Maria Madalena e o Santo Graal

Maria Madalena e o Santo Graal Margaret Starbird




Resenhas - Maria Madalena e o Santo Graal


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Joel Premiani 24/11/2023

Tese interessante
Estive lendo as resenhas que leitores e leitoras escreveram aqui, e são muito positivas. Portanto, deixo aqui apenas uma pequena contribuição.

Achei um livro interessante. Ele introduz uma temática pouco convencional e pouco conhecida no meio cristão, explorando a possibilidade de Jesus Cristo e Maria Madalena terem tido uma relação marital. Além disso, o livro sugere que Maria Madalena poderia ter tido uma filha, originando assim uma linhagem sagrada. A trama é envolvente; após a morte de Jesus, o local não é mais seguro para a permanência da esposa e da criança em seu ventre. Com a ajuda de pessoas leais, inicialmente, o destino é Alexandria, onde nasce a criança, e posteriormente, decidem por um destino mais distante, o sul da França. Em resumo, essa linhagem se perpetua através de uma famosa dinastia europeia; o conhecimento da linhagem sagrada é mantido oculto através das artes e confrarias, enfrentando resistência; a autora também sugere que passagens bíblicas que indicam essa crença foram obscurecidas pela igreja dominante.

A teoria do livro enfatiza que sem a presença do feminino, não há equilíbrio nas relações, tanto humanas quanto metafísicas. A autora defende a necessidade dessa linhagem sagrada, que supostamente trará uma nova era no mundo, caracterizada pela paz e harmonia. Ela relata que começou a desenvolver sua tese quando se deparou com o que chamou de "Heresia do Graal". Apesar de inicialmente considerar a ideia absurda, sua pesquisa a levou a reunir evidências que desafiam a visão tradicional da igreja.

Segundo a autora, o Santo Graal, ao contrário do que a igreja afirmou ser o cálice da última ceia de Jesus com seus discípulos, é, na verdade, Maria Madalena. Esta seria a portadora do fruto sagrado de sua união com Jesus, perpetuando assim a linhagem sagrada de Jesus. A autora destaca a resistência contínua ao feminino nos meios cristãos, apontando que essa resistência persiste até hoje. No entanto, sua pesquisa indica que essa verdade pode ser corroborada por elementos culturais e materiais que sobreviveram ao escrutínio da igreja.

Concluo minhas percepções sobre a obra, reiterando que é um livro interessante. Não atribuí 5 estrelas porque, apesar da tese intrigante da autora e de sua extensa pesquisa, há momentos em que ela parece insistir demais na clareza das evidências que apresenta, quando, na realidade, nem sempre estão tão evidentes. Isso nos deixa com a impressão de que a autora acredita ter feito uma descoberta revolucionária, o que contrasta com muitos estudiosos sérios que mantêm visões divergentes. Além disso, reconheço que este é um tema discutido há décadas, dependendo de mais descobertas, estudos históricos e especulações teológicas.
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Carla.Parreira 12/10/2023

