Resenhas - Coração Satânico

LaBelleDeNuit 25/04/2022

Nem preciso dizer que essa foi uma das melhores leituras que fiz esse ano.
Sinceramente esse livro me surpreendeu.
Não esperava nada dele, mas o final foi surpreendente, eu realmente não imaginava o final de John e nem o que havia acontecido com ele.

Literatura Policial 20/06/2017

É como se Raymond Chandler tivesse escrito O Exorcista
Lançado originalmente em 1978, o livro traz uma autêntica história de detetive, atravessada pelo gênero terror, e que chega às prateleiras brasileiras com intenso vigor. Stephen King oferece o melhor resumo da obra: é como se Raymond Chandler tivesse escrito O Exorcista.

Confira a resenha no literaturapolicial.com

site: https://literaturapolicial.com/2017/06/19/coracao-satanico-william-hjortsberg/

Nana 05/06/2023

Não gostei
Eu tentei, juro que tentei, mas esse não desceu, e infelizmente tive que fazer algo que odeio... abandonar a leitura;-;

Peu 27/05/2022

Preciso achar uma explicação sobre esse final
Gostei muito do livro, leitura fluída com capítulos curtos. Porém não entendi o final, na parte da transmutação da alma? Angel está usando o corpo de Favorite ou o inverso? Pelo q eu entendi não faz muito sentido a parte de troca de alma, apenas colocar a amnésia por conta do acidente. Mas tirando isso achei muito bom o livro.

Giann0 09/08/2017

Surpreendente.
"Oh, quão terrível é a sabedoria quando não traz proveito algum ao sábio que a possui!"

Jackie Sabino 12/06/2019

INCRÍVEL!
A quanto tempo eu não lia uma escrita tão boa, limpa, criativa e sem enrolações. Hjortsberg escreve incrivelmente bem, solta muitas dicas durante sua narrativa e eu confesso que só fui pegar o tal pulo do gato da história nos capítulos finais kkkkk.... e que final digno de toda história que é bem amarradinha e tensa; fora toda a ação que o detetive Angel nos convida a entrar e que é impossível deixá-lo vivenciar sozinho.

Todos os personagens tem personalidades bem amarradas e, mesmo descrevendo-as durante todo o livro, você não se perde. Que pena que demorei tanto tempo pra ler essa pérola; estou muito feliz em incluí-lo na minha lista de favoritos.

Thiago275 09/12/2020

Bom, mas nada além disso
Certa vez, Stephen King descreveu esse livro como "tentar imaginar o que teria acontecido se Raymond Chandler tivesse escrito O Exorcista", e eu não poderia dar descrição melhor.

Lançado em 31 de outubro de 1978, Coração Satânico é um romance policial noir que traz pitadas de terror. Harry Angel é o arquétipo do detetive americano: aquele que não liga para as formalidades legais e que se envolve com as beldades que aparecem no caminho, não importa o quão suspeitas elas sejam.

Na história, o detetive com sobrenome sugestivo é contratado por um homem com nome mais sugestivo ainda, Louis Cypher, para descobrir o paradeiro de Johnny Favourite, um outrora cantor de sucesso que tinha um contrato a cumprir com o Sr. Cypher.

Conforme a investigação avança, Harry Angel se vê enredado numa trama envolvendo vodu, magia negra, missas satânicas e várias mortes, culminando num desfecho tão inesperado quanto abrupto.

O livro, na minha opinião, pode ser considerado mais uma novela do que um romance, na medida em que não é muito longo e tem um estilo direto, que não aprofunda os personagens.

Como romance policial, ele consegue prender o leitor. Mas, apesar do final surpreendente, é uma obra facilmente esquecível.

Sô 06/05/2019

Enquanto eu lia, ficava pensando comigo mesma que o autor com certeza decidiu o final antes de ter todo o enredo em mãos, então não foi surpresa nenhuma quando eu li no posfácio um texto dele dizendo justamente isso. São muitas dicas ao longo do caminho, e caso você não seja que nem o protagonista que não sabia nem que 666 era o número da besta, com certeza vai desvendar boa parte do mistério.

Pra começar, óbvio que Johnny Favorite fez um pacto com o Diabo em troca de sucesso. E óbvio também que ele quis dar uma de esperto voltando atrás e não cumprindo com o contrato. Só que o grande mistério do livro é que ele acaba desaparecendo por longos 15 anos, até que um tal de Louis Cyphre – olha a dica sendo esfregada na sua cara – contrata os serviços do detetive Harry Angel para descobrir onde o Johnny foi parar. Essa investigação acaba levando-o ao submundo da magia negra e às pessoas que tiveram contato com Johnny no passado. O problema é que após abrirem a boca, elas acabam morrendo da pior forma possível. E assim, mais um mistério passa a acontecer, afinal quem está matando essas pessoas?

