Riacho Doce

Riacho Doce José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Riacho Doce


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Pablo.Arvellos 22/03/2024

O melhor!
Acabei nesse momento esse, que certamente se tornou um dos meus favoritos de toda a vida!
O livro é tão poeticamente bem escrito, e com uma história tão linda. José Lins fez um trabalho maravilhoso nesse livro. A vontade que tive foi de que ele nunca acabasse. E que o final, tão forte, queria que fosse outro, me deixou em frangalhos! Mas simplesmente amei!
O primeiro de 2024, e estou muito feliz de tê-lo lido ^^
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Lílian 17/01/2024

Um romance cheio de complexidade, pessoas atormentadas, misticismo e superstição interferindo na vida e nas decisões e o bom e velho Brasil cheio de miséria, racismo e preconceito.
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Alexandre de Omena 22/08/2022

Triste e solar
A leitura de Riacho Doce nos leva às belezas das praias nordestinas (no caso, a distante e rústica praia de um povoado distante da capital alagoana) e , ao mesmo tempo, nos transporta aos tormentos de uma personagem à procura de algo que nem mesmo sabe o quê. É triste e ensolarada, bela e dolorosa. Uma leitura para quem está disposto a mergulhar no verde mar profundo dos questionamentos humanos sobre a razão de viver.
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romulo mafra 06/12/2020

Clássico é clássico
Hoje, pra nós, é estranho que um livro entre no tema básico após mais de 20% dele e, a história só se fixa mesmo depois de metade do livro. Mas, isso não o torna menor, pelo contrário. É impossível não se apaixonar pelo Riacho Doce, seja pela espera dele aparecer, seja pelas descrições que ficam gravadas na memória. Edna e Carlos e Nô, dona Aninha, Elba, personagens inesquecíveis!
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Fernando Lima 14/10/2020

Uma história pra ler sem criar expectativas
Já havia algum tempo que queria ter lido, mas só consegui agora. Acho que superestimei a história. Não é ruim, apenas previsível. Apesar disso, é uma boa leitura. Sem contar que fala de uma das mais belas praias do Brasil.
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Biblioteca Álvaro Guerra 02/05/2018

Escrito em 1939, o livro conta a história de amor entre sueca e um nativo de uma fictícia cidade litorânea de Alagoas. O improvável romance é alvo de recriminações por parte da comunidade estrangeira e dos moradores do vilarejo, e acaba transformando a vida de todos.Mais do que uma difícil história de amor, José Lins do Rêgo ilustra o impasse político e econômico da época. A bela sueca representa o investimento estrangeiro no petróleo brasileiro e o nativo, o interesse nacional. Oitava obra do escritor nascido na Paraíba, Riacho doce é um dos grandes clássicos da literatura brasileira. Transposto para a TV, em formato de minissérie, tornou-se um dos grandes sucessos da teledramaturgia.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503010474
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Mr. Jonas 09/02/2018

Riacho Doce
Desde as primeiras páginas, a narrativa de Riacho Doce de José Lins do Rego se apodera de nós, impondo-nos ao seu ritmo.

Em todo ciclo da cana-de-açúcar o que é ação não deixa margem para discussões ociosas, uma vez que apresenta com a força dos fatos consumados, independentes do arbítrio do autor, que é como se apenas os tivesse recolhido.

Por isso mesmo, não se queira sujeitar às regras habituais da construção do romance Riacho Doce de José Lins do Rego e da composição das figuras uma obra nascida diretamente da vida e que, visivelmente, José Lins do Rego não tem, mais do que nós, o poder de alterar.

Ele não é tanto um verdadeiro romancista, mas antes um narrador, o recitador admiravelmente vivo de uma realidade que não lhe é possível senão transpor e revivificar.

Essa conclusão ajusta-se perfeitamente às indicações que o estudo da forma pode fornecer. Para alguns, essa forma é a falta de estilo, seria antes um informe literário, o gênero mal escrito.

