Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Marina672 14/07/2023

Livro com cheiro, cor, textura e som
?Para que explicar? Nada desejo explicar. Explicar é limitar. É impossível limitar Gabriela, dissecar sua alma.?
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Gabriella440 07/07/2023

O livro é muito gostoso de ler, e pensando na época em que foi escrito, podemos perceber que foi um tanto polêmico na época. Eu adoro Jorge Amado e com esse livro não foi diferente.
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Marcos606 04/07/2023

Contado em estilo modernista, o romance oferece um olhar único sobre a vida brasileira no pequeno vilarejo de Ilhéus durante os anos de 1925 e 1926. Gabriela é uma mulata sem instrução - com pele cor de canela e carregando o perfume de cravo - cuja história é apenas uma das muitas contadas neste conto arrebatador de vida, amor, morte e vingança.

Na primavera de 1925, Ilhéus fica alvoroçada quando o coronel Jesuíno Mendonça atira e mata a esposa e o amante dela. Enquanto a cidade lida com essa tragédia, discutindo se o Coronel teve razão em suas ações, Nacib Saad, o dono do bar local, está lidando com sua própria luta - embora muito menos séria. Ele teme que a decisão abrupta de seu cozinheiro de se mudar da vila afete os negócios no Vesuvius Bar.

Ilhéus era, ao tempo, pouco mais que um assentamento rural invadido por gananciosos latifundiários e bandidos impiedosos. No entanto, tornou-se um porto movimentado e respeitável com sua própria história e tradições ricas. Embora um banco de areia no porto impossibilite a comercialização do cacau local para mercados estrangeiros, a economia da cidade prospera. A chegada da modernidade é claramente desenhada no romance.
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Natyvollet 04/07/2023

Um clássico é um clássico
Li "Gabriela" quando era mais nova e não me lembrava de muitos detalhes.
O livro, por mais que seja um romance, ele é MUITO político.
Ilhéus está sofrendo mudanças e a política do coronelismo não é mais a melhor.
Junto dessa ameaça e mudança do cenário político vem também Gabriela, uma mulher linda e indomável.

Uma leitura boa e que flui. Jorge Amado sabe como segurar os leitores com sua escrita.
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Laísa 02/07/2023

Um livro fantástico. Tenho a mania de não ler as sinopses dos livros, e Gabriela, Cravo e canela é um romance conhecido, achei que saberia da história. Mas a história é além de Gabriela. Jorge Amado bravamente detalha os costumes e a situação política do Brasil e, especialmente, da Bahia. O livro é político, com aparições de Gabriela.
Simplesmente apaixonada.
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Guilherme 18/06/2023

O cheiro de cravo, a cor da canela, eu vim longe, vim ver Gabriela
Gabriela, cravo e canela é um retrato claro e preciso do entrelace entre as mudanças sociais, econômicas e políticas em um período de transição entre o poderio dos senhores de terra, ainda ligados aos costumes feudais, e a chamada modernidade.

Ilhéus, uma terra rica em cacaueiros, é comandada de todas as formas possíveis por coronéis de jagunços: ditam eleições, leis, cultura, economia. Ditam, sobretudo, os costumes sociais, a moral ou a ética, como queira chamar. Costumes indiscutíveis - esposa em seu devido lugar, em casa cuidando da casa e da família, serva do marido, e este aonde bem entender - cuidando das fazendas, dos negócios, visitando frequentemente cabarés.

Alguns mais intelectuais já entendem e se opõem a esses costumes antigos, mas pouco fazem ou pouca energia têm para o embate. É preciso que venha algo novo, jovem. O contraponto a esse povo preso ao passado, resistente a mudanças, vem por meio de um homem de família rica, com ares de progresso, e forte influência política, o exportador de cacau Mundinho Falcão. É importante comentar que é, sim, rico e influente. Apesar de parecer rejeitar ajuda de sua família inteiramente política - irmãos e pai - seu sobrenome e fortuna, não somente sua determinação e coragem, como dá a entender, é um fator importantíssimo para que ele consiga sucesso em suas empreitadas em Ilhéus.

Mas o livro não trata somente de entraves políticos e econômicos. O desenrolar da crônica da cidade do interior se entrelaça continuamente com a paixão de Nacib e Gabriela, um árabe naturalizado brasileiro dono de um popular bar na pequena cidade e uma moça humilde vinda do interior do interior, em busca de emprego. Gabriela é encantadora por si só. Não precisa explicar, pois explicar é limitar. Gabriela apenas é: humilde, serena, radiante, apaixonada pela vida, pela dança, por homens. Faz o que tem vontade, o que da prazer. Não se limita a opinião alheia. Sua ingenuidade encanta e diverte. Impossível não se apaixonar por Gabriela.

