Isadora.Ferrarini 12/05/2024
Apenas um dia
Gostei da leitura.
Despertou em mim um desejo que cultivo há uns cinco anos, mas que pouco botei em prática, de me aventurar sozinha, livre de limitações externas (na medida do possível, claro). A evolução da protagonista ao se libertar das expectativas da mãe e outros personagens e a descoberta de que ela pode fazer o que ela própria quer é uma fase que acredito ser comum em todos jovens adultos. Isso especificamente me gerou um sentimento de identificação - uma fase que venho experienciando há um bom tempo, mas que ainda está em desenvolvimento com meus 21 anos. E o fato de parte do enredo se passar em Paris/na Europa me deixou empolgada com a leitura, assim como as aulas de Francês - nessa parte da leitura me peguei praticando o Francês que aprendi com muita brevidade nas aulas de nível básico que cursei em 2022. Embora eu não tenha me identificado com a protagonista em si, senti-me próxima de algumas de suas vivências, por nutrir desejos similares.
No inicio da leitura Allyson me cansava, parecia um disco quebrado reiterando o que já sabia, mas nada fazia para consertar. Avançando para a metade percebi que isso seria importante para mostrar a evolução dela - mesmo que na minha opinião Gayle poderia ter aprofundado os pensamentos da protagonista no lugar da mesmice de ?minto para não frustrar as expectativas de outrem?. Com os primeiros sinais da evolução de Allyson emergindo, o livro começou a me envolver mais. Já se encaminhando para o final, li incessantemente e não me importava mais se não houvesse uma conclusão para a relação de Allyson e Willem, a evolução pessoal de Allyson já era suficiente para mim. Ainda assim, poderia ter havido pelo menos uma conversa entre eles para esclarecer o que acontecera naquele fatídico ?apenas um dia?.