Operação Perfeito

Operação Perfeito Rachel Joyce




Resenhas - Operação Perfeito


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Livros e Citações 27/06/2015

Cansativo
Autora: Rachel Joyce
Editora: Suma de Letras
Páginas: 304
Classificação: 2.5/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/resenha-suma-de-letras-operacao-perfeito-rachel-joyce/

Quando a editora Suma de Letras divulgou que lançaria este livro, logo ele foi parar na minha lista de próximas leituras, não só porque a sinopse me atraía em muitos aspectos mas também porque eu ansiava conhecer a escrita de Rachel, também autora de A improvável jornada de Harold Fry.

"— Ninguém sabe como ser normal, Jim. Estamos todos tentando o melhor que podemos."

Em Operação Perfeito, vamos acompanhar as histórias de Byron Hemming e Jim; O que apenas dois segundos podem mudar na sua vida? Byron descobrirá que podem mudar tudo. Vivendo uma vida perfeita, Byron e sua mãe acabam se envolvendo em um trágico acidente em que sua mãe prefere fingir de que nada aconteceu e levar os dias normalmente, mantendo as aparências. Mas Byron acaba se juntando à James na Operação Perfeito, com vários planos para descobrir o que realmente aconteceu e tentar consertar o erro.

Em contra partida, também nos envolvemos com a vida de Jim. Com um passado obscuro, ele já foi internado em uma clínica psiquiátrica e não sabemos bem quais são seus problemas ou o que pode ter traumatizado ele de tal maneira. Hoje Jim é uma pessoa mentalmente instável, detesta socializar, mas é obrigado a trabalhar e lidar com pessoas. Mas é no trabalho que ele conhece Eileen, uma mulher totalmente fora do comum e que conseguirá tirá-lo da sua zona de conforto.

"Ele soube que algo terrível tinha acontecido e que a vida jamais seria a mesma. Soube antes mesmo de compreender a situação."

Logo na sinopse, assim como no início do livro, o foco é a história de Byron. A autora construiu aqui um meio social em que a família Hemming vive de uma forma aparentemente perfeita. Lógico que logo percebemos que isso é apenas uma casca imposta pelo meio social em que eles vivem, mas logo aqueles dois segundos a mais começarão a ruir essas aparências. Byron é um personagem incrível, mas James ainda é aquele personagem louco em manter as aparências desde cedo. Logo a personagem Beverly começará a ser introduzida no enredo e ela conseguiu me irritar porque, por mais que no começo a situação esteja a seu favor, ela começou se aproveitar da boa vontade dos outros e isso tornou-a uma personagem muito chata.

Já na história de Jim, ficaremos totalmente ao lado dele. A grande maioria de nós tem aquela empatia por seres humanos mais frágeis e eu consegui sentir isso em cada frase que envolvia esse personagem. Você tem tanto medo, tanto receio de que algo ruim aconteça com esse personagem. Ele realmente é a menina dos nossos olhos. Já Eileen é uma confusão gostosa ambulante. Ela é engraçada e um estilo foda-se para tudo, mas a verdade é que ela ainda só não se encontrou na história de sua vida. Jimmy terá uma ligação muito grande com essa personagem e você se impressionará com as cenas que envolvam os dois.

"— Nada é um acidente. Tudo acontece por uma razão, e essa razão está dentro de nós."

Agora vamos a parte chata em que eu digo os problemas eu tive com o livro. O começo foi legal, fiquei ansioso para saber mais sobre a história e o ritmo de leitura seguia muito bem. Mas aí o enredo começou a ficar massante — diretamente ligado a personagens que me irritaram — e a leitura foi se arrastando daí pra frente. Demorei mais de um mês nessa leitura — coisa não muito comum comigo — e posso dizer que não valeu tudo isso. Sim, eu gostei da crítica inicial sobre a necessidade de algumas pessoas viverem de aparências mas também tenho que dizer que esperava bem mais desse livro.

Resumindo, aguardei ansiosamente esse livro e em suas primeiras páginas ele cativou e prendeu minha atenção, mas com o desenrolar da história eu acabei me sentindo entediado e a trama assumiu um ritmo cansativo. Acabei construindo um relacionamento contraditória com os personagens, amando muito alguns e detestando fortemente outros. Talvez o livro não tenha chegado em uma boa hora ou não é porque a leitura não funcionou muito bem comigo que também não funcionará para você. Se você já conhece o trabalho da autora, fica aí uma dica.

