Tempos extremos

Tempos extremos Miriam Leitão




Resenhas - Tempos Extremos


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Danielle.Pires 13/08/2020

Tempos Extremos
Larissa vive em dois mundos, passado e presente, e em uma viagem no tempo ela conhece uma família de escravos e eles querem uma resposta do futuro.
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mariaclcm 29/07/2020

Um livro para refletir sobre a história do Brasil
Esse é um livro que a todo momento nos pergunta: qual o custo?
Abordando a escravidão e o regime militar (ditadura), a autora nos faz pensar qual é o custo da história do nosso país, e como ela afetou diversas gerações. Em alguns momentos a trama fica um pouco massante, mas na maioria do tempo é uma leitura fluída. Eu recomendo.
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Ana Martins 21/07/2020

A construção desse livro me fascinou, apesar da narrativa repetitiva em certos momentos. Terminei o livro com a sensação de que a repetição foi necessária para compreender a urgência das discussões. A escrita da autora é simples e sensível, e indico caso não conheçam a Miriam (como eu) pesquisarem sobre a vida dela.
'' A paz não brota em tempos extremos. Há escolhas e preços. Conflitos. A paz chega um dia, como os rios correm calmos após vencer as cachoeiras e o tumulto das corredeiras.''
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Lilith 30/06/2020

Primeiro livro brasileiro que leio, sem contar Dom Casmurro. A escrita da autora é perfeita, consegue entregar qualquer emoção perfeitamente, e as descrições também. O tema abordado mexeu muito comigo, apesar de saber como foi a escravidão no Brasil, ler isso torna tudo mais real, as dores de quem infelizmente passou por isso. A autora consegue entregar tudo isso muito bem, e passar várias mensagens super importantes ao longo do livro. Outro tema também retratado é sobre a ditadura militar no Brasil e conflitos familiares. Esses dois temas tem ligação na história e são super bem desenvolvidos e interligados. A forma como ela escreve em terceira pessoa, e no ponto de vista de vários personagens da ainda mais emoção ao ler, por vc conhecer um pouco mais de casa um.
Achei o fato de ela usar essas aparições de escravos uma ideia genial. Pois também faz uma crítica que uma das mensagens que ela quer passar. " De que adianta o passado se não aprendemos com ele?" O livro inteiro é lindo apesar dos temas pesados. Ela consegue trazer essa leveza apesar do que se é falado.
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Yuri 23/06/2020

"A mim, coube carregar a vida e seu fardo, procurando eternamente a saída desse labirinto."
"A mim, coube carregar a vida e seu fardo, procurando eternamente a saída desse labirinto."

"Tempo Extremos" é o primeiro romance da jornalista Míriam Leitão, autora já de obras premiadas de não-ficção e histórias infantis. No romance de estreia, Míriam envereda numa trilha de feridas abertas na história do país, a escravidão e a ditadura.

Através de um realismo mágico, Larissa, nossa protagonista, consegue acessar um brecha no tempo que a coloca em contato com a época escravagista brasileira, em que conhece Constantino e seus dois filhos, Bento e Paulina.

Ao mesmo tempo em que, no presente, um drama familiar se desenrola quando, no aniversário de 88 anos da matriarca da família, Maria José, o passado da família volta pra cobrar a conta. Antigos fantasmas da ditadura que dividiram irremediavelmente dois irmãos, Hélio, militar, e Alice, mãe de Larissa e militante da esquerda.

Míriam consegue costurar temas interresantes por meio da premissa mágica e abordar discussões sobre o passado do país que muita gente desconhece e esquece ainda hoje. Porém alguns detalhes me incomodaram no livro, principalmente os diálogos que me pareceram sempre num tom inverossímel, como se todos os personagens fossem atores de uma peça de Shakespeare, recitanto monólogos e monólogos. Muitos diálogos não me soaram espontâneos, nem orgânicos, nas mais diversas situações em que eles aparecem.

Ainda mais quando os escravos apareciam e tinham falam tão perfeitas na sintaxe e gramática, concordância e outros fatores. Além da linguaguem deles ser super contemporânea, destoando com a época.

No mais, o livro é bom e fica aí a recomendação.
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LARISSAFAMBRI 23/06/2020

Romance histórico
Eu estava com expectativas erradas sobre o livro, achei que seria sobre seca, acredito que pelo título e a imagem da capa. Mas não tem nada a ver com seca! O livro é sobre um romance histórico, aborda escravidão e a ditadura militar no Brasil.

É perceptível a pesquisa histórica que a autora realizou para escrever esse livro, tem muitos detalhes, muitas descrições o livro nesse sentido é completamente primoroso. Você se sente em Minas no tempo da escravidão, são tantas passagens marcantes no livro que chega a ser difícil ler em alguns momentos!

Somente dois pontos me incomodaram, tem muitas descrições repetidas no decorrer do livro, muitas mesmo, o que acaba tornando bem cansativo. Segundo é o romance, a personagem se apaixona perdidamente em menos de uma semana.

O livro é uma leitura muito lenta, mesmo sendo uma história com poucas páginas, vai demorar dias para ler, por ser tão descritivo como comentei e também por não ter ação, é um livro parado, então pode ser que seja difícil engatar na leitura.

No mais, eu achei incrível tudo o que eu li. Principalmente a parte histórica, os tempos extremos que o Brasil sofreu.
Marcos.Alexandre 01/07/2020minha estante
Desculpa mas eu ri do "Achei que seria sobre seca" lkkkkk




Laura Finesso 17/06/2020

Sensível e fascinante
A citação acima explicita bem um dos tantos aspectos hipnotizantes desse livro. Em Tempos Extremos, acompanhamos a Larissa, uma mulher de 38 anos deslocada que se encontra com a família para o aniversário da matriarca na fazenda centenária do interior de Minas Gerais, Soledade de Sinhá. Essa fazenda será o cenário de uma jornada em que Larissa desvendará os mistérios do passado escravocrata da fazenda, enquanto tenta lidar com as brigas políticas entre sua mãe Alice, uma ex-presa política da época da ditadura, e seu irmão Hélio, um militar de carreira. 
Com uma alternação entre passado e futuro genial que a autora implanta na narrativa, somos apresentados aos escravos Constantino e seus filhos Bento e Paulina, tais quais procuram uma forma de sair da situação em que se encontram, um por meio de violência e outra por meio de amizade com os brancos. Procurando intermediar o conflito entre os dois e decidir qual forma é a melhor, Constantino pede a ajuda de Larissa, mesmo estando separados por séculos. No intermédio de tudo isso, vamos conhecendo o passado do Constantino e da própria fazenda, além de conhecermos o horror incomensurável que foi a escravidão.
Eu nunca havia ouvido falar desse livro antes, e não faço ideia do motivo; é simplesmente um daqueles livros que você deseja que todos leiam. Por meio da ficção, Míriam Leitão denuncia um passado que o Brasil se recusa a conhecer: o da violência, violência que utilizamos como alicerce para construir a sociedade que conhecemos atualmente. E, curiosamente, o movimento negacionista brasileiro se acentuou nos últimos anos: negam que houve uma ditadura, negam que toda a sociedade tem uma dívida histórica com os negros por conta dos séculos de escravidão que tivemos e suas consequências presentes até hoje na vivência dos negros no país. E por que? Porque é mais fácil negar uma parte da história que mostra como temos sangue nas mãos. Sangue dos milhões de negros escravizados, torturados, vendidos, mortos. Sangue das 1843 vítimas de tortura durante a ditadura militar no Brasil, sendo que 434 morreram ou desapareceram (números identificados pela Comissão Nacional da Verdade, porém se admite que deve haver muito mais entre esses grupos). Citando o próprio livro, ?Eu sou da geração que teve que construir a imagem do pai, do tio, da mãe, a partir dos retalhos que nos ficaram, muitas vezes fantasiando, é verdade. Mas a geração que tem que contar o que houve é a que viveu de frente esse tempo louco. Eu tenho a minha obsessão pelo encontro com os diversos passados mal contados deste país. O que me incomoda é essa atitude de fuga, como se o passado mal resolvido não fosse cobrar sua conta. E essa urgência do resgate ficou aguda na fazenda. Escravidão, ditadura, nada foi encarado com coragem.? 
O fato é que, é mais fácil negar a culpa do que admiti-la e perceber o quão coniventes fomos com a violência pregava e consumada no país, o quanto fechamos os olhos para os traços de repressão que ainda há (e nem sempre tão disfarçados), ou que o racismo ainda é um dos problemas principais que temos na sociedade atualmente. É difícil aceitar tudo isso, eu sei. É difícil carregar consigo a culpa de toda a história de um país. Mas, como disse Edmund Burke, ?Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la?. Um problema só pode ser resolvido quando reconhecermos que ele é um problema. Como a personagem Larissa diz em uma conversa com Constantino, ?Depois da escravidão em si, virão outras formas de negação ao seu povo. A pobreza, o abandono, novas formas de exclusão. A verdade será dissimulada, as explicações, oblíquas. [...] Se pudesse levá-lo comigo a ver as cenas que vejo nas ruas, nas empresas, nos restaurantes dos ricos, eu mostraria os vestígios desse passado que tantos fingem não ver. Nas festas das áreas ricas das cidades, os brancos comemoram e confraternizam, e os negros servem e tocam. E circulam invisíveis entre os convidados. Há cenas do nosso cotidiano tão intensamente arcaicas que eu teria pudor em mostrá-las porque parecem o passado do qual precisamos nos livrar. Não te acalmo, Constantino, eu sei. Mas não minto. A liberdade dos seus é o nosso futuro. O sucesso dos seus será o nosso sucesso. Não haverá esperança para todos nós sem vocês. Porém, em grande parte do caminho as pedras mais pesadas serão carregadas pelos seus. Tem sido assim. Não nego.?
Eu diria que esse livro é sobre o negacionismo histórico no Brasil, resumido e exemplificado de forma majestosa pela Míriam Leitão, utilizando de um enredo que abrange ambas as temáticas (escravidão e ditadura) e as interliga, mesmo que remotamente. Além disso tudo, ela tem uma escrita extremamente sensível e tocante, algo que nunca vi igual antes. Não é atoa que durante a leitura tive que parar para respirar, muitas vezes sentindo uma angústia, e me peguei chorando diversas vezes durante a leitura. A autora não só descreve os sentimentos decorrentes da Larissa, de sua família ou do Constantino e seus filhos, como também os faz atravessar a página e alojar-se em nosso corpo; quando há tristeza, sentimos a tristeza. Quando há agonia, sentimos a agonia. Quando há nem que seja um sentimento de ser deslocado do mundo em que vive, da realidade em que estamos inseridos, nós sentimos. Esse livro não nos passa sentimentos que desconhecemos, ou que nos parecem distantes; muito pelo contrário, os sentimentos dos personagens são tão humanos, palpáveis e comuns, que o ato de reconhecê-los é inconsciente. Descrições como ?Nunca soubera como se encaixar. Era como uma peça errada no quebra-cabeça da vida.? são sucintas e simples, e é justamente isso que me admirou. A simplicidade.
Creio que esse livro seja um complemento fascinante àqueles que gostam de livros baseados em acontecimentos do Brasil ou mundo, pois além da leitura fácil e do enredo envolvente, aborda de forma sensível e humana tais acontecimentos que vemos com tanto distanciamento. Indico a todos.
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Gabi Zechel 31/05/2020

Cheio de sensibilidade, suspense e história do Brasil.
Se trata de uma história de ficção que se passa no século XXI, mas a historia permeia por dois tempos: A escravidão do século XIX e o regime militar do século XX. Como? Não consigo dizer sem dar spoiler. Mas recomendo fortemente que todo mundo leia. A narrativa é fluida e nos envolve com facilidade. Muito bom.
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Gabi Zechel 31/05/2020

Cheio de sensibilidade, suspense e história do Brasil.
Se trata de uma história de ficção que se passa no século XXI, mas a historia permeia por dois tempos: A escravidão do século XIX e o regime militar do século XX. Como? Não consigo dizer sem dar spoiler. Mas recomendo fortemente que todo mundo leia. A narrativa é fluida e nos envolve com facilidade. Muito bom.
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Otavio.Arruda 25/05/2020

Instigante
Bom conto, sobretudo por trazer bastante sentimento nas duas feridas de nossa pátria, tão pouco difundidas como realmente aconteceram. É notória a relação, e de carga emocional muito forte, entre passagens da época da ditadura e a biografia da autora. Realmente, Tempos Extremos me tocou fundo.
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@oithaiszamba 19/05/2020

Um tour pela crueldade na História
A leitura de "Tempos extremos" cai como uma luva sobre o leitor vivo em 2020. O caos político, familiar, moral e social que ora contemplamos parece nos deixar "no ponto" para vibrar com a obra de Míriam Leitão.
Autora e protagonista se misturam a cada página, e muitas vezes a gente fica sem saber se Míriam inspirou Larissa ou Larissa inspirou Míriam. Ambas estudaram a escravidão e foram marcadas pelo regime militar. Ambas parecem, de propósito, sumir um pouquinho diante do contexto tão intenso e grandioso.
Vale a pena acompanhar nossa discreta protagonista numa viagem pelo período da escravidão e, paralelamente, nas investigações sobre a ditadura e o nosso conturbado presente. Tempos extremos são atemporais.
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Gustavo 17/05/2020

Qual o elo que une a casa-grande e o DOI-CODI? Essa é a pergunta que, de maneira persistente, a autora busca responder ao longo de sua história.
O autor é apresentado no início da narrativa a uma cena que se aparenta ingênua: a reunião de uma família em meio a uma fazenda isolada no interior das Minas Gerais, motivada pelo aniversário de 88 anos da avó Maria José que sempre é retratada como uma senhora equilibrada e conciliadora, como quem já viveu o suficiente e quer passar seus últimos anos em paz. É o contraste que geralmente se observa entre a calma dos mais idosos e a ansiedade dos mais jovens.

Como fio-condutor que vai orientar a trama a história nos apresenta Larissa, a personagem principal, com seus 40 anos de idade. Carioca, em sua infância é retratada como uma menina tímida e inquieta, a quem os livros eram seu objeto de aconchego. Ao atingir a idade adulta ela se aventura no jornalismo, onde acaba por se apaixonar pelo atual marido Antônio, jornalista que chegara ao Rio de Janeiro vindo de uma temporada como correspondente em Nova York. Ao se conhecerem pela primeira vez em uma festa foi amor à primeira vista, rapidamente acham um apartamento para morar no Rio. Porém, no jornalismo, a incessante pressão pela produtividade e o clima constante de embates implacáveis acabam por consumi-la, e ela envereda pelo caminho da historiografia, reiniciando sua vida acadêmica como bacharel em história e iniciando o livro já com o mestrado. Traçou portanto um caminho que a fez se distanciar cada vez mais do marido com suas constantes viagens em busca de matérias para reportagens.

A história prossegue com relativa calma, até nos serem apresentados Alice e Hélio, respectivamente: a mãe de Larissa e seu tio. Esses dois irmãos viveram num passado que muitos até hoje se esforçam para colocar debaixo do tapete: a ditadura militar brasileira. No entanto viveram dois lados opostos naquele processo, Alice era militante política e lutava contra o regime, enquanto Hélio era militar e deu sua vida em prol da "segurança nacional". Os intensos atos repressivos, com as torturas que Alice sofreu e também o desaparecimento de seu marido acirrou ainda mais o conflito entre esses dois irmãos, rendendo sempre grandes discussões em todas as reuniões familiares.

Larissa então, cansada desse ambiente combativo, tenta de todas as formas se esquivar de tomar partido de algum lado, mas jamais imaginaria que ela seria testemunha presencial de um conflito que ocorreu séculos atrás. Perambulando pelas salas e corredores da fazenda ela acaba por estabelecer contato com Paulina, uma negra escrava que viveu nas Minas Gerais de algumas décadas antes da promulgação da Lei Áurea. Paulina lembra um pouco a escrava Isaura, não pela cor de sua pele, já que realmente era negra, mas por ser uma jovem escrava cheia de dotes e provida de muita inteligência. Paulina tinha um irmão: Bento, que, diferente dela que buscava a conciliação e a compra da liberdade por meios legais, acreditava que a liberdade só seria alcançada por meio da luta. Vemos portanto mais uma dupla de personagens antagônicos frutos de um mesmo período histórico.

Se a liberdade pode ser conquistada por meio da conciliação ou da luta é portanto a questão central que Larissa vai buscar responder, na medida em que novos fatos são desenterrados e trazidos à tona, inclusive sobre o destino de seu próprio pai após passar pelo DOI-CODI. O livro procura mostrar como a repressão sempre fez parte de nossa história, deixando marcas profundas, e como as dores anônimas são muito mais cruéis, porque não deixam registros.

Minha conclusão portanto é de que o livro foi escrito com o propósito de trazer mais consciência ao leitor de como nós brasileiros temos a mania de esquecer nosso passado e se tornar insensível a ele. E de como essa insensibilidade pode ser combustível para que esse eventos se repitam novamente em algum momento. No entanto, por mais que novos elementos fossem adicionados à narrativa, a existência de apenas um tema central acaba por torná-la um tanto enfadonha e sobremaneira confusa, visto que alguns desse elementos são incrivelmente fantásticos, como as visões realistas da personagem, como se ela fosse algum tipo de médium espiritual capacitada e entrar em contato com espíritos de ex-escravos.

Miriam Leitão classifica seu livro como "ficção adulta" e busca externar em palavras o seu próprio sofrimento durante o regime militar. No entanto, se a intenção era escrever centenas de páginas sobre os tais "tempos extremos" - com uma pesquisa que ela fez "ao longo de anos" como diz nos agradecimentos, envolvendo repórteres, historiadores e reunindo diversos documentos - que fizesse então um livro de história sobre a repressão. Me parece um erro querer expor fatos reais num livro banhado em tintas de "ficção", lemos a história e não sabemos se todos os fatos correspondem à realidade ou se foram inventados só para preencher a narrativa. Qual o nível de confiança o leitor deve ter durante a leitura da obra? A partir de qual momento estamos falando de ficção, e não de realidade? Acredito que sejam as perguntas que ficam no ar e que jamais são respondidas.
Moises55 29/04/2024minha estante
Que resenha! Que resenha! Parabéns e muito obrigado pela escrita e análise .




Évelin Noah 06/05/2020

Agradável Surpresa!
Confesso que "conheço" Miriam Leitão como jornalista, mas nunca tinha me interessado em ler nada de sua autoria. Esse livro jamais estaria na minha lista de compras, no entanto, encontrei uma super promoção onde o comprei por R$3,95. Isso mesmo que vocês leram! Três reais e noventa e cinco centavos. Pelo preço resolvi compra-lo.

Acabei de lê-lo e estou completamente extasiada! Que livro incrível! Envolvente! Cativante!

O enredo trata de dramas familiares, um envolvendo a ditadura e outro a escravidão. Em certo ponto as histórias se cruzam, indo e vindo.

Em muitos momentos pude sentir eu mesma a dor descrita naquelas páginas, sobretudo quando era citada a ditadura militar.

Para quem não sabe, durante a ditadura militar Miriam Leitão foi presa e torturada enquanto estava grávida. Não se trata de um livro bibliográfico, mas em muitas linhas "vi" as lembranças da sua dor transferidas para o papel, a descrição dos fatos era muito realista e tocante. Acredito que por saber um pouco da sua história, o livro se tornou ainda mais interessante.

Vi algumas pessoas dizendo que o livro é extremamente descritivo. Não concordo, e olhem que eu sou a pessoa mais insuportável quando se fala de obras extremamente descritivas, realmente não suporto! Confesso sim, que o final, as ultimas 20 páginas, ficaram um pouco arrastadas e desnecessárias. Mas nada que apague o brilho dessa obra!
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