O Capital no Século XXI

O Capital no Século XXI Thomas Piketty




Resenhas - O Capital no Século XXI


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Rodrigo.Cabanne 30/12/2023

Completo mas cansativo
O livro é uma aula de economia. É quase como ler uma dissertação ou tese na área, tamanho o zelo do autor em buscar fontes e na forma como ele tratou os dados apresentados.

O porém é que a leitura fica muito densa e difícil para leigos. Vale a leitura, pois após os dados e conceitos apresentados tem algumas sugestões para a solução da desigualdade
Vitor.Rocha 08/02/2024minha estante
Concordo plenamente! Só acrescento que estou há meses lendo e não consigo começar a ler outro livro sem terminá-lo




Marcos5813 04/10/2023

O Capital e o Capitalismo no século XXI
Obra primorosa do Thomas Piketty, economista francês, que trás para literatura econômica sua visão sobre desigualdade social, que bate as portas do século XXI, e da era da informação. Esta obra entra definitivamente como um dos clássicos sobre tratados da Ciência Econômica, ou, como gosta de conceituar o autor, da Economia Política. A leitura desta obra me rendeu vinte e um dias, contando com este, desta resenha. Fiz um histórico de leitura de todos os dias lidos, de forma que esta resenha relata apenas minha impressão final. Piketty, de fato, trás de forma magnífica como a desigualdade entre ricos e pobre tem aumentado de tal magnitude a ponto de 1% da população mundial deter mais de 99% da riqueza mundial.

A forma de taxação das grandes fortunas é, segundo o autor, a maneira mais eficaz, do ponto de vista econômico, e, também, a mais democrática, mas não significa ser a mais fácil. Isto porque ninguém que pagar impostos ou mais impostos, mesmo que sofrem perdas de capital de seus rendimentos com, por exemplo, numa espiral inflacionária, ou da depreciação do valor real de Títulos Públicos. O fato é que a desigualdade vem aumentando a medida que o crescimento econômico diminui e o retorno sobre a renda do capital aumenta. Pensar numa redução desse contraste social, entre ricos e pobres, é pensar de modo moral e ético, mesmo que o dinheiro não tenha cheiro, assim como o Imperador Romano Vespasiano explicou a seu filho Tito do porque tributava as latrinas públicas do Império. Esta amoral financeira e econômica do dinheiro, deve ser obra de debates de quem se pretende representar seu povo, sejam ricos ou pobres, daí deve ser a economia uma forma de se produzir debates públicos no meio político, seja ele entre Presidentes de grandes nações, como o Presidente dos EUA, ou de um condômino, sobre o funcionamento do condomínio onde mora, ou das normas de seu bairro. O debate político é essencial para que o ambiente democrático de proteção a propriedade privada e de uma melhor distribuição da riqueza conduza sempre aos valores morais que levaram a humanidade a ir a Lua ou descobrir o segredo da matéria, das leis das ciências naturais.

Gostaria de deixar um relato pessoal. Antes de iniciar a leitura desta obra, estava tentado a ler "O Capital", de Karl Marx, mas a realidade que Marx viveu, enquanto escrevia seu tratado, é totalmente diferente da deste século, da era da informática, com seus Iphones, Ipads e Notebooks. E precisamente na década de 2020, com a evolução da Inteligência Artificial, o mundo, e outros paradigmas, são completamente diferente, mesmo que a lógica central, da acumulação incessante do capital até sua total absorção pela renda, em que Piketty chama de regra de ouro do capitalismo, onde a taxa do retorno do capital é igual ao do crescimento econômico, impossibilita qualquer ganho a mais dos investimentos. No entanto, uma forma de impedir o tal mundo apocalíptico marxista, sem mais nenhum meio de ganhos econômicos, passa pela política, e uma delas é sem dúvida a taxação das grandes fortunas. Então, preteri ler Marx para ler Piketty, com questionamentos de mesma ordem mas atual a realidade dessa século, O Capital e o Capitalismo. Talvez, no futuro, o discurso seja como impedir que a Inteligência Artificial domine o mundo.

