Diatribe de amor contra um homem sentado

Diatribe de amor contra um homem sentado Gabriel García Márquez




Resenhas - Diatriba de amor contra un hombre sentado


29 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Samiradejesus 22/04/2024

Única peça escrita por Gabo
Leitura que se faz em uma sentada.
Narrativa gostosa, inteligente, com descrições que nos levam de fato a um teatro, visualizando as mudanças de cenário e provocando nossos sentidos.
Única peca escrita por Gabo, que nos apresenta o monólogo de Graciela. Uma mulher que revisita memórias infelizes do seu casamento de 25 anos, às vésperas das suas bodas de prata. Seu marido? Um homem sentado lendo jornal, indiferente.
comentários(0)comente



Juliana.Pegoraro 21/04/2024

Diatribe de amor contra um homem sentado
Diatribe: 1. na Grécia antiga, dissertação crítica que os filósofos faziam acerca de alguma obra. 2. crítica severa e mordaz. (Google)

Uma relação de amor unilateral. Essa única peça escrita por Gabo retrata, num monólogo, como pode ser solitária a vida de uma mulher casada. Casou-se por amor, sim, mas as intempéries vividas nos 25 anos de casados levaram-na a decidir separar logo após a comemoração das bodas de prata.

A peça consiste em um monólogo com apenas uma atriz, que direciona sua fala para o homem sentado - que na verdade é um manequim - como se lesse um jornal de ontem que esconde seu rosto.

Mesmo em estrutura de peça, Gabo transmite a profundidade típica de seus romances, com situações descritas tão minuciosamente que faz o leitor sentir as emoções da personagem.

Pessoalmente, me senti agoniada e levemente triste durante a leitura. Acho que eram essas as emoções que ele queria passar durante o monólogo de Graciela.
comentários(0)comente



Wellington.Pimente 18/04/2024

Uma mulher em diatribe de amor
A obra possui uma prosa poética e com profundidade emocional que o autor conseguiu transmitir através de um monólogo teatral. Explorando temas como amor, solidão, memória e tempo de uma maneira única e envolvente. Além disso, Marquez aborda questões sociais e políticas em sua obra, utilizando metáforas e alegorias para transmitir mensagens sobre a condição humana e a realidade de mulheres latino-americana em época antiga. O livro ao falar da natureza do amor e da solidão analisa suas complexidades e as contradições desses sentimentos, quando os personagens são confrontados com a busca pelo amor verdadeiro e a solidão que pode acompanhar essa incessante busca. Outro ponto quando mostra a importância da memória e sua relação com o esquecimento, questionando como as lembranças moldam nossa identidade e como o esquecimento pode afetar nossas relações e nossa compreensão do mundo.

O tema do tempo é explorado de forma sutil mostrando como o passar dos anos afeta os personagens e suas relações e como pode gerar decepções e frustrações. A reflexão da mortalidade também levanta questões sobre a finitude da vida e a busca por significado, uma vida de propósito, em face do inevitável fim. Examinando portanto a condição humana de maneira profunda, explorando a natureza dos desejos, dos sonhos, das frustrações e dos medos. Os personagens enfrentam dilemas existenciais e buscam compreender o sentido da vida.r

Curti muito ler essa peça teatral, uma pena ser a única escrita pelo grande escritor latino americano Gabriel Garcia Marquez.
comentários(0)comente



nflucaa 13/04/2024

Nada se parece tanto com o inferno como um casamento feliz!
Assim começa o monólogo de Graciela, na peça tetral de Gabo. O monólogo é a velha história já vivida e contada trocentas vezes: o casamento que por fora é feliz, mas em seu âmago é um desastre. Aqui tem o visceral realçado pelo talento do autor: você sente as emoções da personagem. Algumas frases que me chamaram muito atenção:

- ?Você conseguiu me fazer feliz sem ser: feliz sem amor.?
- ?O certo é que a felicidade não é como dizem, que só dura um instante, e a gente só fica sabendo que teve quando ela já se acabou. A verdade é que ela dura enquanto dura o amor, porque com amor até morrer é bom.?
- ?o cúmulo do descaramento é esse: não há ninguém mais ciumento que um marido infiel.?
- ?por princípio, a gente deve desconfiar das coisas que nos fazem felizes.?