Juízo apressado, fruto de lamentável confusão. Por não ser literário, no sentido que hoje se empresta à palavra, o estilo de José Lins do Rego não deixa de existir; é, ao contrário, dos mais característicos, dos mais saborosos, que possuímos.

Apenas não é o estilo escrito a que estamos habituados, mas os dos recitadores orais, haurido diretamente na fonte da linguagem viva. É isso, precisamente, que lhe dita o ritmo da narrativa.

Dir-se-ia, até, que a própria ação nasce, em grande parte, daí: é o estilo oral que atrai e liga os episódios, que delineia os personagens, que dá unidade à obra e em certo sentido a compõe, não como coisa que escreve, mas como coisa que viveu.

É ainda esse estilo que permite ao recitador atingir, como tantas vezes acontece na obra, um plano quase poético, uma interpretação que, no fundo, é lírica, da vida e do mundo das suas criaturas.

A exposição de certos estados subjetivos, tão frequentes e de tais consequências na obra de José Lins do Rego, não é analítica, mas descritiva, e feito nos termos de estilo oral, como que taquigrafado pelo autor, muito mais próximo dos cantadores de todos os tempos que dos romancistas-escritores dos nossos dias.

Em Riacho Doce de José Lins do Rego, reúne amor e petróleo. Um casal de suecos vem para o Brasil, para Alagoas, e a loura Edna se extasia com a força tropical do Brasil, que ela descobre. Apaixona-se por um mestiço nordestino, Nô, uma das figuras mais empolgantes de toda a ficção numerosa e rica de José Lins.

O amor de Edna e Nô é o núcleo desse romance que é um dois mais ardentemente humanos desse contador de histórias inesgotável, impregnado de oralidade.

Seu estilo nesse romance Riacho Doce de José Lins do Rego, é um milagre de naturalidade e de intimidade com a natureza ou integração na própria natureza exterior. Uniu como ninguém memória e imaginação, primitivismo e arte, povo e ficção.

Personagens nativas e rústicas se misturam a essa estranha sueca, fascinada pelo mundo bárbaro e poderoso de um Nordeste que é todo verdade vista e vivida. Mãe Aninha e Nô saltam diante dos nossos olhos como criações exatas, inesquecíveis.

E a sueca misteriosa vem descobrir sensualmente a força telúrica do Nordeste rústico, o ritmo popular, os sabores e os cheiros, as formas, as cores, a vida intensa de uma região que é o mundo perene desse grande narrador em contato amoroso com a vida.

Sem ser porventura uma das suas obras mais individualmente destacáveis, Riacho Doce conserva o mesmo valor documental, a mesma significação crítica, a mesma força novelística e as mesmas belezas das outras obras do escritor.

Em Riacho Doce de José Lins do Rego, o autor nos dá a sua visão possante dos desequilíbrios sociais e dos dramas humanos individuais e coletivos, provocados pelo problema do petróleo em Alagoas. Tudo decorre deste trágico problema da nossa vida contemporânea.

As marés sucessivas de entusiasmo, de desapego às tradições, provocadas pelo engodo da riqueza, e das desconfianças supersticiosas e cóleras nascidas das desilusões naquela mansa terra de pescadores, são descrições de psicologia coletiva das mais vivas e reais que o romancista já fez.

A psicologia de Edna, a fraqueza supercivilizada do engenheiro sueco, a Mãe Aninha que é a melhor análise de psicologia supersticiosa já feita pelo romancista, são todos seres de vida empolgante.

De Nô se dirá a mesma coisa, talvez a figura de mestiço, ou melhor, talvez a figura popular mais delicada, mais impressionantemente exposta em todas as incongruências e males de sua condição, da nossa literatura. Não será mais profunda, mais humana que a do moleque Ricardo, mas é de uma delicadeza incomparável.

