Três novelas femininas

Três novelas femininas Stefan Zweig




Resenhas - Três novelas femininas


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Rafael.Nagao 02/02/2024

3 histórias interessantes
Nas três histórias temos a perspectiva de mulheres que revelam suas vidas envolvendo seus amores, arrependimentos e convicções.
As três mulheres apesar de serem obviamente personagens diferentes que possuem núcleos familiares distintos, acabam sendo retratadas de forma semelhante e isso foi algo que me incomodou levemente durante a leitura.
Por exemplo, pode-se ver durante a leitura que todas são muito impulsivas em relação aos seus sentimentos e ao outro (representado pela figura masculina).
No final das contas eu discordo de algumas resenhas que falaram que esse é um bom livro para entender as mulheres, na verdade é um bom livro que retrata as mulheres vista de uma certa ótica viciosa, na qual o que é nos mostrado é apenas um lado da natureza feminina.
Entretanto, isso que eu disse anteriormente não causa nenhum demérito no próprio livro. As histórias são sensacionais, sendo minhas favoritas a primeira (medo) e a segunda (cartas de uma desconhecida).

Recomendo a leitura!
comentários(0)comente



Nati 19/01/2024

Depois de ver uma recomendação do Rodrigo Vilela e descobrir que o filme Stromboli foi baseado em um dos contos do livro fiquei curiosa para ler. Eu, que não conhecia o autor, tive uma grata surpresa.

O título me deixou um pouco preocupada, mas faz jus à obra. Os contos abordam aspectos psicológicos do universo feminino, principalmente o primeiro conto. Não me surpreende a admiração de Freud pelos contos de Zweig.

Um livro maravilhoso com personagens muito verdadeiras, francas, originais. Uma obra de rara beleza, sem apelar para sentimentalismos ou condescendências. Recomendo e ja pretendo ler mais obras do autor.
comentários(0)comente



Mary 16/12/2023

Zweig e suas análises perspicazes da alma feminina
Ainda estranho quando um autor trata com tanta delicadeza e profundidade idiossincrasias femininas. Sobre cada uma das novelas:

MEDO:
Uma mistura de 'O primo Basílio' e 'A casa de bonecas' com um leve (ou não) plot twist no final. Aqui é a tensão é palpável e acho interessante a crítica que ele faz ao estilo de vida burguês. Como já disse antes: alguns problemas só existem porque pessoas têm dinheiro suficiente para serem desocupadas. Isso acaba lembrando, também, o livro 'O véu pintado' de Somerset Maugham; que, por sinal, também trata das duas partes do casal com profundidade necessária para não ser só outra história sobre infidelidade conjugal.

CARTA DE UMA DESCONHECIDA:
Essa é a segunda releitura e continuo com a mesma opinião de que, provavelmente, é a melhor história de obsessão/devoção de amor já escrita. Talvez só funcione para quem tenha nutrido simpatia pela protagonista, o que foi o meu caso.

**Agora, vou ter de comentar com spoiler essa novela, o único comentário que precisa saber o final: a sensação de vida desperdiçada no final é excruciante, todas as vezes que li; porque nessa história é sobre uma mulher que amou a vida dela inteira um homem que não fazia ideia de quem ela era, e se isso for usado como analogia, quantos de nós não fazemos a mesma coisa, mas não amando outra pessoa, mas sim sonhos/desejos/ideais? O filme, belíssimo, dá um final agridoce, porque o escritor lembra dela e, provavelmente, continuará lembrando e se arrependendo por não ter juntado as peças. Já a novela, eu fiquei com a impressão de que pouco tempo depois ele vai esquecer daquela carta, ele é a representação do que a Lana del Rey canta em Norman F* Rockwell: "Cause you're just a man, It's just what you do; Your head in your hands; As you color me blue".**

24 HORAS NA VIDA DE UMA MULHER:
Essa é aquela história sobre não julgar uma pessoa antes de conhecer a versão dela. Sinto que Zweig tinha a impressão que até a mais controlada e madura das mulheres poderia perder a cabeça por uma paixão impensada, e talvez possa ser verdade se levarmos em consideração que Annie Ernaux escreveu sobre isso em "Paixão Simples". Nessa novela, o autor nos convida a entender o ponto de vista da personagem principal, mas também continua criticando a sociedade de que fazia parte.