Resenha por: Emanuel

site: http://www.livrosecitacoes.com
Manoela Pontual 09/08/2015minha estante
Livro insuportavelmente chato. Também fiquei louca para ler assim que vi o livro, li a sinopse e vi indicações. Nem peguei o ebook, quis mesmo comprar e me arrependo muito. Estou quase na metade do livro e não consigo continuar. Se fosse digital já teria largado, mas como eu comprei quero ler até o fim, só não sei quanto tempo levarei para isso. É um dos piores livros que já li! Tem muita coisa boa para perder tempo com algo tão chato. Exatamente como você falou, a gente fica curiosa no início e depois a leitura se torna completamente massante e arrastada.




Laura.Priori 04/02/2016

Não gostei!!!
Ah, gente!! Não gostei mesmo!!! Achei o Byron um tremendo de um mala, que atrapalha tudo o tempo todo com suas paranóias. O que me fez ler até o fim foi o mistério em torno do Jim, que me causou até um pouco de surpresa quando desvendado. Mas em geral, o livro me causou muita agonia e raiva... Enfim... Não gostei...
Alessandra.Andrade 30/11/2018minha estante
Ufa, até que enfim alguém que pensa como eu! Já estava me achando má por sentir raiva do Byron, kkkkkk




Débra 12/08/2019

Nem ótimo, nem ruim
É um livro lento, um pouco confuso e com um final inesperado.
A trama é muito bem trabalhada (mesmo quem não gostou, leu até o final pois a história prende), mesmo tendo um ritmo meio desconexo.
Quando vi a capa e uns trechos, achei que seria mais interessante do que lendo, mas valeu a pena, pois mostrar pontos de vista de muitos personagens diferentes do padrão comum e muito interessantes.
Não é um novo favorito, mas com certeza indicaria para quem quer algo novo.
Thaís Furlan 23/04/2020minha estante
Exato. Eu me irritei muito com a leitura arrastada em vários momentos, mas queria saber o final kkk




Ju Oliveira 17/03/2015

Leitura comovente!
Em 1972, Byron Hemming, 12 anos, acredita que por uma força maior, o tempo sofreu uma mudança, um acréscimo de dois segundos. E foi justamente por conta desses dois segundos que sua vida mudou completamente. Ele acredita que no exato momento do acréscimo dos segundos, sua mãe Diana, tenha causado um acidente de carro, atropelado uma criança. Mas apenas ele vê, ninguém mais percebe o ocorrido. Apavorado com a ideia de sua mãe ter se omitido a ajudar a menina, ele decide que precisa defendê-la de qualquer consequência que ela possa vir a sofrer.

Relutantemente Byron cria coragem e conta a ela o que aconteceu no momento do acréscimo dos segundos. Diana fica apavorada e decide procurar a família da criança que foi atropelada, para se desculpar e prestar qualquer tipo de ajuda. Dia após dia a mãe vai se fechando em seu próprio mundo de segredos do passado. Percebendo que a mãe está em apuros, Byron e seu melhor amigo James criam a Operação Perfeito, uma série de dicas e planos para tentar solucionar o problema.

Paralelamente, também conhecemos a história de Jim, que se passa nos dias de hoje. Jim é um homem perturbado, marcado por acontecimentos do passado. Sofre de TOC e no momento trabalha em um café de um supermercado, após vários anos de internação em clínicas psiquiátricas. Quando Jim conhece Eileen, passa a ver o mundo com outros olhos, a enxergar a beleza nas pequenas coisas.

Operação Perfeito não me fisgou logo nas primeiras páginas. Confesso que demorei para me conectar com a história, achei o começo bastante lento e cansativo. Mas a partir de um certo momento, a narrativa toma um novo rumo, tão cativante, tão emocionante que é impossível parar de ler. O amor do filho pela mãe é tocante, sua ânsia de defendê-la a qualquer custo é comovente. A certa altura da trama, as histórias de 1972 vão se fundir com a vida de Jim, no presente. E é ai que a autora Rachel Joyce ganha o leitor de vez.