Sendo economista de formação, sempre fui tentado a acreditar nas instituições que estão por trás dos sistemas que permitem uma economia funcionar, um deles é o Sistema Financeiro. Hoje, com um pouco mais de experiência acumulada em leituras e de vida profissional, da oportunidades que me apareceram, vejo, com certa reticência, de um sistema, o Sistema Financeiro, que não tem limites para imprimir meios de troca, e aqui a moeda, levando a um excesso de liquidez os mercados e o capitalismo, que tem como uma das suas premissas básicas a propriedade privada, acaba esta propriedade por pertencer aos mecanismo de fluxo monetário, e a quem pese uma análise mais sintética, uma rés poupança vira capital especulativo, quando, uma vez atrelado a certificados de depósitos bancário indexados a inflação, baseados nos rendimentos médios de carteiras, gera movimentos especulativos. Como o aumento dos preços é mercadológico, qualquer preço derivado de um capital especulativo se deteriora mais rapidamente devido ao nível de compras e vendas de ativos super-voláteis, que entram e saem das carteiras em contas bancárias em frações de segundos. O viés monetarista corrói todos os preços relativos de mercado, gerando externalidades negativas em seu uso, assim, como o capital de curtíssimo prazo não paga juros indexados, pegam caronas no diversos índices financeiros, os free-riding. Esses custos, que deixam de ser pago, foi um dos tópicos levantados por Ronald Coese, ganhador do Prêmio Nobel de Economia, quando tratou da sua "Teoria da Firma" e seus Custos de Transações, e é onde o sistema financeiro fortemente opera. O custo passa a ser, antes de tudo, institucional que econômico, e política monetárias deterioram no longo prazo instituições de setores menos "ricos", se podemos dizer assim, criando um elitismo de ideias, base para as discussões políticas e, como consequência, de barganha, gerando tais custos.

Para finalizar esta ressenha que já vai longa, acredito no dinheiro privado, ancorado no funcionamento do mundo real, a tecnologia da informação, como os Bitcoins. Tributar tais moedas digitais criptográficas é um do meios de particionar os ganhos na cadeia de valor, a Blockchain, e sua convenção de aceitação de tais ganhos pela prova de participação. É democrática, anti-inflacionária e é real. Obra Magnífica! Favoritadíssima!
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Edu 29/06/2023

Um estudo de economia política para leigos
Trata-se de um estudo responsável sobre a distribuição de dinheiro no mundo. Remonta tempos históricos, fotografa o presente e desenha linhas futuras.

Não se trata sobre o fim do capitalismo. Pelo contrário, é sobre como ele poderia funcionar melhor, sob determinadas circunstâncias.

O autor traz outras teorias, aponta pontos positivos e falhas e, só depois, nos conduz por um caminho possível (não necessariamente o correto)

Não é uma leitura agradável, leve e rápida, definitivamente. Por outro lado, é um estudo acessivel aos leigos, como eu. Valeu cada dia que me debrucei sobre.

"Recusar-se a fazer contas raramente traz benefícios aos mais pobres"
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sophiarab 19/03/2023

Que língua maia é essa?
Meujesus, vou reler pq Deus me livre, a cada 10 palavras eu não entendo nenhuma, mas é muito bom ?
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Thiago 31/01/2023

História da riqueza no mundo
Nesse livro o autor descreve a história da riqueza e sua circulação e variação a partir de diversos acontecimentos. Seja conteúdo documental ou a união de vários aspectos históricos, o autor busca, aliado a seu conhecimento de economia e muita pesquisa, descrever o comportamento do capital durante os últimos séculos.

Os fatores que aumentaram ou reduziram as diferenças entre classes sociais e os aspectos que se repetem em diversos países, mesmo em continentes distantes.

Muitas conclusões são bastante surpreendentes.

O livro é cansativo, com 672 páginas. Tive que dar algumas pausas para retomar a leitura, o que atrasou consideravelmente minha lista de 2022, mas foi gratificante. Trouxe reflexões e informações importantes para muito assunto da pauta político-social dia próximos anos.