E quando o detetive descobre tudo, não tem como não sentir pena do cara. A gente descobre que ele foi manipulado esse tempo todo, que o Coisa Ruim já sabia onde Johnny se encontrava e só estava aguardando o próprio Johnny perceber isso também. Ou você achou que era mera coincidência o fato de ele ter escolhido justo o Harry Angel para ser o detetive? Até o fato de só a Epiphany não ter sido morta durante as investigações como os demais tem um motivo, e é a cerejinha que faltava no bolo do Tinhoso.

Mesmo descobrindo a grande revelação lá na metade, quando ela surgiu achei impactante de qualquer forma. E é como chegamos nela que faz a diferença nesse livro, já que o autor não deixa em nenhum momento a leitura arrastada, muito pelo contrário, é tudo muito bem costurado, fazendo com que você queira saber o que vai acontecer em seguida. Duvido muito que você não termine a leitura em 2 dias como eu.

Danielle 22/03/2020

Surpreendente
O livro me envolveu deste a primeira página, cheio de mistério e personagens diferentes e misteriosos.
Assassinatos sombrios e sangrentos acontecem ao longo da trama por onde o detetive particulat Harry Angel passa para descobrir onde está o famoso Jhonny Favorite para o seu misterioso cliente.
Cenas macabras irão chocar o leitor e até eu me dar conta do que estava acontecendo terminei o livro chocada com o plot twist.
Ao fracos de estomago não recomendo a leitura.

Felipe 24/09/2017

Minha visão
[...]
Harry Angel. O Nome do detetive particular contratado por nosso amado Sr. Cipher para localizar um famoso que foi dado como morto: Jhonny Favorite.

Julgando pelo inicio da historia, qualquer um o julga como um Thriller Policial e por conta disso, fica a expectativa de: onde começa a parte satânica do livro.

Posso afirmar para você: Ele começa exatamente onde deve, você precisa ler a historia, e o desenrolar dos fatos até chegar onde, todos nós queríamos ao ler e comprar esse livro magnífico! Por tanto, aproveite cada cena deliciosa de comida boa, requintada ou não, descrita no livro assim como as bebidas de NYC por volta de 1950, que é a época onde se passa a história.

Vamos mergulhar numa cidade grande e conhecer vários pontos dessa cidade que desperta a curiosidade de tanta gente (assim como SP 😉 )

Ainda falando um pouco sobre a historia, eu posso dizer que EU, pessoalmente, fui pego de surpresa no final da historia… Mas eu tenho o péssimo (ou não) hábito de, não pensar nos caminhos que a historia pode te levar. Eu não desvendo a historia.

Eu literalmente, a acompanho intrigado, sempre como um expectador, por conta disso, eu não tenho a habilidade de desvendar finais de livros xD

Posso dizer que alem de me surpreender, o livro é riquíssimo, não só em detalhes da cidade de NY mas também com a relação a tudo que envolve de ocultismo e magia negra sitadas no livro. Realmente aguça a imaginação e desperta sentimentos controversos dentro de cada pessoa que lê, afinal, nem todos são bonzinhos na vida. [...]

site: https://ferilos.wordpress.com/2017/09/22/resenha-coracao-satanico/

Louie 23/09/2021

História boa, execução péssima.
Bom, devo dizer que o livro não me prendeu em nenhum momento. Não gostei da narrativa, é tudo corrido e sem emoção.
Os problemas do livro me desanimaram muito e terminei de teimosa mesmo. O primeiro problema foi a expectativa por causa do nome, Coração Satânico. Fiquei esperando Bebê de Rosemary, recebi uma história de detetive bem clichê com direito a mala com fundo falso contendo microfone pra ouvir pelas paredes e uma coleção de chaves mestras. Fora que a execução do trabalho de detetive não convence nem um pouco. Angel faz coisas como beber um drink num escritório que ele entrou escondido no meio da noite, lavar o copo e deixar no escorredor. Ou então usar o uniforme de um limpador de janelas pra ouvir a conversa de um apartamento, sem nenhum tipo de treinamento de altura. Ou se envolver romântica e sexualmente com uma suspeita da sua investigação. É muito irreal.

