessas.
O livro não é pra todo mundo. Mas acho que pra ser honesta, nenhuma parte trágica da vida soa natural pra nenhum de nós. I hope ur ok jude

eudayvidalves 27/04/2024

Uma vida de merda.
Não sei nem por onde começar? Mas, vou tentar expressar tudo (de ruim) que eu penso sobre ?Uma vida pequena?.

Bom, Hanya Yanagihara é claramente uma mulher sádica, mas inteligente, reconheço que ela tem uma escrita poética e isso conquista bastante gente, talvez seja a tentativa dela de disfarçar sutilmente as problemáticas que ela coloca pra fora nesse livro.

Acredito que ela separou uma lista com o máximo de gatilhos que ela conseguiu, e ao decorrer do tempo ela foi marcando quais já haviam sido mencionados na sua narrativa enquanto escrevia o livro.

Ainda sobre os gatilhos: ela usou praticamente todos em cima do Jude (nos outros personagens também tem, mas bem menos), onde o único background do personagem foi sofrer. Eu não vi nenhuma evolução no personagem que a gente pode chamar de protagonista do livro. Eu ainda estava em 20% do livro e só pensava nisso: o final do livro, muito provavelmente, é o Jude se suicidando.

Cara, eu não estou dizendo que tudo isso que aconteceu com o Jude, não possa acontecer com uma única pessoa, sabe? Mas me parece um grande exagero ? e em breve eu vou falar o que eu acho disso.

A Hanya ainda tem a capacidade de pensar que suicídio deveria ser bem visto na sociedade e tido como uma solução para ?pessoas sem concerto?. Sinceramente? Não tem como defender isso.

Pra encerrar a parte de gatilhos: a autora não se deu o mínimo trabalho de mencionar que seu livro tinha inúmeros gatilhos, sendo que isso é algo extremamente sério pra algumas pessoas, pois alguém já pode ter passado por uma ou até algumas experiências TRAUMÁTICAS como as que contem no livro e sem saber pode pegar esse livro pra ler e desencadear algum problema. Ela não está falando de algo como uma fobia, que vai te deixar com medo, mas está falando de TRAUMAS PESSOAIS! E já que a Hanya iria fazer isso virar um pornô pra se satisfazer, deveria ter avisado.
(Eu não me importo com a lista de gatilhos, eles não me pegam, mas eu sei que isso pode afetar alguém e liberar uma crise).

Ainda por cima, a autora não acredita em terapia, tratando a psicologia como se fosse uma religião, mas psicologia é ciência. Então, eu me pergunto, ela não acredita na ciência?

A única parte que eu não vou reclamar, pois achei um pouco justo dentro do raciocínio que ela quis passar, é onde os amigos do Jude não conseguem fazer nada para o ajudar e nem conversam (o suficiente) sobre essas coisas, pois meu ciclo de amizade é composto por homens e isso é verdade. Não conversamos e nem falamos sobre esse tipo de situação. Isso é um reflexo da sociedade que faz os homens pensarem que não podem demonstrar sentimentos ou chorar, desde a infância.

É genuinamente triste ver o pensamento do Jude, ele achar que a melhor coisa que poderia acontecer com os amigos dele é a própria morte destrói qualquer pessoa. Pior ainda é alguém se identificar com o personagem. Isso tudo é tão cruel, tão pesado? As descrições de cenas com automutilação e suicídio são realmente preocupantes, tudo muito visual e muito explícito (sem aviso, como já falei, se tivesse algum tipo de aviso, eu não veria problema algum).

Dito isso, vou abandonar o livro aqui em 58%. É o livro preferido de um amigo, vou pedir pra ele me contar o final, mas jamais vou terminar de ler isso. E também vou ouvir audiobook da parte que ainda não li, quero postar tudo que isso que eu senti durante a leitura numa resenha, e se ele estiver como ?abandonado? não vou conseguir postar :)

rayssadioli 22/04/2024

Ao mesmo tempo que amei o livro, eu o odiei?
Durante os dias em que o li, eu ficava pensando sobre a história em vários momentos, o que não é algo incomum, já que é uma história bem pesada. Eu me conectei bastante com os personagens, achei que a construção destes foi bem consolidada, o que propicia uma maior conexão com a história.

