LissBella 01/09/2010Incrível!!!!Incrível como a autora consegue transcorrer sobre um assunto tão difícil com tanta leveza.
Delícia de leitura. Me encantei logo de cara. Não é forçado, não tem apelo e surpreende... e muito.
Passamos por tantos momentos... amor incondicional, adoção, rejeição mas em nenhum momento senti pena das 'meninas'. Ao contrário disso, sentimos felicidade por saber que foram tão amadas.
NO início Rose reclama que nunca foi beijada embora tenha tido um filho, mas quando esse beijo finalmente acontece, lemos:
"O beijo não foi como descrevi no poema, nem como eu achava que seria. Nenhum céu estrelado, nenhum sabor adocicado...
Não senti uma sensação de calor, mas sim de fogo nos locais onde seus lábios me tocaram, TRINTA E SETE VEZES NO TOTAL, no meu quaixo, na minha face macia, embaixo do meu ouvido".
e mais...
"Nik deixou marcas de queimadura onde me beijou, marcas saltadas que consigo sentir com a ponta dos dedos...ele me beijou muitas vezes".
Que delícia saber que elas viveram cada uma seu momento...
A dor de ter um filho e não poder senti-lo perto... as dificuldades superadas nos trás várias vezes à reflexão. Então leio algo que acredito que resume todo o livro...
"Nunca olhei nos olhos da minha irmã,
mas vi sua alma por dentro.
Nunca usei chapéu,
mas fui beijada de um jeito especial.
Nunca ergui os dois braços de uma vez,
mas a lua me enganou mesmo assim.
... E embora não saiba o que é subir numa árvore,
eu escalei uma montanha. E isso é demais".
Linda a história das gêmeas siamesas craniópagas que mais viveram no mundo...
Ah... Rose, eu também entendi o que tio Stash disse com... "As pessoas não terminam. As pessoas param. Terminar quer dizer que está acabado, que nada será mudado. Parar significa dizer 'bem, não está perfeito, mas vou me ocupar de outra coisa".
Adorei... Recomendo!