Dostoiévski-trip

Dostoiévski-trip Vladímir Sorókin




Resenhas - Dostoiévski-Trip


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Davi721 21/04/2024

Ok, eu tenho que admitir algumas coisas
De forma curta e rápida, o livro trata assuntos delicados e até nojentos de forma muito tranquila. Não me posicionando como bom ou ruim em tal narrativa, e deixando isso bem de lado, o livro é realmente bom.
Tratar escritores como entorpecentes é uma forma estranhamente apropriada para levar a leitura.
"Dostoiévski é letal puro, devemos diluir com algo" é uma frase bem direta ao que precisou ser dito, o homem moderno não aguenta Dostoiévski em sua forma pura. A atemporalidade de Dostoiévski é assustadoramente importante e com o tempo o "vício" na interpretação alheia acabou se tornando um problema que foi bem falado no livro, ri bastante com várias cenas já que é escrito como um teatro e pagaria rios de dinheiro pra ver essa obra em um teatro.
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Jose 04/01/2024

Dostoiévski é droga pesada
Segundo livro do ano e já começamos assim: "Lucy no céu com diamantes". É uma viagem na maionese!
O autor do livro dispõe sete personagens numa narrativa teatral onde eles vão consumir pílulas alucinógenas de autores clássicos consagrados, e a nova droga é: Dostoiévski. No momento que eles consomem a "droga" eles se transportam para uma cena específica de O idiota, livro doido que essa narrativa reversa conseguiu deixar mais doida ainda.
Depois de voltar dessa viagem cada um dos personagens vai contar um episódio da sua vida, e como diz o meme: "tem feiticeiro no meio, tem prostituição...", rola até canibalismo.
No encerramento da peça conclui-se que a pílula dostoievskana causou uma overdose nos componentes e que é preciso diluir essa "droga" com outra que seja menos intensa. Não é um livro que vai agradar muito, é preciso ter a mente mais aberta para aceitar essa experiência, no meu caso prefiro narrativas mais convencionais, eu diria.
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Paulo.Vitor 02/08/2023

Livro curto, para se ler em um dia.
É uma peça, que, ao mesmo tempo que "reduz" a fama e a importância de gigantes da literatura, acaba por exalta-los.
Os autores se tornaram pílulas, que quando tomadas, transportam o usuário para a obra do autor. No caso, a peça começa com uma estética bem Trainspotting, na qual os 7 personagens, que não tem nomes estão apenas no aguardo para a chegada dessas pílulas.
Logo após a chegada, decidem experimentar a do Dostoiévski, e os 7 são transportados para o livro O Idiota, e cada um vira um personagem do livro.
Em seguida há uma sucessão de diálogos entre estes, que começam cada vez mais a se tornar uma hipérbole de sua própria personalidade.
Ao fim, vemos que, apesar do efeito ter passado, os 7 indivíduos de certa forma levaram um pouco dos personagens de Dostoiévski consigo.

Para finalizar, temos o epilogo, que, pra lá de necessário, nos explica sobre diversos conceitos sobre o contexto histórico e cultural da literatura Russa moderna, que nos faz ter outra perspectiva sobre a obra.
Já tinha lido o "O Dia de um Oprítchnik" do mesmo autor, e gostei bem mais daquele do que deste.
Comprei usado, paguei 15 reais, e por esse preço, creio que vale a pena.

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andrew 19/03/2023

Sem palavras!!
Eu não sabia oque esperar não vi sobre oque era simplesmente comprei por indicação e ainda tô absorvendo oque acabei de ler
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iagofelipeh 06/08/2022

Viagem pós-moderna!
Vladimir Sokórin subverte, ironiza, intertextualiza e traz uma justaposição íngreme entre a literatura clássica e a contemporânea.

Diante de uma permissa absurda onde autores clássicos são reduzidos à pílulas narcoticas e são amplamente usados e causadores de dependência química, temos uma peça onde 7 indivíduos inicialmente esvaziados de sentido e forma, buscam por uma nova viagem coletiva, por uma catarse "literária" diferenciada. A bola da vez é a pílula Dostoiévski.

Desse modo, uma vez absortos numa memorável cena do romance O Idiota, os "drogados" incorporam os heróis clássicos do texto e tomam caminhos que referenciam a obra original, na medida em que também a desconstroe, ironiza, traz a tona uma hiperbólica visão dos personagens antigos a partir de temáticas da literatura russa contemporânea.