E páginas como a descrição dos primeiros tempos de Edna no Riacho Doce, numa linguagem saborosa, ou capítulos como o do estouro da Mãe Aninha, em que a maldição é criada com uma intensidade trágica maravilhosa, são verdadeiramente passos geniais.
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Doug 07/01/2016

"O que é o Amor, Onde Vai Dar?"

O que é o amor, onde vai dar?
Parece não ter fim
Uma canção, cheirando a mar
Que bate forte em mim

Inicio essa resenha sobre o romance "Riacho Doce" com o trecho da belíssima canção "O Que é o Amor?", de Selma Reis, que, não por acaso, faz parte da trilha sonora da minissérie homônima inspirada no romance. Além disso, a canção citada casa-se perfeitamente com todo o clima dessa obra literária de José Lins do Rego.

Um amor aparentemente impossível entre a estrangeira Edna e o pescador Nô, cercado pelas belezas naturais de Maceió e pelo misticismo da poderosa e influente Vó Aninha.

Sempre tive muita curiosidade em ler o romance "Riacho Doce". Parte desse interesse veio por influência da minissérie produzida pela Rede Globo, em 1990. Ainda não assisti a minissérie, mas fiquei bastante interessado na história ao pesquisar sobre ela. Além disso, sou um grande admirador da literatura brasileira. E "Riacho Doce" é uma obra que não deve faltar na lista dos leitores que apreciam o gênero. [...]

Continue lendo a resenha, no link abaixo:

site: http://blogventonorte.blogspot.com.br/2016/01/resenha-riacho-doce-por-jose-lins-do.html
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Sávio 20/06/2014

Sem magia...
Emprestei o livro do meu irmão para ler, e me decepcionei com a leitura, não saí nem da primeira página. Acho que o problema foi com o meu gosto literário, pois não curto livros muito melosos e sem algum impacto, como um assassinato, um mistério, uma briga, uma maldição.
Mas, é claro, para quem gosta de romances literatura brasileira, é uma boa escolha.
Matheus Valei 06/07/2015minha estante
O problema é que você não entendeu o livro, não conseguiu sentir o clima, não sentiu toda a magia que esta maravilhosa obra nos proporciona, é isso. Mas um passarinho me contou que já está nas suas próximas leituras e te garanto que vale a pena viu!




Matheus Valei 20/06/2014

O doce sabor da traiçao


Eduarda tenta de todas as maneiras sucumbir a sua paixao por um humilde pescador,mas falha e é obrigada a enfrentar muitos obstáculos para viver esse amor: seu marido,a avó de seu amado e sua família e o povo dessa cidade que o destino a fez conhecer.Um romance impecável e bem regional de José Lins do Rego,quando estamos lendo, parece que somos transportados para esse lugar,sentimos uma paz,uma calmaria,um frescor,parece que estamos nadando nesse riacho doce,é contagiante!
























Sávio 09/07/2015minha estante
Não gostei, achei chato e confuso. Não recomendo.




Edmar 25/03/2014

Achei muito ruim.
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Guga 26/08/2011

Livro que traz questões muito fortes. Não estou com tempo em fazer uma resenha maior, mas tem um comentário que preciso fazer. A questão de Deus que José Lins do Rego trata de maneira sublime. O que seria Deus? Seria aquele que prende, atormenta o ser humano? Aquele representado pelas avós dos dois personagens principais, a Elba e a velha Ana? Ou aquele que Edna sente como verdadeiro na presença de Ester? Aquele que liberta, nos deixa livre e nos ama? Claro que Deus é a 2ª opção. O livro mostra o que acontece com quem acredita no da 1ª opção: a pessoa fica louca, perde a vida e o amor por tudo.
Não acredite no Deus da 1ª opção, esse sim feito por homens para prender outros. Tenha a experiência do Deus libertador, que ama suas criaturas e as quer bem.
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Malu 17/02/2010

