Mortais

Mortais Atul Gawande




Resenhas - Mortais


28 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Júlia 21/01/2024

Ana Claudia delimitou um patamar muito alto
Sinto que eu teria amado mais esse livro se eu ainda não conhecesse a escrita da Ana Claudia Quintana Arante, autora de ?a morte é um dia que vale a pena viver?, porque ela é sem igual para falar sobre a medicina paliativa. apesar disso, eu amo a temática em si, então foi impossível não me envolver com essa leitura mesmo tendo uma abordagem mais técnica sobre o assunto da finitude.
comentários(0)comente



Geovani.Moreno 20/01/2024

O mais importante é o como
Atul Gawande, cirurgião americano, escreve uma este livro extremamente impactante e necessário. Talvez pelo fato de ser médico apresento um viés de leitura pois lido com a terminalidade da vida todo o tempo. Através de reflexões pessoais e de relatos reais de situações vivenciadas por ele, Atul apresenta a premissa de que apesar de todo o avanço tecnológico e científico da Medicina, não aprendemos a lidar com a morte. Trata também do próprio processo de envelhecimento e das limitações de autonomia das pessoas e como as família lidam com isso. O fim é inexorável e do ponto de vista biológico a morte não pode ser vencida afinal. O subtítulo do livro é ?Nós, a medicina e o que realmente importa no final?, e assim que ele segue em todo o livro nos conduzindo a questões que são as mais importantes, aqui, o como morrer. Expõe como os médicos tem lançado mão de terapêuticas fúteis e que prolongam o sofrimento das pessoas e das famílias por não estarem preparados também para encarar a terminalidade da vida. Leitura fluida e acessível a todos, como disse, necessária. Revomendada a leitura em alto nível.
comentários(0)comente



Ebenézer 26/11/2023

Nossa finitude
Não somos imortais ou, dito de outra forma, somos todos mortais, pelo menos em teoria, porque quanto à mortalidade a gente costuma pensar que é um problema do outro, o que na prática quase nos consideramos eternos.
Até que a realidade da finitude nua e crua dá uma batidinha na nossa porta, e todo o nosso mundo mágico da ilha da fantasia se desmorona em pó.
"Mortais" traz à nossa lembrança algo tão real como a falta da respiração: somos mortais e necessitamos de referenciais para lidar com lucidez nos momentos excruciantes que a vida traz como parte, também, da nossa existência, quando a vida humana antes exuberante, entra no processo de declínio e decadência rápido ou em conta-gotas.
O texto de "Mortais" introduz a narrativa com a menção do suplício da personagem principal da obra "A Morte de Ivan Ilitch", uma das mais belas e tristes novelas de Tolstoi. Aproveitei a sugestão e fui reler também Tolstoi. Que livro!
Enfim, "Mortais" resgata os grandes avanços que a medicina trouxe, entre tantos benefícios, a extraordinária elevação da perspectiva da vida humana. Temos vivido mais. Apesar de tanto avanço científico, ainda assim continuamos mortais...
Sob esse aspecto, o livro apresenta vários casos de pessoas debilitadas pela velhice, sequestradas por doenças crônicas degenerativas irreversíveis cujas vidas são prolongadas pelo uso excessivo de medicações ou procedimentos reconhecidamente inócuos ou que, muitas vezes, tornam ainda mais penosa a sobrevivência humana.
A preocupação primordial de "Mortais" é a questão humanitária no trato com as pessoas doentes em estado de vulnerabilidade física cujas esperanças familiares são excessivamente depositadas na medicina, sem que seja observado o estado de ânimo do próprio enfermo, cujo amparo emocional poderia ser mais adequado e humanitário com a adoção dos cuidados paliativos, geralmente em ambiente familiar, com orientações melhor direcionadas em busca do maior conforto para o paciente, em casos irreversíveis, visando sempre a sua autonomia e, principalmente sua dignidade.
Mortais é a um só tempo um livro de fácil leitura, todavia difícil em seu conteúdo, porque expõe nosso despreparo para enfrentar os dilemas últimos que envolvem nossa finitude humana.
comentários(0)comente



Mercia50 29/08/2023

?Não há como embelezar a morte?
Falar sobre morte é um tabu. Eu já vi ela perto, perdi duas pessoas importantes e convivo com o luto há 3 anos.
Refletir sobre a minha mortalidade, não é algo mórbido pra mim e é uma pena que seja para a maioria das pessoas, pois saber conscientemente que vamos morrer, pode nos ajudar a viver melhor, mas achamos que isso demora muito e ignoramos nossa única certeza na vida. É compreensível, não é um assunto fácil, pois toca em inúmeros lugares da gente, mas como Atul diz ?fechar os olhos para a realidade tem seu custo?.

Mortais, de Atul Gawande traz uma perspectiva diferente dos outros livros que li sobre a temática, pois ele foca no processo de envelhecimento, pelo qual a maioria de nós vai passar. O livro é bem embasado e referenciado para quem desejar checar os dados e o autor desenrola algumas histórias com o intuito de explicar o que acontece quando enfrentamos doenças graves.

