Caderno de um ausente

Caderno de um ausente João Anzanello Carrascoza




Resenhas - Caderno de um Ausente


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carbononh 28/05/2024

Silêncio!
Quando tateio as páginas do livro em silêncio descomunal, sinto o corte das palavras a me atravessar e abrir lentamente, como o caminhar do sol na bruma do céu.

Se Deus existe, com certeza, a prosa de João Anzanello Carrascoza é prova disso. Obrigada, João, por me colocar, novamente, no colo de meu pai, enquanto goteja em minha boca águas de oceano com gosto de terra que inflamam vida e ressuscitam mortos.

A narrativa é linda, do início ao fim, cartas de amor escritas com tinta e sangue, enderaças a uma filha recém entregue ao mundo. Tuas palavras, poemas de ninar, quaram tecidos no quintal de casa, cozinham arroz e feijão em fogo brando, endossam o desejo pela vida.

Se presente ou ausente, há nas palavras e reflexões desse homem uma montanha de remorso e compaixão, esperança e náusea, morte e vida, negação e ressurreição. Aqui, Bia, tu poderá compreender a vastidão de tua vida, que, acabada de iniciar, já detém os prazeres e pesares que se encenam em meio às horas e através das cortinas.

É uma dávida poder saborear as palavras de João, que, novamente, me preenchem de uma outra fome que clama ser saciada. Se não fosse pouco, eu diria "te amo", mas me manterei calada, pois sabemos que é o silêncio a melhor linguagem para comunicar o impronunciável.
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Rosana Miyata 31/03/2024

Um livro pequeno, leitura rápida e escrita poética.

João escreve cartas para a sua filha recém-nascida, nelas ele fala sobre a finitude da vida, deixa claro que, estando ele com os seus cinquenta anos, não conseguirá acompanhar muito da vida da filha, por isso resolve escrever essas cartas com pequenas lições que ele gostaria de lhe ensinar, além de contar um pouco sobre a vida dos antepassados e da própria rotina.
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buttercup 30/03/2024

Lindo
Nossa que livro lindo, intenso, amei muito a experiência de ler ele, e ansiosa para ler o próximo da triologia
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Vtaug 21/02/2024

Caderno de um Ausente
Caderno de um ausente é uma jornada íntima e poética que me cativou desde o início. Escrito por João Anzanello Carrascoza, o livro me levou a um mergulho profundo na experiência humana da perda e da saudade. A narrativa se desenrola através das cartas que um pai escreve para filha. Nessas cartas, o pai consegue expressar sentimentos profundos, reviver memórias preciosas e compartilhar preocupações. Carrascoza habilmente aborda temas como a passagem do tempo, a efemeridade da vida e a importância dos laços familiares, criando uma atmosfera melancólica e reflexiva que ressoou profundamente em mim. Sua prosa delicada captura a complexidade das emoções diante da perda, oferecendo uma reflexão poderosa sobre a existência e a conexão entre pais e filhos.
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diennifercb 23/01/2024

Impactante
Desafio ?volta ao mundo literária?
?São Paulo, BR

Caderno de um ausente é um dos livros mais lindos e emocionantes que eu já tive o privilégio de ler. Foi uma leitura muito difícil de fazer em público, o autor coloca tanta sensibilidade e sentimento naquelas cartas do pai para a filha, e foi como se eu estivesse sentindo junto com ele, mas ao mesmo tempo também estivesse lendo enquanto filha. Lindo demais. Eu gostei tanto, que uma das cartas eu grifei inteira, do início ao fim. A escolha do nome para o livro foi muito perspicaz, porque pela premissa/sinopse, a gente cria uma ideia, mas no decorrer da leitura vai entendendo o porque do uso da ausência, e é doloroso demais. Lidar com a finitude da vida é muito difícil, enquanto sociedade temos uma imensa dificuldade de falar em morte e de pensar no fim da vida, então falar sobre isso em um livro numa visão de pai de uma recém nascida, é algo que te pega e te faz refletir de uma maneira diferente.
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Aline 17/01/2024

Doce e profundo.
João é doce na escolha e na organização das palavras, dá uma gentileza inédita às explicações das coisas da vida. Eu gosto de quem fala das coisas com poesia, com paixão e até com um pouco de inocência. Fica mais bonito, sabe?

