Resenhas - A Vidente

Reis.0 29/09/2023

História hora lenta e maçante, hora interessante.
Achei uma história bem lenta e maçante em alguns momentos ( vários deles) mas há acontecimentos históricos reais que foram colocados na trama com uma dose de sobrenatural/ fantasia que chegava ate ser interessantes, a protagonista era até que legal, e o protagonista masculino bem interessante também, o livro inteiro se passa em vários anos, e cidades, tendo muitos saltos temporais,onde os protas hora estavam juntos, e hora separados, mas para mim a história funcionava muito quando estavam juntos. Em geral iria dar 3 estrelas, o que pra mim é um livro ok, mas tirei meia estrela por conta dos momento que história ficava lenta, e pq não foi muito meu estilo de leitura.

Berenice.Thais 07/01/2023

Amor e tempo
Nessa história acompanhamos a típica jornada do herói. Com a diferença que é uma mulher Ulrika de 19 anos em uma época em que uma mulher viajando sozinha era e ainda é muito perigoso.ela e uma clarividente que acredita que seus sonhos e os mortos que vê e uma doença sua mãe uma curandeira e seu pai desconhecido que ela acredita está morto, depôs de sonhos uma visão e uma conversa leva ela começar uma jornada que dura mais de 10 anos e viaja a Germânia, Itália, síria, babilônia e roma passando pela China pelo personagem secundário bem costruido sebastianus um mercador que aparece no início da jornada de lá . levando ela encontra o amor e cada um passar um tempo separado para concluir o seus desafios.foi una leitura agradevel com um final muito bom

D.J. Alves 25/08/2021

Não devia ser considerado ficção histórica
Pode ser melhor classificado como fantasia histórica. Usa elementos da história das primeiras décadas do Império Romano, mas vaguea bastante entre a realidade e a fantasia. A leitura e fácil e fluída e prende o leitor aos acontecimentos, confesso que me deixou entediado em alguns pontos por conta do exoterismo e auto-ajuda. Não recomendo para quem busca ficção histórica. Mas se gosta de fantasia e religião é um prato cheio.

Agora algumas frases legais do livro:

"O bem e o mal estão sempre em conflito, e nós, os seres humanos, desempenhamos um papel importante nesse conflito, garantindo que o mal nunca triunfe sobre o bem. Alcançamos isso vivendo uma vida de bons pensamentos, boas palavras e boas ações. Isso mantém longe o caos."

"Vingança só gera vingança ? respondeu Ulrika gentilmente. ? Em Roma, dizemos que, quando um homem planeja vingança, ele deve cavar duas covas."

"Mas, no final, o que aprendera dos filósofos e astrólogos chineses, do imperador e seus mandarins, das pessoas nas ruas e nas bancas dos comerciantes, até mesmo das Flores Sociais, foi que o amor era mais importante do que a honra, a fama e o conhecimento. Após quase um ano bebendo daquela exótica cultura e absorvendo a sabedoria chinesa, Sebastianus compreendera que tudo aquilo era vazio se não tivesse alguém com quem compartilhar."

"A vida não é nem uma coisa nem outra. Assim como há estrelas fixas e estrelas cadentes, em nossos corações temos convicção de algumas coisas e dúvidas em relação a outras. Talvez nunca entendamos por quê; tudo que sabemos é que, enquanto estivermos nesta terra, devemos fazer o melhor que pudermos e viver em paz e com amor."

JoyceFerraz 20/02/2018

Favoritei! Um livro cinco estrelas repleto de histórias, crenças, espiritualidade, amor, fé e coragem ... adorei!
Estamos em Roma, ano 54 D.C. Ulrika tem 19 anos e desde a infância ela tem visões que acredita serem algum tipo de doença, sendo que em algumas, ela sempre vê um lobo e não consegue entender porque pensa no pai quando tem esses visões.
Ulrika vive com a mãe Selene, uma curandeira que passou todos seus conhecimentos para ela, mas a fez acreditar que o pai Wulf, que foi um grande líder na Germânia, havia morrido e por isso, Ulrika nunca o conheceu.
Gaius Vatinius é um poderoso líder do exército de Roma, Ulrika o conhece em um jantar e descobre que ele está em uma busca para acabar com os rebeldes germânicos. Quando novamente ela tem a visão do lobo junto de Vatinius e, Selene confessa que Wulf está vivo, Ulrika entende que precisa ir em busca do povo de seu pai e ajudá-los.
Aqui começa uma jornada perigosa onde Ulrika parte sozinha buscando encontrar seus parentes mas, mais do que isso, essa jornada finalmente a leva descobrir verdades sobre o seu dom da visão, raro e conhecido como clarividência. No decorrer de sua história, Ulrika vai descobrir como controlar esse dom, vai aprender sobre si mesma, sobre seu destino e sobre o amor.
Sebastianus Gallus é um rico comerciante que está em sua própria busca de reconhecimento e também de riquezas para o imperador de Roma. Ulrika parte na caravana dele em busca de suas verdades e nem ela nem Sebastianus esperavam se apaixonar, pois cada um estavam em um jornada individual que os separariam a todo momento.
O destino se encarrega de leva-los por caminhos diferentes e após sete anos separados, eles tem a chance de enfim se reencontrarem, agora cada um com uma bagagem pessoal e espiritual muito diferente das que eles haviam se conhecido anteriormente.

Nasa 25/01/2018

A VIdente - Barbara Wood
Um livro para ler de uma só vez. Eu descobri esse livro por um acaso. Estava pesquisando um filme com Nicolas Cage, e a capa do livro apareceu. Li a sinopse e só me dei por satisfeita quando baixei o E-book. O livro é uma jornada de aprendizado e de auto conhecimento.
Imagine-se em Roma ano 54 da Era Cristã, sentiu o peso da responsabilidade? Ulrika, tem 19 anos e desde pequena tem estranhos sonhos e visões. Cansada de não saber toda a verdade sobre sua origem ela se lança em uma viajem para a Germânia em busca de seu pai e respostas para seu dom. E será lá que ela vai descobrir sua vocação. Destemida Ulrika parte sozinha, deixando apenas uma carta para a mãe onde explica sua decisão.
O destino faz o seu caminho de aprendizado através de uma longa viajam pela Síria, Babilônia e Pérsia e a faz conhecer Sebastianus Gallus um rico comerciante que a leva em sua caravana e a protege de diversos perigos. Ulrika e Sebastianus formam um casal daqueles que deixam você roendo as unhas.
Nesse livro espere desencontros, tramas, sábios, espíritos, peregrinos, fieis seguidores do Cristo, uma estada no Extremo Oriente, um Imperador e o amor. E para fechar com chave de ouro uma audiência com Nero, em Roma.
Houve momentos durante a leitura do livro que parei e voltei algumas páginas para me acalmar. Porque as situações em que Sebastianus e Ulrika se envolvem são incrivelmente arriscadas.
Símbolos, o livro tem muitos e isso é muito interessante. Sem falar nos lugares místicos que os dois visitaram. Os personagens são cativantes e prendem o leitor do começo ao fim. O destino e a casualidade estão presentes em todas as paginas em alguns momentos me identifiquei com certos acontecimentos. Acho que foi isso que me fez gostar tanto do livro.
Adorei esse livro e já o indiquei para vários amigos. Tenho a versão em E-book, mas vou comprar a versão impressa. É um livro para guardar e reler.
Minha nota? Cinco Beijos Mordidos!

Anne__ 09/04/2017

Superestimado.
Sinopse impressionante. Capa agradável. Lugares interessantes. Tinha tudo para ser uma aventura fantástica. Mas, a meu ver, o livro deixou a desejar. A construção dos personagens é superficial e não os conecta diretamente à "mensagem" trazida pelo livro.
Simplesmente surge uma sessão aleatória de fatos com pouco embasamento na intenção de deixar o leitor preso à estória e intrigado pelo que virá, mas isso ocorre ocasionalmente, ao menos comigo. A autora poderia ter desenvolvido melhor os personagens e unido algumas pontas do enredo que ficaram soltas no final.

