À Sombra do Meu Irmão

À Sombra do Meu Irmão Uwe Timm




Resenhas - À Sombra do Meu Irmão


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EstAfani.Sandmann 16/09/2023

Uma perspectiva diferente de um soldado da SS
Gostei muito da leitura. Uma perspectiva diferente e amável d um soldado da SS. Achei linda a forma e o respeito com que o autor lida com o tema.
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Christiane 20/07/2023

Durante a Segunda Guerra Uwe Timm era uma criança alemã, ele tinha um irmão mais velho que se alistou na SS nazista. Mais tarde, já adulto ele precisa compreender o que levou este irmão a se alistar na SS.
O irmão faleceu na guerra, jovem, e se tornou o ídolo da família, uma família normal, mas que nunca reconheceu os crimes nazistas, preferiam não ver, não falar sobre isto, e acusar os outros. Timm então parte em busca de respostas, ele tem o diário do irmão que lê e relê, cartas que ele enviou do front na Ucrânia, e não encontra nada que possa demonstrar alguma compaixão pelos outros, arrependimentos, culpa.
Em uma das cartas já no final da guerra o irmão se diz horrorizado com o bombardeio de Hamburgo pelos aliados que não respeitaram os civis, mulheres, crianças e idosos, matando vários, porém quando relata sobre terem destruído todos os fornos de uma aldeia da Ucrânia para usar os tijolos para assentar em cima da lama para os tanques passarem e relata isto como um grande feito, sem pensar que tiraram do povo da aldeia o meio de cozinhar e de se aquecer no inverno rigoroso, o que iria causar mortes de idosos, crianças e mulheres, para Timm é chocante, a falta de percepção, então atacar Hamburgo é um crime, mas atacar aldeias e matar os outros é algo a se orgulhar.
O livro todo é esta busca de compreensão, de como isto pode ocorrer em pessoas normais na vida comum, que teriam compaixão pelos outros e a perdem durante a guerra, sem reconhecer isto, nem sentir culpa, mas pior, ainda acusar os outros por todos os feitos do nazismo. Como podia este irmão mais velho ser o ídolo da família? e ele o caçula temporão não ser considerado da mesma forma pelo pai? ele que não matou ninguém, ele que era apenas uma criança durante o período nazista.
É interessante de ler e perceber como reagem as pessoas em momentos difíceis, e como é fácil não querer ver, não perceber os erros, e ainda colocar a culpa nos outros, sendo que quem iniciou a guerra foi Hitler.
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Georgianny.Nogueir 20/04/2023

Uma boa análise do pós guerra da família de um soldado da SS. Interessante ver como o irmão mais novo era diferente do irmão mais velho e do pai.
Gostei do livro
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MamaLivros 07/02/2023

Interessante
Li esse livro bem rapidinho, apesar de eu não achar que ele é um leitura tão facil assim, livros históricos tendem a me cansar um pouco mais, mas isso não impede que eu os leia tanto e nem que eu goste deles.
No caso deste livro, vem a tona pontos deveras interessantes, como por exemplo: o fato de como ter um oficial nazista na familia dele (o próprio irmão) deixou essa mancha, sobre como tentar apaga-la não falando sobre ela, acabou apenas a jogando pra debaixo do tapete e piorando a situação, entre outros.
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Maria.Anni-Frid 08/01/2023

Eu gostei tanto desse autor que já peguei outro livro dele para ler. São memórias de uma família alemã sobre a segunda guerra mundial do ponto de vista do filho mais novo, que já nasceu durante o governo de Hitler. Gostei muito da abordagem do autor, as vezes ficava confusa por ela divagar e por o livro não ter uma cronologia corretinha mas é só ter calma e prestar atenção.
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Vivi 06/08/2021

UWE TIMM nascido 1940 em Hamburgo, Alemanha.
Aqui eles nos apresenta o seu diária repleto de memórias e saudades enquanto se tratava de sua família.
Eram três filhos ele o caçula. O mais velho Franz-Heinz se juntou à Divisão da Cabeça da Morte da SS que morreu em 1943.
Através de tudo que ouvia de seus famílias , um diário que o irmão escrevia na época que prestava serviços e várias cartas do irmão para os pais principalmente a mãe Uwe nos mostra toda uma trajetória reconstruída.
O quanto os pais sofreram com a perda do rapaz . O pai mais ainda. Foi sua ruína.
" Meu pai não podia se permitir sofrer, apenas sentir raiva, mas porque viu coragem, dever e as tradições como virtudes invioláveis, ele dirigiu sua raiva não para as causas reais, mas apenas para os malfeitores, trapaceiros e traidores militares."
Como ele era somado a seus sonhos, realizações. Várias situações vividas e por algumas vezes comparavam em atitudes os dois.
Muitos alemães não concordaram com os crimes do holocausto e isso até gerou alguns processos. É uma parte que poucos falam. Muitos foram obrigados. Se recorda do irmão sendo punido por não concordar com Hitler.
" A Wehrmacht eram apenas soldados que estavam apenas cumprindo seu dever".
Nas cartas as preocupações do irmão com os ataques aéreos . O quanto ele achava desumano tudo que acontecia mesmo sendo crianças ninguém era poupado.
É uma escrita fascinante, um lado que é pouco mencionado . E que no final deixa bem claro que até hoje continua a influciar na vida de todos os familiares e de quem viveu tudo isso.
Tem bastante coisa aqui pra conhecer. É muito bonito a forma que ele vê a família e a fortaleza que foi sua mãe.
Vale muito essa leitura.
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Barboza 22/07/2017

