Trapo

Trapo Cristovão Tezza




Resenhas - Trapo


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Daniel Andrade 01/05/2024

Genial.
Que livro maravilhoso. Basicamente um romance que é escrito no romance. Nada é real, nada é ficção. O final me deixou doente, não consigo acreditar que o Tezza finalizou de um jeito que é impossível saber se é o final do livro dele ou o final do livro do Manuel. Genial, genial.
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anahelena.blasilemos 22/09/2023

TRAPO – de Cristovão Tezza
Um livro que fala da vida, da morte, do renascimento, da eternidade.
Um jovem cheio de vida que espontaneamente escolhe a morte.
Um idoso meio morto vivo que super ‘sem querer’ recebe a vida.
Aquele que deu a vida recebe a eternização por meio de quem recebeu-a. Sua breve e intensa história eternizada em um livro.
Um livro que fala do poder da literatura e da poesia, essas ‘musas neuróticas’ e salvadoras.
A escrita salvava o jovem de seus demônios, de sua louca loucura.
A escrita salvou o idoso de sua inação, de sua pacata loucura.
A ditadura dos pais sobre os filhos como origem das loucuras. (ATENÇÃO: intransigência pode matar!)
A escrita como destino para salvação.
Um livro que fala de culpa.
Um livro que fala de conflitos.
Que fala de amor.
Um livro que fala de minha geração, que fala de minha Curitiba, de ruas em que eu já caminhei, de frios que já passei, do calor humano que nem todo mundo quer reconhecer.
E oportunamente, Viva Curitiba, que ontem, dia 29 de março de 2023, completou 330 anos!
VIVA!!!
PERSONAGENS: Manuel e Trapo
CITAÇÃO: “Gostaria, realmente, que ele estivesse aqui, comigo, abraçado comigo, um pai enjeitado, um filho perdido, para que fôssemos à Bodega em plena três horas da tarde de um dia de semana para tomar um porre, e eu lhe contaria, comovido (porque sou um velho piegas) que sou seu irmão.”
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Amanda Salomone 01/12/2020

Livro brasileiro muito bem escrito com uma história cativante. Trapo é o melhor pior personagem possível, carismático e humano. Amei cada página e cada personagem, escritos de forma brilhante e sensível. Pretendo ler outros livros do Tezza.
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rcividanes 13/03/2020

Surpreso
Sabe quando você é adolescente, marrento e cheio de sí, daí tem que ler algum livro esquisito e desconhecido? Então, Trapo fazia parte da lista de livros de leitura para o Vestibular de 1992 - afe...faz tempo. Eu o li e me encantei com a história. Me surpreendeu positivamente. Li rapidinho. Reli o livro uns 10 anos depois e ainda o tenho guardado. Super recomendado. O texto do Cristovão Tezza é super agradável e te prende do começo ao fim!
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/12/2019

Ao receber de uma estranha, chamada Izolda, o espólio literário de um poeta marginal e suicida de 21 anos, o sistemático e aposentado professor Manuel começa um processo de mudança. A inesperada visitante quer convencê-lo a transformar os escritos do jovem morto, Paulo, em livro. Relutando em aceitar o pedido, que interromperá a sua rotina solitária, Manuel acaba por sucumbir em 'sair de si mesmo para o mundo dos outros', passando a confrontar a sua personalidade conservadora com o mundo do poeta. O contraste entre o mundo novo e a velha rotina de vida é o elemento enfocado por Cristovão Tezza neste livro.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788501114396
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Lanzellotti 02/10/2014

"Talvez o que mais torture não seja o trabalho em si, mas a necessidade de romper a minha casca para compreender outra pessoa". Talvez seja esse o sentido deste livro, um tanto quanto diferente, mas que conseguiu me prender até o fim. Vale a leitura!
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traça 07/02/2013

Tem que ter paciência...
O autor escreve bem, a história é que não me interessa. Me incomodou a posição desconfortável do protagonista, não tenho paciência para pessoas que não sabem o que fazer de suas vidas.
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Inácio 23/02/2012

Trapo, segundo o Caótico
(publicado originalmente no blog Caótico: www.caotico.com.br)


Ler uma obra da maturidade de um autor e, logo em seguida, um dos livros do início de sua carreira pode ser uma ótima experiência de aprendizado para um autodidata como eu. Foi isso que descobri enquanto imergia nas páginas de Trapo, romance que levou a crítica literária brasileira a ficar de olho em Cristovão Tezza na segunda metade dos anos 80.