Este é o tipo de livro que deixa muitos questionamentos, muitos "E se..." Os caminhos que o destino nos tem levado, teria sido diferente com o acréscimo de apenas dois segundos em certa altura de nossas vidas? É o tipo de livro que deixa o leitor querendo saber o que acontece quando acaba. Os personagens são muito bem construídos, não saem fácil da cabeça. Um livro triste mas extremamente lindo, com cenários incríveis e diálogos marcantes. Me emocionei muito no final da leitura. Terminei o livro com um aperto no peito, uma leitura que me marcou demais! Super recomendo!

site: http://juoliveira.com/cantinho/
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Moonlight Books 30/05/2015

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net

Quando uma curva errada muda nossa vida.

É uma história com personagens complexos, de alguma maneira eles conseguem nos afetar, despertando de ódio ao amor, e até mesmo muita pena. São pessoas perturbadas, sufocadas pelas suas ânsias e desejo de perfeição. Byron, Jim, Diana, Eileen, James, Beverley, Seymour, Andrea e tantos outros que fazem parte desta trama, todos de alguma maneira mexeram comigo, me deixaram pensando, mesmo após fechar o livro, o quanto pequenos detalhes e ações, até as mais bem intencionadas, são capazes de nos destruir totalmente e até mesmo aqueles que amamos. Tentar controlar tudo não é saudável, é impossível e Byron acabou se perdendo neste seu projeto.
Operação Perfeito não é uma leitura simples e para fazer você rir, é algo profundo que nos faz refletir sobre tantos detalhes de nossas vidas, sobre a maneira que lidamos com nossos sentimentos e com os dos outros. Ressalta a honestidade, boa fé, amizade e a questão do perdão. Aquilo que atribuímos à nós mesmos pesa mais do que aquilo que os outros nos atribuem, é preciso não só balancear nossas próprias expectativas, como também aprender a se perdoar. Foi um dos livros mais tristes que li, não de fazer chorar, mas daqueles que despertam uma vontade enorme de ajudar as pessoas e protegê-las. O final, se não totalmente feliz, é redentor e soa verossímil, a história toda é muito real.


site: Leia o restante da resenha em http://www.moonlightbooks.net/2015/04/resenha-operacao-perfeito.html
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PRiX 18/08/2015

Nada
Um livro que nunca engrena. Você espera o ápice da história chegar, que nunca aparece satisfatoriamente, com a emoção merecida. Leia o livro até, mas leia com os olhos de uma criança, inocente.
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Jessica Oliveira 20/08/2015

Resenha feita para o blog Books and Movies
Byron Hemming sempre foi considerado um garoto que se preocupa demais e sempre leva as coisas muito a sério. Quando seu amigo James informa que dois segundos serão adicionados naquele ano, toda a preocupação de Byron vem à tona, afinal isso não pode ser uma coisa boa, o tempo é algo sério e uma das poucas coisas constantes em nossa vida, se tem algo que ele sabe é que você simplesmente não pode mexer com o tempo.

Na manhã que Byron acredita que serão adicionados os dois segundos, a sua mãe está atrasada para levar ele e sua irmã para a escola. Sendo assim ela resolve percorrer um caminho diferente daquele que ela está acostumada a fazer todos os dias, ela pega um atalho por Digby Road, essa que é considerada a pior parte da cidade e um lugar que o pai de Byron proibiu-a de ir. Durante o trajeto até a escola Bryan vê o relogio voltar no tempo dois segundos, e é bem nesse momento que acontece um acidente que mudará todo o seu verão e, até mesmo, toda a sua vida.

Rachel Joyce cria uma trama impossível de deixar de ler, os personagens trazem problemas tão reais e complexos que fazem com que o leitor fica extremamente encantado com a forma com que os fatos vão acontecendo. Outra coisa que eu gostei muito na escrita da autora é o fato de que em poucas páginas você já consegue traçar a personalidade dos personagens, e isso não acontece de forma forçada e sim, de uma maneira tão natural que o leitor nem percebe.

Byron é um dos personagens que mais me encantou, acho que é impossível ficar impassível diante de um personagem que, apesar da pouca idade, faz de tudo para dar apoio para a mãe, que apesar de não ser dito claramente, tem toda a característica de uma pessoa com algum distúrbio mental. Afinal, não é natural tanta ingenuidade em uma pessoa só, Diana poderia ser passada para trás por qualquer criança de 4 anos.

