Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Ricardo 24/01/2022

Incrível o retrato pitoresco de Ilhéus que foi se construindo nesse livro, tão orgânico, com personagens tão característicos e inconfundíveis. Fiquei confuso quando a Gabriela demorou muito a aparecer, até compreender que apesar dela afetar tudo que acontece na cidade, não é a única cuja história é digna de ser contada, e embora quase tudo esteja ligado a ela, ela não é o centro, nunca quis ser. Quer ser só Gabriela, cheiro de cravo, cor de canela .
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ViSant 23/01/2022

Livro muito bem escrito, riquíssimo em detalhes, em personagens em personalidades em cenários. Senti vontade de provar a comida de Gabriela, de sentir o cheiro da cidade, de tomar uma cachaça no bar rs
Achei repetitivo em alguns momentos, e o nome do livro me fez pensar que Gabriela seria a protagonista do livro, porém, a verdadeira protagonista do livro é Ilhéus. Eu amei a sutileza do autor na cena em que Fagundes foge, fiquei muito tocada naquele momento, pois de fato ele não teve outras oportunidades na vida e tudo que fazia era seguir ordens. Amei a liberdade de Gabriela, que não teve medo de ir contra tudo que diziam ser errado para não abrir mão de ser feliz.
Enfim, é um livro lindo, muito gostoso de ler. Foi o primeiro livro que li de Jorge Amado, espero gostar dos outros tanto quanto gostei deste.
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Mari 18/01/2022

Todos deveriam conhecer Gabriela
Neste livro, Jorge Amado narra uma das grandes histórias de amor da literatura: a de Nacib e Gabriela. Porém, essa é só uma parte da história, porque, na realidade, ele usa esse romance como pano de fundo para contar a história de Ilhéus, uma cidadezinha na Bahia, tomada pelo coronelismo, que começa a se modernizar. Assim, ele inicia a narrativa fornecendo ao leitor um panorama da cidade, das pessoas mais influentes, das mais humildes, dos comerciantes, das esposas, das amantes, das carolas, todos são importantes para Jorge Amado. Porém, é preciso tempo para fazer isso e, consequentemente, páginas. Por isso, chega um momento na narrativa em que o leitor começa a se perguntar: "Mas, e Gabriela, cadê?". Jorge Amado, definitivamente, não era um escritor qualquer, ele sabia muito bem que o grande trunfo de sua obra era Gabriela e, por isso, ele demorou tanto em introduzí-la na história, porque sabia que assim que ela aparecesse, ninguém conseguiria resistir a ela. Contudo, não por causa de sua beleza, de seu corpo, de seus cabelos ou de seu cheiro de cravo, mas sim, por causa de seu jeito de ser, pela sua liberdade e pela sua inocência (sim, Gabriela é inocente, apesar de ser sexualmente ativa, porque ela tem a inocência daqueles que são absolutamente livres, ela é livre de limites, regras, arrogância, ganância, preconceitos, dos "bons costumes" e de definições. Ela é inocente, pois não vê maldade em ninguém, inclusive nela mesma e nos seus atos, que são chocantes para todos ao seu redor, mas que para ela, não são nada demais). É impossível definir Gabriela, ela não se adequa a nada, ela simplesmente existe, como as estrelas, as flores e os pássaros, sem ter a menor vergonha de ser quem é.

Contudo, isso não significa que a introdução do contexto local seja inútil para a história, pelo contrário, é essencial para compreendermos os impactos da existência de Gabriela naquela sociedade que até então existia alheia a ela, mas que passa a não ser capaz de se enxergar sem ela. Para mim, a melhor parte é quando Gabriela tenta se adequar às regras da sociedade a fim de agradar Nacib e... falha miseravelmente, porque essa nova vida, na qual ela não pode ser Gabriela, a deixa completamente infeliz. E, assim, ela começa a murchar, como uma flor que deixou de ter contato com a luz do Sol e, com isso, a sociedade ao seu redor também se entristece, pois já estava acostumada com a presença de Gabriela sendo Gabriela.

Enfim, demorei meses para conseguir fazer a resenha, mas isso sempre acontece quando o livro é maravilhoso!
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Giovanna 17/01/2022

um mix de sensações
Gabriela é um romance cheio de intrigas e meias histórias envolvidas num complexo contexto político e social. Desta forma, posso dizer que o que mais me prendeu a trama foi justamente a mudança de costumes da população de ilhéus, fazendo-me lembrar principalmente das aulas de história, na escola, falando de coronelismo etc. Apesar de terem diversos momentos que eu passei raiva lendo esse livro (por causa da forma que jorge amado retrata as mulheres), essa foi uma leitura relativamente boa de se ler e que, por incrível que pareça, Gabriela foi apenas uma pequena fração de tudo que a trama oferecia.