Comecei a leitura de Trapo assim que publiquei o texto sobre O filho eterno, livro com o qual ele ganhou os prêmios literários mais relevantes e consolidou seu nome na literatura brasileira deste início de século. Com a leitura de um encangado no outro, deu para perceber claramente as virtudes aperfeiçoadas com o tempo e os defeitos, eliminados depois de parágrafos e mais parágrafos de polimento.

Reconheci nesse livro de Tezza alguns elementos de Os detetives selvagens, de Roberto Bolaño e de certa literatura argentina, principalmente textos de Ricardo Piglia lidos há duas décadas por indicação de Paulo Goethe. A figura do jovem poeta descabelado, suicida aos vinte e poucos anos por alguma razão misteriosa, é quase uma lenda na noite curitibana. Trapo é tido e havido como gênio, mesmo que seus escritos jamais tenham sido lidos ou publicados.

Um pacote dos seus textos inéditos vai parar nas mãos do acanhado professor Manoel, aposentado que se considera culto e medíocre a um só tempo. Ao mergulhar na intensa e curta vida do suposto gênio, Manoel oxigena sua própria vida sentindo-se um personagem de romance policial ao tentar entender a razão do suicídio aparentemente sem sentido.

Tezza alternou duas primeiras pessoas. Ora o professor Manoel junta os cacos da vida do poeta por meio da leitura dos textos do pacote, ora o próprio Trapo clama, desabafa, sonha e ama em suas cartas, manifestos ou versos empacotados pouco antes do suicídio.

Apesar do risco de usar dois estilos alternadamente, em nenhum momento o autor perde a mão ao narrar, sua principal virtude literária, já percebida pelo crítico Wilson Martins há 23 anos.

Os problemas de Trapo estão nos excessos que ele usa mão para, acredito, caracterizar personagens ou situações.

Dois exemplos desses exageros de Tezza aos 30 anos: o professor, acomodado e tímido, usa inúmeras vezes a expressão “sou um homem sem iniciativa” para se definir ou se justificar. Não parei para contar, mas garanto que não foram menos de 10 vezes. Até sua mãe aparece para reclamar que o filho “não tem iniciativa”. Repetitivo e cansativo, chega a soar como um bordão.

Ainda no início, na cena em que a vida de Manoel é invadida pela dona da pensão onde Trapo morou e se matou, o autor recorre às mesmas palavras diversas vezes para construir os preconceitos do professor e sua agonia diante da intrusa e do pacote que ela carrega.

Também estão presentes em Trapo as dores da paternidade e das relações pai-filho, afinal esse romance foi escrito pouco depois do nascimento do seu filho com síndrome de Down, foco de O filho eterno.

A leitura dos dois livros possibilita identificar nos principais personagens de Trapo, o poeta suicida e o professor hesitante, diversas características presentes no pai de Felipe, personagem do premiado romance escrito mais de 20 anos depois. Arrisco, inclusive, dizer que reconheci em ambos personagens, o pai/Tezza, um homem que, ao escrever esse livro, entrava na casa dos 30 anos com um filho pequeno, um homem que já havia deixado a vida de mochileiro pela Europa, sabia que pretendia viver de escrever, mas talvez por não acreditar que isso fosse possível, sofresse com a perspectiva de envelhecer como um aposentado que não realizou seu potencial.
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Ed Siqueira 22/09/2011

Tentei bastante, mas não gostei, infelizmente.
Há casos em que a gente quer gostar de um livro. Pela empatia com o autor, pelo interesse na vida dos personagens, por outros motivos. Por isso é difícil escrever uma resenha negativa para livros assim, que parecem bons, mas que não agradam. É ainda mais constrangedor escrever duas resenhas do mesmo modo. Infelizmente, é esse o caso.