O principal: precisamos rever nosso conceito sobre patrimônio. Flexibilizar a concepção de propriedade em relação com o bem estar social. A crescente participação dos rendimentos do capital, comparados ao rendimento do trabalho tem gerado muita riqueza ociosa.
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YuriChefaodoGás 03/01/2023

Pesado
O Yuri de 14 anos leu e conseguiu incrivelmente entender, cheio de dados e mt acadêmico tá maluco da nao
bookslettie 03/01/2023minha estante
como era intelectual mini gênio


YuriChefaodoGás 03/01/2023minha estante
era msm




I.Melo 25/10/2022

Dados falsos
O livro apresenta dados falsos e incorretos que não demonstram na realidade. Tudo que é apresentado é deturpado para estar de acordo com a ideologia apresentada. O novo Capital tenta atualizar o velho capital (que também possui erros históricos). No entanto é uma leitura que demonstra a decadência intelectual do pensamento de esquerda, pois mente descaradamente e inventa dados que nada compõe a realidade. Um livro para enganar bobo ou encantar pessoas da própria laia. Se pesquisar dados por fora e comparar aos apresentados no livro verificará a farsa.
Júlia 25/10/2022minha estante
Sim!! Li esse livro e também tenho a mesma sensação


Lucas.Cunha 15/05/2023minha estante
Que dados são esses? Será que os dados realmente estão incorretos ou é só você que quer negar a realidade deles porque não te satisfazem?




Igor Almeida 11/05/2022

O autor, posicionando-se num misto de socialista ao mesmo tempo que reconhece a necessidade da livre iniciativa privada pra qualquer economia funcionar adequadamente, discorre aqui sobre “distribuição de riqueza” (esse termo me incomoda demais, como se a renda/riqueza de uma nação fosse uma grande dádiva do passado que foi erroneamente repartida e que agora deveríamos enxergar as injustiças dessa repartição errônea e consequentemente precisaríamos “corrigir” - daí os programas de “re”distribuição de renda...).

Resumindo o livro em uma ideia: ele considera que a desigualdade econômica, a partir de determinado ponto, é ruim em si mesma e que deve ser deliberada e ativamente combatida pelo estado, mesmo que pra isso seja necessário confisco por meio de impostos. Tanto considera ruim em si mesma que mostrou certa preocupação em relação às políticas chinesas de abertura comercial, pois isso fez a desigualdade social na China subir, mesmo que a riqueza geral também tenha se multiplicado.

E disso faz um apanhado histórico sobre a “distribuição” de rendas ao longo dos últimos séculos e atualmente defende veemente não só taxação de fortunas durante a transmissão para o herdeiro, mas também a instituição de um imposto sobre patrimônio - algo como pagar 10%, anualmente, do valor do patrimônio em imposto, impedindo assim o acúmulo “exagerado” (Quem diz o que é exagerado? Certamente algum político burocrata, sempre dignos de confiança).

Partiu-se do pressuposto que a desigualdade é ruim em si mesma (justificável somente se a riqueza de um fosse a causa direta ou indireta da pobreza do outro ou se tudo fosse um grande jogo de soma zero) e fixou-se nessa ideia. Ignora completamente o componente emocional humano de trabalhar e produzir algo diretamente derivado dos estímulos e recompensas do ambiente. Retire-os e a natureza humana tende à desordem. Os filhos e a família quase sempre funcionam como combustível, um legado a ser deixado. Retire essa possibilidade e magicamente a produtividade cai (como de fato caiu nos locais que já fizeram tal experiência - a França de Macron que o diga com a perda bilionária no PIB). Sem considerar o estímulo ao consumo imediato e menor investimento em longo prazo, além da fuga de capital (que o próprio autor reconhece, mas considera “solucionável” caso haja um grande governo atuando em larga escala - e assim vai criando sempre novas soluções-problemas para as próprias condições anterior e artificialmente criadas).
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Rodrigo 04/05/2022

Leitura sofrível para solução assumidamente utópica
Antes de justificar porque considero o livro ruim, falarei dos pontos que gostei. Tenho que reconhecer a audácia e esperteza do nome do livro. Foi criativo. Gostei da coleta de dados e da forma que organizou e classificou. E minha parte favorita: fazer referências à literatura para explicar e ilustrar situações.

