spoiler visualizarAugusto 04/12/2021
Uma aventura (desventura?) encantadora!
Isso não é uma resenha. É tudo apenas para que eu me lembre desse livro por muitos anos.
Esse é um livro curioso. É a minha escolha de leitura porque já faz tempo que não leio John Boyne e porque ele é dos meus autores favoritos. Antes de o ler, li no Skoob uma pequena parte de uma resenha que dizia ser esse livro “difícil de esquecer”. São esses os elementos que me fazem pegar nesse livro com muito entusiasmo (embora tenha permanecido intocado por anos na minha estante).
Primeiro, devo dizer que já na primeira impressão o livro me agradou por dois pontos: 1) o personagem principal John Jacob Turnstile é muito carismático, tem um humor peculiar inglês (ácido e cortante) e acho gostoso conhecer a história de um ladrãozinho nas ruas da Portsmouth do século XVIII; 2) gosto de livros que se passam na Inglaterra e ainda mais quando a história se passa entre lá entre os séculos XVII e XX (a exemplo de O Condenado, de Bernard Cornwell, que muito me marcou), tanto pelas referências culturais, quanto pelas descrições dos lugares e ainda pelo clima (sempre imagino paisagens chuvosas e locais frios).
Depois de quando John Jacob é preso e tem sua sentença decretada, as coisas começam a ficar lentas. Toda a trama para explicar a ambientação dele ao navio HMS Bounty e à sua tripulação leva muitas páginas. Aqui também temos explicações sobre o passado do nosso personagem principal: a infância em que ficou órfão – não se explicando o que aconteceu com seus pais – e depois como menino de rua até ser adotado pelo Sr. Lewis. Vejo com tristeza tudo o que passou em sua mocidade, quando primeiro, em troca de comida e de um lar, é ensinado a roubar e, depois, a prestar-se a algum tipo de prostituição para cavalheiros ricos da época. Isso, também, leva algumas muitas outras páginas.
É normalmente comum, obviamente, que livros se demorem e sejam lentos em seu começo e em parte de seu meio. Mas John Boyne imprime um ritmo bem mais acentuado de vagareza ao seu enredo. Algumas intrigas entre o comandante do navio (o tenente William Bligh) e o seu imediato (John Fryer) são o que mexem a trama; além, é claro, da já dissimulação do imediato as-sistente (e líder dos amotinados) Fletcher Christian. Outros pontos interessantes nesse marasmo são: 1) o batismo de John Jacob ao atravessarem a linha do Equador, quando os marujos o acordam a pontapés e o humilham, inclusive com o pulha do fiel escudeiro de Fletcher Christian, o Sr. Peter Heywood, urinando sobre o corpo espancado e maltratado do nosso jovem protagonista; 2) as tentativas frustradas de contornar o Cabo Horn (no sul da América) por teimosia do comandante do navio, que deixaram os marujos exaustos e começa a minar a autoridade do capitão, e consequentemente a desistência para que rumem ao Cabo da Boa Esperança para fazer o trajeto via África; 3) a primeira punição com chibatadas a um membro da tripulação, que roubou comida e insultou o capitão.
É evidente que durante todas essas primeiras duzentas páginas, John Boyne, além de costurar pacientemente um enredo que busca ambientar quem o está lendo, busca também costurar afeições e desprezos. Pela lente do nosso protagonista começamos a nos afeiçoar ao comandante William Bligh (como quando ele cuida do jovem Turnstile no momento de seus enjoos e sofrimentos iniciais no navio ou quando o trata em algumas conversas como um jovem aprendiz ou a um filho), bem como ao imediato John Fryer (como quando percebemos que suas intenções são as melhores, que ele é leal e que, mesmo assim é injustiçado sistematicamente pelo comandante), e como começamos a detestar aos poucos o assistente de imediato Fletcher Christian (como quando o vemos desfilar toda a sua dissimulação e seu aspecto de traidor, ou quando o vemos colocar astuciosamente o comandante contra o seu imediato), e também o oficial Peter Heywood (por apresentar traços de perversidade, de abuso de autoridade, de uma personalidade vingativa e também pelo episódio em que urina em nosso protagonista tão somente por retaliação e por satisfação pessoal).
