Wesley.Fernandes 20/11/2021
Um quebra cabeça em formato de livro
Erikson expõem seu background como arqueólogo durante todo o livro. A história, no mundo real, não tem um começo e muito menos um fim, e com esse princípio, Gardens of the moon é escrito.
Acompanhamos diversos pontos de vista, alguns em tempos diferentes, em jornadas aparentemente desconexas. Suas motivações tem extrema relação com acontecimentos passados e de conhecimento geral dentro do mundo, e portanto, não fique perdido quando a justificativa para os atos de um personagem forem apenas um nome exótico e todos concordarem. Para esses personagens diversos aspecto de sua realidade são de conhecimento popular (conflitos, assasinatos, reinos, etc...), e não requerem explicações detalhadas. Cabe ao leitor interpretar as migalhas de exposição e montar em sua cabeça uma visão geral do que aquilo significa.
A leitura de Malazan pode requerer um pouco mais de esforço que uma leitura normal, mas compensa em te fazer pensar, juntar fatos, teorizar e se envolver numa trama da qual você pouco entende com personagens ambíguos.
Recomendo esse livro a todos que aceitam um bom desafio, gostam de ação, cenários medievais, mágica em seu ápice, maquinações e esquemas por trás das cortinas.