A Selva

A Selva Ferreira de Castro
Ferreira de Castro




Resenhas - A Selva


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Alexandre 25/11/2022

O autor emigrou para o Amazonas quando adolescente e depois retornou a Portugal e se tornou escritor. O livro nos faz entender como era o Amazonas há 100 anos e a dinâmica entre a floresta, os índios, e os colonizadores.
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Rodrigo.Monteiro 19/02/2022

A selva.
Esse livro é importante pra mim, eu que sou amazonense penso que este livro retrata muito bem os dramas dos seringueiros vindos do nordeste para trabalhar nos seringais em plena floresta amazônica na primeira metade do séculoXX, faz parte da história amazonense, e dá voz àqueles que ajudaram a construir a relativa riqueza amazonense da época da borracha, muito embora esses não pudessem usufruir dessa riqueza. FERREIRA DE CASTRO é um grande escritor.
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Carolizons 27/09/2020

Espetacular
Livro incrível que nos leva para o coração da selva amazônica. Acompanhamos de perto as condições desumanas a que seringueiros eram submetidos. Romance de cunho social, discute a (des)igualdade entre os homens. O fim é magistral.
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Pedróviz 27/09/2020

Final abrupto
Em A Selva, o escritor português Ferreira de Castro conta um pouco da vida dos seringueiros no período do declínio do mercado da borracha brasileira, em 1930.
A floresta e o rio, descomunais, são presenças que se impõem, e por isso o autor descreve a natureza amazônica com o detalhe de quem descreve um personagem importante.
Basicamente, a história relata a aventura que o protagonista teve de enfrentar às margens do rio Madeira num acampamento de seringueiros. Vindo de Portugal por motivos políticos e morando de favor na casa do tio, certo dia ouviu o que não gostou e seu orgulho ferido o obrigou a enfrentar o destino na selva.
O livro mostra o convívio de vários tipos humanos naquele meio: o proprietário, o caboclo satisfeito com seu quase nada, e o seringueiro cearense, prisioneiro de uma armadilha ao tentar melhorar sua realidade.
O livro foi uma denúncia para o mundo, pois o autor escreveu o livro após uma estadia de um ano nos seringais amazônicos, constatando em primeira mão a realidade.
Outro aspecto do enredo é a onipresença esmagadora da floresta. Uma sensação de angústia claustrofóbica diante da massa vegetal, da natureza que tudo domina.
A única falha que encontrei foi para o final, que julguei ser muito repentino. Mas a vida também é cheia de finais súbitos, se pensarmos bem.
Cinco estrelas.
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Locimar 15/08/2020

Grata surpresa
Li este romance por ocasião de uma das disciplinas do meu curso de Letras - Português e suas Literaturas ao abordar as questões literárias voltadas para a região Amazônia, ou a literatura na região norte ou a literatura sobre o Amazonas, ou falando da região.
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Vanessa.Vtknas 28/02/2020

Amazônia
Relato descritivo e ao mesmo tempo envolvente da situação dos seringueiros na Amazônia do início do século XX
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Juliana_alvernaz 16/08/2019

Só um comentário
O romance autobiográfico de Ferreira de Castro, por meio de um narrador onisciente intruso seletivo, narra a trajetória do personagem português Alberto no seringal em Amazonas. Há longas e constantes descrições da selva, em que paisagens e corpos são representados a partir de uma perspectiva devedora de uma modernização.
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><'',º> 23/05/2017

"A Selva é considerado o romance mais autobiográfico de Ferreira de Castro. À semelhança de Alberto, personagem central da obra, Ferreira de Castro também emigrou para o Brasil, também foi abandonado por aquele que supostamente seria o seu protetor, acabando por ser ver “obrigado” a ir trabalhar para o seringal Paraíso, viajando em 3ª classe no barco Justo Chermont. Aliás, é o próprio Ferreira de Castro que o admite por ocasião da edição comemorativa da “Selva” em 1955.
Escrito em 1929 em apenas 8 meses, esta é uma obra que serviu de exorcismo ao autor, não só pelas dificuldades por ele passadas e narradas, mas e principalmente, pela exposição ao mundo da difícil e desumana vida levada por aqueles que retiravam (e retiram) borracha na selva amazônica.
Publicado em 1930, a obra foi bem acolhida pela crítica, sendo ainda hoje considerada a melhor obra de Ferreira de Castro."

Texto de MIGUEL CHAICA.
Artigo completo no link a seguir

site: http://nlivros.blogspot.com.br/2011/02/selva-ferreira-de-castro.html
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z..... 23/05/2017

A obra mostra um seringal no fim do áureo ciclo da borracha. Foi publicada em 1930, caracterizando-se por descrições minuciosas do cenário amazônico e percepção do homem baseando-se na vivência do autor na região.