Maria Madalena e o Santo Graal
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O livro nos mostra que a verdade não é definida pelo poder político nem pela convicção religiosa. Jesus não era culpado de um crime porque as autoridades do Templo e a sentença de Pilatos simplesmente assim o declararam, da mesma maneira que o Sol não gira em torno da Terra somente porque a Igreja Católica estabeleceu que isso era um fato. Com muita frequência, o poder, a opinião pública e a tradição são vistos como sinônimos da verdade. A verdade não é determinada pelo desejo humano nem por decretos. Ela significa a harmonização da mente e do coração humano com o que realmente é. Os ensinamentos da Igreja Católica Romana sobre a Sagrada Família são um exemplo gritante. Segundo esses preceitos, José nunca teve relações conjugais com sua mulher e Maria deu a luz um único filho, Jesus, e permaneceu virgem até o dia de sua morte. E Jesus nunca se casou. Eu também desacredito dessa versão, ou ao menos não concordo, que essa possa ser de fato a grande verdade. Maria não é a mãe virgem de um único filho simplesmente porque os ensinamentos da Igreja assim o declaram. Existe uma verdade sobre sua prole e suas relações matrimoniais com José. Professar essa verdade é o que os honra.
Se, realmente, Maria teve vários filhos e filhas, como as Escrituras aparentemente atestam, não a estaremos respeitando se acreditarmos ou afirmarmos que ela deu à luz um único filho e morreu virgem. Da mesma forma, Jesus não foi um celibatário só porque a Igreja prega isso. Não há nada na Bíblia que prove que ele nunca se casou nem que tenha feito uma promessa ou um voto de jamais de casar. Embora sem poder provar, a autora relata sua crença de que, a pedido de Jesus, conforme as profecias de Miquéias, Maria Madalena (irmã de Lázaro de Betânia), chamada no livro de Mirian, fugiu com José de Arimatéa para Alexandria, no Egito. Ela era esposa de Jesus e estava grávida quando ele foi morto. A ameaça física à vida da mulher de Jesus teria sido motivo suficiente para excluir o seu nome de todos os escritos da época. Essa explicação é bastante plausível, especialmente se levarmos em conta as severas punições sofridas pelos primeiros seguidores de Jesus.
O casamento de Jesus teve importância dinástica, unindo as famílias de dois grandes amigos: Davi, filho de Jessé, e Jônatas, filho de Saul. A história de amizade entre os dois era contada havia vários séculos nas casas dos judeus. Como Lázaro explicara à irmã, o casamento dela com Jesus também envolvia questões políticas. Mas era, acima de tudo, a realização de uma profecia.
O casamento foi realizado na casa de Simão, o leproso. Somente alguns amigos íntimos e suas famílias foram convidados. Era necessário manter o fato em segredo para que Herodes Antipas não descobrisse que uma herdeira de Benjamim unira-se em matrimônio e a um filho da casa de Davi. Mirian não se incomodava por não ser reconhecida em público como a mulher de Jesus, pois ele a fazia sentir-se completa e feliz. Ela já casara sabendo que seria um casamento dinástico e se dava por satisfeita com a ternura do marido e a gentil preocupação dele com sua timidez. Mirian deu a luz uma menina que, na visão de pesquisas da autora, recebeu o nome de Sara. Todo ano, de 23 a 25 de maio, realiza-se um festival na cidade de Les-Saintes-Maries-de-la-Mer, na França, no santuário dedicado a Santa Sara, a egípcia, também chamada de Sara Kali, a 'rainha Negra'. As pesquisas revelaram que esse festival, cuja origem remonta à Idade Média, homenageia uma criança 'egípcia' que acompanhava Maria Madalena, Marta e Lázaro quando de sua chegada à região, num pequeno barco, por volta do ano 42 d.C. Entretanto, pelas minhas próprias pesquisas, a versão mais popular é de que Sara kali era uma cigana serva das Marias. Ela teria fugido das perseguições de Roma aos primeiros cristãos junto de Maria Jacobina ou Jacobé (irmã de Maria, mãe de Jesus) Maria Salomé (mãe dos apóstolos Tiago e João), Maria Madalena, Marta, Lázaro e Maximiliano. Outras versões diferentes também existem. Evidenciando os fatos, embora dois Evangelhos, o de Marcos e o de Lucas, sustentem que Maria Madalena foi curada por Jesus da possessão de sete demônios, não está escrito, em lugar nenhum, que ela era uma prostituta. Apesar disso, esse estigma a tem seguido por toda a cristandade. A história original da unção de Jesus em Betânia pela mulher do vaso de alabastro deve ter sido mal interpretada pelo autor do Evangelho de Lucas, que o escreveu quase cinquenta anos depois do acontecimento.
