Os contos de Grimm

Os contos de Grimm Irmãos Grimm




Resenhas - Os contos de Grimm


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mari fig 19/10/2023

Inserido na minha escola, trabalhamos cerca do trimestre todo ao ar livre e foi lindo cada conto de fada que te faz fascinar, e ainda recebemos a assinatura da ilustradora foi realmente mágico para mim.
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Antonio 11/04/2020

O Fascínio dos Contos de Fada
É algo a ser estudado, embora já tenha sido muito estudado: o fascínio que os contos de fada despertam há séculos. A tal ponto que podemos dizer que não existe outro gênero literário tão popular quanto os contos de fada (ou você acha que existe?).
Outros gêneros fizeram sucesso em sua época, mas isso passou. Os contos de fada não. Eles já existiam na forma oral, e foram recolhidos por Charles Perrault em 1698. Foi uma espécie de começo — passando do oral à escrita literária. E nunca mais foram esquecidos.
No começo dos 1800, os Irmãos Grimm deram prosseguimento à pesquisa, recolha e publicação de contos infantis, ou contos de fada. Nesse momento, a preocupação era com a língua alemã, a identidade alemã, e o Romantismo colocava esses valores em primeiro plano. Os Irmãos Grimm eram linguistas. Os contos não foram recolhidos apenas de camponeses, mas de pessoas de todas as classes sociais — o que mostra, mais uma vez, o alcance universal dos contos de fada.
E qual a diferença de Perrault e dos Grimm? A época era outra, e a preocupação com a infância era muito maior. Os valores burgueses incluíam a educação infantil voltada a certos valores. Por isso, os contos de Perrault são muito mais sangrentos e explícitos (até com conotações sexuais às vezes). Os Grimm já escreveram de forma mais suave, pois essa seria a forma mais adequada às crianças. Não importa — pois o conteúdo simbólico dos contos continuou intacto, e é isso que mais vale na literatura.
A melhor explicação para o sucesso dos contos de fada é a seguinte: eles condensam questões existenciais, conflitos edípicos e outros conflitos típicos da infância. A violência que trazem é reflexo da violência desses conflitos interiores. E como a infância é a base formadora do ser humano, esse simbolismo continua a fazer sentido por toda a vida.
Prova é a quantidade de filmes baseados nos contos de fada que saíram nos últimos anos: A Garota da Capa Vermelha (2011), Branca de Neve e o Caçador (2012), Espelho, Espelho Meu (2012), Malévola (2014), A Bela e a Fera (2014), Cinderela (2015), O Caçador e a Rainha do Gelo (2016), Maria e João (2020). E há muito mais, pois essas são grandes produções. Alguns desses filmes são voltados a crianças, mas a maioria é para adultos. É realmente um sucesso avassalador.
O livro Os Contos de Grimm, editora Paulus, com tradução de Tatiana Belinky, traz 50 contos dos irmãos Grimm, e é claro que muitos já são bem conhecidos. Mas há muitos pouco ou nada conhecidos, e está aí o interesse maior: não sabemos qual vai despertar mais interesse, porque depende das questões que cada criança enfrenta. Nesse período de quarentena, ter esses contos (curtos) que podem ser lidos rapidamente para crianças pequenas, ou lidos por crianças um pouco maiores, é uma ótima ideia. Vamos repetir: o fascínio que os contos exercem em nós é gigantesco! E existe a possibilidade de um conto pouco conhecido trazer um conteúdo importante para um leitor (ou ouvinte) específico.
A tradução de Tatiana Belinky utiliza uma linguagem antiga, bem pouco atual, mas devemos nos lembrar de que os contos de fada muitas vezes nos dão exatamente essa ideia, a de um tempo passado (Era uma vez...), sem data, como se tivessem sido escritos no começo do começo dos tempos. Nesse sentido, a linguagem “antiga” é uma escolha defensável, embora eu preferisse uma linguagem mais atual.
Leia esses contos, um por dia! Para crianças ou para si mesmo. Há muito a ser descoberto nesse volume.


site: http://www.blogselivros.com.br/os-contos-de-grimm/
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