Gustavo.Borba 17/09/2019
Destruindo legados
#LivrosQueLi
História universal da destruição dos livros: Das tábuas sumérias à guerra do Iraque, de Fernando Báez. Ed. Ediouro. O autor nos apresenta um apanhado que perpassa toda a história humana de destruição de livros de todos os tipos, após 12 anos de estudos. Desde a origem da escrita e dos primeiros registros escritos, através de tabuinhas de barro sumérias, até o último grande atentado ao registro organizado de informações que ocorreu na invasão do Iraque em 2003 pelas tropas estadunidenses, ano de publicação desta obra. O autor registra os diversos tipos de motivações e de formas de destruir os livros que ocorreram e foram dignos de nota. Uma jornada que causa profundo pesar a quem admira a leitura, principalmente quando se apresentam as palavras ?nenhuma cópia sobreviveu?, ou ?existe apenas um único exemplar?. É realmente bastante sofrido ver que a ignorância, a intolerância, a tentativa de expurgar a existência de quem pensa diferente, assim como o descaso, o abandono, o desleixo levaram à destruição de tanto conhecimento gerado pela humanidade. Um triste relato do que somos capazes de destruir sem ao menos considerar como auferir proveito do que deixa de existir. Apesar de apresentar uma sintética tipologia de motivos para a destruição dos livros no seu prólogo, senti falta de um capítulo conclusivo que aludisse a uma sistematização mais clara quanto ao processo de destruição das obras. Também sofri com a interminável listagem de desastres, perseguições, fogueiras, atentados, violências contra obras e prédios. Quando havia a descrição do contexto histórico, a obra ficava mais interessante. A quem ama livros, ou a quem não consegue ver sua importância, uma leitura mais que recomendada, a fim de avaliarmos mais profundamente o valor desse objeto tão querido.
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