Quando finalmente chegamos à ilha de Otaheite (Taiti), que é o nosso desti-no, as coisas começam a andar. Já temos conhecimento de que o objetivo da missão é coletar amostras e mudas de fruta-pão, plantá-las no navio e levá-las para as Índias Ocidentais (colônias britânicas em ilhas do Caribe), para que pudessem ser cultivadas lá e servir como comida barata para os escravos. Aqui conhecemos alguns dos costumes dos nativos e aos poucos Boyne vai nos mostrando como marinheiros confinados por um ano em um navio em turnos de trabalho pesado vão se afeiçoando aos prazeres de comida fácil e principalmente dos favores das nativas. Vemos aqui que as nativas são mulheres que sempre estão seminuas e que não se importam de oferecer sexo de três a quatro vezes por dia aos marujos. Ainda mais: vemos o quanto a demorada missão nas ilhas vai imprimindo aos homens uma sensação de felicidade que jamais sentiram na vida e uma sensação de pertencimento à ilha e aos costumes que eles desenvolvem lá, fazendo com que uma boa parte deles comece a desenvolver a ideia de permanecer por lá. O que, obviamente, contraria a sua missão.
Os pontos de virada são dois: 1) a mudança de humor do comandante, que se coloca em castidade e, portanto, não se aproveita daquele júbilo frequente em que boa parte de seus subordinados – inclusive oficiais – estavam e, que, por consequência disso ou não, se irrita constantemente com os casos de negligência e indolência por parte de seus comandados, levando a se tornar cada vez mais inflexível; e 2) o incidente do roubo de um porco, que leva ao desagrado o chefe dos nativos e que, por consequência, leva ao comandante a punir o ladrão, e estremecer ainda mais o seu comando por sua atitude por vezes arrogante, e depois disso o caso de deserção de três homens, que leva o comandante a cortar os benefícios dos marujos e confiná-los todas as noites no Bounty.
Abro um parêntese grande agora: o caso de amor de John Jacob com Kaikala é bem gostoso de ver. Me regozija vê-lo superando os traumas do passado e descobrindo a sua masculinidade com ela, num amor inocente e juvenil, como muito ele merecia. E depois, me deixa um pouco triste ver que ele foi traído por ela com o pulha do Peter Heywood. Muito embora eu tenha entendido os motivos dela, entendido que ela não concebe o significado de compromisso, fidelidade e traição tal como nós (e me deixa um pouco comovido a sua situação e o fato de ela usar os homens para ter a cara liberdade que tanto deseja), traições sempre me trazem asco e um característico aperto incômodo no peito.
Adiante, então, temos o motim. Aqui eu, já tendo algum conhecimento da história do Bounty, imaginava que seria diferente do que foi. Imaginava que haveria algum tipo de luta, de enfrentamento, de enforcamentos e mortes, quem sabe? Mas a forma como se deu me agradou mais. E me surpreendeu. Pareceu-me como um legítimo golpe de Estado. Os amotinados pegam em armas, invadem abruptamente a cabine do comandante (que está dormindo) e o informam que ele não mais detém o controle do navio. O comandante fica pasmo.
Nota: já circulava uma lista de possíveis pessoas que gostariam de ficar ou que teriam motivos para ficar em Otaheite. Inclusive o nome do nosso protagonista estava na lista (sem que este soubesse, é claro). O capitão teve acesso a essa lista. Será que não imaginou qualquer gravidade naquilo? Ou será que não fez a ligação com uma possível ação como essa? Acho plausível que essa lista não lhe demandasse maiores preocupações. Querer ficar, tudo bem. Mas se amotinar? Acredito que fosse tão inconcebível um motim que sequer foi cogitado.