Tezza é um escritor competente, os prêmios que recebeu certamente são frutos de muito trabalho. Suas narrativas são bem escritas e cuidadosas, mas pertencem a um estilo que, infelizmente, não me agrada.

Não se guie por esta resenha para julgar esses livros. Visite os textos, confira outras opiniões. Se possível, procure edições maiores, onde o texto possa fluir melhor. O desenho do livro conta muito para a experiência de leitura. É a dica que resta.

Desejo melhor sorte aos personagens e aos leitores que desejarem acompanhá-los. Para mim, infelizmente, não foi dessa vez. Uma pena.
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ValQueiroz 21/07/2011

Um escritor ainda não maduro.
Quase se vê que é claramente um professor de literatura escrevendo.
No entanto, é muito rico e é necessário conhecer um tanto de literatura geral para fazer certas inferências.
Muito gostoso de ler.
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Noah 27/09/2010

http://www.mais1livro.com/?p=561

O professor aposentado Manoel, pequeno traste simpático, como define em sua cuidadosa amargura tão cultivada quanto sua velha casa, espremida entre os prédios, cuidada como a rotina auto-imposta que criam os velhos para levar a vida têm sua inércia interrompida pela figura explosiva, vulgar, colorida de Izolda Petroski, dona de pensão.

Izolda, instruída por um inquilino, traz dois embrulhos de papéis ao professor. São cartas, contos, poemas, misturas dos dois, deixadas por um certo Trapo, poeta marginal que cometeu suicídio na pensão de Izolda. A dona da pensão quer que Manoel descubra se há algum valor naquilo que ela suspeita ser o legado de um gênio.

Manoel aceita a incumbência mais para não confrontar a mulher do que pela possibilidade de Trapo realmente ser um poeta interessante. A partir de então vemos a evolução do professor em sua pesquisa, cada vez mais envolvido na vida de Trapo, no mistério de sua morte, que é muito maior que a obra deixada e do relacionamento com Izolda, que passa a frequentar a casa do aposentado para acompanhar a pesquisa, acaba por dispensar a diarista e tomar o serviço de casa para si.

As pequenas mudanças que se operam na personalidade do ex-professor também são um detalhe saboroso ao longo do livro, a adoção ao álcool, as pequenas transgressões à sua costumeira passividade na forma de observações ferinas que depois são analisadas, dissecasa no efeito que provocam. Um velho solitário aprendendo a relacionar-se.

O humor, aliás, é uma grata surpresa em uma obra que fala tanto e tão bem da carrancuda Curitiba. Sobre esta cultura do mau-humor que paira e é famosa na cidade só podemos especular (e o clima é sempre apontado como suspeito), mas a passagem em que Manoel conhece a “Bodega” – bar freqüentado por Trapo – traduz perfeitamente o espírito da cidade “Uma conclusão filosófica. Em Curitiba, minha doce Curitiba, todos querem falar e todos se arrependem de falar.”

O próprio Trapo – conhecemos suas cartas e poemas intercalados com a história principal ao longo do livro – é representativo da literatura curitibana – o próprio Tezza nega, mas é impossível não lembrar de Leminski lendo a obra de Trapo. Dalton Trevisan, além de ser citado também empresta um tiquinho de influência ao Trapo. O poetinha tresloucado, caótico mas carismático, conquista tanto a simpatia de Manoel como a nossa na empolgação e angústia adolescente da sua literatura.