Então vamos pra outros tipos de problemas como várias cenas bem racistas e machistas (incluindo um relacionamento com uma menina negra de 17 anos, muito fetichisada). Várias cenas de sexo completamente desnecessárias. Piadas ofensivas sem nenhum propósito (como dizer a uma mulher que ela ficaria melhor num zoológico).
A parte do "satanismo" também tem problemas. O autor mistura tudo: vodu, religiões africanas, tarô, astrologia, missa negra, pentagrama invertido. Mostra que não houve nenhum tipo de pesquisa sobre o assunto, ele só jogou todo tipo de ocultismo que ele ouviu falar e fez essa salada. Não entendi o propósito de toda essa gente ligada ao vodu morrer ao longo do livro. Fora a representação do ritual satânico completamente tirada do imaginário coletivo (o combo: sacrifício de bebês + orgia envolvendo uma virgem dopada + pessoas se masturbando e rindo insanamente enquanto se banham em sangue. Ah! Com o metrô passando bem ao lado!).

Persisti até o final, esperando descobrir o motivo de tanta gente achar o livro genial. Descobrir que Angel e Favorite eram "a mesma pessoa" me pegou de surpresa, mas porque eu não estava entendendo nada mesmo. hahaha
Estou pensando ainda na execução do tal ritual para troca de corpos e não faz sentido algum. Esse tempo todo era o Angel no corpo do Favorite? Ninguém reconheceu Favorite? Ok, ele fez plásticas, mas Angel era branco e Favorite, negro. E aí?
Se alguém souber me explicar essa confusão, agradeço muito.

Enfim, a ideia da história é muito boa, infelizmente foi terrivelmente executada. Imagino essa história bem escrita, sem os problemas da época e sem a confusão absurda.

Aldemir2 28/07/2022

Previsível que nem um episódio do Chaves, mas pelo menos o episódio é bom de assistir
Duas coisas pontuavam na minha mente antes de começar essa leitura: previsível e problemático. Só não sabia que essas duas coisas seriam tão fortes assim. Meu primeiro interesse nesse livro nasceu quando vi um vídeo da Thamires do Resenhando Sonhos falando sobre como esse livro tinha passagens problemáticas e racistas e eu sinto vontade de ler alguns livros assim para poder analisar essas passagens e juntamente analisar a sociedade da época em que o livro foi escrito, o autor e alguns dos pensamentos que rondavam a mente das pessoas na época. Fiz a mesma coisa *O Presidente Negro*, de Monteiro Lobato, e foi uma exercício interessante de fazer, ao mesmo tempo que incômodo pelas suas passagens que dão vontade de revirar o estômago.

*Coração Satânico*, lançado em 1978, é um thriller sobrenatural protagonizado pelo detetive particular Harry Angel, contratado por Louis Cyphre para procurar por um antigo cantor que sumiu após voltar da Segunda Guerra Mundial, Johnny Favorite. Ao longo do romance descobrimos mais acerca do passado sombrio e cheio de mistérios de Favorite e também um pouco do passado nebuloso do protagonista que irá caminhar por vários lugares e entrar em contato com muita gente esquisita. Indo para o primeiro tópico, a previsibilidade, na época em que o livro foi lançado talvez o final tenha sido um grande baque para os leitores, mas por experiência própria e vendo as de outros leitores é claro como o plot twist no final é extremamente previsível, sendo possível desvendar tudo já nos primeiros capítulos. Primeiro, quando o número 666 fica em evidência e um pentagrama aparece já de início, isso tudo ligado com um personagem sombriamente classudo, já se percebe que o próprio Lúcifer em pessoa está no meio daquela história. Mas fingimos surpresa quando ele se revela no final para o protagonista. Além disso, o autor deixa muito claro que Johnny e Harry são a mesma pessoa, as partes nebulosas do passado do detetive que *coincidentemente* também são nebulosas no passado do cantor só explicita mais ainda e, para um detetive que supostamente tem boas referências, é muita burrice Harry nem pensar “Poxa, que engraçado né, nós dois estávamos no mesmo lugar ao mesmo tempo”. Mas afinal, por que esse livro deixou de ser chocante para ser previsível? Porque esse plot twist já foi tão usado que está batido? Porque é uma narrativa muito previsível, mesmo para quem não leu o livro? Ou sempre foi previsível de fato? É complicado responder essa pergunta, mas que é fácil de adivinhar as respostas há de início isso é fato.