À Sombra do Meu Irmão
O livro é ótimo para quem buscar compreender as famílias alemãs na época da Segunda Guerra Mundial. O autor/narrador tenta assumir um papel imparcial e contar a história da sociedade alemã a partir da história da sua própria família (ele acaba dando significados para cada membro da sua família também).
O livro não tem capítulos e nem segue uma ordem cronológica. Estes fatores podem tornar a leitura massante, mas vale a pena para quem gosta do assunto. É um estudo de caso bem peculiar.

Ps: Tem uma resenha muito boa logo abaixo. Ela sintetiza bem todas as nuances do livro sem estragar a leitura.
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Tamirez | @resenhandosonhos 12/08/2016

À SOMBRA DO MEU IRMÃO – UWE TIMM
Por algum motivo que não sei explicar, tudo o que diz respeito à 2ª Guerra Mundial me chama a atenção. Gosto de acompanhar as histórias e saber sobre o que aconteceu, mesmo com todo o horror envolvido. Acho que é importante que compreendamos o que se passou naquela época para que jamais seja permitido que aconteça novamente. Porém, sempre me vi observando a história do outro lado, pelos olhos dos judeus, e pensando como foi possível que o povo e os soldados alemães não se opusessem ao que acontecia.

À Sombra do Meu Irmão traz exatamente isso, o ponto de vista de uma família alemã que perdeu o filho de ouro para a guerra e que só realmente percebeu tudo o que vinha acontecendo e os horrores dos fronts de batalha e campos de concentração depois que a guerra acabou. Ao mesmo tempo em que se confrontavam com a perda do filho e as barbáries praticadas pelo seu povo, também precisavam suportar “os invasores” americanos e ingleses circulando entre eles e impondo nos culturas.

“Uma geração inteira viu como lhe tiraram a autoridade política , militar e ideológica e respondeu ofendida, de uma forma orgulhosa e persistente. Mais tarde, com o começo da guerra fria, as forças de restauração foram recobradas, mas, nos primeiros anos depois da guerra perdida, a ânsia pelo poder existiu somente em casa, na esfera privada. E voltava-se contra a cultura do vencedor.”

A princípio achei que o livro seria sobre a sombra que esse jovem deixou no irmão, mas conforme fui lendo percebi que ela se estendia a toda a família, de formas diferentes. O pai perdeu o filho de ouro, aquele em quem depositava o futuro de seu negócio e de sua linhagem; a mãe perdeu o filho do meio, o menino introspectivo que adorava se esconder e que, apesar da personalidade arisca, sempre lhe tratou com amor; a irmã mais velha, sempre muito excluída pelo pai perdeu aquele que recebeu todo o amor; e o jovem Uwe cresceu à sombra de algo que ele nunca conseguiria alcançar ou substituir, já que todas as expectativas do pai nunca estiveram voltadas pra ele.

Ao invés de questionar os pais e a irmã sobre como se sentiam, o autor esperou para que ao escrever o livro colocasse nele somente a sua interpretação sobre os fatos, sem a influência de ninguém. Com isso, o que temos sobre cada uma das partes é a visão desse filho que herdou nas costas uma herança que não pediu. O receio dele com o pai e o amor pela mãe são coisas bem visíveis no livro. Seu pai nunca foi o mesmo e consequentemente isso refletiu na forma como tratou o filho remanescente, enquanto a mãe se manteve amorosa até o seu último dia.

“É difícil compreender como foi possível separar ou reprimir a compaixão durante o sofrimento, como ocorreu essa divisão entre o que é desumano em casa e o que é desumano na Rússia. Como longe de casa o assassinato de civis era uma coisa normal, corriqueira, sem ter o valor necessário para ser citada uma única vez, enquanto que, em casa, significava a morte.”

Além do problema com o pai é bem difícil captar os sentimentos do livro, já que a narrativa se apresenta de forma bem introspectiva. Karl sempre foi um garoto quieto e que gostava de se esconder em seu próprio mundo, sendo seu alistamento uma grande surpresa. Porém, mesmo seus diários são curtos e secos, fazendo com que seja quase impossível compreender exatamente o que o jovem passou ou sentiu enquanto cumpria seu dever.