Acredito que a descrição seja o aspecto mais marcante. Os relatos são enfáticos, descritos com entusiasmo de descobertas, expressando uma natureza selvagem, impactante e grandiosa. Esse aspecto se explica no protagonista, Alberto, um jovem português que parte do Maranhão rumo ao Amazonas para conhecer e trabalhar em seringal. O trajeto se deu a maior parte em navio gaiola e a viagem essencialmente é de contemplação e divagações sobre o cenário. Há uma variedades de curiosidades referentes à fauna, flora e observação do ribeirinho em seus hábitos. Textos instigantes e bonitos, com algumas partes exageradas, como se fosse a apresentação da Amazônia idealizada pelos gringos, algo para impressionar (tipo o registro de piraíbas com ações similares à tubarões e sucuris que reduzem cachorros à pasta - apesar de não conhecer terminologia de Portugal, hidrossauro me parece algo muito enfático também), refletindo relatos obtidos mais pela oralidade que pela observação, como de fato existem.
Nesse aspecto de Amazônia gringa, logo imaginei que a onça seria visada como besta fera maior, havendo um certo prazer na descrição de seu abatimento, e assim foi mostrado em dois momentos. E o boto, hein? Como o autor pode deixar de fora sendo um dos mais representativos símbolos de cá...
Sim, há exagero e valorização da visão estrangeira na minha opinião. Compreensível, mas que traduz também certo preconceito em divagações (como a crítica ao conceito ribeirinho de cidade e aos índios, que também prefiguram bestas humanas violentas às quais deveriam todos estar atentos com suas armas sem titubear - o livro ilustra com um episódio horrendo e bestial). Tudo mais ou menos nesse termos.

As descrições acompanham os hábitos do seringueiro, sua realidade e descobertas na floresta, mas o autor, daí em diante, passa a dar atenção maior ao homem, que é mostrado em uma realidade difícil, sujeita à injustiças, escravidão e desmandos. Além disso, duro para eles viverem sem mulheres por perto... O livro quase não as mostra entre as personagens.
A atenção ao final é ao homem e o protagonista acaba percebendo e vivenciando que a agressividade, força e imposições maior sobre as vidas não vem da selva que descobrira, mas das injustiças entre os homens ali assentados (quando do piorio!).
Não curti o final, mas está em acordo com o que o autor procurou retratar.

Foi o que se destacou em minha leitura, feita através de ebook no celular. Quase desisti, mas as peculiaridades, grandezas ou infimidades da obra me fizeram persistir.
Ora, pois pois! Um livro mesmo fixe!
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Cabelo 27/04/2010

CivilizaçãoXBarbárie
Romancista português e precursor do neo-realismo em terras lusitanas, Ferreira de Castro demonstra um olhar objetivo mas repleto de lirismo na sua linguagem. Em A SELVA, o autor traça uma interessante história que se passa no Brasil no início da década de 1930 e que mistura de modo instigante noções de civilidade e barbárie. Além disso, a obra decorre de experiências do prórpio autor na região amazônica que conheceu ainda adolescente.



Um estudante de direito português, cansado da situação de seu país - então já em pleno governo salazarista - migra para o Brasil. No Maranhão possui parentes onde se depara com trabalhadores quase escravos dos seringais. Assim, o narrador desata um depoimento de “des-civilização”, ao contrário da histórica auto-imagem do português colonizador e, por conseguinte, civilizador. Em outras palavras, surge uma realidade já não mais colonial de um povo português cada vez menor na Europa e no mundo: Portugal é um país periférico mais próximo das ex-colônias que do centro europeu.



Questões como liberdade humana, civilização e barbárie, o destino do homem são muito presentes na obra do autor, bem como a situação do português no mundo ao longo da primeira metade do século XX.



Vale a pena conhecer a obra o do autor, ainda que só existam edições portuguesas importadas. Gostei muito do "A selva".

http://literaturacotidiana.com.br/?p=2023
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Jeane 26/07/2009

A selva - um romance autobiográfico
Faz tempo que li este livro, quando estava na escola e muito me impressionou. O romance é autobiográfico e retrata com realismo a vida de semi-escravidão dos nordestinos que vieram trabalhar nos seringais da Amazônia. O livro mostra uma floresta inóspita e exuberante, que aprisiona a todos e exige tributo daqueles que a desafiam, nas palavras de Ferreira de Castro:

“ A selva não perdoava a ferida que lhe tinham aberto e só descansaria quando fechasse, novamente, a clareira, transformando a barraca em tapera, dali a dez, a vinte, a cinqüenta, não importava a quantos anos – mas um dia!”

É um livro ótimo por dar vida a uma parte da história que a gente apenas conhece de relance na escola. Ferreira de Castro foi o primeiro autor (português!) que me contou esta história tão esquecida do nosso país... É uma pena que a gente só encontre este livro garimpando nos sebos!
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