A unção realizada pela mulher em Betânia era similar a uma conhecida prática ritual das sacerdotisas sagradas, ou 'prostitutas' do templo, nos cultos às deusas do Império Romano. Uma passagem muito conhecida e curiosa do Salmo 23, atribuída ao rei Davi, faz lembrar os tempos antigos quando Deus era identificado com o papel da Noiva: 'preparas um banquete para mim na presença dos meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.' Esse trecho retrata Deus como feminino: nos ritos do Oriente Médio da Antiguidade, a deusa é a Noiva que unge o consorte escolhido, outorgando-lhe sua graça e majestade.
Nas religiões da Suméria e de Canaã, ungir com óleo a cabeça do rei era um ritual realizado pela herdeira ou pela sacerdotisa real, que representava a deusa. Em grego, esse ritual era chamado hieros gamos, ou 'Casamento Sagrado'. Quando um evento importante é muito perigoso para ser discutido, ele é estabelecido como mito e contado como uma lenda. Foi o que aconteceu com a história de Jesus e a Noiva Perdida transformada no mito como a mulher do vaso de alabastro. O Santo Gral não era o cálice sagrado com poder de cura usado por Jesus na ultima ceia, mas sim o Sangraal, Mirian e a descendência real carregada no seu ventre. Nos tempos medievais, a maior parte do mundo cristão tinha crenças radicalmente dualistas sobre as mulheres.
A existência material, a carne, o diabo e o sexo feminino eram colocados juntos como a fonte do mal, que impedia os homens de alcançarem a união espiritual com Deus. Frequentemente, os clérigos exploravam os pobres e levavam uma vida de relativo luxo, enquanto os paroquianos passavam fome. As seitas albigenses eram claramente anticlericais e antieclesiásticas. Os cátaros formaram a sua própria Igreja em oposição ao que acreditavam ser falsos ensinamentos de Roma. Eles repudiavam o ritual da missa e também a cruz, que consideravam um instrumento de tortura que não poderia ser algo de veneração. Os cátaros não precisavam de um sacerdote para realizar cultos nem de um espaço físico para guardar artefatos e relíquias.
Sua fé era praticada nas casas e nos campos. Desprezavam a necessidade de igrejas, relíquias e sacramentos. Entre eles, homens e mulheres eram considerados iguais, e a mulher tinha o direito de herdar e possuir propriedades.
As mulheres também podiam pregar. Isso refletia a consideração que as mulheres, inclusive Maria Madalena, já haviam merecido quando a Igreja ainda engatinhava. Os pregadores cátaros, de ambos os sexos, viajavam pelos campos aos pares, exatamente como faziam os discípulos de Jesus na Palestina, partilhando a comida, trabalhando lado a lado com os pobres e pregando a vida simples e pura dos espíritos iluminados. São Domingos e, mais tarde, São Francisco de Assis ficaram tão impressionados com os métodos cátaros de evangelização que os tomaram como exemplo para seus frades mendicantes, determinando que fizessem votos de pobreza e caridade. Uma característica extraordinária dos cátaros era a sua insistência em ver a Bíblia traduzida para o seu dialeto, denominado língua d'oc, e fazer com que as pessoas aprendessem a ler os Evangelhos de Jesus em seu próprio idioma. Para isso, diversas fábricas de papel foram instaladas em toda a região, impulsionando o ressurgimento da arte, do pensamento e das letras em toda a Europa.
A crença de que Jesus era casado e tinha herdeiros era natural de Provença. Acreditava-se que Maria Madalena vivera naquela terra e fora enterrada ali com seu irmão, sua irmã e vários amigos próximos. O mesmo aconteceu com as genealogias secretas das famílias nobres locais. Após a Cruzada Albigense, filhas sobreviventes das famílias nobres do Midi foram forçadas a casar-se com pessoas do Norte, provavelmente para dissipar as reivindicações de certos clãs do Sul de que foram os únicos a carregar em seu sangue a linhagem merovíngia. Isso não era novidade, uma vez que, para consolidar sua pretensão ao trono dos francos, o próprio pai de Carlos Magno havia desposado uma princesa merovíngia.