Mas o livro é muito prolixo, leitura extremamente cansativa. Foi uma tortura. A todo momento eu tinha que fazer anotações de conclusões falaciosas, anotar conceitos econômicos que até um estudante iniciante de economia saberia refutar.

Trata de um dado bem coletado mas tratado de forma muito enviesada,. Mas o que me fez ter muita chateação foi chegar ao momento em que ele começa a apresentar as soluções. Ele próprio já começa a chamar de utopia útil. Mas é algo tão ridículo de. Ele pretende resolver o problema criando algo como um imposto sobre grandes fortunas mundial ((se quiser o termo correto, vá ler, não darei de graça). Quase chega a elogiar a forma que a China controla seus cidadãos. Mas quase. Não chega a fazer isso. Depois começa a criar soluções utópicas ou nefastas para acabar com a dívida pública, elogiando explícita e fortemente métodos inflacionarios.

Não vou dizer que foi perda de tempo, mas sim uma tortura, porque agora eu aprendi a refutar as ideias do livro. Porque agora eu li e analisei cada ponto crucial. Sobrevivi.

Deve ser um livro que muita gente comprou (best-seller) mas duvido que 10% leram. Livro chato. E muitos que elogiam o livro, se leram, que eu duvido, não tem bagagem suficiente para refutar. Ou são políticos ou militantes, já que políticos vão adorar a ideia de criar um super imposto para tirar dos bilionários e entregar para eles (políticos) de bandeja. Claro que vão vender como algo nobre. Mas nem tenho receio, é super utópico a solução del.
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Marconi Moura 24/01/2022

8,0
É o tipo de leitura imprescindível para um exercício pleno de cidadania. O texto é árido, massante, muitas vezes prolixo... mas excelente! O autor apresenta alguns conceitos básicos, constrói uma longo histórico sobre os níveis de acúmulo de capital em relação a renda e crescimento das economias, demonstrou o processo transitório de controle de desigualdades em meados do séc XX que já se perdeu nas últimas década, as experiências desesperadas (mas exitosas) de impostos progressivos revertidos em intervenção social do estado. Também importante os desenhos de perspectivas para o séc XXI a partir dos dados históricos. Leitura fortemente recomendada!
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marcosm 16/05/2021

O capital no seculo XXI
Finalmente consegui terminar. Não é uma leitura fácil, mas o Piketty consegue usar uma linguagem acessível para um leigo em economia como eu. Muita informação sobre a evolução da desigualdade e as dinâmicas do capitalismo. Além disso, não é um livro 'puramente' sobre economia pois o autor se preocupa mais com dimensão social dos números.
stlisieux 16/05/2021minha estante
Não entendo muito disso, mas aprendi muito com "As Seus Lições" do Mises, ele é mais um "panfleto", serve apenas para introdução à economia, pelo que ouvi dizer


marcosm 17/05/2021minha estante
Legal, vou procurar. Obrigado pela dica!


stlisieux 18/05/2021minha estante
De nada ?




Juan 02/05/2021

Talvez de 10 a 20% do conteúdo eu não tenha compreendido, o que é natural pra um livro desses. Eu iria dar uma nota baixa se não fosse a última parte do livro que fez toda a estrutura do livro fazer sentido, primeiro definir o significados dos conceitos econômicos, depois analisar os dados históricos (só dos países ricos, é bem verdade) pra enfim fazer uma discussão sobre as medidas a serem adotadas através de um Estado-social para 'dominar' o capitalismo e diminuir as desigualdades sociais. As conclusões estão muito em aberto, mas fica claro que pra tomar as decisões certas, um primeiro passo é ter dados mais precisos sobre todos os tipos de renda e sobre a acumulação do capital.
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Bruno.Defaveri 30/03/2021

