Marcos Túlio 03/12/2019Eu sou o mensageiro por Marcos Túlio J Moreira"O assaltante é um mané.
Eu sei disso.
Ele sabe disso.
O banco inteiro sabe disso.
Até meu parceiro Marvin, que é mais mané do que o assaltante, sabe disso."
Assim começa a história de Ed Kennedy, mais uma pérola do autor Markus Zusak. "Eu sou o mensageiro" cumpre seu papel quanto livro ao passar uma mensagem. Certamente ao finalizar o leitor se encontrará em pleno estado de contemplação e precisará parar um tempinho para digerir a lição desse livro.
Li e lerei de novo e da próxima irei marcar muitos quotes para trazer aqui pra vocês. Desde sempre não nego a verdade que há em minhas palavras quando digo que sou apaixonado na escrita do autor. É possível perceber uma particularidade, uma espécie de verdade própria que o mesmo carrega em todos os livros do seu portfólio autoral. Markus Zusak você arrasa, obrigado por escrever. Estou ansioso para adquirir e ler "O construtor de pontes"!
Tecnicamente Ed Kennedy é o típico perdedor. Adulto, sem grandes pretensões, sem namorada, sem família, com pouquíssimos amigos e um emprego medíocre e maçante. Em tradução livre, sua vida é chata. Ed e seu fiel companheiro fedorento, um cachorro chamado Porteiro, tomam café juntos todos os dias - sim, o cachorro gosta de café - e isso parece tudo no que a vida de Ed se resume. Mas algo acontece, uma carta de baralho acontece, uma missão inexplicável acontece, a vida acontece. Ed embarca em uma jornada desconhecida e diária que o leva até pessoas que precisam de atenção, amor e amizade e isso é o suficiente para emocionar e transformar a vida de Ed, assim como a do leitor.
Um livro indispensável e uma emoção necessária. Forte e sensacional. Trago essa resenha com um imenso carinho e indico o livro com todo amor. Leiam "Eu sou o mensageiro".
Ressalvas: como nem tudo é perfeito, esse livro também tem defeitos, mas não no interior. A capa é feia. Esse foi o único motivo pelo qual demorei tanto pra lê-lo, sei que é um detalhe bobo, mas não venham me dizer que não caem no clichê de julgar um livro pela capa porque é mentira. Todos julgamos hahaha. Essa história merece uma capa única, com identidade própria.