Ivy (De repente, no último livro) 12/03/2021
Início de série promissor
Essa é uma série com um potencial enorme que com certeza pretendo continuar lendo. Eu realmente gosto da escrita do casal Ilona Andrews, a maneira original como os cenários são construídos em cada saga escrita por eles, a personalidade das protagonistas, os mocinhos carismáticos, os mitérios que estão interligados com muito mais e as cenas de ação constante, vi isso em Hidden Legacy e também encontrei em Kate Daniels, e esses detalhes todos me fazem ter sempre esses livros na minha lista.
Kate Daniels é uma protagonista bem típica de urban fantasy. A garota que é muito mais do que aparenta ser, solitária, fodona e independente, ela poderia até ser mais uma do montão em urban fantasy mas, aquele toque de humor e sagacidade típicos de Ilona Andrews trazem o brilho à mais que nos convida a gostar da protagonista de imediato e querer saber mais e mais sobre ela.
Eu demorei bastante pra engrenar nesse livro. A leitura não fluía, a ambientação é extremamente complexa (uma Atlanta que sofre com contínuas oleadas de magia e quando essas acontecem, a tecnologia deixa de funcionar. Além disso, humanos convivem com criaturas incomuns como necromantes, metamorfos, vampiros...), é bastante informação, muitos personagens, e um bom par de reviravoltas, tudo isso traz uma dose grande de agilidade e dinamismo à trama mas também traz confusão ao leitor, especialmente no começo. É difícil entender em detalhes todo o universo complexo de Kate Daniels e a verdade é que a gente só vai pegando o jeito lá pela metade da leitura, achei isso um ponto desfavorável, muito excesso de info que nos deixa perdidos demais em parte da narração.
Temos um rol de personagens secundários grande, entre vampiros, metamorfos, a Ordem, vilões, necromantes... eu sempre perdia algum personagem de vista e depoius me perguntava quem era ele mesmo, e é uma desvantagem, a gente sente que perdeu o fio da estória.
Algo que também me incomodou foram os extensos capítulos. Esse livro tem poucos capítulos porque a maioria é composto de páginas e páginas. Me sentia cansada, não me dou bem com capítulos enormes ( e reconheço que essa mania deveria mudar) e achei que a minha experiência de leitura foi mais cansativa (em especial na primeira metade, em grande parte, por cotna disso).
Apesar de todos os detalhes que me confundiram e até cansaram, quero muito seguir acompanhando a série. A gente termina o livro com uma curiosidade grande sobre Kate e o que ela esconde sobre si mesma, quem ela realmente é e do que é realmente capaz, além de que a narrativa de Ilona Andrews, tão envolvente, faz valer a pena. O contexto todo da série é bem original e cheio de potencial, tenho certeza que ainda há muito para explorar nesse universo obscuro e diferente, e embora não tenhamos nem uma pisca de romance nessa primeira parte, eu já de cara gostei bastante das interações de Curran e Kate.
Um dos pontos fortes da trama é a capacidade incrível de Ilona Andrews em surpreender o leitor com várias reviravoltas. Nada é realmente o que a gente espera e sempre há um algo mais, um inimigo oculto e no final tudo fica conectado, fazendo muito sentido.
É uma primeira parte de saga para se ler com muita atenção, tentando entender cada detalhe apresentado pela autora e, certamente, se deleitar nesse universo bem pensado.
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