Lisse 14/05/2016
Sinceramente não estava esperando muita coisa desse livro, pois nenhum livro dessa autora me chamada atenção. Mas o título da série - Life on Stage - fez algo soar interessante e com algum propósito. Pensei: "porque não né?". E digo que a coisa deu muito certo, pois os aspectos encontrados valeram a pena.
Num primeiro prisma temos Cooper Montegomery que é produtor de filmes em Hollywood, que tem tal produtora herdada de seu pai que fez fama e tem muito orgulho de tudo o que foi-lhe entregue para cuidar, e o faz com afinco e seriedade. Esse foi um dos pontos que mais gostei na história, o fato de o homem REALMENTE trabalhar. Porque já estava um pouco cansada de nos livros as pessoas fingirem que tem um trabalho. O trabalho edifica e é útil. Avisem as autoras por favor! Obrigada.
Porém, Cooper não é filho único, e Miles tem o hábito de causar alguns problemas visto que também tem uma produtora, só que a dele envolve Reality Shows. E o irmão de Cooper está envolvido na produção de um denominado Throb, mas as coisas não andam boas, ele precisa de um pouco de investimento e pede a ajuda do irmão para isso. O que exige que Cooper apareça nos sets de filmagens e conheça mais da história por trás do reality e as pessoas envolvidas.
E temos também a querida Kate, que é uma das estrelas do reality que busca uma posição elevada no programa pois o prêmio será muito bem vindo. E o plot tá formado! Juro que amei isso!
Amei por muitos fatores:
1) motivo de Kate está no programa é muito bom;
2) Miles e Cooper tem uma rixa familiar que dá vontade de dar na cara dos dois;
3) Cooper é um personagem interessante, que mesmo estando recheado de clichês que a autora pôs nele, ainda assim me fez gostar muito de suas atitudes;
4) há muitos personagens coadjuvantes legais.
E como ponto principal, preciso citar que esse foi o único livro que vi um triângulo amoroso que funciona, que é divertido, que dá tensão entre os personagens, mas que no final não fica chato e sem graça, e com vontade de revirar os olhos. A autora soube dosar muito bem as coisas, e no final talvez seja a situação que todos estavam que não permitia ninguém fazer um movimento, deixando as consequências muito interessantes.
Poucas vezes vi um protagonista masculino que fosse altruísta. Porque sinceramente esse papo de "você é minha", mas que só serve para um dos lados não me convence e nunca convencerá. Não quando o personagem é um egocêntrico filho da mãe. Mas vi em Cooper algumas qualidades bem difíceis de perceber em livros eróticos. E adorei.
"Se você quer algo, você o persegue agressivamente e nada fica em seu caminho. Se você ama algo, às vezes você não tem escolha, mas para o deixar livre para que possa encontrar seu caminho de volta para você de uma vez por todas."