O livro é curto, as descrições de cenário e ações da personagem são vívidas e claras, sem serem maçantes. Destaque para a descrição da sonoplastia da peça. Deve ser incrível vê-la no teatro!
comentários(0)comente



Luciana 05/03/2024

Monólogo razoável, bem escrito, só achei a história mais do mesmo. Uma mulher num casamento frustado com um homem babaca, escroto, etc...
comentários(0)comente



Gabriel Rocha 09/01/2024

Devemos desconfiar dos que nos faz felizes
Não se engane com as catalogações literárias, Gabriel García Márquez é um escritor versátil.
Seu atrevimento não se esgota no realismo fantástico, nem em se atravessar por outros gêneros, como nessa sua única peça de teatro, um monólogo. Mas no jeito de contar, que lhe é tão característico, mas sabe soar diferente, quando convém.
Diatribe de amor contra um homem sentado tem uma narrativa bem deduzível já nas primeiras páginas. É uma história encerrada em si mesmo, tão antiga quanto andar pra frente. A imbatível guerra dos sexos onde uma heroína - aqui, Graciela, a nossa heroína - se levanta contra as clausuras do patriarcado. Em vão, infelizmente. Obviamente. Mas seu discurso é sua resposta e também toda a peça. Natural pra um monólogo, claro, mas o bonito aqui são as nuances viscerais que o texto carrega. Graciela tem como vantagem ser uma mulher estudada nas letras (com 4 doutorados e 2 mestrados), o que lhe dá o direito de carregar o livro de simbolismo, e, além disso, apresenta toda sua história só no jeito de contar, mais do que no que conta em si.
E aí que está a destreza inédita do Gabo, a capacidade em transformar um texto em 1° pessoa num discurso polifônico, cheio de atravessamentos das 'outras' vozes que tomam parte na trajetória desse casamento falido. A qualidade é tanta que nos faz sentir quase exatamente o tom que a atriz precisaria dar à vibração de sua personagem em cada momento, pois está tudo esmiuçado no ritmo do texto.
Outro detalhe impressionante é a variedade com que o Gabo descreve a atmosfera e a composição do cenário. Não na descrição em si, mas quando acrescenta liricidade ao quadro, numa ou duas frases, contentando, certamente, o diretor, com uma elucidação sensitiva muito mais rica do que a objetividade poderia oferecer. E nesse caso, parece até mais apropriado ler a peça do que assisti-la; é como saborear um fruto proibido, às escondidas, vendo um filmes pelos bastidores e contemplando muito mais do que as imagens poderiam mostrar, o que transforma essa peça teatral em um belíssimo livro.
comentários(0)comente



Rodrigo.Macedo 14/12/2023

Diatribe: crítica excessivamente rigorosa, severa e mordaz
Por que demorou 25 anos para Graciela desabafar?
Relacionamentos são complexos. É muito fácil julgar quando se está olhando de fora (reflexão). Provavelmente a forma como Graciela recebeu amor de seus pais (pouco afeto ou demonstração de amor) tenha feito ela acreditar que, mesmo o marido sendo desprezível com ela, tenha sentido amor da parte dele ou que ainda era possível ele amá-la do jeito dele.

Outro ponto é o medo das consequências. Pra dizer tudo o que ela pensava deveria estar disposta a se separar. Mas no início ela ainda não estava pronta. O filho pequeno, o medo do que a sociedade ia pensar.

Por que ela permitiu/ suportou todo esse sofrimento emocional?
Apesar de Graciela ser uma mulher forte e instruída ela, ainda sim, permitiu esse sofrimento. Não por que ela não refletia sobre os atos do marido. Mas por que ela demorou pra perceber que estava sendo amada de um jeito errado. Por exemplo, ela comparou a forma que o francês demonstrou afeto com a forma que o marido demonstrava.

Outro ponto: Graciela era uma mulher vaidosa. O status social, as joias e as viagens eram coisas importantes para ela. Sem o marido ela perderia tudo isso.

Quais foram as principais causas para esse casamento infeliz?
- Falta de comunicação entre o casal: durante a narrativa vários assuntos, por iniciativa do marido, foram proibidos. Ele não abria espaço para conversa e, quando tinha diálogo, era unilateral (só da parte dela).
- Indiferença: a princípio, Graciela manifestava sua indignação com as coisas que vinham acontecendo no casamento, mas a indiferença do marido era tanta que acabou tornando-a conformada e indiferente também. Apenas aceitando os absurdos. Contudo, esses problemas foram, gradativamente se acumulando, até estourar com o pedido de divórcio.
- Falta de sexo.
- Falta de confiança e mentiras.
- Traição.
- Colocar as aparências ou a opinião dos outros acima de suas próprias.

Epicuro, o filósofo do prazer, sugere 3 pilares para uma vida feliz: amizade, reflexão e liberdade. Graciela abdicou de pelo menos um dos três pilares, visto os 25 anos de infelicidade de seu casamento.

Liberdade: não por que ela não podia ir de um lugar a outro, ou estava impedida de pensar. Mas sim, por que suas ações estavam limitadas ao se tornar dependente da vaidade. Ou se tornar dependente do que os outros pensarão dela.

Reflexão: faltou reflexão da parte dela. O caminho a se seguir não era esse. Os fatos eram evidentes. Ela estava sofrendo. Tentar enxergar os seus problemas sob a ótica de um terceiro é um bom exercício de reflexão e ela não fez isso.