PS: Mundinho Falcão melhor personagem dessa bagaça e digo mais!!?
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Pedro Aires 17/01/2022

Ah, Gabriela
Resolvi ler depois da incrível experiência com Capitães da Areia e digo que foi bem agradável. A Gabriela é uma personagem encantadora, infelizmente presa no tempo errado. O livro tem uma trama política bem forte, não esperava, mas é interessante. Fiquei muito curioso em saber mais sobre Sinhazinha e Osmundo, a história deles nas adaptações para TV é melhor trabalhada.
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Daubian 14/01/2022

Ilhéus de meias pretas
Jorge Amado é sensacional. Ele é melhor retratando o povo, diverso e problemático, cheio de hipocrisia e sentimento. Quando ele vai no ciclo do cacau, tem histórias realmente surpreendentes e Gabriela é parte disso. É um livro super sensorial, vide o título. O livro discute um amor livre num termo que seria polêmico e debatido hoje em dia. Gabriela é um elemento livre, mas há limites para o amor?
Para mim entretanto, o melhor ainda é a cidade de Ilhéus a coisa mais interessante do livro. Nós vemos aqui a modernização da cidade e um reflexo do que acontecia no Brasil. Onde o dinheiro muda de mãos, novas ideias surgem e o futuro sempre vem. Claro que a aceitação pública é oscilante. Hoje em dia, quase 100 anos depois estariamos julgando as traições e intrigas com a mesma avidez das puritanas senhoras de Ilhéus. Eu penso em ecoar A Queda, da Gloria Groove, outra com G de anos depois. Há um sabor mais gostoso que os quitutes de Gabriela: a da fofoca destrutiva. Cada detalhe degradante é espalhado, discutido e as aparências são tudo. A que nos leva este comportamento? Dá para ser moderno e preso a isso? São questões sociológicas mais relevantes do que eu esperava. Além disso, Gabriela é uma personagem icônica na literatura brasileira e apesar do muito falado e adaptado, não faz jus a ela. Um livro saboroso e mais moderno que o seu feed do Instagram.
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Ali 08/01/2022

Será que podia ter outro título?
Gabriela foi no livro um personagem nessa narrativa brilhante e cheia de brasilidade de Jorge Amado. Acho que a história foi muito além do romance de Nacib e Gabriela. Ele conta a história de Ilhéus, com seus personagens tão cheios de detalhes, e emoções e trejeitos. Vc escuta a voz deles. Jorge Amado sabia o que estava fazendo.
Agora devemos atentar ao fato de que o livro foi publicado 1958 então tem temáticas e falas que podem ser gatinho para muitas pessoas, situações e termos que hoje em dia já não cabem mais.
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mrsdalloway0 08/01/2022

Esse livro é de um fôlego só, porque ele acontece sem pausa. No entanto, esse fôlego é composto por pequenos respiros que se abraçam e se completam. A história inteira é feita de encontros, sobretudo o de Gabriela com Ilhéus. O período do cacau moldou sim a sociedade ilheense, ele disse, mas todos foram, naquele período, marcados por Gabriela de alguma forma. Nacib, pelo amor, mas à maneira dela. Os coronéis, pela frustração da recusa e pelo desejo que era tanto, que a presença dela bastava. As mulheres, pela inveja ou simpatia, sem meio-termo. Ela mesma, que entendeu quem era até quando não entendia que poderia ser. Eu, que fui tomada pela narrativa genial do jorginho e pelo reconhecimento de entender minuciosamente o pano de fundo que ele propôs: a Bahia.
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Bianca 06/01/2022

Fui com muita sede ao copo e quebrei a cara!
Ah, Gabriela e seu cheiro de cravo e canela! Por tantas coisas que tu faças, contra quem faças, seu nome fica intacto... Por que?
Como sempre digo, se você for um leitor conservador ou puritano não leia Jorge Amado, ou leia por sua própria conta e risco e saia boquiaberto. Jorge Amado não é para amadores, com todo o erotismo, cotidiano, temas polêmicos e gatilhos que expõe em suas obras. E com Gabriela não foi diferente, essa mulher criada e adorada por Jorge é uma Fêmea fatal nordestina. Só que a obra não é baseada só nela, e por isso digo que quebrei a cara... A obra é muito boa, eu que fui com muita sede ao pote, vai além da própria e envolve todo um contexto político e histórico.
Ps. Se for ler a obra não vá com as expectativas lá em cima, não espere que seja igual as novelas e minisséries da tv. Espere apenas Jorge Amado e seu amor pelas mulheres e pelo Nordeste.
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Ju 31/12/2021

O amor não se prova, nem se mede
No fundo eu já esperava me aconchegar nessa leitura, tinha lido apenas Capitães de Areia de Jorge Amado, mas sempre me seguiam lembranças boas. Foi uma ótima escolha ler Gabriela, estou completamente encantada.

O que posso dizer é apenas " Explicar é limitar. É impossível limitar Gabriela" Isso é tudo o que restou, sobre essa personagem de tantas nuances, e da história de seu romance com Nacib.

No entanto, essas páginas não trazem apenas o encanto de Gabriela. Esse livro é sobre muito mais, é sobre a vida de uma cidade, relacionamentos, política e principalmente um protesto sobre muitas questões da época.

Mas não senti o peso de todas as palavras, simplesmente o li, entendi e me maravilhoso. Conheci personagens distintos, uma cidade encantadora e historias que guardarei com carinho.

Ansiosa para o próximo livro de Jorge Amado ?
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Mari 31/12/2021

Minha segunda leitura de Jorge Amado. Leitura envolvente, eu sentia com se morasse em Ilhéus e conhecia todos os personagens. Torci muito pelos protagonistas e queria saber que direção iriam tomar na história. A simplicidade de Gabriela é o que mais conquista. Vale muito a pena!
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Ana 30/12/2021

Surpreendente...
Esse romance publicado originalmente em 1958 é o livro mais traduzido do autor Jorge Amado. A história se passa em 1925 e aborda a questão das transformações políticas e o machismo.
Gabriela é uma garota por volta de vinte anos e é ingênua, inocente, mas principalmente livre. Apesar de dar nome ao romance ela só aparece lá pra ela página setenta. Até lá ficamos sabendo de um embate político entre o carioca Raimundo falcão e o coronel Ramiro Bastos. Sendo que o primeiro representa o progresso e o segundo o tradicionalismo herdado do coronelismo. A narrativa é em terceira pessoa e se passa em Ilhéus e tbm em Itabuna na Bahia.
Fiquei positivamente surpresa com esse livro. Não que achava que seria ruim, mas não esperava que fosse tão divertido, interessante, reflexivo e bem escrito.
Amado constrói muito bem seus personagens e parecem reais. As questões que aborda são atemporais. Tanto que nem parece que foi escrito há mais de sessenta anos. Adorei a personagem da Gabriela. Ela é tão atraente, cativante, enxerga a vida de um jeito tão simples.
Um ponto negativo que achei é a banalização ou até a naturalização do estupro. Em determinado momento ficamos sabendo que Gabriela perdeu a virgindade ainda menina com um tio que invadiu sua cama.
Ao analisar por esse prisma é curioso perceber em como isso não prejudicou nem a traumatizou com relação aos homens ou ao sexo.
Sinceramente achei esse ponto estranho. Com exceção disso achei o romance ótimo.
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Karla Borba 27/12/2021

Um retrato da Bahia
O livro foi particularmente especial para mim, pois foi meu retorno às leituras de romances, especialmente brasileiros. Jorge Amado obviamente dispensa apresentações e elogios, sua escrita fluida e realista nos coloca nas ruas de Ilhéus, na praça principal como quem vê todos os acontecimentos ao vivo. Acho importante, ainda mais como mulher, destacar que há sim caricaturas sobre vidas destinadas às mulheres que não queremos mais que se perpetuem, seja pelos espaços limitados que nos destinam, seja pela sexualidade controlada pelo patriarcado, mas não acho que Amado traga essas realidades as defendendo, muito pelo contrário, há sim uma forte crítica no livro sobre os costumes da "alta" sociedade baiana, além da crítica social. Sem dúvida uma forma de repensar o nosso Brasil, sem negar o que fomos, ou que somos, mas que não precisa ser o nosso ponto final. Diferentemente de Gabriela, não precisamos ser sempre assim.
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Ana Passarelli 27/12/2021

Quantas cores e perfumes!
Ler Jorge Amado nesse caso é estar envolto em paisagens, sons, perfumes e sabores!
Perceber-se sorrindo em determinadas passagens e desolada ao perceber o quanto diz do que ainda é tão atual.
E no final, como não querer provar a comida da faceira Gabriela?
Leitura que recomendo.
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