A princípio, conhecemos um pouco da história de cada um dos personagens, exceto de Jude, que nos será contada no decorrer do livro, acredito que a autora optou por isso justamente pelo fato de a vida de Jude ter sido trágica, a qual vai continuar sendo?

As experiências vivenciadas por Jude são todas ricamente detalhadas, o que pode ser gatilho para muitas pessoas. E tudo isso é feito com uma escrita envolvente, tornando a história ainda mais real, de modo que esta, no pior dos casos, pode afetar o leitor de maneira densa, traumatizando-o. Entretanto, há um certo exagero por parte da autora, parece que a intenção dela era deixar as pessoas chocadas, o que pode distanciar o leitor do que é narrado, dependendo da pessoa que estiver lendo.

No meu caso, tive ambas as sensações, consegui sentir certo distanciamento em relação ao que estava sendo dito por conta do exagero, mas, ao mesmo tempo, pela profundidade, eu pensava no livro constantemente, mesmo quando não o estava lendo, e acredito que ele ficará um bom tempo pairando em minha mente, visto que se trata de uma história perturbadora e que marca qualquer um que a lê.

A narrativa descritiva pode incomodar muitas pessoas (principalmente por ser repetitiva em alguns pontos). Mas, eu particularmente gosto bastante disso, porque eu desenvolvo maior conexão com a história, que, neste caso, não foi tão divertido como normalmente é, já que eu me sentia bastante incomodade pela situação dos personagens, com destaque para Jude, que é de longe o personagem que mais sofre.

É um livro muito bom, mas cheio de falhas, principalmente pela forma banal que trata assuntos delicados, que podem ser gatilhos para muitos. Há vários outros pontos que não foram bem explorados pela autora, como, por exemplo, o preconceito com pessoas lgbtqiapn+, que era bem forte na época em que se passa a história, mas a autora simplesmente decide ignorar e agir como se não existisse homofobia.

Não recomendo esse livro para ninguém, já que ele não vai divertir o leitor, e muito menos trazer algo que pode ser tirado como aprendizado. Eu comprei ele com intenção de ler algo triste mesmo, mas não compensa tanto, já que, apesar de ele cumprir isso, a forma como ele tratou algumas questões, como se não fossem nada sério, me incomodou bastante. A única coisa boa do livro é que, a partir dele, consegui entender um pouco melhor sobre como as pessoas que enfrentam problemas similares aos que Jude passa podem se sentir, e eu acredito que o livro foi bem fidedigno neste ponto.

Maria1691 18/04/2024

Falei sobre esse livro na terapia
Eu mudei de opinião sobre esse livro muitas vezes durante a leitura. Senti uma amplitude gigante de emoções, do amor ao vazio, passando por muitos momentos de raiva e angústia.

Começando pelo que me fez subtrair uma estrela da avaliação: acho que o livro é muito gráfico, e às vezes se estende demais mostrando todos os detalhes na vida pregressa do personagem. É uma escolha criativa que, para mim, não funcionou. Além disso, acho que o livro é um pouco inverossímil em muitos trechos. Por último, senti falta de mais personagens mulheres.

Todos esses pontos me incomodam profundamente, mas, ao mesmo tempo, eu passei a respeitar a decisão do livro de descrever a vida, em todo o seu absurdo, quando percebi o impacto emocional que isso teve em mim. Então, minha dica é ler o livro para senti-lo, não para raciocinar em cima dele. Vai ser necessário deixar a lógica um pouco de lado.

De outro lado, o que me faz conceder quatro estrelas ao livro é principalmente a qualidade literária, eu achei que a autora escreve de uma forma muito imersiva e prende muito a atenção com a habilidade dela de concatenar as situações. Não posso deixar de citar a descrição dos monólogos internos e das metáforas usadas pelos personagens. Ao passo que considerei muitas situações inverossímeis, a forma como os personagens sentem me pareceu muito real.

Por fim, cito também o impacto dessa obra. O livro não me fez ver ou entender o mundo de forma diferente, mas acho que está me fazendo sentir a experiência de estar viva de forma diferente (ainda não sou capaz de valorar se isso é bom ou ruim, sinceramente).

