deborajournal 30/08/2023
"?A voz do conhecimento fica atormentando o corpo emocional. O que não é real fica ?atormentando o que é real. A ação é acreditar na mentira; a reação é sentir a dor emocional. O ?corpo emocional percebe a voz, reage a ela e, qual um tigre, parte para o ataque. Perdemos o ?controle e, fazemos e dizemos coisas que realmente não queríamos fazer nem dizer. Agora a voz ?do conhecimento tem medo de nossa reação emocional; ela julga nossa reação e nos faz sentir ?vergonha de nossos próprios sentimentos.
?Então percebemos a emoção da vergonha, e na tentativa de justificar essa emoção ?usamos o conhecimento, o que quer dizer que a voz do conhecimento está falando sobre algo ?que sentimos. A voz começa a mentir sobre nossos sentimentos, e depois tenta negar o que ?sentimos. Então percebemos a voz, percebemos o julgamento e temos mais uma reação ?emocional. Agora nos sentimos culpados por haver reagido emocionalmente e logo o ?conhecimento tenta explicar o sentimento de culpa. A dor emocional vai crescendo e acabamos ?ficando deprimidos. Você consegue enxergar o ciclo?" P27
Aqui ficou claro que a voz do conhecimento PARA MIM é a ansiedade, para outros é a depressão, o TDAH, a bipolaridade, a esquisofrenia... elas mentem o tempo todo e como estão na nossa cabeça em forma de pensamento, acreditamos nelas, porém são serpentes mentirosas.
O autor aponta que a voz do conhecimento é implantada em nossa vida desde o dia que nascemos. Tudo que nos ensinam a acreditar na verdade é mentira. Os pensamentos são induzidos aos poucos e passamos a acreditar, por exemplo, que mentir que o pai/mãe não está em casa, porque seus pais mandaram, enquanto eles mesmo nós dizem que não devemos mentir.
Essa voz do conhecimento distorce a verdade e ao longo da vida somos moldados por ela, através da nossa família, da escola, das culturas... Tudo à nossa volta é mentira e com o tempo passamos a não saber silenciar isso.
Nosso raciocínio já não sabe mais separar a verdade da mentira. É como ter um diabinho falando mentiras mais alto. Ele diz que você não pode, que você não consegue, que você é triste, que você não é capaz. Nossa cabeça não está atenta ao silêncio para ouvir a verdade, sem imposições, sem induções sem mentiras. Só a nossa cabeça em silêncio.
Don Ruiz cita o livro os quatro compromissos (que também sugiro que leiam) como uma forma de aplica-los juntos aos ensinamentos deste livro. Esses livros da família Ruiz (pai e filho) são curtos e precisos em seus ensinamentos sobre a sabedoria tolteca. Nem sempre é possível entende-los de primeira.
Neste livro, me perdi um pouco perto do fim. Talvez porque tenha sido um resumo insuficiente (sobre como silenciar) ou porque é a descrição de uma fase que é difícil de se alcançar da sabedoria tolteca. No entanto, ainda que nunca a alcancemos, o livro não deixa de ser muito bom. Pela terceira vez, sinto a necessidade de ler mais obras da família Ruiz. Sempre dá para aplicar um pouco de sua sabedoria e isso apesar de não ser o bastante, já nos direciona muito na vida. Só leiam!!!