Dirlene_Tavares 17/03/2017

Adorei o fundo histórico
Se passa nos primeiros anos da era cristã, e podemos saborear um mundo cheio de superstições, crendices, autoritarismo. Nesse panorama tão complexo, temos Urika, uma mulher forte, corajosa, sensível e determinada. Apesar de apaixonada, continua em sua busca, mas ainda assim se mantem fiel ao seu amor, que também é cheio de qualidade e também tem objetivos que o afasta de Urika. Enfim, o livro tem partes maravilhosas, quando Sebastianus e sua caravana seguem em busca de uma rota para China e se veem refém do imperador chinês. Ao mesmo tempo Urika, em busca de suas origens, conhece várias culturas diferente. Enfim o livros é repleto de cenários exóticos, personagens mais exóticos ainda. Gostei muito, principalmente do final. Parabéns a autora que consegue levar os leitores a uma verdadeira viagem de descobertas e surpresas.

Vivian Pitança 23/07/2015

História do Império Romano, Religião, Clarividência e Romance: A Fórmula Perfeita
A Vidente é um livro que me chamou a atenção de cara pelo contexto histórico, a questão pagã e o dom da protagonista, Ulrika, a promessa de acompanharmos a jornada dela em todo seu desenvolvimento e busca pessoal e, claro, um romance básico pra matar de vez. Eu tinha que ler! Fiquei com medo de na verdade a jornada ser totalmente desviada, como acontece com "As Brumas de Avalon" - se você é fã, você precisa ler A Vidente - e Morgana se afasta daquele caminho da Deusa e o livro/ a série foca em outras questões. A Vidente é realmente a narrativa da história de Ulrika. Conhecemos um pouco de sua infância, quando ela acreditava que o dom que possui, de ter visões sem sentido, acordada ou em sonhos, era um sinal de doença. E o momento de início da aventura, quando ela decide viajar atrás do pai e do seu verdadeiro caminho, iniciando uma jornada muito maior que a simples pretensão de salvar uma batalha do povo do pai desconhecido (povo "bárbaro", germânico) contra Roma (lugar onde Ulrika vive com a mãe que declara guerra ao povo germânico). O livro mostra como a protagonista corajosamente sai viajando pelo mundo em busca de seu verdadeiro caminho. Com um romance que formula a frase de capa "Prever o futuro é suficiente para salvar o homem que você ama?". E muita cultura, religião e aventuras nesses tempos retratadas de uma forma clara, envolvente e que deixa clara a pesquisa da autora.



Ulrika se surpreende ao tentar salvar o pai. Encontra notícias negativas, mas descobre a partir da experiência um novo caminho. Entende que suas visões com lobos, espíritos, luzes e o modo como ela sempre sabia onde o que era perdido estava são um dom. E que ela precisa aprender a controlá-lo e a usá-lo, como uma missão dada pela força superior - ela acreditava principalmente numa Deusa. O livro é dividido em "livros numerados", como partes, cada um focado num momento da viagem de Ulrika num lugar. Há narrativas além de Roma, como na Babilônia e na Pérsia. E com isso, um pouco da cultura de cada lugar. Da culinária ao incrível mundo das religiões. É muito interessante o modo como a autora coloca a questão religiosa. Com cada parte visitada pelos personagens com uma crença específica e seguidores e outras pessoas com dons. Para no final ela deixar clara uma resolução que demonstra paz e união entre elas. Até a questão da pressão religiosa, da lei obrigar os cidadãos e estrangeiros de um lugar a cultuarem certo deus é abordada e nos faz ver que isso é para além do cristianismo da Contra Reforma. O místico, as sensações espirituais de Ulrika, a doutrina que ela precisa levar e os ensinamentos também são encantadores e tocaram com alguns aspectos que vejo no hoje. É como se os ensinamentos transmitidos à personagem pelos seus mestres fossem um tipo crescente de religiosidade que temos hoje, ligada ao espiritualismo de um controle pessoal.