Por fim, estou me aventurando pelos escritos menores do autor antes de encarar a biografia de Maria Antonieta, que todo mundo diz ser espetacular e acredito ser verdade porque só alguém com tamanha sensibilidade em escrever ficção sobre pontos de vista femininos poderia escrever com a mesma sensibilidade (e respeito) sobre uma figura histórica feminina tão contraditória.
comentários(0)comente



Wellington Kling 27/10/2023

Eu tinha MUITA curiosidade pra ler Zweig desde que eu li sobre ele ter vivido (e morrido) aqui em Petrópolis, e do fato da casa dele hoje ser um museu aqui, o túmulo dele e de sua esposa no cemitério municipal ser um espaço frequentado por turistas... foram motivos da minha curuosidade por esse autor

E que leitura boa! Gostei muito da escrita dele, e realmente se percebe a ligação com o cinema, nunca vi as adaptações, mas lendo deu para imaginar um filme com essas históriad (acho que a primeira novela, "Medo", que é a minha favorita, foi onde mais senti isso).

A última novela foi a que senti um pouco mais arrastada, mas ainda assim, é muito boa.
comentários(0)comente



arthur966 24/10/2023

Encarava as pessoas, que lhe pareciam todas estranhas, mortas ou de algum modo agonizantes. tudo à sua volta estava de alguma forma distante e perdido, nada mais lhe pertencia.
comentários(0)comente



Marina 15/09/2022

O gênio de Zweig é atemporal. As três histórias são fascinantes e prendem o leitor, abordando com delicadeza e profundidade a psique humana e os medos que nos rondam.
comentários(0)comente



Filipe 08/09/2021

Mais uma excelente obra que destaca a maestria a talento de Zweig.

?Carta de uma desconhecida?, em particular, despertou sentimentos e visões que me colocaram na pele da personagem de uma maneira que nenhum autor jamais conseguiu. Toda a estranheza de atitudes (muitas vezes insanas) da personagem é superada pela simpatia à dor da mulher.

Os outros dois contos também são excelentes e muito bem construídos, ?Medo? foi o meu segundo favorito. Vale a pena ler e reler!
comentários(0)comente



Carlos Nunes 30/03/2021

UM MERGULHO NA ALMA FEMININA
Nesse livro estão reunidas três novelas maravilhosas, cada uma tendo como protagonista uma mulher que, de uma forma ou de outra, em situações diferentes, desafiam o comportamento esperado das mulheres no início do século XX. Esse autor é considerado por muitos, inclusive pelo Freud, de quem era amigo pessoal, como o que melhor retratou a alma e os conflitos femininos, e isso com uma escrita maravilhosa, muito poética e elegante, mas fácil de ler. E todos os contos também têm um forte toque de suspense, que mantém o interesse do leitor até o desfecho da história.
comentários(0)comente



Débora 13/02/2021

Bom, eu não farei uma resenha. 1° Porque não saberia fazer uma resenha digna desse autor . 2° Aqui no Skoob existem resenhas maravilhosas da obra em questão.
Sobre a obra, só posso dizer que não saberia escolher qual das novelas foi a minha favorita.A escrita do autor é espetacular. E a carga psicológica da narrativa é de tirar o fôlego. Incrível!
Stefan Zweig ganhou mais uma fã.
comentários(0)comente



Heloisa 29/07/2019

A alma feminina
Senhores, que livro incrível! Três novelas de tirar o fôlego e arrancar lágrimas de emoção pela arte da escrita. Sao de uma perfeição essas narrativas! .
A primeira novela "Medo" não me arrebatou, mas me deixou no clima de tensão. Incrível! Parecia estar num filme de suspense. É uma novela que explora as inseguranças femininas, nossos medos e obsessões. Para mim o final foi óbvio.
.
"Carta de uma desconhecida" me arrancou suspiros. Antes da "desconhecida" eu me achava uma devota apaixonada, mas ela supera todo conceito de amor devocional que já vi. O texto sai de um amor platônico para um amor que vai além... muito além de si mesma. É a negação de si para exaltação silenciosa do outro. Puro amor, doença e paixão.
.
A terceira novela "24 horas na vida de uma mulher" me arrancou lágrimas. Fiquei sem ar com a Sra C. Qual ser humano nunca passou por uma paixão inexplicável que tirasse a totalidade de sua razão e depois despencasse de vergonha diante dos padrões sociais e do próprio julgamento? O autoconhecimento de uma mulher posto à prova! Uma mensagem genuína sobre os nossos limites, desejos e expectativas.
.
Quero ler tudo de Stefan Zweig.
comentários(0)comente



Pandora 01/06/2018

Que livro magnífico! Quando terminou, foi inevitável pensar: que sensibilidade! Que narrativa espetacular! Que estudo da alma feminina! Como eu nunca tinha lido Zweig?