O livro é escrito em uma narrativa contínua, sem divisão de capítulos e sem manter uma linha temporal constante. Isso acabou deixando a leitura um pouco cansativa, mesmo a obra contendo apenas 150 páginas. Mesmo assim, por ser um livro pequeno, proporciona que seja lido rapidamente.

Conhecer todos os pontos de vista de uma história real é sempre importante para que possamos alcançar uma melhor compreensão sobre o assunto. Lendo esse livro descobri que os alemães confiavam muito em seu governo e na grandeza do seu país. Mesmo depois, após descobrir tudo e se confrontar com os horrores, não foi fácil abandonar o orgulho de ser alemão e de se perguntar se não havia algum mal entendido. O questionamento de como eles não viram aquilo acontecer se responde ao perceber que, devido a toda a confiança que depositavam em sua pátria, cegavam-se ao que de errado acontecia. Não é uma justificativa, mas serve para entendermos um pouco mais sobre o assunto.

À Sombra do Meu Imão foi uma leitura diferente e esclarecedora em vários aspectos. A todos aqueles que gostam de ler sobre esse período ou se interessam pela temática, eis aqui uma oportunidade de ver as coisas por um outro ângulo e acrescentar um pouco mais de esclarecimento a uma época tão triste da nossa história.

site: http://resenhandosonhos.com/sombra-do-meu-irmao-uwe-timm/
Barboza 19/07/2017minha estante
Eu estava começando o esboço da minha resenha, mas a sua representou bastante o que eu tinha em mente.




Krisley 06/09/2015

O autor, um alemão de Hamburgo, filho de um membro da luftwaffe e irmão de um SS, relata sua vida e de sua família intercalando entre passagens do diário de seu irmão, fatos da guerra, o bombardeio aliado de sua cidade e experiências familiares.

O livro além da história de uma família, é um questionamento sobre a responsabilidade e a parcela de culpa dos alemães nas atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra, mas um questionamento feito de um jeito mais pessoal, familiar, analisando pelo lado civil e militar.

Como diz bem na sinopse: “o autor não defende teses, não aponta o dedo, não justifica escolhas: ele tão somente expõe. E o que vemos exposto é ao mesmo tempo o drama de uma família e de todas elas, um retrato testemunhal da vivência do período nazista e do pós-guerra na Alemanha”.

Livro rápido, contado de uma perspectiva diferente de qualquer livro que já li sobre o Segunda Guerra, leitura bem interessante.
Albert 16/10/2015minha estante
Muito esclarecedora sua resenha. Estava receoso quanto a este livro, mas depois da sua análise, não me resta dúvidas.




jota 25/08/2015

Irmão intenso...
À Sombra de Meu Irmão, de Uwe Timm, foi escrito a partir das anotações de seu irmão mais velho, Karl-Heinz, morto na Ucrânia em 1943, aos 19 anos. Uwe tinha pouco mais de três anos quando isso ocorreu, nem conheceu muito bem o irmão, mas o fato vai marcá-lo pelo resto da vida.

Karl-Heinz tinha 1,85 de altura, era loiro e tinha olhos azuis. Era o perfeito ariano, o rapaz que o pai adorava, o irmão dezesseis anos mais velho, que mesmo ausente se faz presente na vida de Uwe com intensidade atroz. Ele quer saber quem era de fato esse irmão, como ele era. Escreveu este livro por isso, para conhecê-lo.

Não apenas disso trata o livro, claro, tanto que tem como subtítulo As Marcas do Nazismo e do Pós-Guerra na História de Uma Família Alemã. Então Uwe conta como foi a vida deles todos (pai, mãe, irmã, Karl-Heinz e ele) antes e depois dessa tragédia. Conta como foi viver na Alemanha durante a II Guerra Mundial.

A história desse jovem e sua família vai e volta no tempo; o livro é constituído não por capítulos mas por inúmeros parágrafos, nenhum deles muito longo. Pode ser um trecho do diário do irmão, uma reflexão do próprio Uwe, perguntas que ele coloca (uma delas, que está sempre a repetir: Por que todos fecharam os olhos enquanto os judeus eram dizimados?), tudo de forma tão direta que parece que ele está conversando com o leitor.

Não chega a ser uma história profundamente comovente a desse irmão, dessa família. Ainda que em certos trechos ela transborde de humanismo e se perceba claramente que Uwe Timm é um ser piedoso, uma pessoa que relata fatos atrozes e quase sempre evita emitir julgamentos. Acima de tudo ele faz perguntas, tenta entender como certas coisas foram possíveis, o que aconteceu naquele tempo. Nós também.

Lido entre 22 e 25/08/2015.
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