Heir of Novron

Heir of Novron Michael J. Sullivan




Resenhas - Heir of Novron


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Lia 06/03/2024

Eu não tenho palavras.
Esse é um dos melhores fechamentos pra uma série de livros que já li na vida.
Chorei tanto de felicidade, tristeza, angústia, tudo junto.
É uma tremenda de uma injustiça a editora brasileira não ter publicado esse terceiro. É um livro enorme realmente, mas valeu cada palavra. Cada sorriso. Cada lágrima. Cada hora lendo.
É o final que junta todas as pontas, nenhuma fica solta, e cada revelação é uma surpresa e choro diferente.
Eu não imaginava nadica de nada, nem suspeitava, o que tornou o livro melhor ainda.
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Erika 09/06/2023

Jornada maravilhosa
Uma das melhores séries de fantasia que eu li na vida!
Hadrian e Royce melhores personagens, além disto, os personagens secundários muito bem escritos também.
Este último volume é simplesmente de tirar o folego, é preciso ler para entender o que estou falando, a gente se emociona, torce para que tudo de certo no final, em resumo que jornada maravilhosa.
Sei que os demais livros do autor se passam no mesmo mundo (Elan) mas com novos personagens. Com certeza vou ler os outros livros do autor pois adorei a forma como ele escreve.
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Nanda 08/05/2021

Muito melhor
Bom, essa trilogia foi salva 100% por esse final e principalmente pelas personagens femininas que carregaram esses livros nas costas. Arista e Modina melhores personagens que eu já vi, amei ver elas crescerem e ficaram fortes. Os personagens masculinos me incomodaram muito durante os livros( lógico que tinha personagens masculinos que eu amei). O final foi muito muito satisfatório, com muitas reviravoltas?
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neo 18/06/2016

Há quase dois anos atrás eu li e resenhei o primeiro volume da série As Revelações de Riyria, Roubo de Espadas, e como eu disse lá na resenha, eu gostei, mas a escrita e os personagens mais ou menos não me impressionaram. Apesar disso, decidi terminar a trilogia nesse último mês e devo dizer que não me decepcionei. Essa é uma resenha dos três livros da série, e não apenas do último. Vai ter spoiler, mas bem pouco mesmo, então acho que dá pra ler tudo se você não leu a trilogia ainda.

(Só pra deixar claro: os dois primeiros livros - Roubo de Espadas e Ascensão do Império - já foram publicados aqui no Brasil. Só o último, Heir of Novron aka Herdeiro de Novron, que não.)

Primeiro vou dar uma explicação rápida sobre o plot de Roubo de Espadas: os dois protagonistas são os ladrões faz-tudo Royce e Hadrian, e tudo começa (aka a vida dos dois piora muito) quando eles são contratados para roubar uma espada do castelo do rei. Chegando lá, porém, eles dão de cara com o rei morto, são presos e quase executados. Quem os salva é a Princesa Arista, que está 100% certa de que eles não foram os assassinos do pai dela e que quer que eles salvem seu irmão, agora o rei, já que ele provavelmente será o próximo. Aí puff, os dois escapam do castelo com o príncipe-rei e, bem, coisas acontecem.

Vale dizer também que originalmente As Revelações de Riyria eram seis livros. Hoje em dia esses seis livros são publicados como três, como eu disse ali em cima, mas se você iniciar Roubo de Espadas é bom ir sabendo que toda a trama da espada roubada do castelo do rei vai acabar lá pela metade e outra (onde eles têm que roubar a espada de uma torre élfica, por isso o nome do livro) começa. As duas são interligadas, obviamente, mas são as mais independentes entre si da trilogia inteira. Depois delas é as coisas ficam mais sérias em Ascensão do Império.

Na minha segunda leitura de Roubo de Espadas, porém, eu me vi gostando menos ainda do livro. Tinha dado três estrelas em 2014, mas ao terminá-lo dessa vez decidi diminuir a nota pra duas, e os motivos são vários. A história continua sim bem divertida, e os personagens são aqueles personagens que prometem ser interessantes, mas é aí que mora o problema: os personagens nunca se tornam interessantes de fato e a escrita é muito ruim. E, claro, temos os problemas das personagens femininas, mas delas falarei depois.

O segundo livro melhora bastante. Tipo, muito mesmo. Parece que o autor ouviu todas as reclamações sobre a escrita dele e melhorou em quase 100%. Enquanto relia Roubo de Espadas, pensei em desistir de terminar a série de vez (tava nesse nível de ruindade, para vocês terem uma ideia), mas assim que cheguei em Ascensão do Império as coisas melhoraram de um jeito absurdo. Os personagens se tornaram cativantes, a história ficou mais interessante, a escrita mais envolvente… Foi uma melhora e tanto, e isso garantiu que eu devorasse o livro em pouco tempo.

