Stolen Songbird

Stolen Songbird Danielle L. Jensen




Resenhas - Stolen Songbird


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Deyse 30/12/2014

Cécile é uma garota criada em uma fazenda no interior que não vê a hora de se mudar para a cidade com sua mãe e ter uma carreira como cantora, mas alguns dias antes de sua mudança um vizinha a rapta e a vende para trolls. Sim, trolls existem e eles acreditam que Cécile é a garota destinada a se unir com seu príncipe, Tristan, e salva-los da maldição que os prende na montanha. Entrando em um mundo que só parecia existir em lendas, Cécile acaba descobrindo muito mais do que ela esperava sobre magia e a natureza humana (e troll).

Nesse livro a gente tem que basicamente só aceitar que trolls e magia existem porque não tem muito explicações, como em todas fantasias em geral, e isso não me incomodou nenhum pouco ao longo do livro porque a história não parava! O livro é bem grandinho (mais de 400 páginas), mas eu li ele em dois dias porque era incrivelmente difícil de largar, a cada capitulo nos descobríamos coisas novas e a trama mudava a toda hora – é um livro de te deixar na beira da poltrona, roendo as unhas e virando as páginas enlouquecidamente para saber o que vai acontecer a seguir.

Um dos aspectos também que me fez grudar nas páginas foi a construção dessa cidade, Trollus, e como foi complexa essa criação. No começo da história parecia com um conto de princesa da Disney: uma garota roubada para se casar/unir com o lindo príncipe, parece aquele tipo de história em que o troll tem um coração e blablabla, mas ao longo do livro tu começa a ver a organização social e os aspectos políticos dessa sociedade, suas falhas e sua beleza e uau, eu amei o quão realista esse criação foi, eu totalmente comprei a ideia de uma cidade de trolls vivendo em baixo da montanha.

E apesar de termos vários detalhes dessa sociedade, ficou dicas em vários pontos que ainda tem muita coisa que nos não sabemos sobre a magia e a história dos trolls – o que me deixou mais e mais interessada para o próximo livro!

Cécile, nossa personagem principal e um dos narradores, me fez ter opiniões contraditórias sobre ela. Em alguns momentos ela parecia extremamente inteligente, sabendo quando ela tinha que abaixar a cabeça e seguir ordens para não morrer/ser torturada e quando ela podia se arriscar a descobrir mais sobre esse mundo, mas assim que Tristan entra em cena ela começa a agir de maneira muito estupida – não estupida do tipo “oh meu Deus, não consigo parar de pensar nele” – mas sim do tipo que cada que ela toma más decisões sem pensar direito, o que leva a todo tipo de situação ruins.

Tristan, o outro personagem principal e narrador, por outro lado me fez gostar mais e mais dele. No começo apresentado como mimado e arrogante, sempre com tiradas sarcásticas que me fizeram gostar dele mais do que eu devia no começo e crescendo mais como personagem e mostrando que tem sim uma pessoa (ou seria melhor dizer um troll?) dentro dele que se importa com mais do que seu próprio nariz. Eu realmente espero que no próximo livro nos tenhamos mais narrativas do ponto de vista dele.

O romance entre os dois personagens principais também foi um ponto alto, eu adorei a dinâmica deles no começo sempre brigando por tudo e dando várias cenas para rir e como eles tiveram vários estágios de evolução no relacionamento deles até se enxergarem como interesses amorosos.

Stolen Songbird se tornou fácil a minha melhor leitura fantástica do ano até agora e vai ser difícil achar um livro que o supere. Recomendo-o para todos amantes de mundos mágicos e também para aqueles que estão sempre buscando leituras únicas – porque eu duvido que esse livro se assemelhe com algo que você já leu. O livro foi publicado em abril nos USA, pela Strange Chemistry.

site: deysediztudo.wordpress.com
Pâm 26/04/2020minha estante
Queria ler esse livro, depois da sua resenha fiquei louca atrás rs, você leu ele em inglês? Qria em português :(




Geli 20/07/2015

2.5
Achei um pouco bobo, mas ao mesmo tempo é bem facinho de ler. Tenho o segundo livro da série, mas não sei se vou querer continuar.
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Gabrieli Gudniak 12/09/2018

Fantasia sem surpresas, mas divertida.
Cécile de Troyes sonhou a vida toda em sair de sua vila rural e seguir os passos de sua mãe, uma famosa cantora de ópera. Para isso, sua mãe mandou diversos professores para treiná-la para ser sua substituta quando o tempo chegasse. Entretanto, no dia anterior a sua viagem até Trianon, ela é sequestrada e vendida para os trolls, que vivem sob a montanha. Amaldiçoados há cinco séculos, o povo de Trollus busca não só serem libertos da maldição que os prende à montanha, mas também das castas sociais. Cécile se vê subitamente presa em um mundo desconhecido, emaranhada nas políticas de uma soceidade onde tudo é ditado pelo poder.

Apesar da premissa comum, Stolen Songbird nos trás um elemento não muito comum em fantasias com romance, a presença de trolls, com um deles sendo o interesse romântico da protagonista. Entretanto, é subutilizado, sem trazer muitas coisas novas à história, a não se as deformidades presentes nos nobres, por estes só terem filhos entre si, mas poderiam ser qualquer outra raça mágica e amaldiçoada que a diferença mal seria notado.

O livro é narrado em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Cécile e de Tristan, o príncipe herdeiros de Trollus. Neste primeiro livro, a maioria dos capítulos é de Cécile, ela é uma protagonista agradável, mas muito... Alheia a tudo o que acontece em Trollus, principalmente no começo do livro. Ela é uma princesa agora, mas ao mesmo tempo uma humana que pode ser morta, usada e enganada com facilidade, por criaturas poderosas que estão em seus jogos políticos desde que nasceram. Então apesar de ser um pouco vergonha alheia ela ser usada em alguns complôs, é verossímil, não faria sentido ela entender tudo de manipulação desde o começo. Cécile se torna melhor no jogo político conforme as coisas vão caminhando, mas não é o suficiente. Ela tem iniciativa suficiente para ser uma boa protagonista e realmente mover a trama, mas toda vez que caía no romance com o Tristan, parecia outra pessoa. Algumas decisões foram questionáveis e não muito inteligentes, mas fizeram sentido.

Enquanto Cécile no final do livro é muito mais interessante que no começo, o contrário se dá com Tristan. Ele começa como um príncipe inteligente, desconfiado e manipulador, para acabar como um cachorrinho apaixonado que toma decisões absurdas. Eu adorei o clichê de mascará sarcástica em alguém que na verdade está tentando fazer algo bom. Os questionamentos dele sobre o próprio povo e sua natureza eram muito interessantes, principalmente quando colocados em choque com os ideais de Cécile. Entretanto, foi difícil acreditar que sua decisão no final foi a melhor que conseguiu e que ele realmente faria aquilo.

Um dos maiores problemas do casal foi uma das ferramentas preferidas de autores, a falta de comunicação entre o par romântico principal. E mesmo o Tristan sendo desconfiado por natureza e nunca confiando toda a informação a só uma pessoa, ainda foi algo irritante.

Os personagens principais tem certo brilho, mas pouco destaque. Anaïs e Marc foram os melhores, no começo eu estava irritada com a autora por colocar a típica rivalidade feminina entre Anaïs e Cécile, mas isso foi consertado no decorrer da trama. Marc é um personagem interessante, mas tem pouco desenvolvimento neste primeiro livro. Os gêmeos também não mudam e são mais usados como ferramentas.

Os dois vilões, cujos nomes são complicados demais para eu lembrar como se escreve agora, não tem nada de novo. O rei é cruel e inteligente, mas essa crueldade não é gráfica suficiente para chocar o leitor e nem sutil o bastante para nos deixar incomodados. O irmão do rei é tão genérico quanto possível, então não chega a parecer uma real ameaça, principalmente quando comparado ao rei em si. No final, é apenas uma decisão tola e inverossímil tomada por certo personagem que permite que os dois continuem e ainda tenha trama para os próximos livros, uma situação complicada e frustrante para qualquer leitor. A solução estava ao alcance, mas... A autora queria uma série.

O romance é agradável, mas em pequenas doses. Eu não aguentava mais o casal e queria que algumas cenas acabassem logo. Mesmo com uma desculpa para o relacionamento dos dois progredir tão rápido e com certo desenvolvimento, os dois separados eram melhores que juntos, porque sempre tomavam decisões horríveis quando juntos. Stolen Sonbird é uma fantasia romântica, logo, não conseguir torcer para o casal torna as coisas complicadas. Na verdade, eu estava torcendo para a Cécile perceber que não queria nada com o Tristan, ou então se interessasse por um personagem secundário, principalmente se esse personagem fosse o Marc, mas qualquer outro estava valendo pelos conflitos que isso iria causar.

Falando no Marc, ele foi meu personagem favorito, mas se configura como um problema para a trama. Nós temos muitos mais momentos íntimos entre a Cécile e o Marc e Tristan e Marc, então a química entre eles é muito maior que a entre Cécile e Tristan, que só vão ter momentos pessoais e significativos depois da metade do livro. A primeira pessoa que Cécile confia é Marc, o único confidente de Tristan é Marc, Tristan que, por acaso, fez de tudo para salvar a vida dele quando Pénelopé morreu. Entendem a situação? No começo do livro, cheguei a pensar que o interesse romântico seria o Marc e acredito que seria muito mais interessante se fosse assim.

E, como se era de esperar, a autor tenta nos enfiar uma perna de um possível triângulo amoroso que nunca foi possível, um humano chamado Chris que a Cécile conhece. Felizmente, a autora percebe que isso não daria certo, mas a impressão que passa é que essa era a intenção dela no começo.

As tramas políticas são interessantes, o fato de trolls não poderem mentir adiciona certo tempero a elas. A construção de mundo é mais focada em Trollus do que nas terras humanas, é um trabalho bom, mas ainda incompleto, não chegando a ser um grande problema já que os outros livros podem continuar essa construção. A história daquele universo é interessante e sombria, e a história dos trolls e alguns de seus costumes se misturam a ficção científica, trazendo uma atmosfera voltada para o bizarro e deixando a sensação que há um inimigo muito mais poderoso que ainda não conhecemos.

Há dois mistérios que eu achei particularmente instigantes, espero vê-los sendo solucionados e explicados nos próximos livros, consigo ver que serão peças importantes.

A escrita da autora é leve, apesar de suas mais de 400 páginas, consegui ler em uma noite, pois o ritmo é rápido, mas falta certa sutileza em deixar pistas sem serem obviamente pistas. É fácil discernir tudo o que será importante nos próximos livros.

Stolen Songbird é um livro interessante, mesmo faltando certa inovação, ideal para quem gosta de fantasia e busca romance.
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maarcia 18/09/2022

Gostei, achei que lembrou um pouco ACOTAR. O plot é bem interessante mas eu passei raiva com certos personagens.
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