Darwin e os grandes enigmas da vida

Darwin e os grandes enigmas da vida Stephen Jay Gould




Resenhas - Darwin e os grandes enigmas da vida


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Marina Milford 19/10/2020

Excelentes ensaios
Esse livro foi um achado! O encontrei na troca de livros da minha universidade, e sem conhecer o autor nem sua obra me interessei pela sinopse e pelo nome dos ensaios.
Depois vim a descobrir que já havia estudado na aula de Paleontologia sobre o equilíbrio-pontuado, ideia proposta por Gould e um outro colega que não me recordo o nome. De qualquer forma não conhecia o Gould ensaísta que escreveu muitos livros excelentes de divulgação cientifica e infelizmente faleceu em 2002.
Como já dito no título o livro é de ensaios, então vou citar meus favoritos:
A Demora de Darwin, O Dilema de Darwin: a odisséia da evolução, Uma questão de grau, A criança é o verdadeiro pai do homem, O mal batizado, maltratado e mal compreendido alce irlandês, Sabedoria orgânica, ou por que a mosca deve comer sua mãe por dentro, Sobre bambus, cigarras e a economia de Adam Smith, A validação da deriva continental, Tamanho e forma, Potencialidade biológica vs. determinismo biológico e Um animal tão inteligentemente bondoso.
:D
comentários(0)comente



plinioooooo 14/09/2015

O estimulo que eu tinha perdido
"Cada uma das principais ciências contribuiu com um ingrediente essencial para o vagaroso distanciamento da crença humana inicial em nossa importância cósmica. A Astronomia definiu nosso lar como um pequeno planeta escondido num cantinho de uma galáxia mediana, existente entre milhões de outras; a Biologia tirou-nos o status de paradigmas criados à semelhança de Deus; a Geologia ensinou-nos a imensidão do tempo e mostrou-nos quão pouco dele nossa espécie ocupou
comentários(0)comente



Luiza 20/09/2014

Darwin e os grandes enigmas da vida
Leitura interessante que nos explica sobre a teoria de
Darwin e ajuda a compreender um pouco melhor desta ciência da biologia.
Quando finalizei a leitura, me senti diferente, como se percebesse o tamanho do nosso poder e importância num mundo tão infinitamente maior do que nós; como se percebesse o quão insignificante muitas preocupações que temos no dia a dia.
Talvez, tenha conseguido perceber a vida de outra perspectiva, senti um tipo de liberdade.
comentários(0)comente



Glailson 18/09/2014

Um feliz reencontro da biologia evolutiva com o materialismo dialético.
Há pouco terminei de ler a obra "Darwin e os grandes enigmas da vida" do paleontólogo e biólogo evolucionista norte-americano Stephen Jay Gould, falecido em 2002.

Gould foi um proeminente professor de zoologia da Universidade de Harvard e um grande divulgador da ciência que teve como diferencial sua atividade política e a influência do materialismo dialético em sua produção científica.

Neste livro o autor aborda temas de grande relevância para o estudo da história e da epistemologia da ciência. De maneira simples e fluida trata da origem do darwinismo e suas insuspeitas relações com o materialismo dialético de Marx, evolução humana, exemplos curiosos da engenhosidade adaptativa e sua relevância para uma melhor compreensão da evolução, além das imbricações entre ciência e sociedade.

Jay Gould nos revela não apenas a complexa relação de afinidade filosófica e divergência política entre dois dos maiores pensadores do século XIX, Darwin e Marx, como esclarece que, apesar de toda controvérsia provocada pela divulgação póstuma da inconclusa obra de Engels "Dialética da Natureza", no ensaio intitulado "O papel desempenhado pelo trabalho na transição do macaco em homem" Friedrich Engels, um dos pais do Marxismo, foi capaz de prever as características principais do ancestral primitivo do homem com pelo menos cinco décadas de antecedência da descoberta do Australopithecus e ressalta:

"A importância do ensaio de Engels não está no fato de que o Australopithecus tenha vindo confirmar um teoria específica por ele proposta - via Heackel - e sim na arguta análise que faz do papel político da ciência e de como os preconceitos sociais afetam todo pensamento".

Seguindo este raciocínio Gould discorre ainda sobre as tentativas de se utilizar argumentos supostamente científicos para conferir um verniz racional a ideologias reacionárias e excludentes como o machismo, o racismo e a homofobia. Sistematicamente o autor demonstra a fragilidade de argumentos pseudocientíficos como a sociobiologia, a tese do gene egoísta, o darwinismo social ou o determinismo genético, que tentam naturalizar a segregação nas sociedades humanas e declara:

"É muito satisfatório descarregar a responsabilidade pela guerra e violência em nossos ancestrais, presumidamente carnívoros. É muito conveniente culpar os pobres e famintos por sua condição - antes que nos vejamos forçados a culpar nosso sistema econômico ou nosso governo pelo fracasso abjeto em garantir uma vida decente para todos. E que argumento conveniente para aqueles que controlam o governo e que, por sinal, fornecem o dinheiro de que precisa a ciência para sua própria existência".

Assim, embora desmascare de forma brilhante a suposta neutralidade do empreendimento científico, a partir do que nos parece claramente uma critica marxista, Jay Gould também resiste à armadilha do relativismo vulgar pós-moderno, tão em voga nos dias atuais, ao afirmar:

"A ciência é sempre influenciada pela sociedade, mas também opera sobre forte pressão dos fatos".

Esta é, sem dúvida alguma, uma leitura atual e estimulante que tem muito a nos dizer sobre a onda "pós-moderna" que domina a academia na etapa histórica atual. Jay Gold nos oferece, nesta sua importante obra, munição de respeitável calibre para os defensores resolutos do materialismo dialético e da racionalidade científica em nossa batalha contra as ideologias reacionárias e o relativismo vulgar que desgraçadamente insistem em dominar de forma tão hegemônica o cenário intelectual contemporâneo.

Recomendadíssimo!
comentários(0)comente



JPHoppe 30/11/2012

...de um início tão simples
Dentre meus "heróis na ciência", Stephen Jay Gould ocupa uma das mais altas posições, ao lado de nomes como Carl Sagan e Charles Darwin. Gould possuía uma retórica que raramente é vista, particularmente no meio científico, capaz de tornar simples o mais complexo dos assuntos. Também foi o responsável por acender meu gosto pela leitura, que anos e anos de obrigações "chatas" fizeram com que minha vontade de ler fosse próxima de zero.

Assim como vários outros de seus livros, este aqui é uma coletânea de sua coluna na revista "Natural History", publicados originalmente em meados da década de 1970. Os assuntos em si variam desde a estrutura de planetas, singularidades evolutivas e a discussão de padrões, mas basicamente o fio que une tudo é a teoria evolucionista.

Destaco aqui a primeira parte ("Darwiniana"), com várias curiosidades sobre a vida e as teorias de Darwin - "por que ele nunca usou a palavra 'evolução' no 'Origem das Espécies?'", "sabia que Darwin não era o naturalista do Beagle?".

Vários capítulos abordam a questão das medidas humanas (craniometria, testes de QI) e seu uso indevido para justificar racismo. São um excelente convite para ler "A Falsa Medida do Homem", que aborda essas e várias outras questões pertinentes.

Recomendo.
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR