Paula Juliana 27/08/2014
Resenha: Dublin Street - Dublin Street - Livro 01 - Samantha Young
''Você está com medo, Eu sei disso. - Ele se inclinou para murmurar de maneira reconfortante na minha orelha. - Eu sei por que você fugiu hoje, e eu sei por que você está fugindo agora. Mas merdas acontecem, Babe... não há proteção contra isso. Você também não pode deixar isso tomar conta de sua vida e dominar os seus relacionamentos. Nós precisamos aproveitar o tempo que temos, não importa o quão longo ele vá ser. Pare de fugir.''
Vocês já sentiram dor? Mas não qualquer dorzinha, não uma dor na garganta, ou nas costas, e sim, uma dor emocional! Já perderam alguém que amavam ao ponto de fechar seus sentimentos em uma caixa imaginária, e viver suas vidas sem laços, sem deixar o outro chegar perto demais? Foi isso que nossa mocinha fez, no livro lindo, emocionante e gostoso de uma das minhas autora preferida de todos os tempos, Samantha Young, o livro Dublin Street, que fala de dor, perda, fala daquelas pessoas que se fecham para a vida e não deixam ninguém entrar, fala de laços, dos laços da amizade, da família e do amor!
Fala do bom e velho, recomeçar, novamente!
Então bem vindo, a história que começa quando uma certa mocinha se muda para um apartamento grande e bonito na Dublin Street...
''Você é uma boa pessoa, o que faz com que o fato de não confiar em ninguém seja difícil para quem se importa com você.''
Joss perdeu a família em um acidente de carro aos 14 anos. Ela não gosta de solidão, mesmo sendo fechada e não gostando de falar de si mesmo precisa estar rodeada de pessoas. Por isso ela não quer morar sozinha. Então nossa mocinha, procura um apartamento e uma colega de quarto, como o destino tarda mais não falha, ela acaba achando a rua Dublin Street!
A caminho de conhecer sua nova morada, Joss, acaba dividindo o táxi com um ''engravatado'' para lá de charmoso... como a nossa protagonista é osso duro de roer, e não tem relacionamento de qualquer tipo, ela dá uma esnobada básica no bonitão, a atração é instantânea, mas vamos deixar para lá, ele é um desconhecido qualquer! E é isso que ela faz!
Ela recomeça sua vida novamente! Casa nova, começa a conhecer a doce e inocente Ellie, sua nova companheira de apartamento!
Porém, é claro, que o destino irá colocar um certo senhor engravatado novamente em sua vida!
Como? Chutem quem é o irmão de uma certa Ellie? E é ai que nosso romance começa!
''Eu contei tudo a ela.
-Então você se sente atraída por ele?
- Eu me sentia.
Ela assentiu.
- De volta a minha pergunta anterior, então. Por quê? Por que você fugiu?
Moça, se eu soubesse isso, eu estaria aqui?
- Eu não sei.''
Joss é escritora, está sempre observando as pessoas. Trabalha algumas vezes por semana no clube 39, um bar na George Street. Uma mulher, forte e independente, teimosa, geniosa e com uma vida amorosa e sentimental inexistente, acredita que amar as pessoas só leva a sofrimento e dor!
Nossa mocinho é Braden! Guardem esse nome meninas!!!
Ele com seu sotaque escocês arrepiante, irmão de Ellie a quem daria sua vida, engraçado, protetor, cuidadoso, observador, brincalhão, sexy, muito sexy, ele desnuda por completo a alma de Joss. Fofo demais, um dos meus mocinho preferidos, entre todos meus mocinho literários.
''A mão de Braden apertou com mais força a minha nuca, e ele gemeu, a vibração do som agitando-se em mim, deslizando pelo meu corpo feito mãos, provocando meus mamilos, sussurrando através da minha barriga e escorregando por dentro do meio das minhas pernas. O beijo dele ficou mais forte, mais exigente... beijos longos e entorpecentes que roubavam o meu fôlego. Estávamos ofegando e puxando-nos em direção a boca um do outro, como se não conseguíssemos ir fundo o bastante, minhas unhas conquistando espaço dentro do seu suéter a medida que eu tentava faze-lo ficar mais perto. (...)
- Você gosta disso, Babe? - murmurou ele, seus olhos voltando a olhar para a minha boca. - Você gosta das minhas mãos em você?''
O livro aborda o Transtorno de estresse pós traumático, TEPT, a mocinha tem ataques de pânico contante sempre que lembra de sua família. Com um passado trágico, Joss, reprime toda a sua dor e seus arrependimentos.
Os sentimentos dos personagens são fortes e palpáveis, é como se você lendo, sentisse toda a dor deles.
Mas não é um livro pesado, ele é muito ENGRAÇADO. É algum ingrediente na escrita de Samantha que deixa tudo na medida certa.
Gostei tanto desse livro, que essa foi a terceira vez que li ele. Agora em parceria com a editora Leya, no selo Leytoras. As duas primeiras vezes, eu simplesmente não consegui resenhar, ela não saiu, esse é o problema quando se tenta falar de seus livros preferidos, nada que a gente vá escrever, vai ser suficiente para passar tudo que sentimos lendo, todo o amor e carinho que você tem pela história.
''Algumas vezes, palavras não são necessárias para que você saiba que uma mudança aconteceu em você. É possível partilhar com um amigo um olhar que cimenta uma compreensão mais profunda entre vocês e, dessa forma, uma ligação mais forte. Um toque em uma irmã, um irmão ou um dos seus pais que diz Eu estou aqui, não importa o que aconteça e, de repente, alguém que era apenas um familiar, uma pessoa a quem você amava, torna-se também um dos seus melhores amigos.''
Dublin Street para mim foi um livro marcante todas as vezes que li. É um romance sexy, sensual, engraçado, intenso, envolvente, com personagens incríveis e viciante. Se você ler um livro da autora Samantha Young, vai querer ler todos.
''Quando a chuva começa a cair, ela não para só porque você diz para ela parar. Eu acho que ela para em seu próprio tempo. Minhas lágrimas, assim como a chuva, continuaram a cair a medida que segui meu caminho para casa sob uma visão turva. Na verdade, é difícil descrever um coração partido. Tudo o que seu é que uma dor inimaginável - essa dor pulsante e aguda que quase incapacita você - se concentra no meio do seu peito e irradiá-se. Mas existe mais do que a dor. A negação se aloja no sua garganta, esse caroço tem o seu próprio tipo de dor. ''
Eu sofri, chorei, ri muito, de gargalhar. Durante minha primeira leitura dessa obra conheci uma amiga muito querida, e foi com ele - discutindo e comentando esse livro, que criamos uma amizade muito bonita. Ele tem uma mensagem maravilhosa, mas o que mais gosto nele, não é só o drama, as descrições, a escrita linda da autora, ou as cenas quentes e românticas, as tiradas leves e engraçadas, o que mais gosto é que Dublin Street me faz sonhar e acreditar no amor sempre!
'' - Jocelyn, você não está quebrada, querida - sussurrou ele roucamente, os seus olhos implorando para mim. - Você teve umas poucas rachaduras, mas todos nós temos algumas.''
Paula Juliana
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