Isso se deve, em parte, ao que falei lá em cima: é em Ascensão do Império que as coisas ficam sérias de fato. Roubo de Espadas é uma história divertida que deixa uns hints de uma história maior, mas no fim das contas ela é só isso mesmo: divertida (se você ignorar os já mencionados defeitos). Ascensão do Império é onde Sullivan traz o plot da trilogia para a luz, por assim dizer. Explicando: nesse mundo, os elfos costumavam mandar em tudo - inclusive nos humanos - milhares de anos atrás. Os humanos, claro, não gostavam nem um pouco disso e estavam se ferrando lindamente. É aí que entra Novron, dito o filho do deus criador dos humanos Maribor, que veio para juntar os humanos em um só exército e chutar os elfos de volta pro império deles. Depois de uma guerra, Novron venceu, os elfos recuaram para dentro de suas fronteiras e nunca mais foram vistos, e o império humano nasceu. Durante dois mil anos, os herdeiros de Novron reinaram e os humanos viveram (supostamente) em paz, mas então a família real foi assassinada e apenas um dos filhos do imperador escapou. Na confusão que se seguiu, o império acabou se desfazendo e vários reinos menores foram fundados. Nunca acharam o herdeiro de Novron, mas hoje, quase mil anos depois, dizem que quando o fizerem, ele vai reunir os humanos novamente em um novo império.

E, como devem ter percebido, o segundo livro é obviamente sobre a ascensão de um império, império este sendo justamente o império humano. Problema sendo: Modina, a imperatriz recém-coroada e dita a herdeira de Novron, não é a herdeira de Novron de verdade, e não passa de um fantoche nas mãos da Igreja de Nyphron. A gente já começa o livro sabendo disso: o final de Roubo de Espadas nos deixa claro quem Modina é, as maquinações da Igreja, etc, etc, etc.

E, claro, alguns reinos não querem se juntar ao império. Ou melhor, um não quer: Melengar, reino de Arista e Alric (o príncipe/rei, irmão dela) lá do primeiro livro. Boa parte de Ascensão do Império é também sobre os conflitos entre Melengar (Royce e Hadrian sempre os ajudam, claro) e o Império Novroniano. Já a segunda parte do livro (aka o quarto livro da versão original) é sobre Royce e Hadrian viajando até outra parte do mundo para interceptar uma mensagem do império de descobrir seus planos.

Obviamente, nem tudo são flores. Tem momentos em que esse segundo livro simplesmente se arrasta e outros que são simplesmente chatos. Por mais que toda a treta Melengar x Império fosse legal e tudo mais, por exemplo, eu estava bem interessada na promessa de elfos x humanos de novo, já que é isso que o final de Roubo de Espadas deixa implícito. Mas nope. Nesse livro temos apenas um Dez Motivos do Porquê a Igreja de Nyphron é Uma Merda, e okay, eu concordo, mas né, esperava mais.

Apesar disso, o final me convenceu (porque plost twist, sabe). Ascensão do Império ficou com 3.5 estrelas, quase quatro.

O último livro é, de longe, o melhor. Em grande parte isso se deve aos personagens e não, não estou falando de Hadrian e Royce, mas sim de Modina, a imperatriz-fantoche, e sua secretária/melhor amiga, Amilia. Ambas estavam também em Ascensão do Império, claro, mas é aqui em Heir of Novron que o desenvolvimento das duas se torna espetacular. Modina começou o segundo livro praticamente muda, literalmente se afogando em tristeza, mas graças a Amilia ela supera muito do que aconteceu com ela (não posso falar o quê porque spoilers) e ao final do primeiro livro do último volume, se torna uma imperatriz e tanto. Foi bem legal ver um livro de fantasia tão obviamente dude-cêntrico se concentrar na amizade entre duas mulheres.

Temos também Arista, que também aparece bastante em Ascensão do Império, e continua sendo excelente. Hadrian e Royce também são legais, mas pra mim as melhores personagens da trilogia são justamente Arista e Modina. E sim, eu sei que falei de problemas com personagens femininas, mas, novamente, falo disso depois.