São três histórias em que as protagonistas estiveram numa situação-limite e como reagiram a ela.

Medo - jovem mulher casada, mãe de dois filhos e com uma situação financeira extremamente confortável, vê-se de repente chantageada por uma desconhecida que ameaça contar tudo ao marido da adúltera.

A angústia é presente durante toda a narrativa. É possível sentir a tensão crescente, o desespero da protagonista aumentando até que não vê mais saída.

Carta de uma desconhecida - escritor renomado recebe, ao chegar de viagem, longa carta de uma mulher que confessa tê-lo amado por mais de 20 anos.

É a história mais triste: como pode alguém ter uma auto estima tão baixa a ponto de sofrer por um amor platônico durante toda a sua existência? Difícil de entender!

24h na vida de uma mulher - num hotel da Riviera, por ocasião de uma discussão entre os hóspedes gerada pela dissolução de um casamento, uma distinta senhora decide contar a um dos presentes um fato insólito pelo qual passara há muitos anos e que continuava a atormentá-la.

Ai, fiquei com muita vontade de estapear a protagonista! Mas como bem escreveu Alberto Dines no texto adicional, "é um admirável estudo (...) sobre os impulsos femininos que Freud designou como "imprevisíveis" e Zweig exibiu como naturais."

Enfim... recomendo fortemente este livro!

Obs.: Há adaptações para o cinema das três histórias, mas francamente não desejo vê-las. São narrativas tão bem elaboradas, com uma escrita tão rica que tenho medo das comparações que inevitavelmente eu faria.
comentários(0)comente



Gláucia 11/06/2017

Três novelas femininas - Stefan Zweig
Minha primeira experiência com o autor e espero que todas sejam como essa. O autor parece não ter usado tinta e caneta para escrever, mas sim um laço bem apertado com o qual prende o leitor da primeira à última página. Li uma novela por dia, tendo sido impossível fechar o livro antes de concluir cada uma delas. E por precaução contra a insônia não comecei nem uma linha da seguinte.
O tema de cada novela parece bem simples e sem grandes novidades mas que narrativa! O suspense sob a forma de tensão psicológica vai num crescente angustiante a cada linha e eu li praticamente sem respirar. Mesmo que veja uma certa inocência e incoerência em algumas das motivações das protagonistas é impossível não se deixar levar.

Esse volume contem 3 novelas:

1) Medo (1913) - uma bela mulher bem casada e burguesa comete adultério e vai se deixando dominar pelo medo de ser descoberta. Foi minha preferida; extremamente bem elaborada.

2) Carta de Uma Desconhecida (1922) - um jovem escritor famoso recebe uma carta de uma mulher que acaba de morrer, revelando uma obsessão.

3) 24 horas na Vida de Uma Mulher - uma confissão de uma senhora a um homem desconhecido revela que mesmo a mais centrada das pessoas pode deixar se levar por um momento de devaneio e loucura.

As 3 novelas foram adaptadas para o cinema, em várias versões e selecionei 3 que quero assistir o mais rápido possível:
O Medo de 1955 dirigido por Roberto Rossellini com Ingrid Bergman no papel principal.
Carta de Uma Desconhecida de 1948 dirigido por Max Ophuls com Joan Fontaine.
Affair em Monte Carlo de 1952 dirigido por Victor Saville.
comentários(0)comente



Renata (@renatac.arruda) 19/04/2015

Um autor cinematográfico
A ligação entre Freud e Zweig vai além da mera admiração mútua e o trecho de "Medo" citado acima não foi à toa: nos três textos é o estado psicológico das personagens que compõe a espinha dorsal das tramas, e Zweig demonstra grande sensibilidade para tratar de temas que na época em que foram escritos — entre os anos 1920 e 1930 —, eram considerados verdadeiros tabus para as mulheres. As histórias podem ser lidas como um estender de mãos do autor: não há julgamento moral ou punição, mas antes, compreensão e até mesmo compaixão, no que pode ser considerada como uma coletânea de estudos sobre os cantos da alma feminina que durante muito tempo permaneceram íntimos e secretos.

Leia mais no Prosa Espontânea

site: http://mardemarmore.blogspot.com.br/2015/04/tres-novelas-femininas-stefan-zweig.html
comentários(0)comente



13 encontrados | exibindo 1 a 13


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR