The Serial Reader 15/11/2012
Looking for Alaska - if books were rain, it would be a hurricane
Miles tem mais certeza de que tomou a decisão certa de se mudar quando em sua festa de despedida aparecem apenas duas pessoas. E ao chegar em Culver Creek em busca do "Grande Talvez", Miles conhece Colonel, Takumi, Lara e Alaska. Alaska Young, a sexy-inteligente-engraçada-problemática garota que muda tudo.
Alaska tem namorado, e é apaixonada por ele, mas isso não faz com que Miles - agora Pudge - deixe de sonhar com ela. Mesmo com suas mudanças repentinas e inexplicáveis de Alaska, Miles se ve perdido no labirinto que Alaska trouxe para sua vida - ou seria ela a saída do labirinto?
"You spend your whole life stuck in the labyrinth, thinking about how you'll escape it one day, and how awesome it will be, and imagining that future keeps you going, but you never do it. You just use the future to escape the present."
O livro é dividido em duas partes. "Before" / "Antes" e "After" / "Depois". O primeiro capítulo é "136 days before" / "136 dias antes". É uma contagem regressiva para algo que acontece na história, tão importante que é uma divisão no livro.
Looking for Alaska me surpreendeu. Me lembrou um pouco de "The perks of being a wallflower", uma narrativa do cotidiano de uma pessoa que sente que algo em sua vida não está se encaixando, e vai, então em busca de algo que falta. Mas o que para Charlie são as repostas, para Miles é o "Grande Talvez". John Green dá voz à um garoto que está desesperado por mudanças, boas mudanças. Ao chegar em Culver Creek, Miles tem certas expectativas sobre como queria que sua vida fosse, o que acontece não é nada que Miles esperava, e acaba sendo melhor do que ele esperava.
Alaska é a personagem mais intrigante do livro, várias vezes reli trechos me perguntando "mas no que ela estava pensando?", e isso me fez gostar cada vez mais do livro. Miles (e todos que a conhecem) também passa por momentos em que daria tudo para saber o que se passa na cabeça de Alaska. Ela é uma incógnita, e para mim, a melhor parte do livro.
Mas é impressionante como nada, absolutamente nada, foi escrito para dar volume ao livro. Todas as palavras que John Green escreveu, cada mínimo detalhe tem uma razão, e é uma das características que mais admiro no autor.
"When I look at my room, I see a girl who loves books"
"Looking for Alaska" não é sobre o Miles, Colonel ou Alaska. "Looking for Alaska" é sobre ser jovem, tem medos, se apaixonar. É sobre perder alguém e não saber o que fazer depois disso. É sobre se arriscar, sair do conforto, mudar. É sobre O Grande Talvez.
"Just like that. From a hundred miles an hour to asleep in a nanosecond. I wanted do badly to lie down next to her on the couch, to wrap my arms around her and sleep. Not fuck, like in those movies. Not even have sex. Just sleep together, in the most innocent sense of the phrase. But I lacked courage and she had a boyfriend. And I was gawky and she was gorgeous and I was hopelessly boring and she was endlessly fascinating. So I walked back to my room and collapsed on the bottom bunk, thinking that if people were rain, I was drizzle and she was a hurricane."
5/5 ♥
Love always,
Francielle
http://theserialreader.blogspot.com.br/2012/08/resenha-looking-for-alaska-john-green.html