Jorge Amado vai muito além da discussão política: disserta sobre a liberdade do corpo, liberdade de amar e liberdade de ser. Gabriela ama Nacib; Nacib ama Gabriela. Na crônica, Gabriela, em sua ingenuidade, não vê problema em estar também com outros homens. Gosta de ser desejada, e de desejar. Gosta do prazer - com Nacib e com outros. Isso não faz com que ela goste menos de Nacib. A naturalidade com que Gabriela pensa sobre sua relação com o outro é enfatizada quando o autor muda de terceira pessoa, como narrador, para primeira pessoa, com Gabriela em seus pensamentos. Para se ter uma noção história, o livro data de 1958. Jorge Amado estava discutindo sobre o corpo feminino numa época em que as mulheres não podiam trabalhar fora de casa sem a permissão do marido, que só veio a ocorrer em 1962.

Gabriela, cravo e canela é uma leitura surpreendente. A trama tem um desenrolar natural, mostrando o embate entre o novo e os velhos costumes. Consegue, ao final, satisfazer o leitor ao instaurar um certo progresso na cidade e dar um desfecho condizente para os personagens, inclusive para o relacionamento amoroso de Gabriela e Nacib. Mesmo a troca de poder sendo realmente um grande feito dada as circunstâncias, é certo imaginar que o ciclo vai se repetir, com o opositor agora no poder se tornando o próximo coronel, embora mais moderno e com outro nome.

Por fim, um trecho bem no começo do livro é bastante preciso:

"Modificava-se a fisionomia da cidade, abriam-se estradas, publicavam-se jornais, fundavam-se clubes, transformava-se Ilhéus. Mais lentamente porém evoluíam os costumes, os hábitos dos homens. Assim acontece sempre, em todas as sociedades"

E os costumes vão, pouco a pouco, se modificando.
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Vício em sebo 18/06/2023

Péssimo
Livro extremamente ruim, raso e deprimente, em que a mulher mestiça é retratada de uma forma grotesca, desumana e inverossímil. Um caso clássico em que um homem branco soterrado em privilégios não se dá nem ao trabalho de procurar saber como uma mulher periférica pensa, sente e experimenta o mundo na vida real. O autor simplesmente projeta o seu olhar pornográfico na personagem, que é tão vazia, objetificada e sem sentido quanto qualquer estereótipo imbecil que certos estrangeiros alimentam sobre as mulheres brasileiras. O livro propaga a ideia que muitas pessoas brancas de classe média têm, de que as mulheres pobres e mestiças são mentalmente simplórias e sexualmente depravadas, servindo apenas para prover comida e sexo. É o tipo de representação que contribui ainda mais para o apagamento e a vitimização da mulher negra, que é a parcela da população mais afetada por crimes de violência doméstica e feminicídio. Enfim, é uma história preconceituosa, machista, insensível e repulsiva que não deveria ser tão celebrada pelos leitores de hoje. Sem sombra de dúvida, um dos piores livros que já li na vida.
Wesley 18/07/2023minha estante
O livro retrata como era visto na época


Vício em sebo 08/05/2024minha estante
Wesley, eu concordaria com o seu comentário se o livro tivesse sido escrito em primeira pessoa, pois assim o autor estaria apenas demonstrando conhecer o raciocínio turvo de um narrador egocêntrico e sem credibilidade, mas ao optar pela narração em terceira pessoa, Jorge Amado injeta suas próprias crenças preconceituosas na história, provando apenas que suas habilidades como autor são inexistentes. No livro Dom Casmurro, Bentinho pensa todo tipo de absurdo e expressa uma obsessão doentia pela personagem Capitu, denotando ter um caráter inseguro e neurótico. A narração em primeira pessoa deixa claro que os pensamentos de Bentinho não são necessariamente os mesmos do autor, e esse é um aspecto essencial para nos fazer duvidar se Capitu o traiu ou não. Ao mesmo tempo em que sentimos compaixão por Bentinho e solidarizamos com suas dúvidas, também somos levados a entender que ele tem a razão obscurecida pelo ciúme, agindo de uma forma que afastaria até mesmo uma mulher que o amasse de forma genuína. É uma história atemporal e brilhante porque retrata algo visceralmente real independente da época e, ao contrário de Jorge Amado, Machado não precisou vender a imagem da mestiça sexualizada para ficar famoso entre certos tipos de estrangeiros (e conterrâneos elitizados) que sempre tiveram as piores intenções em relação ao nosso país e ao nosso povo. Eu acho que Jorge Amado deve continuar sendo lido e estudado, mas assim como Monteiro Lobato, os preconceitos evidentes do autor devem ser criticados, até para que o tipo de mentalidade que legitima a exploração de pessoas deixe de se perpetuar em um país tão etnicamente diverso como o Brasil.




sabrinasilva26 11/06/2023

Gabriela
Não vou mentir: até os 20% esse livro é uma chatice. Depois, melhora. Até o final que fica bom o bastante.
Jorge Amado criou um livro onde a terra e os conflitos do povo são os protagonistas. Os costumes, os conflitos, os interesses dos ilheenses estão muito mais em foco que Gabriela e sua cor de canela.
Mas valeu a leitura, foi gostosa de certo modo.
Talitha 03/08/2023minha estante
Tem algo parecido com a novela em relação aos outros personagens?


sabrinasilva26 07/08/2023minha estante
Lembro muito pouco mulher, mas que eu lembro tem sim




Aline Lima 09/06/2023

Que livro, minha gente!
Como desenhar uma obra de Jorge amado, né? O autor é incrível, sem dúvidas. Nesta obra, especificamente, ele fez um retrato da sociedade de ilhéus da época retratada de forma tão peculiar, que, na verdade, é uma representação perfeita da sociedade brasileira adaptada à realidade nordestina. E a crítica feita a determinados costumes e mentalidade aparece de forma sútil, mas bem clara, o que dá um sabor especial às narrativas.

E a estrela da obra, claro, é Gabriela. Uma menina-mulher independente, que emana luz, distribui sorrisos e vive de forma leve. Não é limitada por preconceitos ou pelo sistema, pois tem uma essência livre. São essas características que fazem dela uma personagem amada e respeitada pelos outros, capaz de se movimentar e influenciar os diversos círculos da sociedade de Ilhéus.

Fazia muito tempo que não pegava um livro de literatura clássica, e voltar a fazer isso com Gabriela foi simplesmente perfeito.
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Natali Pacheco 05/06/2023

?O amor não se prova, nem se mede. É como Gabriela. Existe, isso basta.?
Que livro maravilhoso! Sinto não ter lido antes, demorei demais pra começar a ler Jorge Amado. Me apeguei demais aos personagens e a todo o enredo da história. Sinto que queria mais, queria Gabriela, cravo e canela volume 2. ?
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gonzalez2799 04/06/2023

Bom, mas não lerei de novo.
O livro é bom, bem no estilo de Jorge Amado. A descrição do livro realmente nos leva pro nordeste, num quente úmido bem específico do Brasil.

Apesar do livro abrir muitas portas e não dar respostas convincentes pra todas, e ainda deixar algumas abertas, é uma história divertida.

Algumas reflexões sobre o papel da mulher e a vida privada versus vida pública são bem interessantes, mas um pouco abaixo do nível de outras história do autor.

Vale a pena, mas não tenha pressa.
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Sena 20/05/2023

Essa releitura foi maravilhosa! Jorge Amado nos prende de uma forma magistral. Com o subtítulo: Crônicas de uma cidade do interior, o romance de Gabriela e seu Nacib é um pano de fundo para os vários enredos e subenredos sobre Ilhéus de 1925.
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Thiago275 12/05/2023

Incrível
Publicado pela primeira vez em 1958, Gabriela, Cravo e Canela marca um ponto de virada na escrita de Jorge Amado, em que ele se afasta da literatura mais política e engajada e começa a escrever crônicas de costumes, somando sensualidade e humor à nunca abandonada crítica social.

A história de Gabriela se passa na Ilhéus dos anos 1920, que começa a enriquecer com o cultivo do cacau. No entanto, nessa Ilhéus cheia de dinheiro, o progresso econômico não carrega consigo o progresso social: a honra do marido traído (principalmente se for um coronel) deve ser lavada com sangue.

O livro conta a história de amor de Gabriela, uma moça recém-chegada do sertão da Bahia, e Nacib, um "brasileiro das arábias", descendente de sírios e dono do bar Vesúvio. Um dos personagens masculinos mais interessantes já criados por Jorge Amado.

Vários temas aparecem aqui, no entanto, além do romance (cheio de idas e vindas) entre os dois: disputas políticas, fofocas locais, o modo como os fazendeiros dominavam a região à base de trabalho semi-escravo, tudo contado na prosa deliciosa que só Jorge Amado tem.

Uma das coisas que me chamaram a atenção é que Gabriela, apesar da sua enorme fama na literatura e na cultura brasileira, aparece relativamente pouco no livro, em especial se a compararmos com outras protagonistas igualmente famosas, como Tieta, Tereza Batista e Dona Flor. Mas isso talvez se explique pelo fato de que, como já dito, esse é o livro que inaugura uma nova fase do autor.

Digno de nota é que, ao lado de Gabriela, Jorge Amado cria figuras femininas que, mesmo sem ter a mesma importância na trama, possuem histórias igualmente interessantes: Ofenísia e seu langor; Malvina e seu segredo; Glória e sua solidão. Os capítulos levam, inclusive, o nome dessas mulheres.

Gabriela, com seu cheiro de cravo e sua cor de canela, personifica as mudanças pelas quais passavam o Brasil e a Ilhéus da época. Com seu jeito matreiro, ela consegue romper a cruel lei da honra lavada com sangue. Uma personagem inesquecível, e um livro que vale a pena ler.
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Lice 09/05/2023

O camarada fez coisas aqui...
O livro é bom, mas eu tive dificuldades para alinhar a escrita e o significado das palavras. Vencendo a dificuldade da língua fui capaz de apreciar uma linda história de amor.
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