O caderno de um ausente conta a chegada da Bia, segunda filha de um homem cinquentenário, pai de um menino, companheiro de uma mulher linda. Um cara doce, saudoso e cheio de sonhos. Neste caderno ele conta pra Bia as possibilidades de futuro, como as coisas poderão ser ordenadas (ou não) na vida, como ela poderá ser imensamente feliz e profundamente frustrada. Como as pessoas poderão passar por ela, como as coisas poderão acontecer. Um pai que tenta desenhar boas memórias e costurar palavras de um futuro bom. Coisas que a gente começa a entender com o cansaço da vida nos ombros, depois de chorar por amores profundos, depois que aprende a se olhar no espelho de verdade. Das saudades que a gente não consegue aproveitar quando jovem, do peso que nossas memórias trazem. Do valor que a gente começa a dar para quem ama a gente. Da falta, da perda, da tragédia.
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Elina3 07/01/2024

Encantador
Posso dizer que esse livro tem um tom poético que me deixou encantada, cada página nos traz uma reflexão sobre a vida.
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hagabrielah 06/12/2023

Muito poético
"Caderno de um Ausente", o primeiro volume da Trilogia do Adeus de João Anzanello Carrascoza, é uma jornada poética e filosófica escrita pelo narrador, um homem de cinquenta e tantos anos, que registra anotações de vida para sua recém-nascida filha, Beatriz. A trama é imersa em reflexões filosóficas e poéticas sobre a passagem do tempo, a delicadeza da vida e a inevitabilidade da despedida.
A estrutura formal do romance é notável, apresentando-se como um caderno de anotações entrecortado por espaços em branco, destacando os vazios que a ausência já ocupa na vida do narrador. Esses espaços não apenas expressam as hesitações do pai ao tentar comunicar a educação sentimental para a filha, mas também simbolizam a presença latente da despedida iminente.
Ao longo do primeiro ano de vida de Beatriz, o leitor testemunha a jornada do pai, que, além de enfrentar os desafios de cuidar de uma criança, também lida com a preocupação constante pela saúde da mãe de Bia. Essa dualidade entre alegria e preocupação cria uma atmosfera rica em emoções, adicionando camadas de complexidade à narrativa.
A escrita poética de Carrascoza é o ponto alto da obra, envolvendo o leitor em uma atmosfera de contemplação e apreciação pelas pequenas coisas da vida. A narrativa delicada e filosófica é uma celebração da efemeridade do tempo, transmitindo a mensagem de que cada momento merece ser apreciado, mesmo que estejamos cientes da inevitabilidade das despedidas.
Em suas páginas, "Caderno de um Ausente" não apenas registra o crescimento de Beatriz, mas também serve como um testemunho do amor paterno e da busca por significado em meio à efemeridade da existência. Carrascoza mais uma vez demonstra sua habilidade única em transmitir emoções profundas por meio de sua prosa, proporcionando uma leitura que ressoa além das palavras escritas.
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JurúMontalvao 26/10/2023minha estante
??
Interessante


Gigio 27/10/2023minha estante
Sim, e muito lindo!




Léo 25/09/2023

O primeiro livro dessa pequena trilogia já te desarma e te apresenta um autor de rica linguagem poética, um narrador de prosa solta que dá vontade de tomar um café junto e ouvir tudo o que ele escreve da boca dele.
Em Caderno de um Ausente um pai de mais idade escreve para filha que não sabe se conseguirá ver crescendo. Escreve principalmente sobre a vida, mas não traz fatos e sim memórias, não traz lições e sim histórias. Esse primeiro livro foi um abraço no coração que me alegrou e fez chorar do início ao fim, essa ligação pai-filha tão aguardada, e a finitude lado a com a vida que dá seus primeiros passos...além do tema, a poesia emociona qualquer um pela sua melodia e eloquência.
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Vitor 10/05/2023

A certeza da morte?
Caderno de um Ausente é um livro interessante. Coloca o amor de pai na hora de confessar a filha recém nascida, o que é a vida - que logo (diante de sua brevidade) também é morte.

Passeando pela família, os que se foram também; o autor nos leva a entrar na mente de sua reflexão. À filha que o caderno foi escrito, também nos tornamos capazes de sentir o que há por vir.

Leitura intensa, em muitos momentos excêntrica e rebuscada, pode afastar alguns, mas - diante de seu lirismo do dia a dia e da matéria prima de conviver - fazer com que outros espelhem suas famílias nas páginas
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gvazzz 09/05/2023

A premissa é sensacional, mas não me pegou dessa vez :(
João faz um relato para sua filha Bia, recém-nascida, por ele acreditar que não poderá acompanhar a vida dela, já que tem mais de 50 anos
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Angie - @livros_libras 02/04/2023

O que falar deste livro? Pensei em vários caminhos e cheguei a conclusão que tenho que falar dos sentimentos que ele me trouxe.

O livro são cartas que um pai já na casa dos cinquenta anos escreve a sua filha recém nascida, pois ele sabe que não acompanhará o crescimento dela. Entre memórias de vida dele e de sua família, as palavras dançam numa poesia sensível e acolhedora.

Senti muitas coisas na leitura, pois vim repensando a minha vida, ou melhor, no futuro onde sei que as pessoas que eu gosto não estarão. A literatura desperta em mim sentimentos que sozinha não conseguiria compreender na minha vida.

Leiam este livro e se emocionem tanto quanto eu.
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Beta 11/03/2023

Poético
Estava esperando outra coisa completamente diferente, mas me deparei um um diário super poético que nós faz refletir muito, possui do começo ao fim um tom melancólico mas as palavras são lindas e o final no atinge em cheio? amei!
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