Os cavalheiros templários tinham acesso à sabedoria esotérica do mundo clássico, provavelmente preservada em fontes islâmicas que os membros da ordem encontraram no Oriente Médio. O seu conhecimento de matemática e engenharia deu origem ao estilo gótico de arquitetura, que se disseminou por toda a Europa, quase da noite para o dia, como se cumprisse um planejamento, no período de 1130 a 1250. O mais importante desses dogmas era o princípio cósmico da harmonia entre as energias masculinas e femininas. Posterior a isso, as tentativas posteriores de resgatar o feminino sofreram uma repressão severa; e místicos, artistas e cientistas da Igreja herética foram forçados a buscar seus interesses dissimuladores. Disciplinas como medicina, alquimia, astrologia e psicologia, que antes floresciam, viram-se obrigadas a se esconder, condenadas como ocultas.
A fé dos templários celebrava o equilíbrio cósmico dos opostos, incorporando-o à construção das catedrais. Os magníficos vitrais com rosas são outro exemplo do feminino ressurgente entre os que desenhavam as igrejas medievais para honrar a Notre-Dame. Além disso, os ciganos dessa época acreditavam que as catedrais góticas do Norte da França haviam sido intencionalmente posicionadas para formar uma imagem espelhada da constelação de Virgem (Nossa Senhora) traçada no chão. Os templários foram levados a julgamento, acusados de heresia. Durante sete anos, a inquisição os interrogou com imensa brutalidade, numa tentativa de descobrir o esconderijo de seu famoso tesouro.
Quando o Vaticano e o rei francês Felipe IV resolveram acabar com a secreta Ordem dos Cavalheiros Templários, em 1307, os poucos que conseguiram escapar se mantiveram incógnitos. Um grande número deles reapareceu, tempos depois, na Escócia. Quatro séculos mais tarde, muitas das doutrinas dessa ordem renasceram na fraternidade secreta dos maçons. Há numerosos fósseis da verdade que ligam os modernos maçons aos templários.
Interessante analisar a associação artística entre Maria Madalena e Ísis, a Deusa do paraíso na Terra, que chorou sobre o corpo mutilado de Osíris e concebeu um filho dele. Aqueles que sabiam sobre o Sangraal parecem ter estendido o epítelo filhos da viúva a todos os descendentes da viúva de Jesus, que por sua vez, era uma descendente de Davi. O mito da supremacia e do status da casa de Davi floresceu entre as famílias dos templários.
Um artefato medieval ligado por seus símbolos à heresia da Noiva Perdida é o tarô, que deu origem ao nosso baralho moderno. O lugar em que teria surgido é obscuro, e especulações a esse respeito vão da Índia ao Egito. Embora essas cartas já fossem uma realidade em 1392, acredita-se que o baralho mais antigo ainda existente tenha sido criado por um pintor do século XV, possivelmente Andréa Mantegna (1432-1506). Os quatro naipes e 22 trunfos do baralho desse período compartilham símbolos que contêm a heresia do Graal, sobretudo o baralho de Carlos VI, ou baralho de Gringonneur, que parece ter uma íntima ligação com a tradição secreta.
Um século depois, as cartas do tarô circulavam por cortes da Europa, levadas por bandos de ciganos, bufões, malabaristas e acrobatas de cidade em cidade. Elas acabaram sendo usadas em mesas de jogo de praticamente todos os cantos da Europa.
Os artistas viajantes começaram onde os trovadores haviam parado, e seus símbolos ainda persistem nos baralhos modernos. O significado das cartas do tarô tem sido motivo de debates há muitos anos, e numerosas revisões e interpretações vinculam-no ostensivamente à alquimia, às sociedades secretas dos maçons e rosa-cruzes, bem como às ciências ocultas em geral. Embora o significado de muitas cartas tenha sido declarado obscuro, elas ainda conservam uma aura de perigo. A Igreja condenou o tarô como herético quando ele apareceu pela primeira vez na Europa, porém ninguém conseguiu determinar com certeza que heresia se escondia em seus símbolos. O conhecimento da heresia do Graal surge para esclarecer esse enigma. Um baralho de tarô é composto pelos Arcanos Menores (que consistem em quatro naipes chamados espadas, ou gládios; copas, ou taças; ouros, ou estrelas de cinco pontas; e paus, ou bastões) e Arcanos Maiores (os trunfos).
Os baralhos modernos não possuem mais os trunfos, pois estes foram os mais cruelmente condenados pela igreja, embora o truque do trunfo seja estrategicamente ainda presente em muitos jogos de cartas atuais. A única relíquia dos 22 trunfos originais encontrada nos baralhos modernos, e que é significativa para a nossa história, é o curinga, o louco ou bobo, remanescente dos palhaços de Deus, aos quais se atribuiu a ação de terem espalhado os dogmas da heresia albigense.