Não existem respostas simples para questões complexas, o livro traz questionamentos profundíssimos sobre como tratamos nossos idosos, como a medicina deveria cuidar das pessoas no fim da vida, como vivemos mais e nosso sistema econômico e social não está acompanhando as mudanças adequadamente.
Um livro engrandecedor, mas assim como outros dessa linha, não é para qualquer um. É necessário ter coragem e terapia em dia para refletir sobre nossa realidade como *mortais*.
?Aceitar nossa própria mortalidade e chegar a uma clara compreensão dos limites e das possibilidades da medicina é um processo, não uma epifania.?
comentários(0)comente



@lerpracrer 06/02/2023

????????
Mortais

?O foco da medicina é estreito. Os profissionais da área médica concentram-se na reparação da saúde, não no sustento da alma?
Esse é um livro diferente dos que eu costumo trazer aqui!
Por fazer um curso da saúde, sinto a constante necessidade de me sensibilizar com causas e situações que eu sei que irão aparecer em minha trajetória, e as quais já vivi em minha família.
Envelhecimento e a finitude da vida são assuntos que a gente dificilmente aborda de uma forma empática na maior parte curso de medicina, porque o sistema é feito para sempre raciocinarmos como manter aquela pessoa viva, quais as expectativas de uma terapia X ou Y funcionar para um câncer, qual o prognóstico daquela doença, a sobrevida média após tal cirurgia ou como prevenir quedas, fraturas, e todo tipo de adversidade que aparece junto com a velhice.

O autor traz no início do livro relatos de lares de idosos que funcionam de forma a dar uma boa qualidade de vida para os moradores através da aceitação da autonomia de cada um, mesmo que isso signifique as vezes assumir um maior risco..

Em sequência, Atul Gawande cita casos de pacientes terminais e como ele aprendeu a manejar essas situações e propor as opções terapêuticas para cada um, mesmo que essas fossem os cuidados paliativos, que, em grande parte dos casos, era a melhor opção para que essas pessoas pudessem viver seus últimos dias de forma tranquila, em paz, cercadas de amor e degustando cada dia.

Falar sobre envelhecer e morrer é um tabu enorme na nossa sociedade, mas infelizmente ainda o é em muitas instituições de ensino em saúde!
Esse livro me permitiu pensar, por mais difícil que seja, na forma como eu quero lidar com isso com meus pacientes mas, principalmente, como desejo viver a minha vida.

Esse não é um livro para quem é da saúde apenas, ele traz muitas reflexões sobre nossas próprias vidas e com certeza fará você lembrar do seu avô, avó, ou algum parente, que no fim da vida passou por algum situação aqui apresentada.

Lembrar da finitude da nossa vida faz a gente aproveitar mais o momento, e isso para mim foi uma grande lição.
comentários(0)comente



luizagross 15/11/2022

Até a página 100 o livro é um pouco devagar, um apanhado de curtas histórias que não emocionam muito. Contudo, depois o livro começa a fazer reflexões profundas até a última página que fazem a leitura valer muito a pena.
comentários(0)comente



Suellen 18/07/2022

Amei
Como pode um livro base de um seminário de um professor ruim ser tão bom?
Eu queria muito ler esse livro assim que vi uma menina comentando no YouTube, indiquei para uma amiga que comprou, leu e amou, isso tudo fez com que minha vontade pra começar aumentasse, mas com tantas tarefas da faculdade parecia impossível separar um tempo pra ele, esse trabalho foi uma desculpa perfeita.
Mortais é tão tocante, várias partes desse livro falaram comigo, ele é sobre a inevitabilidade da morte e como a nossa sociedade não está nada preparada para recebê-la? metade do livro há um foco maior nos idosos, na outra é sobre pessoas que receberam um diagnóstico difícil e decidiram tentar de tudo que é tratamento, mesmo aqueles em teste, para se curar, pois o Ser Humano não foi criado para morrer, mas a morte é inevitável.

?Se ser humano é ser limitado, então o papel dos profissionais e das instituições encarregados de oferecer cuidados - de cirurgiões a casas de repouso - deveria ser de ajudar as pessoas em sua batalha contra esses limites. Às vezes podemos oferecer cura, às vezes apenas alívio, outras vezes nem isso. Porém, independentemente do que possamos oferecer, nossas intervenções, assim como os riscos e sacrifícios que envolvem, só são justificadas se atendem às metas maiores da vida da pessoa. Quando nos esquecemos disso, podemos infligir um sofrimento barbáro. Quando nos lembramos, podemos fazer um bem enorme.?
comentários(0)comente



Fabi.Filippo 19/06/2022

Leitura obrigatória
Mortais é aquele livro que eu não consegui ler de uma só vez. Lia algumas páginas e parava para refletir sobre a leitura.

Na minha opinião é um livro para todos, principalmente para profissionais de saúde .

Assim como Atul Gawande na faculdade eu não tive nenhuma aula sobre envelhecimento, fragilidade ou morte. E mesmo passando a minha formação inteira sem ouvir a palavra Geriatria , é isso que eu faço hoje.