Agora, partindo para as parte problemáticas, muito me remeteu ao caso de Lobato: alguns dizem que para o contexto da época era ok, mas as passagens são racistas até para a época (pontuando que a história se passa no ano de 1955), ainda mais sendo escrito por um homem branco. Não só há passagens racistas para a população negra em si (em certo momento um policial usa palavras que eu nem vou reproduzir aqui e na hora me fizeram questionar se eram realmente necessárias para a narrativa), mas também para as religiões de matrizes africanas, sendo o voodoo muito evidente nesse livro, abordadas de maneira extremamente preconceituosa. Outros dois pontos é a relação de um homem na casa dos trinta anos com uma jovem de dezessete, que eu não entendo como às vezes as pessoas deixam esse ponto de lado quando ele não é subentendido, mas sim claramente explícito quando a própria personagem fala a idade dela, e a objetificação do corpo feminino e mais ainda do corpo feminino negro. A história é uma narrativa noir, detetivesca com alguém que claramente não é completamente certinho como outros heróis, então há aquele ar de o personagem principal ser um cara alfa que pega todas, mas é tão chato ver ele desejando cada mulher com quem ele fala e é nojento ainda ver os pensamentos dele enquanto isso, como na seguinte passagem: “Ela era um pedaço de mau caminho, como se diz por aí, e foi fácil imaginar a mim mesmo me perdendo no meio daquelas carnes morenas”, ele pensa isso de uma personagem que no momento ele não tinha vínculo nenhum, nem mesmo de amizade, e que na hora estava assustada e frágil. O cara é um nojento, mas ainda sou obrigado a ver ele como o grande herói da história.

Tirando todos os defeitos, até que é um livro bonzinho ainda, não foi de todo ruim. De início foi uma leitura bem fluída, o autor sabe criar cenas de ação bem dinâmicas, uma ambientação legal, além de reproduzir o que estava acontecendo no mundo naquele momento. Mas é isso, ele soube escrever bem, mas não escreveu um bom livro.

Em 1987 ele ganhou uma adaptação para o cinema, com o nome de *Angel Heart* (no Brasil ele manteve o mesmo nome da tradução do livro, o nome original do romance é *Falling Angel*, que diga-se de passagem, é mais condizente com a história e de certa forma tem o mesmo efeito spoiler do título traduzido), faz algumas alterações em relação ao livro, principalmente cortes de várias cenas que estão no livro como uma missa negra e o que acontece após ela que é um dos pontos altos da história, no entanto achei o protagonista mais bem apresentado no filme do que no próprio livro onde ele me parecia meio apático. Há ainda as partes problemáticas, especialmente a relação de um cara bem mais velho com uma menor de idade, mas pelo menos não tive que ver os pensamentos dele de novo. Ele vai num ritmo mais rápido que o livro, que pra mim começou a enrolar um pouco na segunda metade, e acho que vale a pena assistir, é bem produzido ainda assim além de ser um clássico com Robert De Niro.

A gente se perde tanto lendo livros mais atuais que sabem como lidar com problemáticas da sociedade, muitas vezes escritos por pessoas que estão no lugar de fala, que às vezes nos esquecemos que existem livro problemáticos, sejam antigos ou não. Mas qual a solução para esse tipo de livro? Boicote? Crucificar o autor? Impedir a republicação ou cortar as partes problemáticas? Alguns livros nunca deixarão de ser clássicos ou serão cortados da lista de “Os mais importantes livros xxxx”, mas é importante ter em mente quais são os problemas daquele livro quando for ler ele e a editora poderia trazer um texto de apoio em que explique o contexto da época, do autor e dessas passagens. Infelizmente não há isso nessa edição da DarkSide de *Coração Satânico*, pelo contrário, há uma exaltação do autor até mesmo com uma carta de Stephen King elogiando o livro, mas fica a dica para uma possível futura edição. Essa dica se aplica com certeza a outros livros na mesma situação, como alguns de Philip K. Dick.

Ale 08/06/2021

Anjo Caído
A nota 4 estrelas foi mais pela escrita, que é depressiva e sombria, do que pelo tema em si.

Logo nas primeiras páginas já descobri que Lou Cypher é Lucifer, o diabo. Retratar o diabo fazendo um pacto com humanos é tema batido e desgastado. Mas devemos lembrar que o livro é da decada de 1970.

Mesmo assim, não acho isso nem assustador nem surpreendente.

O ponto alto do livro é a própria escrita, e a descrição das mortes e dos rituais traz o elemento gore do enredo.

O plot principal, que Angel é o Favorite, achei meio confuso. Ele trocou de corpo? Esqueceu tudo só porque foi pra guerra? Não colou muito...

Mas é bem escrito e tem sua dose de horror.

Valéria Cristina 21/05/2020

Razoável
A história é bem construída e o final é bom, mas não empolga.

BurnBeranger 19/07/2021

Falling Angel
Grato por ter a oportunidade de ler este livro.
William consegue transmitir em palavras uma NY rica em detalhes, cria uma trama envolvente, interessante e inesperada. Conseguimos sentir a tensão e somos transportados para um roteiro de filme noire de suspense e macabro.