Após uma rápida conferência em que se separou o grupo de traidores do grupo de pessoas leais ao comandante, o tenente William Bligh, seu imediato John Fryer, além de John Jacob Turnstile e mais dezesseis pessoas são colocadas em uma lancha a remo com capacidade para menos da metade de pessoas, com poucos mantimentos e largados no meio do Oceano Pacífico. Talvez passasse pela cabeça dos amotinados que não estariam efetivamente sujando suas mãos de sangue como estariam em um pelotão de fuzilamento ou no enforcamento daquelas pessoas. Mas, esse parece ser apenas um floreio para lhes convencer de que deram alguma chance àqueles desafortunados de sobrevivência. Afinal de contas, qual a chance real daqueles homens sobreviverem a tamanha tragédia? Não parecia aquela uma sentença de morte envergonhada?
E tem início a epopeia.
Aqui destaco que me espantou descobrir que eles passaram quarenta e oito dias à deriva. Isso é tão grande, tão absurdo e inconcebível para mim que foi inevitável que eu corresse para a internet para ver se essa parte da história era fidedigna ao que de fato aconteceu. E, mais chocado, constatei de que sim.
Ainda aqui noto que estou completamente absorto na trama e vivo essa aventura com eles. Vez ou outra me pego pensando qual seria a minha escolha: se ficaria no Bounty com os traidores, ou se escolheria a morte iminente que viria com a escolha de não me aliar aos amotinados. Fico sempre com a segunda opção, feliz pois não tive que fazer essa escolha. Embora nosso instinto de sobrevivência seja forte como poucas coisas na vida, gosto de pensar que seria leal ao capitão, ao meu dever e ao Rei e que também estaria naquela lancha com John Jacob e os demais. A lealdade sempre me emociona e me apaixona.
E assim me coloquei. Eu era um daqueles dezenove homens. E nós tínhamos uma missão tão ingrata quanto desagradável: nós tínhamos que sobreviver.
E nós tínhamos muitos empecilhos significativos: a sede, a fome e o oceano.
Nesse ponto eu friso que poucas vezes li sobre a fome de forma tão crível quanto como escreve Boyne nessas páginas. É quase como sentir. Dos movimentos angustiantes que fazem uma barriga vazia, passando pela forma como quaisquer pensamentos ou necessidades se tornam tão vazios quando tudo o que importa é a próxima refeição, até a descrição de uma anemia tão profunda que faz padecer de loucura um dos marinheiros leais ao capitão. Agora vemos uma fome tão cruel que faz alguns arrependidos da lealdade. Aqui vemos puro desalento, desmotivação e letargia de homens condenados à beira da morte.
Além disso, ver a mistura de sentimentos dos marujos é outra experiência importante. John Boyne nos mostra a dualidade de pensamentos dos desafortunados: entender em alguns momentos ser correta a forma como o capitão raciona e reparte igualmente o pouco de mantimentos que tinham e noutros momentos se sentirem indignados e enraivecidos com as migalhas que que lhes eram entregues. Aqui podemos vê-los diante do imediatismo de comerem tudo e morrerem de fome logo depois, ou aceitarem o que lhes era oferecido e possível, arriscando que estivessem fadados a morrer de fome com o passar dos dias.
A firmeza do capitão é fundamental para o sucesso naquela parte da história.
Por fim, inevitável em tamanha desventura, veio a morte. Eles avistam uma ilha e não há dúvidas quanto a desembarcar e procurar por água e comida. Acontece que a ilha está habitada por nativos. Em um primeiro momento, esses nativos se mostram amigáveis. Eles, diferente dos nativos de Otaheite, não falam inglês, mas são corteses com os marujos e até lhes presenteiam com comida e água. É essa uma chance que eles têm de repor os mantimentos tanto quanto fosse possível. É também uma chance para que durmam de forma confortável, já que a lancha é pequena e está superlotada, e para efetuar reparos nesta.