Para resumir, vale a leitura? Depende. Eu diria para ter cuidado com esse livro, e o recomendaria para quem quer uma experiência de leitura FORTE, não necessariamente prazerosa (muitas vezes até torturante). De qualquer forma, *leiam o alerta de gatilhos* antes de embarcar na leitura.

Isabel.Nevarski 05/04/2024

O mundo falhou com o Jude.
PQP.
A única sensação que consigo sentir. São quase 1000 páginas (na minha versão ao menos) de constantes socos na barriga. Quando eu sentia que tinha um respiro pra dar, páginas depois a dona Hanya vinha e calava minha opinião.
É forte. É pesado. É doloroso ler o que fizeram com uma pessoa, uma criança, um ser humano tão machucado que já deixou de ter fé em si mesmo há muito tempo.
Nossa, eu nunca vou esquecer essa leitura. Não sei se vou conseguir repetir, possivelmente num futuro um pouco distante. Preciso procurar uma leitura bobinha pra limpar minha cabeça.. não consigo nem formular as frases direito aqui kkkk
É isso família.

Madu 17/03/2024

Besides the fact that i loved this book so much it also broke me entirely! I will give a more in depth review of this book soon!

Viktoria4 11/03/2024

Não sou uma pessoa emocional. Contudo, este livro fez-me chorar? várias vezes.
Confesso que, por vezes, sentia raiva pelas coisas que Jude (a personagem principal) vivia ao longo do livro. A sua relação com JB, Willem e Malcom é tão especial e complicada ao mesmo tempo que nos deixa com mais vontade de ler e saber o que vai acontecer a seguir. Recomendo muito este livro para quem não tem medo de sofrer e chorar um pouco.

Layla.verena 10/03/2024

Dói
Uma leitura tensa, em muitos capítulos eu queria sumir ao invés de continuar presenciando cenas tão devoradoras de humanidade.

Se você quer um livro para se distrair de forma leve com uma leitura revigorante, este nem de perto é o livro ideal.

Li esse livro depois de quase 1 ano de ter terminado o último livro que acabou comigo e me enviou para esse limbo literário.

Quando acabei de ler eu chorava tanto que fiquei sem ar, minhas pálpebras ardiam como chamas. Passei mais tempo convivendo com os personagens do que com minha família essa semana.

Me sinto culpada por julgar o Jude (personagem principal) e achar que ele se vitimizava, que aquela realidade disfórica não podia ser real, porém encontrei na minha realidade a mesma sensação que ele sentia e entendi que era um sentimento humano resultado da vida em sociedade, ainda mais na sociedade que vivemos hoje.

Por fim, concluo que este livro deveria ser uma leitura obrigatória até para aqueles que não o tolerem (não gostar de livro também é importante). Eu encontrei nele um desespero por humanidade, refleti sobre meus valores, meus preconceitos, minha falta de compaixão aos outros além da minha bolha, tantas coisas que me tomam o sono.

Obrigada Jude, Williem, Harold, JB, Malcom, Richard. Vocês me mostraram que a vida pode ser muito mais, que eu posso ser muito mais, e que ainda sou capaz de me relacionar com o outro e sentir a dor dele como a minha própria.

Rickyo 03/03/2024

Definitivamente fechei 2023 com uma das melhores leituras da vida,é impossível descrever o quanto esse livro é sensível, difícil e tocante. Ele é exatamente tudo aquilo o que falam, é uma história avassaladora e cheia de gatilhos que te destrói conforme a autora expõe os acontecimendos de forma não cronológica, o que é essencial pra conhecer os personagens da melhor forma possível e amenizar o baque da leitura. Todos os personagens são muito bem desenvolvidos, cada um com sua essência, o que facilita o apego emocional á eles, especialmente Jude e Willem. Apesar de ser uma leitura repleta de gatilhos e acontecimentos chocantes, é um livro muito bom de ler, com uma escrita ótima e profunda, tendo momentos bons e reconfortantes, se tornou um dos meus livros favoritos e penso em lê-lo novamente um dia.