O romance é dividido em três partes: Ester, Riacho Doce e Nô

- Ester: A infância da protagonista Edna/Eduarda, com 10 anos, onde vive com um casal de irmãos e seus pais e avó paterna, num vilarejo rural da Suécia. Edna é a caçula dos irmãos, tem a função na casa de cuidar dos porcos. Sua vida muda com a chegada da doce e meiga professora Ester, que substitui a anterior, rigorosa com todos. Ester se apega à pequena Edna, e lhe dá aulas extra-classe de música e piano. Edna nutre um sentimento único e possessivo por Ester, denotando traços homoeróticos, bem evidenciados quando do encontro de Ester com um músico num concerto deste. Edna desenvolve uma dependência emocional por Ester a ponto de tentar o suicídio, o qual leva cinco anos para se recuperar completamente. E na tentativa de se afastar da vida e família humildes, casa-se com o engenheiro Carlos, um menino do mesmo local mas criado fora, mesmo sem amá-lo. Carlos é contratado para explorar petróleo numa pacata região do nordeste brasileiro e o casal viaja para o Brasil.

- Riacho Doce: O casal de suecos aporta em Riacho Doce, pequena vila de pescadores de Maceió, e Edna se encanta com o local, e busca interagir com os moradores e cultura locais. O tempo vai passando e o casamento oportunista começa a se esfacelar e Edna passa a trocar a companhia do marido por longas caminhadas na areia e banhos infindáveis no mar. Num dos eventos locais, Edna conhece o mestiço Nô, morador local mas embarcadiço em navio cargueiro, em passagem por Riacho Doce, neto da grande matriarca da vila, a velha Aninha, mistura de benzedeira, curandeira e bruxa.

- Nô: Edna se encanta com o mulato e se entrega à paixão avassaladora. Nô também se sente envolvido com a “galega”, mas sua avó usa de seus poderes místicos-religiosos para afastar o casal, pois Aninha considera Edna arma do diabo para seduzir o neto favorito. O rapaz, assustado com as palavras proferidas pela avó, que o amaldiçoa por se unir ao demônio louro, se afasta de Edna.

O autor nesta obra não só denuncia o preconceito sócio-racial, a exploração da barata mão de obra nordestina pelos estrangeiros e à modernização desenfreada e destruidora de uma cultura, mas nos brinda com outras incursões:

- A força da mulher na trama é definida pelas matriarcas Elba e Aninha, avós paternas de Edna e Nô, respectivamente. Ambas centralizadoras, temidas, detentoras do poder no clã. As noras são subservientes e silenciosas, sofridas e agastadas pela dura vida que levam. Os homens, à exceção de Nô antes do “ataque” na praia após romper com Edna, são submissos às mães, inexpressivos e fracassados.

- A religião e preconceito a esta é bem delineada nos três momentos do livro: a família de Edna é Protestante, a de Carlos, Católica e Ester, Judaica. Na Suécia, a família de Edna é “cuidada” por um pastor severo, e no lado brasileiro, a religião é liderada e conduzida pela velha e intimidadora Aninha, uma junção do catolicismo fervoroso com a feitiçaria e curandeirismo mesclados com um fanatismo ignorante e patético dos moradores locais.

- Tanto a família de Carlos como a de Edna são contrárias ao casamento dos filhos por questões evidentemente religiosas. A expulsão de Ester da escola por suposta interferência negativa para Edna e as crianças do local mascara, na verdade, a ascendência judaica da jovem professora.

E o que mais impressiona em todo o romance, é a figura de um Deus sempre punitivo, enraivecido,que só faz castigar e atemorizar, remetendo à desgraça os seus fiéis seguidores!

E o riacho, que dá nome ao local, carrega o infortúnio, doença e morte em seu leito, desaguando num mar fértil, salvador e provedor das famílias que dele tiram sua sub-vivência.
Regis 26/03/2023minha estante
Adorei sua resenha. ???




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