O romance se desenvolve entre Ulrika e um chefe de caravanas galego chamado Sebastianus. Em alguns momentos a linguagem entre eles soa como algo impensável para a nossa realidade, mas se enquadra bem à um tempo que não vivemos tão distante e com tal cultura. Então não tenho implicâncias com isso. Gostei muito do sentimento surgir antes do contato físico. De terem dificuldades antes de realmente vermos o casal juntos. Antes cada um precisa enfrentar seu próprio destino, para depois se renderem ao que sentem. Não é uma paixão avassaladora que cega e toma o livro, é um amor que faz, realmente, os personagens crescerem pelo próprio sentimento. Eles não amadurecem com o amor, mas sim para o amor. E isso num livro de grande riqueza histórica e fantástica é um grande diferencial, já que a maioria dos romances que temos vistos nos lançamentos recentes traz a questão: "casal mudando por causa do amor = se apaixonam + problema + superação pessoal de cada um + final feliz ou morte de um dos dois". Em A Vidente a inserção do romance vai além disso. É um complemento para a história que dá cara de "o destino atuando", o que tem tudo a ver com um livro que conta a história de, realmente, uma vidente.



Amo esse ar místico, diversidade religiosa, culturas pagãs, história, romance bem construído, relatos de experiências espirituais e dons. Por isso, A Vidente foi um verdadeiro banquete para mim. O livro tinha tudo para me agradar e não me decepcionou. Realmente fiquei encantada e querendo mais. Mais que reler o livro após o final satisfatório. Fiquei com desejo de ter continuações curtas de jornadas espirituais, envolvendo o dom de Ulrika e o romance. Como contos. E muita, muita, muita vontade de assistir a um filme do livro. Foi o que mais veio à minha mente enquanto lia: "Ia dar um filme maravilhoso!". Será que mato essa vontade um dia? Tomara que sim! Até lá, serei menos ambiciosa, pedirei apenas que você que leu a resenha e se identificou com o que foi dito não deixe a oportunidade passar. É uma leitura que realmente vale a pena.

Visite o blog: http://vivianpitanca.blogspot.com.br/2015/04/resenha-vidente.html

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Angel Sakura 01/07/2015

Resenha do Blog Eu Insisto.com.br
Eu não leio muitos romances históricos e não é que eu não goste deles, eu gosto sim. O que me faltam são oportunidades, nesse meio de distopias acabo postergando os romances e chicklits pela ação. E então, por esse motivo eu não conhecia a Barbara Woods, e nem sabia que ela tem 4 romances históricos lançados no Brasil. Descobri isso depois de ler o livro e perceber que queria ler mais coisas dela. Sabe quando você se sente excluído de algo? Me senti assim. Por que ninguém me falou dela antes? Tsc, tsc… vamos dividir as coisas boas com os amiguinhos gente! ⊙﹏⊙

“O sol se punha por trás dos altos pinheiros, lançando o campo de batalha numa sombra fúnebre. Ulrika mergulhou num silêncio lúgubre. Virou-se num movimento circular lento, seus olhos varrendo os corpos, e sentiu um frio invadir seus ossos. Era a morte, ela pensou, chegando para roubar-lhe a alma.”


Em A Vidente temos uma protagonista bem forte, que mesmo sendo ingênua ainda é corajosa e incrível. Ulrika é uma jovem mulher de 19 anos que desde criança tem visões que não consegue controlar, por esse motivo nossa jovem decide partir em busca do seu pai, esperando que ele possa esclarecer a razão dessas visões nada agradáveis. Além de termos uma visão em especial a qual ela precisa entregar para seu pai, é importante demais para tentar esquecê-la. Durante sua busca ela vai se deparar com muitos perigos, ganhar aliados, conhecer novos amigos e, obviamente, encontrar um inimigo letal. E, muito importante, Ulrika vai encontrar o amor. É, eu sei que é clichê… mas eu não ligo. Adorei o romance ♥

“Os olhos dourados piscavam e pareciam dizer: aqui há confiança, aqui há amor, aqui há um lar.”

Esse livro posso dizer que é, na verdade, uma jornada para uma mulher se descobrir. E essa é Ulrika, saindo da segurança do seu lar para encontrar o desconhecido e descobrir quem ela é e porque ela é como é. Querer conhecer suas raízes, conhecer seu misterioso pai e descobrir mais do mundo para saber sobre si mesma. Preciso dizer que é um livro com um desenvolvimento de caráter da protagonista maravilhoso? Além dos cenários que passam pela Europa, Ásia e Oriente Médio na época de Jesus e Cesar. Ao partir em sua jornada a nossa protagonista terá que enfrentar seu destino, com as armas que tem. Nem sempre é fácil, nem sempre é bom, mas ela faz o seu melhor e isso é tudo que podemos desejar num livro ou na vida real.

“Sebastianus acreditava piamente que os deuses revelavam suas mensagens através dos céus, e que era necessário apenas que o homem observasse a leitura celeste das estrelas, dos planetas, da lua e dos cometas para saber que caminho tomar.”

Ulrika passa por diversas regiões, culturas e lugares exóticos, rodeados de perigos e conhecendo muitas pessoas pelo caminho. E se ela consegue se safar de umas boas situações graças ao seu dom, podemos dizer que da mesma forma ele a coloca em perigo. A história é bem espirituosa e sensível, o que combina bem com a protagonista. Quer saber algo que me chamou muita atenção? A história do passado misturado com a história de Ulrika. Os pecados e as virtudes lutando contra si, os mesmos medos e incertezas que algumas pessoas tem até hoje. No fim, somos todos humanos. É legal que apesar do sobrenatural envolvido na história, tudo é bem leve e convidativo. Vemos mais a auto descoberta da Ulrika do que o dom espiritual propriamente dito.

“- Não se preocupe, filha, porque você é abençoada. Deus lhe concedeu um dom.”

Sobre a Ulrika tenho que dizer que amei a forma com a qual ela foi capaz de aceitar as pessoas na sua vida, a história foi se interligando e, mesmo quando ela partia, todos permaneceram conectados. Eu realmente gostei disso. Também curti a forma que a autora trabalhou em torno do dom da premonição, da forma como ela tentava evoluir e entender o que era. Nessa jornada ela acaba por conhecer o amor da sua vida, o que nem precisamos dizer vai trazer ainda mais problemas para a moça. Se é destino não importa, a verdade é que Ulrika fará de tudo para proteger seu amado. E mesmo que em alguns momentos o romance pareça impossível, você vai caindo cada vez mais pelos dois fofos. O nosso casal, Ulrika e Sebastianus, são uns queridos. E quer saber o que gostei no romance? Não foi amor à primeira vista. Ele começou lento e cresceu com os detalhes e diálogos. Os percalços serviram para fortalecer o relacionamento, e quando deveria atrapalhar era algo que ajudava. Só senti falta de um clímax, mas nem tudo podia ser perfeito. Eu achei os dois fofos e isso já significa muito rs.

“[…]Por favor, não esqueça sua metade romana e não despreze seu sangue romano, porque eu sou uma parte de você, assim como o seu pai […].”

Sobre o que não curti no livro, talvez tenham sido os excessos. Sempre algo acontecia, alguém chegava e alguém partia. A viagem continuava e não dava pra se interessar por todos os personagens que surgiam. Talvez eu apenas quisesse que valorizassem um pouco mais alguns personagens ao invés e acrescentar outros. E de certa forma, mesmo com tantos personagens, a história foi um pouco simplista demais, demorava acontecer as coisas mesmo que a cada novo momento chegasse alguém. Eu meio que esperava ser surpreendida no final, mas o que encontrei foi apenas um final rápido. Porém, não estraga o livro pra mim. Valeu a pena a leitura e já estou em busca de mais livros da Barbara.

