Diane 24/05/2024Direto e necessário!Durante uma discussão com um amigo de infância, Chimamanda Ngozi Adichie foi chamada de feminista pela primeira vez. Apesar do tom de desaprovação, ela abraçou o termo e apresenta neste livro parte de sua experiência pessoal de mulher negra para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero, pois esta será libertadora para homens e mulheres: as meninas poderão assumir suas identidades, sem alimentar expectativas alheias, e os meninos poderão crescer livres, sem a necessidade de se enquadrar nos estereótipos de masculinidade.
"A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura."
Esta adaptação de um discurso feito pela autora no TEDx Euston, apresenta uma temática poderosa e muito debatida nos dias de hoje. Ser feminista, na visão de Adichie, não é ser radicalista e odiar homens e maquiagem, mas é lutar por um mundo justo, onde homens e mulheres possam ter os mesmos direitos. É uma reflexão poderosa, devemos pensar numa sociedade igualitária a começar a pensar nesse futuro criando os filhos com um pensamento diferente: as meninas não devem se privar de ser quem são, e os meninos devem respeitá-las, sem alimentar uma masculinidade que está enraizada na sociedade desde os primórdios. Para a autora, "é importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo, um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos." É um livro curto, mas direto, a autora sabe definir o conceito de feminismo de forma muito objetiva, tornando a leitura super prazerosa.