Eles passam alguns dias ali, ao passo que os nativos começam a ficar agressivos com o passar do tempo. É um choque de cultura muito grande entre eles e aparentemente aqueles nativos não tiveram tantos contatos com estrangeiros anteriormente. Mas o fato é que sentimos o clima de tensão beirar o insustentável. O outrora comandante do Bounty não só nota isso como ordena que sejam apressados os reparos e reposição dos suprimentos para que eles saiam da ilha.
Ao perceber que os homens fugiriam, e no auge da tensão, os nativos atacam com pedras e outros instrumentos os tripulantes já quando eles estavam embarcando na lancha. Um dos marujos fica para trás para desamarrar a lancha da sua ancora improvisada e, ao conseguir fazê-lo, é brutamente atacado pelos nativos e morto ali mesmo. É a primeira baixa. É um capítulo que engrandece o final porque reacende a certeza do drama e da tragédia daquela desventura.
Ademais, alguns pontos que quero destacar: 1) o episódio em que, já tendo a primeira experiência desagradável com nativos, se deparam com uma ilha habitada por canibais e na qual, por expertise do capitão, não desembarcam. Neste ponto se denota o cuidado que eles teriam com esse perigo por toda a viagem (perigo esse que dificultava muito a obtenção de novos mantimentos). 2) o episódio em um pássaro pousa no barco e, felizes com a possibilidade de comida mais abundante naquele dia, os homens se reúnem para matá-lo; tarefa essa que cabe ao imediato John Fryer (com imensa torcida e sucesso). Mas acontece que o pássaro está doente e sua carne só adoeceria também os marinheiros. 3) o episódio em que os marinheiros encontram uma ilha desabitada e nela encontram água e comida para repor seus mantimentos e, antes disso, diante de tanta abundância, comem tanto que tem uma dolorosa diarreia. 4) o episódio em que conseguem capturar e matar um outro pássaro que pousa na balsa e, após aquela primeira decepção, conseguem comê-lo (em um raro momento de felicidade quando o capitão e o imediato fazem uma divertida cerimônia de sorteio e distribuição de partes da carne crua da ave para todos).
Ainda sobre a viagem, outra parte em que me felicita a escrita de John Boyne se dá quando ele narra as tempestades. É quase como me transportar para aquela pequena balsa completamente inundada de água, sendo jogada por ondas fortes para toda sorte, enquanto uns marinheiros tentam remar e outros usam os baldes para tentar devolver a água ao oceano. Imaginar-se assim é desesperador. Vejo com suas palavras o quanto àqueles homens esperavam ser cada uma das noites de chuva torrencial a sua última de vida. Fico imaginando que remam e usam os baldes apenas pela obrigação de tentar, apenas pelo instinto de sobrevivência inerente ao homem, apenas porque não tinham escolha senão aquela. A desistência não é uma escolha: é o fim, é a morte.
Depois de tanto horror, John Jacob, que era um dos mais fortes e resistentes desde então, começa a sentir os efeitos da desnutrição, da desidratação, e de todo aquele trabalho com os remos. Em algum momento eu sinto algum receio de que ele morra, visto que sua situação é muito delicada. Mas, então, me lembro de que ele é o narrador do livro e que aparenta escrevê-lo muito tempo depois. Percebo que talvez não ele, mas alguns homens podem morrer. Temo pela morte do capitão ou do imediato, já que são os que tenho mais afeição. E então eu corro ainda mais com as páginas para saber do futuro de todos eles.
E enfim, avistam a terra segura de uma colônia holandesa.
Descobrimos então que o capitão e o imediato sobrevivem, bem como nosso protagonista. No entanto, cinco dos leais marujos, infelizmente, não conseguem se recuperar e acabam morrendo. Devo dizer que não me entristecem muito os seus falecimentos porque acabam todos eles sendo coadjuvantes na trama.
Depois de recuperados, os sobreviventes embarcam para a Inglaterra.
