Thay262 25/08/2022
Narrativa de uma aventura/história qualquer dentre os 1000 anos dos Mikaelsons, mas que serve de complemento pra quem viu a série
Quando uma série ou filme é adaptação de livros, pensamos sempre que a versão literária é melhor. Aqui temos o oposto, uma série de TV que tornou-se livros: impossível não comparar ambos, sendo que aqui o livro deixa a desejar em alguns pontos. A sensação é que Julie Plec é uma boa roteirista, porém não tão boa escritora.
O ponto positivo é que Julie Plec é responsável por ambos, série e livros, logo os personagens estão muito bem caracterizados. Sim, desculpem as pessoas que não acharam isso, mas eles estão bem caracterizados na minha opinião.
Atenção: Tem quem diga que o Klaus não parece o Klaus. Mas lembre que os livros contam um história anterior a série, e a narrativa aqui começa muito bem. Sobre o romance, quem viu a série sabe que tanto Klaus e Rebekah sempre desejaram amor, por isso é completamente compreensível vê-los apaixonados nesse livro. Rebekah também diz que o vampirismo lhes é uma maldição, não uma vida. Por isso acho completamente fácil de entender que Klaus só é o Klaus da série porque nos tempos atuais já está amargurado com a "vida/maldição", e por isso é mais sádico, mais cruel, mais descrente no amor nas séries, mas antes ele não era assim, e mesmo isso fica claro já na série The Originals. Então não entendi porque acham o Klaus descaracterizado só porque está tão super apaixonado facilmente. Por acaso vocês viram terceira temporada? A relação dele com a Aurora? Ele era apaixonável no passado sim, e ficava super babão e louco de amor e carinhoso com quem amava, mas perdeu as esperanças ao longo dos séculos, dado as desilusões que teve).
O problema do livro é:
A) A espectativa que criamos sobre ele. Esperamos ver a família Mikaelson completa, mas só temos Klaus, Rebekah e Elijah. E esperamos uma história sobre os primórdios dessa família, mas só recebemos uma narrativa de uma época qualquer e seus reles acontecimentos.
B) O livro começa muito bem, porém perde o ritmo no meio/metade. E o final foi mal trabalhado, corrido e confuso em vários trechos, dando a sensação de que foi terrivelmente escrito/concluído. A Julie Plec não escreve bem, e isso prejudica a narrativa.
C) O livro só faz sentido pra quem viu a série, pra quem não viu o enredo do livro ficará com lacunas imensas que lhe deixarão confuso. Oque acho péssimo, porque a autora teve a oportunidade de atrair novos fãs com esse livro, mas no fim isso só serve mesmo como um complemento "bobinho" e pouco relevante a série.
Em resumo, tínhamos muita espectativa que foram frustradas. O começo é bom, o meio do livro foi confuso, e o final para mim foi previsível e mal trabalhado. Mas o problema foram as espectativas que criamos: Em termos de história esse livro é um bom complemento a série, considero-o conteúdo canônico sim (do tipo que seria super compreensível ver flashbacks dele na série, se a autora quisesse).
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