Cami Sanches 06/06/2021Simon eu te amoFoi como se todos aqueles sentimentos, já meio distantes, voltassem com todo vapor, foi como se eu sentisse através de Simon.
A urgência, por toda parte, do ensino médio;
As dificuldades familiares no crescer;
As brigas (e como elas nos desesperam) com nossos amigos;
Como as pessoas podem ser cruéis;
As escolhas erradas que fazemos, e como ela nos formam (a partir da forma como lidamos com as consequências);
A confusão no que somos, no que sentimos, no que amamos e no que odiamos com todo nosso ser... Vamos vai, todos nós lembramos, distantes ou nem tanto: é tudo sobre vida ou morte, oito ou oitenta, tudo ou nada!
Tá, não quero fazer aquele mesmo discurso clichê do: que saudade desde tempo, dessas preocupações...
Porque não é sobre isso! Sinto um desconforto quando ouço essas frases! Porque, naquele momento de nossa vida, é isso que nós faz sofrer, e sofrimento nenhum deve ser negligenciado ou diminuído.
Não quero dar uma de tiazona também.
Eu só quero exaltar a forma como o livro me trouxe a sensação exata que já senti a anos atrás.
Isso é lindo demais e, de certa forma, é até reconfortante, já que nos lembra que o que somos hoje ainda abarca o que já fomos, o que estamos sendo e o que seremos.
Como isso é incrível.
Como Simon é incrível! Incrivel em sua humanidade e proximidade gigantesca com a "vida real".
Parabéns Becky Albertalli, por encarnar de forma certeira a vida universal (e ao mesmo tempo tão singular) da adolescência.
O que me tornou, também, em uma completa adolescente gritando e se emocionando? O romance desse livro.
(É sério. Me peguei sorrindo que nem uma boba, com vontade de pular de tanta empolgação por cada nova descoberta)
(É, tô falando serrissimo)
Não sei como terminar essa resenha.
Acho que vou terminar com essa imagem mental dos pulinhos de empolgação que esse livro foi capaz de me causar.
É, acho que essa imagem faz jus ao Simon.
Simon eu te amo.