Mario Miranda 16/04/2018
Ficção e Realidade se Confundem em Gide e Michel
O Imoralista foi meu primeiro contato com o Laureado com o Nobel de 1947 André Gide. Tendo conhecido diversos autores que foram agraciados com este prêmio dentro do espectro literário Francês, confesso que para mim faltou um pouco nesta obra. Apesar da sua boa narrativa, estrutura interna, utilização gramatical em maestria, os assuntos/críticas são abordados de maneira muito sutil. As principais são formuladas pelo conhecido do Personagem Principal, Ménalque, que criticará a formação Histórico-Religiosa de Michel.
O livro discorre sobre um personagem, Michel, que traz a luz seu passado recente aos seus amigos mais próximos: um casamento de conveniências, uma doença que quase lhe retirou a vida, projetos de estudo, uma tuberculose que aflige sua esposa. Um tema que palpita a todo momento é o interesse de Charles exclusivamente por personagens masculinos (um jovem árabe, Ménalque - O real Imoralista -, Charles): uma reminiscência das dúvidas do próprio Gide.
Em todo o livro notamos um caráter autobiográfico do personagem, seja na formação educacional de Charles/Gide, nas suas relações familiares, etc.
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