Outro personagem que me emocionou muito foi Jim, um senhor de meia idade que após ter ficado quase toda a sua vida em hospital psiquiátrico tenta viver novamente em sociedade. Jim é um homem cheio de sequelas físicas e emocionais, o fato dele achar que tudo vai dar errado e que todos que estão à sua volta correm perigo, faz com que ele tenha que praticar diversos rituais como dar oi para todos os objetos de sua casa ou entrar e sair pela porta 21 vezes. Tudo isso era algo tão triste que me foi impossível não me emocionar e ficar torcendo por um final feliz para esse personagem que sofreu tanto.

É muito interessante observar a forma com que a autora consegue encaixar uma reviravolta na vida de todos os personagens a partir de um mesmo fato. Rachel teve um grande talento e uma extrema sensibilidade ao demonstrar que para cada ação há uma reação. A verossimilhança é algo que a autora consegue trabalhar em sua trama e acredito que é nessa parte, quando vemos pessoas imperfeitas na luta para se encontrarem e se encaixarem, que o livro ganha um tom completamente especial e faz com que o leitor reflita sobre a vida e principalmente sobre o tempo, pois afinal dois segundos podem sim mudar a sua vida.

site: www.booksandmovies.com.br/
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Amanda 01/09/2015

Depois que eu li A improvável Jornada de Harold Fry, eu entendi que Operação Perfeito poderia ser o mesmo porre em seus 45% de história, mas eu esperava que assim como na primeira história, na segunda a autora se redimisse e desse um final absurdamente memorável. Eu nem ao menos me lembro direito do final de Operação Perfeito. E isso me parte o coração.

site: http://superamorinha.blogspot.com.br/2015/08/operacao-perfeito-rachel-joyce.html
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Beatriz.Batista 04/09/2015

Cansativo.
Achei o desenvolvimento da historia lento e cansativo. Por mais que goste do estilo de escrita usado, que alterna o presente com o passado, acredito que foi mal usado, deixando o andamento da historia lento e cansativo de ler.
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Ludimila 21/09/2015

Cativante
Uma história cativante e comovente. Fácil se colocar no lugar daquela criança que quer a todo custo ver sua mãe feliz, que procura de toda forma consertar o que não está ao seu alcance para impedir que tudo se desmorone. A história me pegou no começo, fica bem modorrenta no meio, mas reaviva e se encerra de forma simples, crível e comovente.
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Aryane 18/10/2015

Amor e vontade de levar um personagem para casa.
Desculpem, mas sobre este livro, não farei resenha detalhada, porque seria um pecado soltar spoiler. Mas acho que o que escreverei sobre o que senti ao lê-lo dará uma ideia a vocês se o livro vale ou não à pena.

Eu comecei a ler meio desmotivada, porque não busco a sinopse antes de começar minhas leituras. E histórias onde o personagem principal é adolescente ou criança demora a engrenar um pouco. Mas um personagem no meio daquelas páginas me chamou. As partes mais interessantes foram os capítulos que descreviam o Jim, o personagem mais enigmático da história. Só no final descobri porque os capítulos se alternavam entre Jim e Byron, e eu já estava pronta para resenhar, dizendo que a autora poderia tirar todos os capítulos que falava sobre Byron.

Mas eu estada redondamente enganada. E essa é a parte mais surpreendente do livro.

Jim é um personagem encantador, muito bem escrito, e que me fez chorar muitas vezes. Sabe quando você quer retirar um personagem da história para dar um abraço? Pois é, foi isso que aconteceu. Terminei a leitura sabendo que tudo aquilo foi baseado em fatos reais e eu queria encontrar esse Jim para agradecer por sua história ter me tocado tão profundamente.

São raros os livros que eu acho perfeito, mas esse faz jus ao nome.

Não poderia deixar de recomendar, como descrito na capa pelo jornalista do The Times.