É aqui em Heir of Novron também que os elfos finalmente mostram as caras. Depois de um milhão de pistas de que isso ia acontecer, os humanos que nós acompanhamos (Hadrian, Royce, Modina, Arista e Amilia, praticamente) sequer percebem até que seja quase tarde demais, o que foi, sinceramente, um tanto decepcionante. Não que a coisa toda seja resolvida facilmente (longe disso - a segunda parte do livro é justamente sobre uma viagem à antiga - e até então perdida - capital do Império Novroniano, já que lá está a única coisa que pode impedir a invasão dos elfos e a completa aniquilação da raça humana), mas a expectativa foi tão grande e o ~confronto final~ tão curto que não dá pra não ficar meio :///////

De qualquer forma, o que me fez gostar mesmo dessa série foram os plot twists/reviravoltas. Tem gente que acha que plot twist é literalmente a praga dos livros de hoje (porque aparentemente isso faz com que os escritores foquem demais neles e não na escrita/personagens ou algo assim? idk e idc), mas eu os adoro. E o Sullivan gosta bastante de enfiar uns plot twists na história - tanto que ele sempre escreve a história inteira antes de publicar só pra poder espalhar as pistas melhor. Alguns são fáceis de adivinhar, mas outros nem tanto, e foi justamente isso da história sempre me surpreender que me manteve grudada nos dois últimos livros. Tanto que apesar do último livro ser metade aventura-típica-de-fantasia (como já mencionei ali em cima), isso não me incomodou nem um pouco e, na verdade, foi uma das melhores partes.

Heir of Novron ficou, portanto, com quatro estrelas. Fazendo a matemática, As Revelações de Riyria fica com aproximadamente 3.0 estrelas no total.

Agora, para as personagens femininas. Spoilers porque não dá pra falar dos problemas que tive com elas, ou melhor, do problema que tive com o modo como elas foram escritas sem dar spoilers.

A pior de todas foi a Gwen, a namorada do Royce. Gwen é a encarnação da trope Hooker With a Heart of Gold, ou seja, ela é uma prostituta com coração de ouro e nada mais. Gwen não tem profundidade nenhuma além de ser incrivelmente boa e sábia, mas o pior mesmo é quando o Royce menciona o porquê ele gosta tanto dela - Gwen não faz nenhuma pergunta, não cobra nada, quando está com ele só quer mesmo ficar com ele, é super compreensiva, nunca reclama de coisa nenhuma e muito menos do fato de que ele chega a sumir por semanas, às vezes meses, quando está fazendo os trabalhos de ladrão dele, e sempre o recebe de braços abertos. Gwen é uma Amélia 2.0, basicamente (dois pontos pra quem entender essa), e uma mulher super idealizada que nunca comete erros e sempre, SEMPRE, entende seu homem.

Mas fica ainda pior! Porque, veja bem, Gwen é de Calis, uma região cheia de selvas e onde algumas pessoas podem ver o futuro. Fica implícito, várias vezes, que Gwen pode ver o futuro também, e ela passa boa parte do livro 2 e 3 (nas poucas vezes em que aparece) implorando pro Royce ficar perto do Hadrian para salvá-lo (aparentemente porque a morte do Hadrian seria uma coisa muito terrível pro Royce, e ela não quer que ele sofra). Mas lembra como Royce e Hadrian vão para outra parte do mundo em Ascensão do Império? Então, é pra Calis. Lá eles encontram outra mulher que pode ver o futuro e dessa vez ela diz com todas as letras: tem duas pessoas na vida do Royce que são MUITO importantes pra ele, e uma vai morrer em breve, o que vai fazer com que o Royce sofra muito. Todo mundo assume que a pessoa que vai morrer é o Hadrian, mas não precisa ser um gênio para sacar logo que vai ser a Gwen, né?

Então, é a Gwen. E do pior jeito possível. Porque, veja bem, Royce tinha pedido a Gwen em casamento antes de partir em ~uma última missão com Hadrian~ e os dois iam ser felizes para sempre e blá blá blá. Mas aí um antigo inimigo do Royce - que é inimigo dele justamente porque o Royce matou a namorada dele por engano - sequestra Gwen e quando Royce vai tentar resgatá-la, puff, ela morre, e morre dizendo pra ele não desistir.

É a coisa mais ridícula do livro inteiro.

Gwen é uma personagem que só existe pra motivar o Royce. Sua personalidade existe apenas para que ela seja a mulher perfeita para ele, sua vida inteira é apenas para que ele tenha um lugar para onde voltar quando termina seus trabalhos, sua morte serve apenas para jogá-lo num poço de tristeza que ele eventualmente vai superar para salvar o dia. Gwen não passa de um plot device, e um plot device tão descarado que qualquer interação dela com o Royce me deixava profundamente irritada. E sim, Royce passou por um monte de merda antes de encontrar tanto o Hadrian quanto a Gwen, mas não justifica; não seria difícil ter dado um tanto de personalidade pra Gwen. Do jeito como ela está, Gwen é apenas mais uma mulher no congelador, usada apenas para fazer um homem sofrer, e eu sinto muito mas eu não me importo nem uma vírgula com homens em livros que sofrem por mulheres que foram criadas apenas para motivá-los. Esse é, sinceramente, o jeito mais fácil de fazer com que eu deixe de me importar com um personagem masculino.

E, claro, não para por aí. Não importa quão boa a personagem feminina seja, ela SEMPRE vai precisar ser salva por um homem nessa história. Lembra de como eu disse que Modina e Arista eram as melhores personagens da história? Bem, elas são, mas ainda assim sempre caem em apuros e são sempre salvas por Hadrian, Royce ou por outro homem. É impressionante, até porque em alguns momentos a coisa é tão forçada que chega a ser engraçado.

Exemplo: final de Roubo de Espadas. Tem um monstro gigante parecido com um dragão aterrorizando um vilarejo. Royce e Hadrian têm que roubar uma espada da torre onde o monstro vive, já que essa espada é a única que pode matá-lo. Eles a roubam (ou, pelo menos, roubam metade dela). O monstro fica furioso, destrói o vilarejo, mata quase todo mundo (menos os que tinham se escondido no poço e uns que ficaram soterrados nos escombros mas conseguiram sobreviver), mas resolve sequestrar Arista e outra mulher (ambas estavam no castelo do vilarejo) para chantagear Royce e Hadrian até que eles devolvam a metade roubada da espada.

Problema sendo: Arista, essa outra mulher e uma terceira mulher eram as únicas mulheres nomeadas no castelo. O resto do povo é todo, TODO, de homens, e sério, eram VÁRIOS homens. DEZENAS. Não existem outras mulheres, pelo menos que o leitor saiba, no castelo. Mas é claro, É CLARO, que as únicas mulheres - a terceira mulher morre - são as sequestradas. A maior parte dos homens morre, mas uns três conseguem sobreviver de boa, mas DUAS das TRÊS mulheres do lugar? Ah, não, elas têm que ser as sequestradas por um monstro-dragão e levadas para uma torre.

Ninguém percebe o quão ridículo isso é?

No final, essa outra mulher acaba salvando a pátria ao matar o monstro. Mas ela ainda foi sequestrada por motivos ridículos, e é impossível não rir um pouco diante de mais uma princesa sendo sequestrada por um monstro-dragão e sendo presa em uma torre, né?

Tem outros momentos assim espalhados pela história inteira. Não importa o quão forte, poderosa ou esperta a mulher seja, ela VAI ficar presa em algum canto ou ser sequestrada, ou sei lá, e um homem VAI salvá-la.

Tirando isso, tem o fato de que quase todas as pessoas que perderam um dos pais nessa trilogia têm uma mãe morta e, geralmente, pai vivo. Pode parecer ridículo ficar encucada com isso, mas depois que você começa a perceber isso fica impossível ignorar. Hadrian? Pai o criou, mãe morreu quando ele era jovem. Arista e Alric? Pai os criou, mãe morreu quando eram jovens. Thrace (a segunda mulher sequestrada pelo monstro)? Pai a criou, mãe morreu quando ela era jovem. Se apareceu um órfão na história, pode apostar que é a mãe que está morta e o pai vivo. É meio bizarro reparar nessas coisas porque não existe motivo NENHUM para matarem tantas mães, mas né, aí está.

Isso, claro, não é um problema dessa trilogia em específico, mas do gênero de fantasia como um todo. Mães, tias, avós que criam os personagens estão quase sempre mortas, mas os pais? Nah. Eles podem até morrer durante a história, mas eles a começam vivinhos da silva enquanto as mulheres não passam de memórias na mente dos personagens (geralmente masculinos).

Que as personagens femininas de As Revelações de Riyria sejam tão boas mas que ainda caiam nessas tropes é um tanto desanimador, pra ser sincera.

Outra coisa que me incomodou um tanto na história foi justamente o modo como o povo de Calis foi tratado. Calis é tomada por selvas e é bem próxima do território dos goblins (a raça-monstro desse universo, tipo os orcs), e o povo de lá é descrito como tendo pele marrom/escura. Durante a série inteira, associação entre o povo de Calis e ~pessoas incivilizadas/misturadas com os goblins~ são feitas, e honestamente, foi uma parada bem desconfortável, já que os protagonistas todos são brancos. Quando os protagonistas vão lá, personagens secundários (também brancos) ficam surpresos ao ver o quão - adivinha - civilizados o povo de Calis é, mas boa parte desse novo respeito por eles vem do fato de que eles são bonitos. O que, de novo, foi meio bizarro.

Em conclusão, As Revelações de Riyria é uma trilogia interessante, com um plot que vai evoluindo de um livro para outro e personagens que se tornam sim bem cativantes, mas que tem muitos defeitos também. Existe outra série sobre Royce e Hadrian que é prequel dessa, ou seja, se passa antes, mas não sei se vou lê-la. O autor também vai lançar a história sobre a primeira guerra dos elfos x humanos, e eu já li o primeiro livro, Age of Myths (consegui um e-arc \o/), então vai ter resenha dele em breve aqui também.

Bem, é isso. Como eu disse lá em cima, 3.0 estrelas para As Revelações de Riyria.

site: http://chimeriane.tumblr.com/
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