Os rosas-cruzes, cujas sociedades secretas proliferaram durante o século XVII, mas que, provavelmente, se originaram muito tempo antes, usavam o símbolo da cruz cor-de-rosa, cujo real significado só era conhecido por um pequeno grupo de iniciados. Essa não era a cruz ortodoxa de Pedro e Jesus, a qual foi repudiada pelos hereges como um impiedoso instrumento de tortura.
A cruz era o X vermelho da iluminação verdadeira, símbolo de lux ou luz. Entretanto, como a versão que tinham da vida e da natureza de Jesus estava em desacordo com a da Igreja Romana, ela recebeu a censura máxima e foi condenada e repudiada. O sentido pejorativo da letra X na linguagem moderna é uma evidência do poder que o vencedor tem de destruir os vencidos e reescrever a história. A Igreja oficial desacreditou o X e o tornou um anátema na comunidade. Ele possui a união do V normal da mulher e o V invertido do homem, representando a união perfeita. Ainda vale lembrar que o V masculino com o feminino dentro um do outro forma a estrela de seis pontas de Davi (ou Selo de Salomão), simbolo da perfeição.
A besta é, invariavelmente, uma ameaça à mulher (Apocalipse 12:6), enquanto a cruz vermelha é associada ao resgate dessa figura feminina. As feministas modernas viraram a lenda da Cinderela (esse nome significa serviçal com rosto coberto de cinzas) de cabeça para baixo. Desprezando a insinuação de que uma mulher precisa do homem para ser completa, elas não perceberam o ponto principal da história: é o príncipe que busca, com paixão, a sua parceira perdida. Cinderela personifica a crença de que, quando a noiva for encontrada e devolvida ao príncipe, o reino será curado. Esse tema é recorrente em nossos contos de fadas.
A questão essencial é a busca pela verdadeira companheira do príncipe. Outra variação ocorre na história A bela adormecida, em que a princesa Aurora é picada por um fuso envenenado e dorme por cem anos. No final, o príncipe precisa atravessar uma floresta de urzes, que cresceram ao redor da amada e ocultaram a sua própria existência. Somente sua forte determinação consegue unir o casal.
A imagem do impetuoso príncipe abrindo caminho pelos arbustos espinhentos na tentativa de encontrar sua princesa perdida, a sua outra metade, é particularmente significativa para o nosso mundo moderno. O masculino ferido, brandindo a sua espada de maneria imprudente, não está apenas ferido e frustrado, mas tornou-se perigoso. Quanto mais cedo ele se unir ao seu perdido, maltratado e repudiado lado feminino, melhor será! Em um outro conto familiar, a princesa Branca de Neve é condenada à morte por sua madrasta. Quase sempre há uma madrasta maligna e invejosa ou uma bruxa feia tentando manter a princesa separada de seu companheiro. A princesa come uma maçã envenenada dada pela madrasta e somente a chegada providencial do príncipe salva-a do poder mortífero da maçã. Rapunzel com suas tranças tem o mesmo tema e lembra as histórias de Santa Bárbara nos contos folclóricos, a qual foi uma virgem mártir, filha de um cavaleiro pagão do século III, na Síria. Ela queria ser cristã, e seu pai, horrorizado diante dessa possibilidade, trancou-a em uma torre. O sacerdote que ia em segredo instruíla na fé precisava subir por suas tranças para alcançar a prisão. Enfim, todos os contos retratam a contraparte do belo príncipe sempre ferida, perdida ou aprisionada.
A desvalorização do feminino deve ser revertida, não para ocupar o lugar do masculino, mas para assumir o papel harmonioso da contraparte divinamente pura há tanto tempo desejada, a Noiva-Irmã Perdida. Com o início desta era de Aquários, parece um tanto providencial que os algarismos romanos para os anos desde 2000 sejam MM e que as iniciais de Maria Madalena formem as linhas onduladas desse signo. Nas pinturas que retratam Madalena, seu cabelo é quase sempre longo, descendo pela cabeça como as ondas paralelas na representação desse signo.
Para restaurar o princípio feminino expresso em Maria Madalena, é necessário estabelecer sua verdadeira identidade como Noiva, e não como prostituta. Embora tenha sido mais tarde assim chamada pela igreja, a verdadeira Maria Madalena jamais foi desprezada por Jesus nos Evangelhos. Ela era o amor de sua vida. Como nos contos de fadas, o belo príncipe procura por ela há dois mil anos, tentando devolver-lhe o lugar ao seu lado que, por direito, lhe pertence.
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Fernanda.PantaleAo 10/09/2023