Amizades: tinha os literatos dela. Aparentemente amigos.
comentários(0)comente



Jonathan Vicente 03/12/2023

Infelizmente de todos os livros do autor, esse foi o que não funcionou para mim. Pode ser que seja diferente a escrita das demais, mas reforço a importância de trabalharmos diferentes escritas e conhecimentos.
comentários(0)comente



suellen 01/09/2023

Gabo será pra sempre meu escritor favorito e duvido que alguém ocupe seu lugar. Graciela é pura emoção, paixão e sentimento a flor da pele, que delícia de livro, curto porém essencial.
comentários(0)comente



Ophelia.0 16/07/2023

Nada se parece tanto com o inferno como um casamento feliz!
?Diatribe de Amor Contra um Homem Sentado? é um daqueles livros em que você não sabe exatamente o que pensar, apenas sentir? Foi a primeira e única peça escrita por Gabriel García Márquez ? o que é uma pena, porque o teatro (e o mundo) só teriam a agradecer por mais obras grandiosas e sensíveis como esta!

Gabo constrói um monólogo extremamente forte, repleto de detalhes sobre o passado de Graciela e sobre seus sentimentos mais obscuros, sem jamais esquecer de integrá-lo com o cenário, o figurino, a iluminação e a plateia. Suas falas são tão intensas e sinceras que, em algum momento da história, o leitor sempre acaba por se identificar com a personagem e com sua dor. Além disso, ao desafiar as convenções narrativas tradicionais, em uma abordagem não linear ? mesclando memórias, sonhos e realidade ? o autor nos faz refletir sobre a natureza da memória e da condição humana, bem como sobre os desgastes do amor perante o tempo.

Uma obra-prima teatral, que combina a poesia e a emoção com uma maestria extraordinária. Eterno Gabo!
comentários(0)comente



BridgesInTheSky 14/07/2023

Intenso e vulnerável
Ninguém sabe descrever esses sentimentos complexos como o Gabo, aquela zona cinza em que nada é inteiramente ruim ou bom. E aqui, não é diferente, passamos por diversos tipos de emoções durante o monólogo e saboreamos a relação agridoce que está sendo posta em cheque.
comentários(0)comente



V_______ 19/05/2023

Um monólogo intenso
Única peça teatral escrita por Gabriel García Márques, Diatribe de amor contra um homem sentado é um monólogo intenso, onde Graciela Jaraiz de la Vera destila todas suas angústias e frustração matrimoniais contra seu marido.
Em plena comemoração de suas bodas de prata Graciela cansada da vida que leva, de muitas tradições por parte do marido, por ser colocada de lado constantemente, e por não reconhecer mais no homem ao seu lado o que outrora amou, expõem todas suas insatisfações de forma a transbordar suas emoções, ira, mágoas e frustrações contra seu marido que permanece impassível sentado lendo o jornal de ontem e como se não passasse de um boneco e pano.
Gabo dispensa apresentações, assim como nos romances ele entrega aqui uma monólogo riquíssimo de sensações e que vez ou outra até nos arranca alguns risos mesmo se tratando de um texto um tanto dramático.
comentários(0)comente



mdoria1315 18/05/2023

Da solidão
Tenho como verdade absoluta que ninguém foi e será capaz de articular as palavras e dar tanto poder a elas como Gabo. Mais uma vez ele explana a condição de solidão inerente a todo ser humano e nos mostra as infinitas faces do amor, nem sempre positivas, nem sempre saudáveis, e muitas vezes doentes. Vemos nesse trabalho como a infelicidade no casamento é algo tão comum e aparentemente tão simples de resolver, basta ir embora, mas que no fundo é permeado de nuances de apego e dor que nos prendem e nos marcam até o fim de nosso dias.
comentários(0)comente



Onassis Nóbrega 24/04/2023

Um teatro de Gabo!
Gabo foi, há pouco mais de 20 anos, um autor recorrente nas minhas leituras, revezando com Saramago e Ariano Suassuna. Fiquei um tempo sem lê-lo. Um crime!
Fui surpreendido por este livro até então inédito e em um estilo não habitual para o autor (que me lembre é o único teatro dele).
Sempre considerei Gabriel Garcia Marques um autor que consegue fazer obras primas mesmo com temas simples do cotidiano, devido a qualidade de sua escrita.
Neste monólogo, uma esposa amargurada por um casamento ?socialmente feliz e perfeito?, mas disfuncional no âmago da vida intima, faz um resumo de sua vida desde um pouco antes da união sobre desconfiança de ambas as famílias até momentos antes da festa de 25 anos de casados. Muitas verdades relacionadas aos casamentos de tempos de outrora com pitadas de sarcasmo. O final representa fortemente a crescente da percepção que a personagem tem de sua vida. Leitura rápida. Demorei 3 dias por outros motivos, mas claramente pode ser lido em um dia.
Quanto a edição, mantém a qualidade da série, com bom projeto gráfico, capa com abas com resumo. Apresentação explicando como a obra foi montada e folhas amarelas com boa gramatura.
comentários(0)comente



Clara 06/04/2023

Intenso
Um livro pequeno, que dá para ler em um dia, mas bem intenso. O monólogo de Graciela é forte e cheio de sentimento.
comentários(0)comente



29 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR