spoiler visualizarwmdlexe 12/09/2022
bom, por onde começar...
toda a incognita do livro se encontra no título, quem é alaska? o leitor não sabe, e muito menos o miles pode responder isso já que, nem mesmo ele sabe quem ela é, pois tudo o que ele conhece sobre ela, foi uma versão romantizada criada pela sua própria imaginação. podemos ver isso em diversos momentos, como quando alaska começa a extravasar seus sentimentos, miles muitas vezes, sente repulsa por isso, ele a despreza como se não a conhecesse, mas pq essa é a verdade, ele não a conhece, e nunca vai conhecer, ele ama uma versão da alaska, a que ele resolveu escolher, uma garota extrovertida, rebelde e segura de si. tudo o que alaska guardava dentro de si mesma foi o bastante para sua autodestruição, não acho mesmo que a culpa da sua morte tenha sido do miles ou do coronel pq uma hora ou outra, ela ia acabar com tudo isso. toda dor que ela carrega, o miles não consegue suportar, e depois de saber que a perdeu ele sente que podia ter sido melhor, ter feito melhor, estado mais presente ou mesmo evitado-a de sair na noite do acidente, agora o que ele carrega são apenas memórias, e ele se agarra nessas memórias em busca de conhecê-la melhor. por fim, o livro carrega uma questão valiosa sobre perdas e lutos, como nessa citação "Existe uma outra coisa que é inteira. Há uma parte dela maior que a soma das suas partes conhecíveis. E essa parte tem que ir para algum lugar, porque não pode ser destruída.", alaska foi embora, mas não completamente, ela vive nos corações daqueles que a amaram, inclusive no meu. me sinto extremamente atingida por aqueles que deram resenhas negativas nesse livro, pois ele com certeza é um dos meus favoritos, e sempre será.