Os capítulos foram organizados de maneira bem didática iniciando com ? O ser independente? , passa por Caindo aos pedaços ? ?Dependência? ? Assistência ? ? Uma vida melhor ? e termina com ? Desapegar-se? , ? Conversas difíceis? e ? Coragem?.

Apesar da divisão não é um livro técnico, são as impressões e reflexões de um médico cirurgião a respeito de como tratamos os idosos e como reagimos quando a morte e a incapacidade estão bem na nossa frente, seja com a velhice ou com uma doença incurável. A partir de certo momento ele narra o que passou com a doença de seu próprio pai.

Além disso são abordados temas como dar um propósito e sentido à vida , sobre escolhas e renúncias , lealdade, respeito e ressignificar a própria vida. E onde podemos inserir tudo isso no contexto da finitude ? Nos cuidados paliativos.

? O terror da doença e da velhice não é meramente o terror das perdas que somos forçados a enfrentar, mas o terror do isolamento. Ao se darem conta da finitudade de suas vidas, as pessoas não pedem muita coisa. Não buscam riquezas . Pedem apenas que lhe seja permitido , na medida do possível , continuar moldando a história de suas vidas no mundo?.
comentários(0)comente



Paula 06/06/2022

Vou levar esse livro para minha vida toda.

Devia ser leitura obrigatoria para todos os medicos.
"Nosso fracasso mais cruel na maneira como tratamos os doentes e idosos é nossa falha em reconhecer que eles tem outras prioridades alem de simplesmente permanecer em segurança e viver por mais tempo"
comentários(0)comente



Carolina.Leao 07/02/2022

Leitura necessária...
A única certeza que temos na vida é a certeza de que iremos morrer. Mas ninguém gosta ou quer pensar sobre isso. Contudo, torna-se necessário falarmos sobre a finitude da vida e, principalmente, sobre como mantermos a qualidade de vida na velhice ou no decorrer de uma doença incurável/debilitante. É um livro que traz diversos ensinamentos mas, o maior aprendizado que Mortais trouxe para mim, foi a compreensão da importância da autonomia na vida dos idosos. Uma leitura necessária para todos!
comentários(0)comente



Ana 16/01/2022

A vida se finda. Precisamos falar sobre isso.
Leitura forte, desafiadora e para quem tem estômago forte. O autor nos revela, através de temas capítulos como: o ser independente, caindo aos pedaços, dependência, assistência, uma vida melhor, desapegar-se, conversas difíceis e coragem. Histórias de pessoas e pacientes em seu final de vida, muitos diagnosticados com câncer terminal, nos dá possibilidades de melhorar (ou não) os últimos dias de vida das pessoas que amamos.

Chorei muitas vezes, principalmente nos parágrafos finais de cada capítulo. Me fez, inclusive, conversar com minha mãe sobre a finitude da vida, sob um aspecto importante que o autor fala no decorrer da leitura: o que e como queremos continuar vivendo? A que custo queremos, na doença, continuar vivendo?

Cuidados paliativos, casa abrigo de abrigo, anatomia do envelhecimento, convivência, decisões sobre a vida do outro... Um livro e leitura indispensável para todas as pessoas, além de cuidadores, enfermeiros e médicos, que a vida dará de presente alguém para cuidar nos últimos meses de vida.

Me fez refletir demais, me tirou suspiros e me fez lembrar que em poucos anos estarei (ou meses, por que não?!) vivenciando cada história narrada, com as duas pessoas que mais amo na vida: meu pai e minha mãe.


??
comentários(0)comente



gabivbritto 26/12/2021

fundamental
um pouco diferente do que eu esperava, mas ainda assim arrebatador.

imaginei uma escrita mais técnica, um ponto de vista mais pautado nas tecnologias, mas o autor optou por uma abordagem bem pessoal, íntima e cativante, que alcançou o mesmo resultado e me agradou bastante.

foi interessante acompanhar a jornada de envolvimento do autor com os cuidados paliativos e adorei o caráter autocrítico da obra.

a leitura demorou um pouquinho a se desenvolver, mas talvez eu que tenha demorado a pegar o ritmo. nada que atrapalhe!

recomendo forte! ?
comentários(0)comente



fergarciafleury 08/06/2021

Atul Gawande é um renomado cirurgião, autor de belíssimas obras como o Manifesto Checklist. Em Mortais, ele não desaponta. Com um relato sóbrio sobre nossa finitude, Gawande nos fornece uma visão de como é ter um final de vida com qualidade ? e as escolhas que levam à uma morte sofrida. Sobre ortotanásia e cuidados paliativos, ainda prefiro os livros da Ana Cláudia Quintana Arantes, sumidade no assunto e referência nacional. Não obstante, considero a visão de cuidados paliativos na especialidade cirúrgica um diferencial desse livro, assim como a abordagem adequada para ajudar os pacientes a se depararem com a finalidade de suas próprias vidas.
comentários(0)comente



28 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR