Kaori

Kaori Giulia Moon




Resenhas - Kaori


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Anny Lucard 25/03/2010

Mundos paralelos
A história contada no livro ‘Kaori – Perfume de Vampira’ de Giulia Moon, é repleta de sensualidade e perigos, onde uma narrativa envolvente é dividida em duas tramas paralelas. Onde é mostrado o passado da vampira Kaori, desde a época que ainda era humana, no século XVII, em pleno Japão feudal, em contrasta com a vida agitada do humano Samuel em plena a São Paulo do século XXI.

Enquanto em uma parte da narrativa, é visto o passado e nele como Kaori se transformou em uma vampira. A outra parte se passa nos dias atuais e gira em torno de Samuel, um humano com uma peculiar profissão. Samuel é observador de vampiros, para um misterioso instituto de pesquisas.

A idéia das narrativas paralelas, torna a leitura ainda mais empolgante, pois de um lado, temos a magia das sagas heróicas de samurais e os mistérios das antigas lendas japonesas. Enquanto em outro, uma aventura eletrizante pelas ruas de uma metrópolis que nunca dorme, como é conhecida a capital paulista.
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Antonio Luiz 14/03/2010

Lançado na Bienal do Livro de 2009, "Kaori: Perfume de Vampira" esgotou-se rapidamente nos estandes e continuou vendendo bem. Talvez isso se deva à febre criada pelo romance de Stephenie Meyer, mas as interessadas devem ser prevenidas de que "Kaori" está para "Crepúsculo" mais ou menos como a "Justine" de Sade para a série Sabrina (nessa escala, Nazarethe poderia ser comparada à série Mirella: picante, mas straight vanilla, na gíria do erotismo – pelos padrões vampíricos, bem entendido).

Criada no cruel Japão dos samurais e escolada nas perversões do Oriente e do Ocidente, a bela vampira-cortesã Kaori é uma dominatrix para Sacher-Masoch nenhum botar defeito. Os capítulos se alternam entre presente e passado, entre a atual não-vida de Kaori na São Paulo moderna e o início de sua carreira na Era Tokugawa. Apesar de o prólogo soar a clichê e o primeiro capítulo começar morno, a trama logo ganha ritmo e densidade.

O ponto fraco talvez seja a propensão excessiva de personagens ingênuos a buscar situações estranhas ou se meterem em enrascadas por excesso de bondade, o que por vezes os faz parecer pouco críveis – um clichê comum a muitas obras de tom sadomasoquista.

Mas tanto o cenário paulista quanto o japonês são muito bem desenvolvidos e explorados e a obra acrescenta à lenda tradicional algumas ideias novas e interessantes. Entre elas, a simbiose dos vampiros com uma linhagem de homens-cães que se encarrega de devorar e eliminar os cadáveres e a existência de “observadores de vampiros” especializados, dedicados a tomar nota de seus hábitos. Um deles é Samuel, co-protagonista do romance que tem como uma de suas muitas peculiaridades o gosto por refrigerantes diet. Bem adequado, pois esta é uma história para quem gosta de pouco açúcar e muita, mas muita pimenta.
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sami monteiro 28/12/2009

Uma leitura diferente
Um ótimo livro...

Kaori faz jus ao estilo da autora,forte mas acolhedora.

Nota-se que a pesquisa foi longa deixando muito bem detalhado para os leitores desfrutarem tanto do japão feudal quanto das ruas paulistas...

Apenas tenho para mim que os dois momentos da história (passado e presente)ficaram realmente muito distantes um do outro,como se estivessemos lendo dois livros ao inves de um que une os dois enredos,tambem considero um pouco exagerado e desnecessaria algumas cenas na parte japonesa da estória,mesmo se tratando de um bordel...

enquanto algumas tramas tiveram resoluçoes rapidas de mais,como acontecem nos contos...

ainda sim é um excelente livro...mais do que recomendado.
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Fimbrethil Call 21/12/2009

Empolgante
Bom livro, cheio de suspense e aventura.

Passado em São Paulo, descrevendo lugares conhecidos, que dão uma sensação de familiaridade, cheio de seres fantásticos do folclore japonês e da mitologia vampírica.

é um livro muito bem escrito, mas com muitas cenas beeeem chocantes. Literatura adulta.

Recomendo
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Elidia 09/10/2009

Um banho de cultura fantástica!
Me surpreendi do começo ao fim com a trama da vida de Kaori, uma vampira que se sobrepões por ter sentimentos humanos e um cheiro adocicado, além da bela e viva tatuagem de dragão que se completa com Samuel, um humano que é pago para observar o comportamento dos desmortos.

Giulia Moon tras na trama uma visão biológica do ciclo fantástico que cria, e isso é muito interessante na percepção de leitor.

O banho de cultura se deve aos termos japoneses, e todo contexto histórico que a trama do japão feudal representa.

Mishi o gato de duas caudas, rouba a cena, pelo espiritismo dos dois lados da terra.

Adoreiiii mesmo.
Aguardo mais sucessos de Giulia Moon.

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Leo Ragacini 03/09/2009

Resenha por Kizzy Ysatis (O clube dos imortais & Diario da Sibila Rubra)
KAORI – Perfume de Vampira

Um choque de culturas, combinação de estilos num caldo japonês de terror, humor, erotismo, ação e beleza no romance que promete ser uma das principais referências da literatura do gênero no Brasil.

Por Kizzy Ysatis

Há anos, a escritora Giulia Moon vem mantendo as livrarias enriquecidas com boas histórias de terror. Sejam com vampiros ou não. As capas de suas obras, carregadas em vermelho, fizeram com que eu sempre a chamasse de A Dama Rubra do Terror. Giulia contava pela WEB, e seus contos se destacaram a ponto de publicá-los finalmente em papel. Daí tivemos Luar de Vampiros, Vampiros no Espelho & Outros Seres Obscuros e A Dama Morcega. Todos livros de ótimos contos. Contos que também pudemos conferir nas antologias Amor Vampiro e, mais recentemente, no Território V. Temos duas novidades na nova publicação de Giulia: primeira, ela retoma suas raízes japonesas; e, segunda, ela estréia seu primeiro romance: KAORI, Perfume de Vampira (Giz Editorial, 2009).

O livro narra a trajetória de Kaori, uma adolescente cuja beleza, estonteante, só não provoca mais que seu perfume, próprio-cativante. E está justamente aí o significado de Kaori: fragrância, traduzido do original em Japonês. No Japão do período Tokugawa, o fascínio de Kaori apetece uma cortesã, a poderosa e terrível, Missora, okami-san (proprietária) do Kinjurô, que pretende transformar a garota na atração máxima de sua casa de prazeres. Paralelamente, na agitada São Paulo de nossos dias, temos as desventuras de Samuel Jouza (sim, com “J”), um vampwatcher (observador de vampiros) que trabalha para o IBEFF, Instituto Brasileiro de Estudo de Fenômenos Fantásticos (uma espécie de Talamasca tupiniquim) e que cai em desgraça ao se meter entre um nosferatu e seu alimento. Samuel tem uma profissão perigosíssima e precisava manter-se longe de olhos imortais e hematófagos, mas não é bem assim que as coisas acontecem nas histórias de Giulia Moon.

Esse é só o ponto de partida desse livro que está mais para uma montanha russa, cheia de curvas e reviravoltas, enriquecendo os curiosos com os significados dos termos e objetos japoneses citados no livro. Outro ponto alto são as criaturas mitológicas do folclore japonês, aqui repaginadas pela autora à moda Gaiman. Não parando por aí, a senhorita Moon cria suas próprias criaturas, os Famélicos, esses são de dar medo. São cães, grandes e escuros, que vivem das sobras deixadas pelos vampiros, longe de ser confundidos por lobisomens, são párias parasitas fantasmagóricos de rosto comum metidos em andrajos. Uma negra gorda, catadora de latinhas a virar uma esquina, sai de lá na forma do cachorrão, mas ninguém é capaz de notar, é bem Fantasia Urbana, que, como ouvi do Eric Novello, além do espanto que causa, tem boa nota de humor, em algumas cenas, ao menos nessas que se passam na urbe jesuíta; tirando as cenas dos pavorosos famélicos, claro, nessas não há nada de engraçado. Nos famélicos residem as cenas mais assustadoras. Terror, terror, terror.

No estilo, mora mais um truque usado por Giulia, esta danada. Para separar o clima e o tempo entre as tramas, ela desenvolveu um estilo singular para cada uma das partes, partes estas que nos são apresentadas em sequência, o livro não está dividido ao meio com duas partes distintas, ele é misturado. Um pé no Brasil, outro no Japão. Mas antes que eu fuja demais ao que dizia, voltemos ao estilo que distingue as cores narrativas. No Japão a narrativa é cinza, melancólica, arrastada, tensa. Muito tensa. Até nas lutas samurais. O suspense na parte do Japão sombrio nos embala a ponto de querer pular as partes de São Paulo para saber o que vai acontecer. Mas não façam isso, ele foi feito para ser lido desse jeito, é só ler o primeiro parágrafo da parte paulistana para lembrar que também foi abandonado num momento de tensão no capitulo anterior. Sim, na parte contemporânea também há o suspense, mas também há o colorido: o vampiro gay e estiloso, o vampiro burro e brutamontes, a mocinha em perigo, o mordomo afetado, entre outros personagens. A agitação fica por conta da rave celebrada na estação abandonada do metrô, intitulada Bloody Station. Na parte moderna da trama, a ação ininterrupta, como disse antes, tem aquela pitada de humor, mas vale lembrar que este humor está na dose certa, no final quase vaza, mas é isso que faz de Kaori, um desses livros que a gente nunca esquece. Agridoce, como alguns pratos orientais, e que deixa, ao final, um gostinho de quero mais.
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