Léo 30/06/2015
Espetacular!
Uma só palavra não consegue definir esse livro. São tantos adjetivos que até fico meio perdido na hora de escolher apenas um, maravilhoso será? Inteligente? Provocante? Intrigante, talvez? Sim, acho que posso usar todos esses e mais alguns. O livro conta sobre uma mulher, chamada Eliza Caine, que após perder seu chão, está perdida dentro de si, até que uma oferta de emprego lhe desperta: ser governanta no interior da Inglaterra, em uma cidade chamada Norwich. Então, decide que essa seria uma bela oportunidade de mudar sua vida, de esquecer os acontecimentos recentes e retomar o rumo de sua vida.
Chegando a cidade, ela percebe que não sabe nada sobre as crianças de quem irá tomar conta, ou quem são seus empregadores. Todos da cidade parecem ficar receosos em relação à Eliza, seria por ela ser nova na cidade? Ou será que ela havia feito algo errado? Durante sua estadia na mansão Gaudlin Hall, onde toma conta de duas crianças, coisas estranhas começam a acontecer, colocando a vida de Eliza e das crianças em risco. Será um fantasma ou meras alucinações de uma mulher com seus sentimentos afetados?
O desenrolar da história é muito envolvente, a narrativa te prende do começo ao final do livro. E aquele arrepio está garantido nesta leitura deliciosa. No entanto, o que mais me impressionou foi como o autor, John Boyne (mesmo autor de “O menino do pijama listrado”), trouxe até nós os costumes e a cultura da época. Neste livro pude ver o papel da mulher na Inglaterra no século XIX, e foi uma coisa surpreendente, o jeito como “mulheres revolucionárias” eram vistas de maneira repugnante, AINDA MAIS PELAS PRÓPRIAS MULHERES, que não aceitavam mulheres que acreditavam que poderiam ser maiores que homens. Embora diante a todos os preconceitos, Eliza era uma mulher a frente de seu tempo, uma mulher com determinação e opinião. Uma protagonista que faz com que você se apegue a ela.
E pela segunda vez na mesma semana, pego um livro que trata da fé religiosa e como a mesma pode cegar as pessoas, suas opiniões e ideias, como se deixam conduzir pela sua religião.