Cinco estrelas!

site: amoremletras.wordpress.com
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Gisa 31/12/2015

Apenas alguns comentários...
OP não é um livro muito conhecido e acho que por isso resolvi não resenhar no meu blog. A premissa é maravilhosa. Fala sobre um aumento de dois segundos no tempo. Mas mexer no tempo é sempre perigoso. E em dois segundos, muita coisa pode mudar. Um acidente pode ocorrer, uma pessoa pode morrer, outra nascer... Mas não gostei da forma como foi escrito, achei cansativo, enrolado, enfim. Não funcionou para mim. Tanto que assim que terminei a leitura, fiz uma troca no skoob.


site: http://profissao-escritor.blogspot.com.br/
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Nana 14/04/2016

Intrigante!
Eu diria que este livro é diferente, e por isso tem opiniões variadas sobre ele. Algumas pessoas vão achar chato, cansativo e outras, que tiverem paciência e derem a chance de ler até o final, poderão gostar muito.
Os capítulos são intercalados entre a vida de Byron e Jim. Byron é um menino de 11 anos, que é ansioso e excessivamente preocupado com Diana, sua mãe. Tem um pai ausente e um amigo, James, que é inteligente e o aconselha sobre o que fazer para ajudar a mãe.
Jim é um senhor de pouco mais de 50 anos, com problemas psicológicos e que já esteve internado várias vezes. Ele tem TOC e vive preso aos rituais achando que se deixar de cumpri-los, alguma coisa ruim vai acontecer. Em um momento da leitura, a estória dos personagens vai se cruzar.
Não é um livro para quem gosta de um enredo ordenado com tudo amarrado. São linhas soltas que vão se entrelaçando mais para o final.
Diana, a mãe de Byron, foi um mistério para mim, eu não entendia se ela era inocente ou se também tinha problemas psicológicos.
Apesar de ficar em dúvida em alguns momentos, eu gostei do livro. É muito fácil gostar de Byron por ele ser uma criança e apesar das trapalhadas que ele fez, sempre teve a melhor das intenções que era salvar a mãe que ele tanto adorava. E Jim, é frágil e dá vontade de abraçá-lo e protegê-lo dos seus medos. São personagens marcantes, do tipo que ficam na memória.
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Vanessa Vieira 02/05/2016

Operação Perfeito - Rachel Joyce
O livro Operação Perfeito, de Rachel Joyce, nos traz um romance comovente e terno, que mostra toda a inocência de uma criança, bem como o amor abnegado por sua mãe. Entrelaçando a história de dois personagens - Byron e Jim - e escrito com uma delicadeza ímpar, o enredo se mostrou sutil e emocionante, além de um tanto quanto surpreendente.

Em 1972, Byron Hemmings, um garoto de 11 anos, descobre que dois segundos foram adicionados ao tempo, pois aquele ano era bissexto e o horário estava desencontrado com o movimento da Terra. A tal adição do tempo deixou Byron aterrorizado, principalmente quando ele acredita que o acréscimo levou sua mãe, Diana, a atropelar uma criança. Tentando à todo custo proteger a mãe de um acidente que apenas ele e seu melhor amigo James viram, ele inicia uma cadeia de eventos e estratégias, intitulada Operação Perfeito.

Porém, nesse ínterim, Diana fica cada vez mais desconexa e infeliz. É como se toda a sua alegria e vontade de viver fosse se dissolvendo pouco a pouco, tal como uma torneira aberta pingando incessantemente. Por mais que o filho faça de tudo para ajudá-la, uma depressão profunda se abateu sobre ela, fazendo com que tudo o mais perca o sentido.

Paralelamente à isso, conhecemos a história de Jim, um senhor que mora em um trailer e sofre de TOC. Ele já passou por várias clínicas psiquiátricas e agora trabalha em um café, onde conhece a excêntrica e espevitada Eileen, que logo ganha a sua afeição. A bondade e a simplicidade do velho senhor encanta todos ao seu redor, mas ninguém imagina o quanto sua trajetória foi marcada por dor e sofrimento...

Operação Perfeito, à primeira vista, não conseguiu ganhar tanto a minha afeição. No começo do livro, achei a história lenta e até mesmo um pouco maçante, mas com o decorrer da leitura acabei me surpreendendo. A escrita da autora é muito sutil e por mais que ela tenha carregado a trama no início, tais detalhes se mostraram essenciais para o que estaria por vir. Narrado em terceira pessoa com capítulos alternados entre Byron e Jim, acompanhamos uma história imperfeita e repleta de segredos, erros e claro, amor.