Um mestre da economia
Livro retrata as divisões de classes e riqueza, maioria dos dados são dos eua e de países europeus, mostra o quanto é importante a herança pra continuidade da riqueza familiar e o quão a riqueza mundial se concentra nas mãos de poucos.
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Samira 05/01/2021

Muito bom!
Muito interessante. Principalmente para os estudantes da área. Ele faz uma discussão que foi amplamente criticada de forma positiva e negativa. E faz sim necessária não só aos estudantes da área como para leigos.
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Jose.Maltaca 12/08/2020

Uma ode a uma sociedade mais justa e democrática
O Capital no Século XXI é uma obra monumental. Thomas Piketty, baseando-se principalmente no legado de Kuznets e adotando uma postura menos otimista que seu antecessor, conseguiu demonstrar cabalmente como funciona a estrutura da desigualdade nos países desenvolvidos. Publicado em 2013, o autor e seus colaboradores se empenharam em pesquisar e compilar toneladas de dados que não deixam lugar à dúvida: a concentração do capital e dos patrimônios dele provenientes cresceu assustadoramente desde meados dos anos 1980, e não há previsão de que esse fenômeno se reverta tão cedo. O que o autor prega veementemente, e cuja discordância implica automático alinhamento com o aval ao aumento desmesurado de fortunas, é que a democracia participativa precisa encontrar meios de ser mais bem expressa, de forma que todos tenham uma maior possibilidade de auferir justiça na distribuição dos frutos do progresso.

Um dos maiores trunfos de Piketty é separar a discussão da desigualdade: há a desigualdade nas rendas do trabalho e a desigualdade nas rendas do capital. Ele mostra que ambas são gritantes e carecem de políticas públicas para o seu enfrentamento, principalmente no segundo tipo de desigualdade – o que é particularmente bem evidenciado ao se analisar o retorno dos investimentos das universidades estadunidenses. Essa discussão é antecedida por um extenso trabalho de reconstituição histórica das origens das desigualdades e da evolução da participação do capital na renda nacional dos países em análise, demonstrando implicitamente como as estruturas sociais e os hábitos de pensamento foram influenciados e modificados pela percepção de como os capitais foram mais ou menos preponderantes ao longo do século XX. A título de ilustração, e aqui eu aplaudo sem reserva, o autor utiliza romances de ficção do século XIX e algumas séries contemporâneas, demonstrando como a cultura é um reflexo da realidade da época em que se vive, e que lições econômicas valiosas podem ser extraídas da arte e do entretenimento.

Piketty não somente descreve como a estrutura do capital funcionou e funciona, como também propõe políticas que porventura poderiam mitigar a sua preponderância nas estruturas sócio econômicas atuais. Em particular, a questão do imposto sobre o capital e do imposto sobre as heranças me pareceram ideias com grande potencial de atenuar o problema da concentração da renda. Porém, como frisa o autor, a vontade política se faz necessária, e nesse ponto a análise me pareceu ingênua e até otimista demais. Isso porque enquanto o Estado continuar capturado por interesses de quem detêm volumes exorbitantes de capital, não haverá qualquer alteração na legislação que os tolham ou prejudiquem. Prova disso é a própria carência de dados com que o autor se deparou ao empreender sua análise, o que mascara ou esconde os fenômenos que foram tão eximiamente descritos em O Capital no Século XXI – muitos países sequer possuem dados sobre o percentual do capital em relação à sua renda, tampouco dados sobre o total de patrimônios detidos por todos os indivíduos. A mensagem que fica, porém, é a de que o crescimento econômico baixo não comporta altos rendimentos do capital, de forma que este progressivamente vai comendo uma fatia cada vez maior do bolo da renda nacional. Somente uma democracia verdadeiramente participativa e que represente a voz da população pode produzir as políticas necessárias para que muitos não se tornem propriedades de poucos no século XXI, como vem acontecendo. Recomendo a leitura desta extraordinária ode à democracia, à informação e à justiça social.
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