ritita 09/05/2023Que livro é esse? Ah, estas resenhas minimalistas dos livreiros, onde o tema "amor" acoberta histórias tão aterrorizantes.
Narrativas de guerra me perseguem? Ou sou eu que levanto da cama p tomar café e não dormir antes de terminar?
No início da leitura não gostei do rumo apresentado - uma adolescente rebelde, pais preocupados com o que esta rebeldia lhe aprontaria no futuro de uma cidade pequena e pacata que resolvem enviá-la para a casa de amigos queridos em Londres.
Pensei com meus parcos neurônicos, ah, lá mesmo é que vai aprontar. Ledo engano, a mocinha deslumbrada com o conforto da casa dos tios e com medo de ser "devolvida" à sua terrinha, aprende a comportar-se como uma lady., não sem antes arrumar um caso no navio com um lindo pobretão que lá trabalha.
Com o início da guerra Londres prepara-se para os ataques alemães, mas a família dos "tios" ainda não acredita nos avisos, até que no aniversário de 21 anos da moça, tudo muda, e para muito, muito pior.
Bombardeios incessantes, destruição em massa de locais e pessoas, onde o estresse e o medo eram o pão de cada habitante, rico ou pobre.
Antes do fim da metade do livro já estava totalmente tomada pela mudança de personalidade de Mariette.
A narradora é ótima para mostrar, sentimentos, tudo como se o leitor estivesse vivendo aquilo e houve certas descrições, para mim, demasiado reais. Também vai deixando pistas que os mais atentos preveja o que vai acontecer em seguida. E eu torcendo o tempo todo por Mariette, mesmos nas suas ações mais perigosas.
A moça, antes rebelde, passa frio a ponto de congelar, muita fome, e, sim, muito, muito medo, mas não desiste de ajudar aos mais fracos.
O livro tem mais de 500 páginas, e a metade é tiro, porrada e bomba.
E eu que queria ler um livro boboca.