Jô 14/04/2024
O livro que trago hoje é para mim ao mesmo tempo uma libertação e também uma dor. Falo do décimo segundo livro da série House Of Night, que acompanho desde o primeiro livro, Marcada, lançado em 2009. Bom, ao mesmo tempo em que estou feliz por terminar o que parecia que nunca acabaria, fico triste por acabar. Como vou viver agora, sem esperar pelo próximo livro? Aiai?
Bom, o final chegou e junto dele veio a pirada da Neferet, que surtou de vez. Sim, ela tá doidona, no sentido literal. Conjurou as trevas e começou a fazer dos humanos seus súditos. Mata tudo e qualquer pessoa que possa servir-lhe de alimento e também alimentar as trevas, sua companheira inseparável. Ela precisa constantemente do sangue dos humanos para manter-se com o poder no turbo. Seus momentos de maluquice rendem muita apreensão, mas também boas risadas.
? Ninguém jamais me compreendeu. Mas agora eu vou obrigá-los a me entender. Vou fazê-los entenderem! Os moradores de Tulsa é que devem se esconder de mim, e não o contrário.
Zoey está acuada em uma prisão e está muito fragilizada, pois pensa ter matado duas pessoas. Ela se entregou e está na cadeia esperando por tudo o que vai lhe acontecer, sendo que o pior de tudo é rejeitar a transformação, por estar longe dos outros vampiros. Ela sabe que a convivência com a pedra enfeitiçada a transformou em uma pessoa má. Os momentos dela na cadeia são de muita apreensão, pois ela já sente os efeitos da rejeição e sabe que a morte virá buscá-la sem demora. O bom de tudo isso é que ela nunca esteve só e não estará nesse momento, porque sua avó e seus amigos irão em seu socorro.
As coisas pioram, Neferet ataca e mata sem pausa. Toda essa união das trevas causa o desequilíbrio entre luz e escuridão e, mesmo os lugares mais seguros do mundo (aqueles protegidos pela magia do bem), sofrem com isso. A Morada da Noite não pode ficar inerte, mas também nenhum deles faz ideia do que pode ser feito para acabar com a deusa das trevas, ela está muito mais poderosa e nada a impedirá de tomar o mundo todo.
O livro tem um enfoque muito exagerado em Neferet, achei que poderia ter abrangido mais outros personagens, mas também não chego a pensar que tenha saído do que já era esperado. Os onze livros anteriores sempre tiveram um direcionamento mais enfático eu um ou outro personagem e neste último não foi diferente. O enfrentamento decisivo que transformou Zoey em uma verdadeira escolhida da deusa deu-se somente nos últimos capítulos e até que isso chegasse ela pareceu mais frágil do que nunca. Ao longo de toda a série gostei muito de ver a mudança dos personagens e gostei de ver que isso aconteceu até mesmo com Aphrodite, que se mostrou uma pessoa melhor e diferente, sem perder suas características.
Os amores foram mantidos, outros novos surgiram e talvez você leitor não goste tanto dos finais de alguns personagens, mas foi tudo dentro da coerência e da razão. Chorei por alguns personagens que tive ódio mortal durante muitas páginas, mas que me conquistaram ao longo da série, e lamentei suas perdas. Preparem seus corações porque o que tiver de acontecer vai acontecer, independente de ser uma coisa boa...
Enfim, não foi um final cinco estrelas, na minha opinião, mas foi digno e de acordo com tudo aquilo que nos foi apresentado ao longo dos anos. O livro contém erros grotescos de revisão, inconcebíveis para uma publicação.