Vai além de uma abordagem psicológica, depreende, portanto, um tangenciamento das psicopatologias inerentes à modernidade, na mesma medida em que, a partir do ponto mais alto dessa "viagem", os personagens outrora vazios, passam a apresentar humanidade, traumas, uma história pessoal pra chamar de sua. No fim da experiência com a droga de Dostoievski, todos morrem.

A modernidade estaria preparada pra digerir Fiodor Dostoievski em sua essência? Ou, como é colocado de modo debochado no fim do livro, teríamos que diluí-lo com a cultura massificada?
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Milena 11/07/2021

Dosto - Trip
Que bela viagem, entorpecente e delirante!
Para suavizar Dosto, dilua com Stephen King ?, é sugerido!
Como sempre, o livreiro da ComboCC sempre assertivo nas indicações! Aprecie Dostoiévski, sem moderação!
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Rafael G. 10/10/2020

7 personagens ? 5 homens e 2 mulheres ? estão esperando um vendedor de entorpecentes. Mas o cara está consideravelmente atrasado e, na fissura da espera, o grupo conversa sobre as drogas, seus preços e seus baratos. ?Ah! Nabókov! É absurdamente caro (balança a cabeça). Supercaro. Com uma dose de Nabókov a gente pode comprar umas quatro de Robbe-Grillet e umas dezoito de Nathalie Sarraute. Simone de Beauvoir, então...? (p. 15). Nesse sentido, li ?Dostoiévski-Trip? pensando a literatura enquanto droga capaz de colocar a nós, leitores, numa viagem entorpecida. Já me aconteceu algumas vezes (inclusive com esse texto). Tem livro que nem precisa estar acompanhado de uma taça de vinho para a própria linguagem provocar algum barato. Então vem o posfácio de Arlete Cavalieri, que também é tradutora da peça, e chama atenção para um movimento que me escapou: não é como se Vladímir Sorókin estivesse pensando o poder (inclusive fisiológico) de um texto literário, mas justamente reduzindo-o à pílula, ao comprimido, a qualquer coisa que você dilua (ou não) em busca de um prazer físico e, acima de tudo, passageiro. Não à toa, após saírem da cena de Dostoiévski, os personagens (agora de ressaca) ganham contornos mais nítidos, deixam rastros autobiográficos subirem. Para Cavalieri, Sorókin afirma e nega Dostoiévski ao devassar o seu texto e ao mesmo tempo trazê-lo à cena contemporânea, lançando sobretudo uma pergunta: ainda temos corpo para os embates morais que ele propõe ou continuaremos a procurar na destruição um novo ?dogma?? Eu sou pela destruição e dessacralização. Rs A gente pode encontrar para Dostoiévski, Kafka, Machado & companhia limitada um lugar que não seja o do gênio, do santo, do modelo a ser seguido. Não quero modelos, nem bom-gosto, nem boa e baixa literatura. Destruindo esses altares, o que nos resta a fazer com o cânone? Talvez curtir uma trip.
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Valéria 01/09/2020

A analogia é desconcertante. Nos deparamos com a reunião de um grupo diverso à espera de alguém que lhes trará a solução de seus vícios e a saciedade de seus tormentos. Enquanto esperam o entorpecente que virá de um traficante de livros através da pílula Dostoiévski, discutem grandes autores e seus efeitos... é divertido, é inesperado, estupendo!

Como não se deliciar com o contar russo?! Do clássico ao moderno, eles são insuperáveis!
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Gu Henri 06/03/2018

Esperava algo mais, muito mais que o que me foi entregue.
Pelo título pensei se tratar de um romance rebuscado, filosoficamente falando, mas, foi decepção, uma peça curta, meio sem graça, com aquelas pitadas de coisas chocantes (que hoje em dia nem chocam mais)...
Alan 07/08/2021minha estante
É preciso lembrar que foi produzido para o teatro; então em cena o impacto deve ser outro. Mas eu tbm achei que seria melhor.




Carol 15/12/2015

Os russos de hoje
Pra quem quer ler algo da literatura moderna russa, Sokorin é perfeito. Pena que no Brasil temos apenas uma obra traduzida..
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