Byron é um garoto extremamente inteligente e esperto. Quando ele acredita que acidentalmente sua mãe atropelou uma garotinha, decide fazer de tudo para protegê-la e salvá-la de uma possível punição e, para isso, decide criar junto com seu melhor amigo o projeto Operação Perfeito. Porém, quando ele relata para Diana que ela atropelou uma criança, uma cadeia de eventos se sucede. A mãe da suposta vítima, Beverly, acaba se infiltrando cada vez mais na vida de Diana, como uma espécie de vírus e de um modo complacente e subliminar, lhe imputando culpa e remorso. Diana é uma mulher de espírito livre e aventureiro, que acabou se prendendo a um casamento e a rotina de dona de casa. Com toda a acusação "maquiada" de Beverly e com o seu dia-a-dia infeliz, ela se sente cada vez mais como um pássaro enjaulado e anseia por sua liberdade com cada fibra de seu ser, o que a leva a mergulhar em um estado de entorpecimento profundo.

Jim, por sua vez, é um personagem um tanto quanto enigmático. O que mais o marca ao longo da história é sua bondade nata e desmedida. Ele é daquele tipo de personagem que lhe desperta uma compaixão profunda e um carinho sem limites. Me surpreendi bastante ao perceber que sua trajetória estava intrinsecamente ligada à do garoto Byron e isso me comoveu de forma profunda, ao ponto de me emocionar.

Em síntese, Operação Perfeito é um livro bem escrito, com um começo um pouco lento e que acaba se descortinando magistralmente, tal como um céu ensolarado se abre após uma tempestade. Sua história é emocionante e a interligação entre os dois personagens principais da trama deu um brilho todo majestoso ao enredo. A capa é tênue e singela, tal como o conteúdo da obra e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho, revisão de qualidade e ilustrações fofas no começo de cada capítulo. Recomendo.


site: http://www.newsnessa.com/2016/05/resenha-operacao-perfeito-rachel-joyce.html
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Fabrina 01/08/2016

Surpreendente
Confesso que não me recordo o motivo de tê-lo adquirido e que quase desisti da história, por achá-la lenta e sem um propósito específico. Pois a sinopse presente no livro não é atraente e nem um pouco convidativa, não fazendo jus ao que encontramos no decorrer da leitura. Assim, mais ou menos na página 100 comecei a entender a sutileza da narrativa.
No primeiro capítulo, conhecemos Byron, um menino de 11 anos que ao saber pelo amigo James que seriam adicionados dois segundos ao tempo, não ficou mais tranquilo. Queria saber quando e como aconteceria, pois isso poderia alterar todas as coisas. Ao questionar a mãe Diana sobre o assunto, ela disse que isso não faria diferença, então ele começou a observar os relógios para tentar perceber a mudança. Então, no dia seguinte ao responder as horas, ele vê o ponteiro do seu relógio indo para trás e tenta mostrá-lo a mãe, que infelizmente está dirigindo e freia bruscamente. E a partir daí, a vida de Byron começa a mudar e a “operação perfeito” será planejada...
No segundo capítulo conhecemos Jim, ele não lembra de seu passado com clareza, especificamente a infância e o início da adolescência. Ficou muito tempo internado, o que acredito que seja um hospício, o qual saia e voltava ao longo dos anos, muitas vezes por vontade própria, até o lugar ser fechado. Atualmente tem uns 50 e poucos anos, vive em um trailer e trabalha num supermercado, onde evita ao máximo de socializar. Acredito que possua TOC, uma vez que tem vários rituais para quase tudo. Exemplo: ao chegar no trailer ele cumprimenta toda a mobília e depois vai para a rua e tranca a porta. Depois ela abre a porta, cumprimenta novamente a mobília e volta para a rua. Ele faz isso todos os dias, 21 uma vezes consecutivas, pois considera o número “seguro”. Ao longo do livro, conhecemos aos poucos sua história e como ele começa a ter o seu dia-a-dia alterado depois que conhece Eileen, funcionária do supermercado, principalmente depois que ela o atropelou.
E assim os capítulos do livro se alternam entre Byron e Jim, nos fazendo vivenciar uma história muito singular sobre inocência, caráter, aparência e egoísmo. A sutiliza utilizada para demonstrá-los na convivência social e na estrutura familiar onde não existe o diálogo, foi algo surpreendente.
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