“Ulrika tomou aquilo como um bom sinal — a confirmação de que estava no caminho certo, indo para onde deveria ir.”

Por fim devo dizer que o final, foi satisfatório. Tem muitos pontos bons e a protagonista corajosa me conquistou, por isso recomendo a leitura. Se você gosta de livros com jornadas e viagens longas vem comigo que essa é sua praia com certeza. Esse é um livro que não se centra apenas no romance da Ulrika e Sebastianus, mas em algo maior. É a história de homens e mulheres e o que nos torna humanos, seja a fé, os desejos, os sonhos, o conhecimento e, principalmente o amor. É uma jornada onde vemos Ulrika tentar entender seu destino, e de certa forma acaba nos fazendo pensar no nosso. Qual é o seu destino?

site: http://euinsisto.com.br/a-vidente-barbara-woods/

Nina 17/04/2015

A Vidente - Barbara Wood
Eu já contei para vocês que sou historiadora? Pois é, apesar do amor que tenho pela literatura, minha formação e meu trabalho é com História, a mais bela de todas as Ciências. Então imaginem o tamanho do meu prazer ao saber do lançamento de A Vidente, uma história que se passa no século I e que reúne ficção histórica, romance e sobrenatural. Eu simplesmente enlouqueci e devorei o livro em dois dias!

Ulrika é uma jovem que vive em Roma, filha de Selene, uma sábia curandeira. Ela sempre acreditou que seu pai, um soldado germânico, havia morrido em batalha até que em um jantar ela conhece o general Gaius Vatinius, e descobre que sua intenção é liderar um poderoso exército contra os germanos e acabar definitivamente com a rebelião por lá. Porém, Ulrika, que desde a infância tem estranhas visões que ela acredita ser uma doença, passa a ser atormentada com sonhos e mais visões misteriosas que a mostram longe de Roma.

Percebendo a angústia da filha, Selene revela que seu pai está vivo e que é um grande líder na Germânia e essa revelação dá sentido às suas visões. Ulrika percebe que sua missão é salvar o povo de seu pai, e parte em uma perigosa viagem em busca de seus familiares.

Ela então se junta a uma caravana que poderá levá-la em segurança até seu destino, porém ela não contava se apaixonar pelo líder da caravana, o comerciante Sebastianus Gallus, mas ambos tem interesses muito diversos. Enquanto ela busca encontrar suas raízes e controlar seu dom, ele quer ir para o Extremo Oriente para dominar a rota para a China e obter riquezas para o poderoso imperador Nero.

Sei que já parece muita informação, mas tudo isso que descrevi até aqui você descobre em menos de trinta páginas, então imaginem a quantidade de reviravoltas que a história dá. A jornada espiritual de Ulrika é complexa, mas o que realmente nos prende na leitura é a narrativa fluída e muito bem detalhada de Barbara Wood. Como eu disse nesse texto aqui, a autora sempre faz uma primorosa pesquisa antes de escrever seus livros e sempre visita os locais onde se passam suas histórias, então ela escreve com detalhes ricos e consegue nos transportar no tempo e no espaço e nos oferece uma bela vista panorâmica da época.

Os encontros culturais de Ulrika são fascinantes e no curso de sua busca, ela conhece muitas pessoas de diferentes crenças religiosas. Me pareceu que o tema principal do livro é mostrar que as pessoas poder ser espiritualizadas de diferentes maneiras, entretanto as crenças foram tratadas de maneira superficial e esse foi um dos poucos defeitos que encontrei no livro. Por ser uma jornada espiritual, eu gostaria de ter lido mais sobre as religiões da época, mas imagino que, para que isso ocorresse, o livro ficaria enorme e correria o risco de se tornar tedioso para os que não são tão apaixonadas por História como eu.