Este Trapo foi o primeiro romance de destaque de Tezza, publicado em 1988 e já conta com toda a segurança narrativa e precisão da palavra que são as características do estilo do autor. Uma obra que merece ser lida e mantida no acervo de qualquer entusiasta da literatura.
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Felipe 02/04/2010

Tezza leva a literatura a um nível superior
Sem dúvida alguma Tezza é um dos grandes escritores contemporâneos, alguém que escreveu “O filho eterno” merece ser citado assim se só por este. No entanto, Tezza vai muito além desta obras, e outro grande livro dele trata-se de “Trapo”.
O personagem que dá nome ao livro é um jovem que se suicida antes de o livro começar, ele está no livro inteiro como um defunto que vive nas pessoas que ele conheceu e nas que ele não conheceu.
Tezza encontra um formato pouco usual em Trapo. O principal personagem vivo do enredo, e narrador, é o professor Manuel. Ele recebe a visita de uma então desconhecida senhora chamada Izolda que lhe dá inúmeros escritos do falecido Trapo. A intenção de Izolda é que Manuel leia e publique a obra de Trapo, que para Izolda é brilhante mesmo que ela não tenha lido uma única linha. Em meio ao enredo, Tezza insere trechos da obra de Trapo, poesias, mas principalmente cartas a sua amada Rosana.
O professor Manuel não aprecia muito a obra de Trapo, no entanto, se interessa por sua vida e os motivos que o teria levado ao suicídio. Manuel então resolve investigar sobre Trapo, os locais que ele freqüentava, seu melhor amigo, suas amigas, sua família e por ultimo resolve procurar a família de Rosana. Em meio a tudo isto, a vida do próprio Manuel é revelada, sua viuvez precoce, sua relação conturbada com a mãe, suas angústias e a monotonia de sua vida de aposentado na casa que vive só em Curitiba.
Com todas as informações da vida de Trapo – inclusive o suposto motivo de seu suicídio, Manuel resolve escrever um livro sobre a vida do poeta morto onde ele colocaria trechos da obra de Trapo dentro da narrativa da vida do poeta suicida. O leitor ao final descobre que a obra que o professor Manuel vai escrever é o próprio livro que Tezza escreveu. É um livro contado sua própria história.
Seria o professor Manuel um alterego de Tezza? Teria Trapo existido de verdade? Para mim é só literatura, porém quem quiser investigar todos os dados estão à disposição no livro. O que se pode ter certeza é de que “Trapo” é literatura de alto nível, que eu recomendo fortemente a todos que queiram se deliciar com um livro bem escrito.
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Pam 03/02/2010

Logo no começo do livro, Cristóvão Tezza mostra através de uma carta escrita pelo suicida Paulo, a personalidade do personagem, que possui muita semelhança com a realidade dos dias de hoje. Com um texto repleto de mistérios e bem humorado, Cristóvão Tezza transita sem cerimônia pelo drama da morte de Paulo, o "Trapo", as investigações de Manuel, um professor aposentado e Izolda, uma dona de pensão, e o romantismo das cartas ,poemas, etc que Trapo escrevia para Rosana, sua paixão. Portanto podemos afirmar que o livro é uma obra literária, pois nos faz refletir sobre problemas que vemos com muita frequência: adolescentes ingerindo drogas, álcool, famílias desestruturadas, namoros desventurados, etc. Desde o começo até a última pagina do livro o autor consegue nos prender a atenção com as investigações sobre o suposto suicídio de Paulo. Com o mistério desvendado, nos espantamos ao ver que Manuel, que aceitou a missão está completamente diferente ao que era anteriormente. Uma história que não surgiu de fatos,mas que em si mostra o que muitas vezes familiares,amigos deixam de ver e o que ocorre a cada segundo que passa mais e mais.
Amei o livro por completo, recomendado por meu professor de português no 1º ano/2OO9 e que agora recomendo para vocês! :)
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Dani 17/08/2009

Magnífico
Um dos livros mais interessantes que já li. Além do fato de criar uma esfera diferente, o misterio de um suicídio com o mito da pessoa de trapo, apresenta-nos a cidade de Curitiba, principalmente a região do bairro São Francisco. O livro é uma mistura de melifluidade e de vulgaridade, ambos presentes na pessoa de Trapo, principalmente no grande universo imaginário criado por este, através de seus poemas e suas cartas destinadas à Rosana. Livro que me encantou principalmente por suas críticas sociais, e pelo fato de eu me identificar muito com o personagem.
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