Cansativo
Achei a leitura cansativa e me propus a ler até o final pois era um livro que estava em minha estante desde meus 18 anos. Talvez seja porque o assunto não me interesse tanto mais
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Tatiana221 24/05/2023

Livro incrível, tem toda explicação das simbologias utilizadas boa séculos passados e suas nuances dentro de todas as vertentes
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Nicole Gonsales 04/08/2022

Ok
A autora busca provar seu ponto de todas as formas possíveis, mas sozinho sem nenhum outro estudo esse livro não convence o leitor de nada.
Terminei o livro da mesma forma que comecei. Com muitas dúvidas sobre o assunto.
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Paminea 25/09/2020

Muito interessante. A teoria parece cada vez mais possível ao longo do livro. A autora usa muitas referências da bíblia como base, e mostra vários reflexos das ações da igreja na sociedade de hoje.
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Nena 13/02/2016

Quem leu o Código da Vince, de Dan Brown, vai ter curiosidade para ler este, pois este é o livro q ele cita como fonte de inspiração para escrever o Código da Vince. Curiosa como sou, jamais poderia furtar-me o prazer de entender o pq da inspiração. Um livro reflexivo, principalmente se vc conseguir unir curiosidade e capacidade de raciocínio sem imposições religiosas, mas sem colocar a fé de lado. Melhor absorvido para pessoas desprendidas de dogmas religiosos ou muito conservador.
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Rodrigo 12/04/2015

Gosto desse tema.
É uma historia interessante, mas é preciso muito cuidado e muita pesquisa para lidar com o assunto,mas vale a pena ler.
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Hamurabi 18/10/2009

Carolas, Beatas, Papa-missas mantenham distância.
Maria Madalena e o Santo Graal foi publicado em 1993 e traduzido para o português em 2004. Um dos livros que inspiraram ao Código Da Vinci, Margaret Starbird traz uma provocante reflexão sobre a vida de Jesus Cristo. Descido da cristandade e habitando o mundo terreno, Jesus é apresentado como homem, amante e pai. Com requintes de romance trágico Starbird mostra como seu deu as relações genealógicas que levaram Jesus a seu casamento com Madalena. Após a sua crucificação, sua noiva foge para a Europa com sua filha. A partir daí através do estudo de simbologia, heráldica, passagens bíblicas e pinturas de Fra Angelico e Botticelli, a autora desenvolve a sua tese do Casamento Sagrado e do Santo Graal, ou Sangreal (Sangue Real) estabelecendo uma metáfora entre a taça usada durante a última ceia e o útero de Maria Madalena que carregou a sangue da Linhagem Real. Passando pela dinastia Merovíngia, possíveis herdeiros dessa linhagem até os povos catáros, que foram perseguidos por discordar da fé instituída pela Igreja Católica Romana, Starbirb faz o regate da Noiva Perdida e da figura do feminino tantas vezes perseguida pela Igreja. Uma grande contribuição para o debate sobre os dogmas que guiam a humanidade por milênios.

"Qualquer versão do cristianismo que ofereça uma alternativa às doutrinas ortodoxas da Igreja é vista como um anátema. Essa é a definição de heresia" (Starbird)
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fabianom 09/01/2009

O conteúdo histórico do livro é muito bom (se for verídico), nada de um complô para acabar com o mártir do cristianismo.
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