Tirando esse pequeno detalhe, o livro é incrível. A história é muito bem pesquisada, os personagens bem desenvolvidos e enredo se desenvolveu bem, não sobrando momento para o tédio. A partir da primeira página, eu estava completamente absorvida em um outro tempo e lugar na história. Um tempo em que a igreja cristã primitiva ainda se resumia a um grupo de seguidores de Cristo que se reuniam em segredo para evitar a perseguição. Um tempo em que curandeiros e videntes, que estavam apenas começando a ser perseguido por aqueles no poder, ainda eram muito estimados e respeitados.

E a título de curiosidade, mesmo sendo um livro único e independente, Barbara Wood escreveu a história da mãe Ulrika, Selene, em um livro chamado Soul Flame, ainda não lançado no Brasil. Descobri isso depois, enquanto pesquisava mais sobre a autora, e afirmo para vocês que não me fez falta alguma ler o livro anterior. Mas é bom saber, caso algum de vocês se apaixone pela história e, como eu, queiram saber mais sobre o universo mágico de A Vidente.


site: http://www.quemlesabeporque.com/2015/04/a-vidente-barbara-wood.html#.VTD1lfnF_T8

Leitora Viciada 16/04/2015

Resenha para o blog Leitora Viciada
Após trazer ao Brasil A Profetisa (1999 - The Prophetess, 1996), Solo Sagrado (2002 - Sacred Ground, 2001), A Pedra da Benção (2006 - The Blessing Stone, 2000) e Esta Terra Dourada (2013 - This Golden Land, 2010), a Editora Record publicou em fevereiro de 2015 A Vidente (The Divining, 2012). Todos estes livros são romances históricos da inglesa Barbara Wood.
Ao pesquisar sobre A Vidente, desconfiando pertencer a uma série (devido aos títulos dos romances anteriores), descobri realmente se tratar de um livro independente. Porém possui uma ligeira ligação à Soul Flame (inédito no Brasil, publicado em inglês em 1987) porque a protagonista é Selene, nome da mãe da protagonista de A Vidente.
Aprecio ficção histórica, seja ela fiel ou não aos fatos verdadeiros; que misturem ou não personagens históricas às ficcionais; desde que a ambientação e narrativa me convençam de estar naquela época, naquele local.
Geralmente encontro dois tipos de ficção histórica: os romances históricos e os romances de época. Embora os nomes sejam iguais, estou habituada a chamar de romance histórico os que são centrados em grandes batalhas, fatos históricos ou jornadas épicas; já os romances de época, sob meu ponto de vista, são românticos e até mesmo picantes, mais voltados aos hábitos sociais do que aos fatos.
A Vidente pode ser caracterizado como um ponto de equilíbrio, visto que não possui batalhas e descrições bélicas e políticas como nos históricos, mas, ainda assim, tendo como foco fatos históricos e culturais. E traz um pouco do toque romântico, porém não é predominante. O livro traz o lado místico sempre presente, mesclando história, realidade, ficção e magia. Há a pitada de sobrenatural.
A capa é linda e representa a mistura do enredo. Logo no primeiro capítulo, Barbara Woods introduz fantasia histórica, apresentando a época e o sobrenatural.

O livro possui descrições ricas e agradáveis, que me fizeram viajar e acreditar estar vivenciando, sentindo e conhecendo as situações, culturas, pessoas e locais da época: O ano 54 da Era Cristã.
Um historiador certamente observará cada detalhe de datas, acontecimentos e locais; apontará fidelidade ou não aos fatos históricos, assim como reconhecerá as lacunas preenchidas pela imaginação da autora. Porque, acima de tudo, A Vidente é um livro ficcional excelente, riquíssimo e estou certa que especialistas apreciam a leitura, mesmo que encontrando diferenças.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada.
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2015/04/a-vidente-de-barbara-wood-e-editora.html