E o final do livro me deixa muito feliz. Os finais dos personagens é o típico final que deixa os corações da gente quentinhos. Primeiro que o capitão é inocentado em todo o episódio do motim, bem como o imediato e todos os marujos contrários ao motim. Segundo que o capitão é promovido e chega ao posto de vice-almirante e administrador colonial da Nova Gales do Sul (atual região da Austrália). Depois que John Jacob Turnstile (apelidado de Tutu durante o livro) progride na vida e se torna capitão na Marinha de Sua Majestade, o Rei Jorge.
Gosto também de saber que uma boa parte dos amotinados foi presa e julgada e condenada à forca. Porém, a parte do final que me desagrada é saber do perdão a alguns amotinados, principalmente o oficial Peter Heywood, provavelmente por ter nascido em uma família importante (e me chateia ainda mais descobrir em pesquisa posterior que ele ainda retomou a carreira naval e, eventualmente, se aposentou com o posto de pós-capitão, após anos de serviço).
Também em pesquisa posterior soube que Fletcher Christian não foi capturado junto com a maioria dos amotinados, já houve uma divisão no grupo deles, e que Christian conseguiu se esconder em pequenas ilhas da região, muito embora tenha se envolvido em diversas confusões (na pequena colônia que fundou), com seus subordinados, também com nativos e que acabou assassinado. Isso, obviamente, me deixou contente e foi um bom destino para o vil traidor.
Por fim, gostei mais ainda de saber que John Jacob foi amigo do capitão Bligh durante toda a vida, que teve uma família grande e feliz, e que conseguiu desmantelar o famigerado negócio do Sr. Lewis, impedindo que mais crianças fossem exploradas e traumatizadas por aquele homem terrível. Aliás, gosto também do final e morte do Sr. Lewis (que morreu atropelado por uma carroça depois de, em busca de vingança, se envolver em luta corporal com John Jacob).
Chego no final do livro feliz por ter conhecido toda a grandiosidade dessa história, por ter percebido que boa parte dos eventos contados ali aconteceu de fato e por ter persistido quando seu enredo esteve lento. Ainda mais quando penso como John Boyne mais uma vez consegue me surpreender e atender minhas expectativas. Aliás, superar minhas expectativas (que já são bem altas quando pego em um livro dele). É um livro muito gostoso, que eu gostaria de recordar sempre e que sempre que puder vou recomendar aos meus amigos.
Adendo: existem outras obras que defendem um lado bem mais agressivo e colérico do tenente William Bligh, comandante do Bounty, denotando que suas constantes admoestações e até humilhações ao assistente de imediato Fletcher Christian, e a outros marinheiros e oficiais, são bem mais importantes para o contexto do episódio do motim do que descreve John Boyne em seu livro.
Para lembrar: em determinado ponto da história, quando estão na balsa, e quando John Jacob parece estar próximo da morte, o capitão Bligh conta como se deu o episódio que culminou na morte do famoso capitão James Cook, para que animasse o nosso protagonista. Segundo conta, estavam ancorados na baía havaiana de Kealakekua (hoje o estado americano do Havaí), e o clima de tensão começou a crescer e se tornar insustentável entre a tripulação do HMS Resolution e os nativos da ilha. Os nativos não reconheciam o direito dos ingleses àquelas terras e frutas e se tornaram agressivos, inclusive roubando um batel. Quando estoura essa tensão, nativos tentam sem sucesso tomar o HMS Resolution, ao passo que o então imediato William Bligh os alveja com tiros e os detém em suas intenções, iniciando um conflito entre nativos e marinheiros. O capitão Cook, não desejando derramamento de sangue, decide prender a bordo do navio o rei dos nativos da ilha, até que se resolva diplomaticamente o conflito e, ao tentarem embarcar o homem, são alvejados pelos nativos na praia. O capitão Cook morre apunhalado por um selvagem, enquanto lutava contra dos nativos. Há aqui alguma culpa do então imediato Bligh, que sem autorização do comandante do Resolution, dispara tiros que trouxeram sangue e firmaram o conflito que o comandante buscava resolver pacificamente.